O governador Ronaldo Caiado (UB) classificou, nesta quinta-feira (9) como “estarrecedor” o fato de o diretório nacional do PT ter protocolado uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o modelo de parceria com a iniciativa privada usado pelo estado de Goiás para execução de obras com recursos do Fundeinfra, <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/pt-nacional-vai-ao-supremo-contra-modelo-de-uso-da-taxa-do-agro-no-governo-caiado-1.3321405" target="_self">abastecido pela taxa do agro</a>. Pré-candidato a presidente da República em 2026, Caiado fez discurso com críticas a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pretende disputar a reeleição.

O foco da ADI é a parceria entre a administração estadual e o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), sem licitação, para que a associação civil seja responsável pela gestão de obras em rodovias. Caiado alegou que a ação também é relacionada ao Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora).

As contratações da Fundação Pio XII, para o Cora, e do Ifag, para as obras de infraestrutura, tiveram como base a Lei federal nº 13.019, que trata das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil.

<ul style="padding-right: 0px; padding-left: 0px; margin: 0px 0px 5.5px 25px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 11px;">
	<li>Ouça desenrolar sobre o assunto na CBN Goiânia:&nbsp;<a href="https://www.cbngoiania.com.br/cbn-goiania/plural/deputados-goianos-discutem-sobre-a-revogac-o-da-taxa-do-agro-1.3296955" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_blank">Deputados goianos discutem sobre a revogação da taxa do agro</a></li>
</ul>

Nesta quinta, durante evento relacionado à rede estadual de Saúde, Caiado disse que “o PT do presidente Lula e o PT de Goiás” entraram com ação “porque o estado de Goiás construiu o Cora e está construindo rodovias dentro de uma metodologia que existe em uma lei federal, a 13.019, que já foi discutida pelo Tribunal de Contas (do Estado de Goiás, o TCE), pela Assembleia (Legislativa)”.

No discurso, Caiado questionou se o objetivo da iniciativa é “fechar o Cora” e apresentou números dos primeiros meses de funcionamento do hospital. O Cora foi inaugurado em 25 de setembro, dia do aniversário de 76 anos do governador, mas estava com parte da unidade em funcionamento desde junho. A obra é considerada a principal marca do segundo mandato do gestor, que pretende deixar o comando do Executivo no final de março de 2026.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/pt-nacional-vai-ao-supremo-contra-modelo-de-uso-da-taxa-do-agro-no-governo-caiado-1.3321405" target="_self">PT nacional vai ao Supremo contra modelo de uso da taxa do agro no governo Caiado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/oposic-o-trava-repasse-de-r-1-1-milh-o-ao-ifag-para-custeio-1.3302530" target="_self">Oposição trava repasse de R$ 1,1 milhão ao Ifag para custeio</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/ifag-pede-aditivo-e-deve-chegar-a-12-obras-com-valor-total-de-r-1-5-bilh-o-1.3302003" target="_self">Ifag pede aditivo e deve chegar a 12 obras com valor total de R$ 1,5 bilhão</a></div>

Ao afirmar que “nós estamos sendo combatidos” porque o Cora foi construído em 25 meses, Caiado criticou as gestões estaduais anteriores pela demora para finalizar obras. Ele citou que o Tribunal de Contas da União (TCU) já afirmou que 50,7% das intervenções com recursos do governo federal pelo país estão paralisadas. “Eles querem que o atendimento para a saúde ou uma rodovia seja para daqui 30 ou 40 anos”, disse o governador.

Sem citar diretamente a disputa de 2026, Caiado disse ser “um homem preparado”, que tem “coragem de enfrentar o bom debate”. “Quanto mais eles atacam, porque nós temos um governo que é aprovado por 88% da população, mais eu cresço na briga, aí que eles vão ver como é que é”, disse.

O projeto nacional foi citado diretamente por outras autoridades que discursaram, como o deputado estadual Luiz Sampaio (SD) e o prefeito de Inhumas, José Essado (UB). Sampaio mencionou ainda a possibilidade de a primeira-dama, Gracinha Caiado, disputar o Senado.

