Fabiana Pulcineli

A primeira viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Goiás neste mandato pode coincidir com a ausência do governador Ronaldo Caiado (UB) no Estado, para visitar Israel em uma estratégia política em meio à crise diplomática gerada pela fala do petista sobre a guerra. O governo federal informou que há proposta de agenda do petista em Aparecida de Goiânia (Região Metropolitana) no próximo dia 22, para inaugurar o câmpus da Universidade Federal de Goiás (UFG).

A vinda para entrega da unidade, que está em funcionamento desde setembro do ano passado, já vem sendo cogitada desde janeiro e havia previsão de ocorrer no mês seguinte, mas não houve acerto de data. Agora, segundo a Secretaria de Relações Institucionais, está na mesa a proposta, juntamente com uma visita ao Tocantins, que ocorreria no mesmo dia. Apesar de não haver confirmação oficial, parlamentares do PT goiano dizem que a vinda é tida como certa.

A deputada federal Adriana Accorsi, pré-candidata à Prefeitura de Goiânia, afirmou que não está descartada a mudança de data, mas que até o fim da tarde desta quinta-feira (14) havia sinalização para o dia 22. Além da inauguração, o presidente deve fazer um balanço de benefícios do governo e avalia outros anúncios a serem incluídos na visita.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/israel-envia-cartas-de-convite-a-caiado-1.3118152" target="_blank">Israel envia cartas de convite a Caiado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-aceita-convite-e-vai-a-israel-em-meio-a-crise-diplomatica-1.3117506" target="_blank">Caiado aceita convite e vai a Israel em meio à crise diplomática</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/pac-do-agro-favorece-dialogo-com-produtores-goianos-1.3117161" target="_blank">PAC do Agro favorece diálogo com produtores goianos</a></div>

Determinado a estar mais presente nas regiões do País este ano, diante de críticas ao excesso de viagens internacionais no primeiro ano de mandato, Lula esteve esta semana em Minas Gerais, onde inaugurou fábrica de fertilizantes ao lado do governador Romeu Zema (Novo), e tem agenda nesta sexta-feira (15) no Rio Grande do Sul, para entregas do programa Minha Casa, Minha Vida, e de pavimentação, além de repasses à Defesa Civil para áreas afetadas por enchentes, quando estará acompanhado do governador Eduardo Leite (PSDB).

O governo também demonstra preocupação com a queda da popularidade de Lula, conforme três pesquisas divulgadas esta semana pelos institutos Atlas, Ipec e Quaest. O petista convocou reunião com os ministros para a próxima segunda-feira (18), quando também pedirá maior dedicação a agendas nos Estados.

A assessoria do governador informou que ele viajará neste sábado (16) a Israel e retornará no dia 22, com previsão de desembarque em São Paulo às 19h50. O Palácio das Esmeraldas informou que ainda não recebeu qualquer aviso de possível visita do presidente. Caso seja confirmada a data, Lula seria acompanhado pelo vice-governador Daniel Vilela (MDB).

O presidente chegou a agendar vinda a Rio Verde (Região Sudoeste) em junho do ano passado, para inaugurar trecho da Ferrovia Norte-Sul, mas cancelou por conta do mau tempo. Caiado havia confirmado presença no evento.

Em dezembro do ano passado, o governador fez pedido de audiência com o presidente para tratar de pedido de financiamento de R$ 1 bilhão para construção de polo de inteligência artificial. Caiado também afirmou que queria reclamar diretamente com Lula do que considerava “tiro político” por parte do Tesouro Nacional o rebaixamento da nota da Capacidade de Pagamento (Capag) do Estado de Goiás, de B para C.

A assessoria do presidente chegou a oferecer audiência no dia 17 de janeiro, mas o governador foi submetido a cirurgia na próstata, em São Paulo, na mesma data, e pediu nova agenda. Depois disso, Caiado intensificou a busca por aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), fez críticas a Lula, e não voltou a solicitar audiência. De outro lado, o governo federal também não apresentou nova proposta.

O Tesouro Nacional atendeu a demandas do Estado, como aprovação da revisão do Plano de Recuperação Fiscal e sinalização favorável a penalidade alternativa diante do descumprimento do teto de gastos. No entanto, nesta sexta-feira (15), completam-se dois meses da tramitação da revisão do PRF, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda não assinou a homologação. A Secretaria Estadual da Economia informou que “teve todos os pareceres favoráveis e não há nenhum óbice jurídico ou técnico” e que aguarda a assinatura do ministro.

