O governador Ronaldo Caiado (UB) diz ter esperança de ainda conseguir reverter a aprovação da reforma tributária no Senado. Ele critica o texto aprovado na Câmara dos Deputados e avalia que os estados de outras regiões como Goiás se tornarão “entes subSudeste”, em referência ao peso dos estados nas votações do Conselho Federativo.

Caiado falou ao POPULAR nesta sexta-feira (7), após dias de articulações em Brasília. Durante a entrevista, ele se disse “decepcionado com quem é de Goiás e elogia o texto”. Recentemente, a ex-secretária de Estado da Economia Cristiane Schmidt e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que é goiano, defenderam que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) não causará perdas para o estado. &nbsp;&nbsp; 

O que achou da aprovação da reforma? Ainda tem alguma expectativa de conseguir reverter algum ponto no Senado?

Lógico que tenho! Isso aí é uma luta que vai ser uma luta continuada. Acredito que o Senado Federal vai rever principalmente a parte que a emenda constitucional fere a cláusula pétrea da autonomia dos estados. Tenho muita esperança de que o Senado, que é o guardião da Federação, vai saber suprimir isso do texto.

O sr. comentou que vai ao STF para questionar o Conselho Federativo. Na sua avaliação, a formação está beneficiando São Paulo, Minas e Rio de Janeiro, que tenderiam a dominar o Conselho. Quais os argumentos que serão utilizados?

São duas coisas distintas. Um assunto é o problema de você ter um conselho que vai decidir sobre o que você vai receber de dinheiro de parcela por mês. Isso fere a cláusula pétrea da autonomia. Eu não sou especialista nisso, mas todos os juristas têm se colocado respaldando essa tese que a gente não pode, de maneira alguma, admitir que um conselho sobreponha a autonomia dos governantes. Este é um ponto. O segundo ponto é que foi criado na última hora, e isso fez parte apenas da emenda aglutinativa apresentada pelo relator, em que ele coloca que para poder aprovar qualquer matéria no Conselho, você tem que ter pelo menos o apoio de quem representa 60% da população brasileira. Isso criou um outro condicionante para nós. Nós somos entes subnacionais, que é normal, agora nós viramos entes subnacionais e sub Sudeste, porque só o Sudeste tem mais de 42% da população brasileira – Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Esse porcentual para aprovação o sr. também vai levar para o STF ou só o Conselho Federativo?

Não. Eu disse a você da cláusula pétrea. Eu estou lutando para que esse assunto seja revisto no Senado, porque lá é a Casa dos entes federados. É o Senado Federal que nos representa.

O sr. também comentou que a reforma pode extinguir os fundos constitucionais, como o FCO, o Fundeinfra, de que forma o texto faz isso?

No momento que ele repassa toda a condição do pagamento do destino, você exclui todos os programas que nós temos de incentivo fiscal. Ao excluir todos os incentivos fiscais aqui do estado de Goiás, você não tem como ter o Fundo de Combate à Pobreza (Protege). Quem está elogiando a reforma hoje, está elogiando que Goiás vai perder R$ 3 bilhões do Fundo de Combate à Pobreza. Quem é que paga esse fundo? As indústrias que são incentivadas e que estão instaladas em Goiás. Se você derrubou o incentivo, como você vai ter esse dinheiro? O Fundo de Arte e Cultura (FAC) também é um incentivo das pessoas que recebem os projetos de fomento do ProGoiás. Você tem a Lei Goyazes, o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), que são mais de R$ 3,5 bilhões por ano. Então, eu não entendo o que é que essas pessoas estão comemorando. Eu não vejo como uma empresa de médio porte e de pequeno porte sobreviver em Goiás, porque quem é que vai aguentar pagar tarifa de 35%? E, em último lugar, é preciso dizer que essa alíquota de 35%, que é o que infelizmente vai acontecer, que ela foi escondida da população, dizendo que seria apenas 25%. Isso não procede. Eu não sei porque algumas pessoas estão aplaudindo, elogiando isso. E, veja bem, isso não tem nada a ver com o meu governo. Quando elas forem implantadas, eu já não serei mais governador de Goiás. Mas o importante é que Goiás será duramente penalizado, ao perder a capacidade de implementar sua política de incentivo fiscal, os fundos que nós temos de desenvolvimento, como o FCO, e os fundos em Goiás, como o Fundo de Combate à Pobreza, que é um fundo que hoje sustenta todas as políticas sociais do governo.