<h2>Recursos</h2>

No evento, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) lançou o programa Nascer em Goiás, para acompanhamento de gestantes e de crianças menores de 2 anos, com o objetivo de reduzir o número de mortes materna e infantil. Caiado citou que a área teve avanços pela ampliação da rede estadual pelo interior.

O governador também lembrou que o estado entrou com Ação Cível Originária (ACO) contra a União no STF para aumentar os <a href="https://opopular.com.br/politica/oposic-o-trava-repasse-de-r-1-1-milh-o-ao-ifag-para-custeio-1.3302530" target="_self">repasses da saúde</a>. Caiado disse que existe discriminação contra Goiás, voltando a alegar que os valores não estão de acordo com os procedimentos técnicos da área. O POPULAR mostrou que, segundo o estado, a demanda acumulada ao longo dos últimos três anos chega a R$ 1,2 bilhão.

Caiado argumentou ainda que “estados e municípios estão cada vez mais sobrecarregados” na área e apontou que foi o primeiro governador a se posicionar sobre o tema. “O governo federal se acha no direito de achar que a vida num estado tem menor valor do que a vida no estado que o apoia”, disse o governador. O evento contou com cerca de 30 prefeitos, mas, considerando a presença de secretários, chegou a ter 65 municípios representados.

Caiado critica ação do PT contra modelo de obras da taxa do agro

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Matéria - Política

Supremo

Com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, perdem o Brasil, o Supremo e também o presidente Lula, quando a polarização ainda domina a política e ele parecia navegar de vento em popa, mas a ventania da oposição veio mais rápida e mais forte do que o previsto. A derrubada da MP que aumentaria a arrecadação bateu no bolso, ou melhor, nas contas do governo. Uma derrota e tanto.

Barroso, indicado para o STF por Dilma Rousseff, em 2017, antecipou sua aposentadoria em oito anos e se despediu muito emocionado, deixando um legado de firmeza, convicções, defesa contundente da democracia e, particularmente, de discursos vivos e brilhantes. Ouvi-lo é um aprendizado e um prazer.

Lula tem o desafio de nomear um jurista à altura, “terrivelmente democrático”, técnico, firme e corajoso, para enfrentar até golpistas e presidentes infames de potências alhures. É cedo para certezas, mas quem lidera a lista é o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco, seguido pelo ministro do TCU Bruno Dantas e o atual advogado-geral da União, Jorge Messias.

Messias não é estreante como candidato, mas seu trunfo é também seu obstáculo: é o nome do PT, quando Lula prioriza a ampliação de apoios para além do partido e da própria esquerda. O AGU só será escolhido se prevalecer o mesmo critério que levou Cristiano Zanin à toga: a lealdade inquestionável a Lula.

Pacheco e Dantas têm em comum a proximidade do trio que dá as cartas no STF, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Mas Pacheco tem um plus, o aval do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que é uma mão na roda para Lula no Congresso e, de quebra, do lado amigo do União Brasil, que rompeu com o governo, mas está rachado.

Logo, a escolha do sucessor de Barroso envolve uma ampla frente de pressões, como sempre, e embola ideologia, política, apoio no Congresso e, como tudo agora, a eleição de 2026. Pacheco, inclusive, está nos planos de Lula, seja para o STF, seja para as eleições em Minas.

Para quem vai a nova toga? Lula será cuidadoso na escolha, até porque recuperou popularidade, aproximou-se de Trump, conquistou as bandeiras da soberania e do IR e hoje bate todos adversários nos dois turnos e até fala e se movimenta como candidato único, mas o Centrão tem seu preferido, Tarcísio de Freitas, e, assim como lhe dá vitórias, também impõe derrotas.

Lula, que já estava subindo no salto alto, teve de descer e não vai desprezar o fator 2026 ao preencher a vaga de Barroso. Ao contrário, vai privilegiá-lo e escolher a peça que lhe seja mais conveniente no tabuleiro jurídico, mas principalmente no político e eleitoral.

Eliane Cantanhêde, jornalista

Para quem vai a nova toga?