Caiado postou nas redes sociais críticas à fala de Lula, há quase um mês, sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que já provocou mais de 30 mil mortos na Faixa de Gaza. Em uma entrevista na Etiópia, o presidente falou em genocídio ao se referir ao assassinato de civis na região e a falta de ajuda humanitária. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus. Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”, afirmou Lula, na ocasião.

Israel reagiu considerando a comparação descabida e declarou o presidente brasileiro persona non grata no país. Aproveitando-se da onda de críticas e da crise diplomática, Caiado também inaugurou um parque em homenagem aos 1,2 mil mortos em Israel no ataque do Hamas em 7 de outubro do ano passado, destacando se tratar da primeira homenagem às vítimas em outro país.

O governador goiano também participou do ato em apoio a Bolsonaro na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro, defendeu anistia aos participantes de atos golpistas e acusou Lula de não atuar em favor da pacificação no País. Caiado também aderiu a pautas de interesse da extrema direita, como a sanção de lei contra aborto, que estimula a apresentação de exames com batimentos cardíacos a mulheres, e o recolhimento do livro O Avesso da Pele das escolas da rede pública.

Persona non grata

Nesta quinta-feira (14), em sessão ordinária na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), o líder do Governo, Talles Barreto (UB), pediu votos contrários ao projeto apresentado pelo deputado Clécio Alves (Republicanos) para tornar Lula persona non grata em Goiás. Talles disse que respeita ocupantes de cargos eletivos, que o presidente “fez sua história no Estado e no País” e pediu a rejeição preliminar da proposta.

Clécio reagiu reclamando da posição do líder e ameaçando não votar favorável a interesses do governo, mas acabou tendo o projeto rejeitado pelo plenário. Apenas os deputados Amauri Ribeiro (UB) e Major Araújo (PL) votaram a favor.

O autor da proposta disse que a ideia representa a maioria do povo goiano, chamou Lula de ex-presidiário e criticou as viagens internacionais do presidente. Na sessão, a deputada petista Bia de Lima concordou com Talles, pediu respeito a Lula e ressaltou que Caiado teria encontro com o ministro Fernando Haddad para tratar de interesses do Estado.

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Caiado deve estar fora na primeira visita de Lula a Goiás

Política

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Matéria - Política

Governo federal 

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), declarou que "a vida continua" após o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito da Polícia Federal sobre trama golpista.

Até este sábado (23), o governador, que é aliado do ex-presidente e quer disputar o Palácio do Planalto em 2026, tinha ignorado o episódio.

"E daí? A vida continua. Agora tem dois anos que é só essa discussão no Brasil. O governo não tem uma proposta. Eu sou governador do estado. Se eu fosse ficar preocupado com as pequenas coisas, eu não governaria", afirmou.

A declaração de Caiado foi dada para jornalistas durante o jantar de abertura da 55ª Convenção da Conib (Confederação Israelita do Brasil), no Clube A Hebraica, em São Paulo.

Caiado aproveitou a oportunidade para reforçar que será candidato à Presidência. O governador disse que lançará a candidatura depois do Carnaval, em Salvador, e que já em janeiro começará a visitar cidades do interior.

Perguntado pela reportagem como ficaria a relação com o ex-presidente no caso de se lançar candidato, Caiado disse que não tem problema algum com Bolsonaro, a quem sempre prestou apoio, e que o aliado é quem deveria ser questionado sobre isso.

"Todos sabem que eu sempre apoiei mesmo ele lançando um candidato contra mim em Goiânia, mas nós fomos vitoriosos", afirmou.

Na eleição municipal na capital de Goiás, Bolsonaro apoiou Fred Rodrigues (PL) contra o candidato de Caiado, Sandro Mabel (União Brasil), que acabou se elegendo prefeito. Em Curitiba, o PL do ex-presidente estava na chapa de Eduardo Pimentel (PSD), apoiado por Ratinho Jr, mas, ainda assim, Bolsonaro gravou vídeo dizendo torcer por Cristina Graeml (PMB).

Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, também esteve no evento da Confederação Israelita e falou sobre o indiciamento de Bolsonaro. Castro afirmou não acreditar em golpe de Estado e disse que tudo será esclarecido pela Justiça.

"O que eu acredito é que tinham pessoas baderneiras fazendo baderna, e que esses têm que ser punidos", disse.

O governador do Rio ainda declarou confiar na PGR (Procuradoria-Geral da República) e que o órgão será muito criterioso no tratamento com o ex-presidente, por se tratar de um chefe de Estado.