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Eliane Cantanhêde

Giro305

A relação do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, com o União Brasil chegou a um ponto crítico. Diante das divergências internas sobre o projeto presidencial, o <a href="https://opopular.com.br/politica/saida-de-caiado-ameaca-desidratar-ub-em-goias-1.3321030" target="_self">goiano pode deixar a legenda</a>.&nbsp;

Nesta edição do Giro 360, a editora substituta da coluna Giro, Fabiana Pulcineli, o subeditor de Notícias do POPULAR, Júlio Lacerda, e o repórter de polícia Rubens Salomão analisam os impactos da possível saída de Caiado do UB em Goiás, que pode enfrentar um processo de desidratação antes das eleições de 2026.&nbsp;

No segundo bloco, o tema é a saída do deputado estadual Paulo Cezar Martins do PL. O destino do parlamentar, que se reuniu com o vice-governador Daniel Vilela (MDB), pode ser a base governista.&nbsp;

O Giro 360 é o podcast de política do jornal O POPULAR, em parceria com a Rádio CBN Goiânia.&nbsp; 
Para acompanhar, é só dar o play.

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Caiado de saída do União Brasil

Opinião

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Eleições 2026

Por decisão do governo estadual, 640 imóveis da CelgPar, avaliados em cerca de R$ 190 milhões, serão transferidos ao Executivo, que planeja vendê-los. A gestão ainda estuda se serão leiloados ou negociados em outro modelo, segundo o secretário- geral de Governo e presidente da CelgPar, Adriano da Rocha Lima. 

O ativo mais cobiçado é a área do antigo Clube da 90, no Setor Sul, em Goiânia, que ficou por anos em disputa judicial com a Associação Salgado de Oliveira (Universo). A área tem 44 mil metros quadrados e, desde fevereiro, quando o Tribunal de Justiça de Goiás deu decisão favorável à companhia, construtoras vêm manifestando ao governo o interesse em comprá-la. Já houve oferta de R$ 120 milhões. 

As demais áreas são remanescentes da Celg D e da Celg GT, sendo a maioria localizada em Cachoeira Dourada. Segundo avaliações de mercado, valeriam até R$ 70 milhões. Parte dos terrenos foi invadida e há casos em que prefeituras têm interesse em construir equipamentos públicos, o que abre caminho para cessão de algumas áreas.

A venda dos imóveis é mais uma etapa do processo de liquidação da empresa. No dia 3, houve leilão de cinco ativos no valor de R$ 227,3 milhões.

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É com Xandão

Foi para o ministro Alexandre de Moraes a relatoria da ação registrada no Supremo pelo PT nacional contra o modelo de parceria do governo de Goiás com o Ifag para obras rodoviárias.

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Argumentos

A Procuradoria-Geral do Estado afirma que não houve inovação em normas gerais de licitação e que o PT usa “premissa fático-jurídica completamente equivocada”. Diz confiar na “juridicidade do modelo”.

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Proteção

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta (8) projeto de resolução que suspende a ação penal contra o deputado Gustavo Gayer (PL) no Supremo, resultado de queixa-crime protocolada pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD).

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Sem crime

O PL, que pediu a suspensão, alegou imunidade parlamentar e liberdade de expressão. O caso também tem Moraes como relator.

<img attr-cid="policy:1.3321926" attr-version="policy:1.3321926:1759974495" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3321926/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Acréscimo na frota - Governador Ronaldo Caiado a bordo de novo helicóptero alugado em agosto pelo governo estadual ao custo de R$ 6,95 milhões por um ano (Wildes Barbosa / O Popular)

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Mudou de ideia

O governo estadual cancelou licitação de 30 mil cestas básicas para entregar a prefeituras no programa Goiás de Crescimento, ao custo de R$ 7,1 milhões. A decisão ocorreu após questionamentos da coluna à Secretaria de Relações Institucionais. O programa foi criado para atender municípios indicados pelos 31 deputados estaduais aliados do governo.

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A pedido

O plano inicial era de entrega de veículos e equipamentos hospitalares, mas a Serint alegou que prefeitos e parlamentares começaram a solicitar cestas. No recuo, a pasta alegou que ações assistenciais devem ser executadas pela Seds e pela OVG e que o cancelamento visa “assegurar a correta aplicação dos recursos públicos”.

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Tema da campanha

No topo da maior preocupação do brasileiro atualmente, a violência alcançou 30% de citações na nova rodada da pesquisa Genial/Quaest. Subida de 6 pontos desde julho deste ano.

Pergunta para:

<img attr-cid="policy:1.3321925" attr-version="policy:1.3321925:1759973898" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3321925/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
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Bruno Peixoto

Presidente da Assembleia Legislativa de Goiás

CCJ da Câmara de Goiânia aprovou revogação do decreto de calamidade da Prefeitura, aprovado pela Alego. O que acha?

Eu fui vereador e tenho enorme respeito pela Câmara, mas não há amparo legal para essa medida. Fui orientado pela Procuradoria da Alego de que a aprovação compete apenas ao Legislativo estadual, então não há nenhum efeito prático. A legitimidade para revogar seria da Assembleia.

Arremate:

Prestes a oficializar - O governo estadual prevê finalizar nesta sexta-feira (10) o contrato para aquisição do prédio que abriga a superintendência regional da Caixa Econômica na Avenida Anhanguera, em plano de estruturar um novo centro administrativo em Goiânia. Estruturas do banco já começaram a ser transferidas, embora o acerto seja para sair por completo até o fim de dezembro.

Circulando -&nbsp;A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro estará em Rio Verde no sábado (11) para encontro do PL Mulher, às 9 horas, no Durigon Eventos.

Cidadania -&nbsp;Bruno Peixoto propôs título de cidadão goiano ao chef francês Claude Troigros, que abriu recentemente restaurante &nbsp;na capital.

Estado prepara venda de 640 imóveis da CelgPar

Matéria - Coluna Giro

Giro

Webstories - Caiado chama de 'traidor' ministro do UB e pede expulsão

Webstories - Caiado chama de ‘traidor’ ministro do UB e pede expulsão

O governador Ronaldo Caiado (UB) aumentou o tom de críticas ao ministro do Turismo, Celso Sabino (UB-PA), nesta quarta-feira (8) e o caracterizou de “traidor” e “quinta coluna”, em expressão que define uma pessoa que colabora com o inimigo dentro do próprio grupo. As declarações ocorreram depois da reunião da Executiva Nacional do União Brasil, que decidiu pelo afastamento de Sabino das funções partidárias e encaminhou seu processo de expulsão ao Conselho de Ética da sigla.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

“Quinta coluna é aquele que presta informações ao inimigo e faz o que o inimigo manda. Ele não tem uma posição competente nem compatível com o nosso partido”, afirmou Caiado em coletiva, em Brasília, logo após a reunião da executiva.

A decisão de afastar Sabino das atividades partidárias ocorreu após o encerramento do prazo de 24 horas dado pela cúpula para que os filiados nomeados em cargos no governo deixassem os postos “sob pena de prática de ato de infidelidade partidária”. Em princípio, a data limite para a exoneração era o dia 30 de setembro, determinada no início do mês passado, quando a federação União Progressista (UB e PP) anunciou a decisão pelo desembarque do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/bancada-do-ub-na-alego-quer-reuni-o-com-caiado-sobre-formac-o-de-chapas-1.3321459" target="_self">Bancada do UB na Alego quer reunião com Caiado sobre formação de chapas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-tera-reuni-o-com-presidente-nacional-do-podemos-em-goiania-1.3321032" target="_self">Caiado terá reunião com presidente nacional do Podemos em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/saida-de-caiado-ameaca-desidratar-ub-em-goias-1.3321030" target="_self">Saída de Caiado ameaça desidratar UB em Goiás</a></div>

Diante do fim do período, o ministro afirmou em coletiva, no dia 26 de setembro, que entregou uma carta de demissão ao presidente, mas Lula pediu para Sabino continuasse no cargo por mais tempo para negociar a saída com o comando da sigla. Mesmo depois da reunião que o afastou do partido e definiu a abertura de processo ético disciplinar, o ministro defende espaço para o diálogo e acredita que pode reverter a expulsão.

O encontro da executiva do UB apreciou e aprovou os dois requerimentos que tratavam sobre a situação de Sabino. O primeiro definiu pela suspensão da atividade política do ministro junto ao diretório nacional, com aprovação por unanimidade. A partir desta decisão é que o pedido segue para o conselho de ética da legenda, que passa a analisar a expulsão, em prazo de até 60 dias.