O presidente da Conib, Claudio Lottenberg, disse em discurso que não convidou o atual presidente da República, mas que o futuro presidente estava na sala da cerimônia.

Também participaram do evento na capital paulista o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o senador Carlos Viana (Podemos-MG).

O governador Tarcísio tem evitado a imprensa desde sua declaração no dia da votação do segundo turno, quando afirmou, sem apresentar provas, que a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) havia orientado voto em Guilherme Boulos (PSOL).

No jantar, ele afirmou aos jornalistas que não daria entrevistas.

'Bolsonaro foi indiciado, e daí? A vida continua', diz Caiado

Trama golpista

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu rever repasses de fomento à cultura previstos na Lei Aldir Blanc e vai cortar R$ 1,3 bilhão já em 2024, segundo três fontes do governo ouvidas pela Folha. A medida ainda deve ser incluída no pacote de contenção de gastos do ministro Fernando Haddad (Fazenda), com impacto também nos próximos anos.

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Um MP (medida provisória) foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União para formalizar a mudança, que já contribuiu para reduzir o tamanho do bloqueio adicional de despesas anunciado nesta sexta-feira (22). O texto tem vigência imediata e foi assinado por Lula e pela ministra Margareth Menezes (Cultura).

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O diagnóstico do Executivo é que os R$ 3 bilhões já repassados aos estados e municípios em 2023 por meio dessa lei tiveram baixa execução. Por isso, não faria sentido transferir mais R$ 3 bilhões neste ano, como previsto no Orçamento -sobretudo num momento em que as contas do governo federal estão pressionadas.

A MP mantém a despesa como obrigatória e prevê uma transferência total de R$ 15 bilhões a partir de 2023, mesmo valor garantido pela Lei Aldir Blanc inicialmente por meio de cinco pagamentos anuais de R$ 3 bilhões. No entanto, a redação diz que a execução anual será de "até" R$ 3 bilhões, e novos repasses serão feitos conforme a execução das políticas por estados e municípios.

Ao condicionar as transferências ao saldo remanescente nas contas específicas dos entes, o governo federal abre caminho para diluir os pagamentos ao longo de um período maior, o que reduz a pressão fiscal. O valor a ser poupado em 2025 ainda está em negociação.

Um técnico do governo ressaltou que a restruturação do programa busca "adequá-lo à realidade fiscal". Segundo este interlocutor, o programa não será extinto, mas "aprimorado" por meio de uma "solução estruturante".

A medida deve enfrentar críticas, inclusive na base do governo. Em 2022, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) editou uma MP com o intuito de adiar os repasses das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, ambas de fomento à cultura. Na época, a manobra foi adotada para abrir espaço nas despesas e destravar emendas parlamentares.

A mudança foi criticada por partidos que faziam oposição ao governo e hoje estão na base de Lula. Uma ação protocolada pela Rede Sustentabilidade no STF (Supremo Tribunal Federal) pediu a suspensão da MP de Bolsonaro. Os repasses acabaram sendo regularizados em 2023, na gestão Lula, e acomodados no espaço fiscal extra concedido pela emenda constitucional aprovada na transição de governo.

Técnicos do governo evitam a comparação e afirmam que se trata de uma medida com caráter distinto daquela adotada por Bolsonaro.

Ainda assim, o Executivo se precaveu para evitar resistências e incluiu no decreto que regulamenta a MP, também publicado nesta sexta, a prorrogação do prazo para o uso do dinheiro já repassado. O limite seria o fim de 2024, mas agora estados e municípios terão até 30 de junho de 2025 para aplicar os recursos.

A Lei Aldir Blanc foi aprovada em 2020 e previa um repasse de R$ 3 bilhões para ajudar o setor cultural a enfrentar os impactos da pandemia de Covid-19. Uma segunda versão da lei foi aprovada em 2022, prevendo repasses de R$ 3 bilhões anuais entre 2023 e 2027.

Neste ano, o governo já havia empenhado R$ 2,77 bilhões, mas pouco mais de R$ 600 mil foram efetivamente pagos. O empenho é a primeira fase do gasto, quando o Executivo reserva o recurso para a realização da despesa. Segundo técnicos ouvidos pela reportagem, parte desse empenho será cancelado.

O corte de R$ 1,3 bilhão já foi incorporado ao relatório de avaliação de receitas e despesas do 5º bimestre, divulgado na noite desta sext (22). Técnicos afirmam que a iniciativa foi o que permitiu fazer um bloqueio menor nas despesas discricionárias. A contenção adicional foi de R$ 6 bilhões, mas seria maior sem a mudança na Lei Aldir Blanc.