O segundo requerimento aprovado define a “dissolução imediata” do diretório do partido no Pará. Nessa votação, apenas Sabino e outros dois integrantes da cúpula votaram contra o pedido, configurando ampla maioria, superior aos três quintos exigidos pelo estado. Assim, a direção nacional deverá constituir, nos próximos dias, uma comissão interventora para atuar na reestruturação do partido no estado.

Caiado rejeitou a possibilidade, considerada por Sabino depois do encontro, de que poderia fazer articulação para a manutenção do cargo e da filiação ao fim do prazo de avaliação pelo conselho de ética. “Não cabe a mim ficar fazendo uma análise do que ele pensa. Até porque se ele tivesse o mínimo de desconfiômetro, já teria, depois do que ele ouviu na reunião da executiva, tido uma postura mais digna no sentido de entender que o partido não fará concessões a quem estiver em uma posição dúbia e de desmoralizar o partido”, criticou o governador.

Caiado reforçou o posicionamento oposicionista do UB em relação ao governo federal e defendeu a expulsão do ministro por “querer ser submisso ao presidente Lula e ao PT”. “Essa decisão está muito clara e essa tese que ele desenha é impossível de acontecer. A realidade dentro do partido hoje é de decisões pelo afastamento das atividades e pela expulsão. Então, não sei onde ele viu essa tese dentro do União Brasil. O partido não vai mais tolerar”, enfatizou o governador após a reunião.

“Na verdade, a postura do ministro Sabino é de quinta coluna. Essa é a verdade. O que ele tem feito é tentar desmoralizar o partido. Ele está ali colocado com esse objetivo de fomentar a tese de que o partido não tem identidade. Tanto pode ser governo e tanto pode ser oposição”, analisou Caiado. “Ele está com essa função e pintando uma tarefa que o presidente Lula lhe impõe sem o menor respeito ao partido em que está filiado e se propondo a fazer esse jogo rasteiro e de quinta coluna, que está dentro da mesma trincheira e atirando nas costas dos colegas”, afirmou o governador.

<h2>Provocação</h2>

Caiado ainda rebateu a provocação de Sabino, que disse só responder ao governador quando o pré-candidato subir nas pesquisas de intenções de voto sobre a disputa à presidência no próximo ano. “Você vê que até a frase é a do Lula. Eu não sei se alguém está indo para a campanha hoje. Nós vamos para a eleição no dia 4 de outubro e é preciso ter todo um espaço para discutir”, respondeu o goiano.

O governador apontou que na “ficha corrida” de Sabino constaria um processo anterior de expulsão do PSDB. “Se não me engano em 2020, quando ele aceitou ser líder da maioria e o PSDB tinha se colocado contrário. Então, ele é reincidente nessa questão. É a pessoa que nós chamamos na vida política de um caráter líquido, que tem a forma do frasco. Então, ele tomou a forma do frasco do PT. Esse é o caráter dele. Essa é a diferença da minha vida de 40 anos”, comparou Caiado.

Ao fim da coletiva, o goiano relatou que o ministro afirmou na reunião que existem pessoas no UB que votam no PT e caracterizou a fala como um “desrespeito”. “Que conversa é essa? A posição do partido é frontalmente contra o PT e o Lula. Ele se coloca como um traidor e está ali para atirar nas costas do partido, mas o partido não vai se submeter a esse jogo rasteiro dele”.

A crise entre Sabino e Caiado ocorreu no mesmo dia em que o PP também afastou o ministro do Esporte, André Fufuca (MA), das decisões partidárias e da vice-presidência nacional da legenda, pelo mesmo motivo. O comando do Progressistas rejeitou a decisão do auxiliar de permanecer no governo Lula.

Com o rompimento formal, a federação passou a integrar formalmente a base de oposição no Congresso. Juntas, as duas legendas somam 109 deputados e 14 senadores, configurando a maior bancada da Câmara.

<div attr-cid="policy:1.3322012" attr-version="policy:1.3322012:1760013466" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3322012" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3322012', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3322012">Webstories - Caiado chama de ‘traidor’ ministro do UB e pede expulsão (1.3322012)</a></div>

Caiado chama ministro do UB de "traidor" e pede sua expulsão

O Popular