O documento fez apenas uma menção à mudança, sem detalhar valores. "A redução refere-se à revisão do cronograma de dispêndios, por parte do Ministério da Cultura, tendo em vista a iminente publicação de Medida Provisória alterando os termos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, conforme informado por meio do Ofício nº 36/2024/CGOFC/SPOA/GSE/GM/MinC, de 22 de novembro de 2024", diz o relatório.

Governo Lula decide rever repasses para cultura e corta R$ 1,3 bilhão em 2024

Economia

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CONTENÇÃO DE GASTOS 

O presidente Lula (PT) disse nesta quinta-feira (21) que tem que agradecer por estar vivo, após a revelação da Polícia Federal de um plano golpista em 2022 que planejava assassiná-lo.

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<cite>Sou um cara que tem que agradecer agora muito mais porque eu estou evivo. A tentativa de envenenar eu e o [Geraldo] Alckmin não deu certo, estamos aqui", disse.</cite>

Lula prosseguiu com recados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigado na condição de mentor nas iniciativas golpistas: "Não quero envenenar ninguém, não quero nem perseguir ninguém. Quero é que, quando terminar meu mandato, a gente desmoralize com números aqueles que governaram antes de nós."

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/mundo/lula-diz-que-brasil-e-china-colocam-dialogo-em-primeiro-lugar-em-mundo-de-conflitos-1.3201568" target="_blank">Lula diz que Brasil e China colocam diálogo em primeiro lugar em mundo de conflitos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/lula-esta-estupefato-com-noticias-de-plano-para-golpe-e-para-envenena-lo-diz-lewandowski-1.3201300" target="_blank">Lula está estupefato com notícias de plano para golpe e para envenená-lo, diz Lewandowski</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/plano-para-matar-lula-alckmin-e-moraes-foi-discutido-na-casa-de-braga-netto-diz-pf-1.3201138" target="_blank">Plano para matar Lula, Alckmin e Moraes foi discutido na casa de Braga Netto, diz PF</a></div>

<cite>Quero medir com números quem fez mais escolas nesse pais, quem cuidou mais dos pobres, quem fez mais estrada, mais ponte, mais salario mínimo. Isso que quero medir, isso que conta no resultado da governança", afirmou.</cite>

A declaração foi feita durante cerimônia de divulgação do Programa de Otimização de Contratos de Concessão de Rodovias, no Palácio do Planalto.

A PF realizou na terça-feira (19) uma operação que prendeu cinco suspeitos de atuar em um plano de golpe de Estado no Brasil, no fim de 2022, que envolveria matar o então presidente eleito, Lula, o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A trama, na avaliação dos investigadores, reforça as provas e os relatos obtidos pela PF sobre a participação de Bolsonaro, de aliados e de militares nas discussões por um golpe que evitasse a posse de Lula.

As informações divulgadas pela PF nesta terça apontam pela primeira vez para um plano operacional de golpe de Estado articulado por integrantes do governo Bolsonaro.

Fases anteriores da investigação já haviam indicado discussões sobre minutas golpistas e pressões para os chefes das Forças Armadas apoiarem uma ruptura institucional.

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Lula diz agradecer por estar vivo após relevação de plano golpista para matá-lo

PLANO DE GOLPE

Os gestos do governador Ronaldo Caiado (UB) a Daniel Vilela (MDB), na segunda (18), no evento Conecta Prefeitos, têm como pano de fundo uma nova atribuição dada ao vice-governador. A dupla acertou que Daniel será o principal responsável por receber e filtrar as demandas dos municípios por programas e parcerias com a administração estadual para depois levá-las a Caiado. 

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As principais são justamente relacionadas com os objetos do evento realizado no início da semana. Ou seja: Pra Ter Onde Morar, em seus quatro eixos voltados para a habitação, e Goiás em Movimento, que abarca pavimentação de vias urbanas, patrulhas mecânicas e manutenção de estradas vicinais. 

Trata-se de novo passo de um processo de transição, uma vez que o chefe do Executivo deve se ocupar cada vez mais com a pré-campanha a presidente da República até deixar o cargo no fim de março de 2026. Mas é também movimento que visa, a partir da relação com prefeitos, fortalecer seu sucesso para a disputa pelo Palácio das Esmeraldas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/redes-sociais-conseguiram-dominio-de-mentes-no-debate-politico-1.3201749" target="_blank">Redes sociais conseguiram 'domínio de mentes' no debate político</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/general-autor-do-plano-punhal-verde-e-amarelo-recebeu-titulo-na-alego-1.3201747" target="_blank">General autor do plano 'Punhal Verde e Amarelo' recebeu título na Alego</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-modula-tom-sobre-anistia-apos-revelac-o-de-trama-golpista-1.3201744" target="_blank">Caiado modula tom sobre anistia após revelação de trama golpista</a></div>

<h2>No STF</h2>

O governador Ronaldo Caiado propôs ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra dispositivo de uma lei estadual de 2006 que vincula os salários de empregados públicos da extinta Agetop (atual Goinfra), sem vínculos estatutários e pertencentes a um quadro transitório, aos de servidores efetivos.

<h2>Ofensa</h2>

Caiado sustenta na ADI que o dispositivo viola o princípio constitucional que proíbe a equiparação automática de remunerações entre cargos distintos no serviço público, impedindo reajustes automáticos entre servidores e empregados públicos.

<h2>Pano de fundo</h2>

A Goinfra perdeu ação coletiva que visa o pagamento a 78 empregados dos mesmos reajustes concedidos a servidores. O processo, julgado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), está em fase de execução e os cálculos atualizados apontam para impacto de R$ 15,7 milhões.

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Já foi? - Frase em vidro de carro chama atenção de motoristas que trafegam em Goiânia ao pregar gentileza no trânsito. (André Rodrigues)

<h2>Perde o quê?</h2>

Um dos poucos atores políticos que reagiram negativamente à defesa de Caiado por “filtro” para anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, após a Operação Contragolpe, foi o deputado estadual Major Araújo (PL). O parlamentar usou as redes sociais e se referiu ao assunto como “vergonha”. Já é, há tempos, umas das vozes mais ativas da oposição na Alego.

<h2>Sem clima</h2>

Líder da bancada federal goiana, a deputada Flávia Morais (PDT) avalia que a proposta de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro ficou ainda mais distante com os fatos desta semana. “Agora que ficou mais difícil com essa questão que houve nos últimos dias. Já era um ponto polêmico e agora ficou mais complicado”, afirma.

<h2>Contingenciamento</h2>

O futuro secretário municipal de Finanças, Valdivino Oliveira (MDB), só vê uma alternativa caso o prefeito Rogério Cruz (SD) não envie projeto à Câmara de Goiânia para modificar a LOA: “Se a arrecadação ocorrer, gasta. Se não ocorrer, fica contingenciado.”

<h2>Pergunta para:</h2>

George Morais 
Presidente do PDT em Goiás

<img attr-cid="policy:1.3201716" attr-version="policy:1.3201716:1732150331" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3201716/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
O diretório estadual do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Goiás esclarece que, com relação ao áudio que se refere à indicação para titular da Secretaria de Agricultura do Estado de Goiás e associada ao PDT, essa informação é completamente equivocada. A indicação em questão pertence ao deputado Jovair Arantes, que pertence ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). O diretório esclarece ainda que é comum confundirem um Partido com o outro, tendo em vista a semelhança fonética. Dr. George Morais Presidente do Diretório Estadual do PDT-GO (PDT Goiás)

Como vê o cenário para 2026?

Não tenho dúvidas de que o PDT deve federar. Vamos ter reunião com todos os presidentes estaduais para tratar disso no dia 30, no Rio de Janeiro. As conversas ocorrem com o PSB e o SD, nesse caso envolvendo o PSDB. A discussão é quem vai ter autonomia nos estados, quais serão os critérios. Desses partidos, o PDT é o mais representativo. Temos 11 prefeitos, 14 vices e 154 vereadores. Temos deputado federal e estadual.

<h2>Arremate:</h2>

Sinal dos tempos - A capital goiana recebe, entre os dias 25 e 26 de novembro, o Fórum Goiânia Resiliente, que discutirá mudanças climáticas, adaptação e direitos humanos.

Detalhes -&nbsp;O evento faz parte do projeto Cidades Resilientes e será realizado no auditório do Instituto de Estudos Socioambientais, da Universidade Federal de Goiás.

Política e religião -&nbsp;O ex-reitor da PUC Wolmir Amado lança, na sexta (22), o livro “A história da transferência da capital federal do Brasil”. A obra trata de “tramas e bastidores do poder religioso, político e econômico”.

Jubileu -&nbsp;O lançamento integra as comemorações dos 25 anos do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da PUC.

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