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) deu entrevista para a Cileide Alves, no POPULAR, e falou que os incentivos fiscais, na verdade, provocaram distorções e que os estados sofreram com quedas de arrecadação. O que o sr. acha disso?

É um desconhecimento. Eu até tive oportunidade de ler um artigo que eu aprendi muito, e o autor do artigo diz o seguinte: se você acessar o Google, colocar guerra fiscal, isso só aparece no Brasil, mas é praticado no mundo todo. Só que lá fora o nome que é dado para isso é concorrência nos impostos. Lá, o Texas dá menos tributo, toma uma empresa da Califórnia, a Califórnia bate com a tarifa e toma lá outro investimento e o outro vai comprar um imóvel, vai para outra cidade que o IPTU é menor. Isso é uma daquelas frases decoradas. Ele não tem nem ideia do que seja isso no mundo, porque todo mundo faz também essa posição dessa concorrência nos impostos. E aqui no Brasil apelidaram de guerra fiscal. No mundo todo é concorrência nos impostos.

&nbsp; Falando da votação, o União Brasil tinha divulgado aquela nota em defesa do adiamento da votação, mas, no fim das contas, a maioria da bancada votou a favor da PEC. O que aconteceu no partido?

Você deveria perguntar para eles por mim, porque, nesse momento, eu realmente não estava e eu não sei que força é essa que os sensibilizou tanto a votarem pela PEC.

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O sr. passou a semana em Brasília articulando. Da bancada goiana, 9 foram contra a reforma, mas 8 foram a favor. O sr. acha que teve alguma influência? O sr. acredita que sai fortalecido politicamente?

Não estou fazendo isso do ponto de vista de fortalecimento político, até porque isso não vai atingir o meu governo. Eu fiz isso dentro de uma formação, que é minha, e que ao mesmo tempo cabe a mim, como governador, não lutar apenas pelo meu mandato, mas pelo futuro do meu estado. E conhecedor que sou, modéstia à parte, estudei o texto da reforma tributária, não podia concordar com tudo isso que você me perguntou anteriormente e que eu citei. Com todas as perdas imediatas, junto com perdas de indústrias que são instaladas nos distritos industriais de Anápolis, de Aparecida, de Itumbiara e tantos outros lugares que poderão, amanhã, por falta dessas políticas de incentivo, por falta de termos fundos constitucionais, que também servem para que eles possam ter financiamento nessa linha de crédito, estes cidadãos todos venham simplesmente deixar o estado de Goiás. E isso eu não poderia me calar. Não faço a discussão simplista do período do meu mandato. Faço a discussão, como goiano que sou, que tem que brigar pelo meu estado de Goiás. A minha decepção é com alguns que acham que não, que isso aí não vai afetar em nada e que Goiás vai crescer. Goiás está crescendo 6,6%, enquanto o Brasil cresce 2,9%. Você vê que chegou um momento em que Goiás está crescendo cada vez mais em tudo, em oportunidade de emprego, em renda per capita, em condições de infraestrutura, enfim, Goiás está sendo um estado que está sendo exemplo para o Brasil. Eu não entendo ninguém de Goiás comemorar algo que é danoso para o país, porque quebra uma cláusula pétrea da independência e autonomia dos estados e atinge Goiás de forma dura. Talvez Mato Grosso atinge mais, mas logo a seguir vem Goiás e depois Tocantins ou talvez o Pará, mas nós estamos entre os estados mais perdedores. No momento em que nós somos o estado que mais está crescendo e que mais está avançando na oferta de emprego e na industrialização. Eu fico até um pouco receoso de saber quais são os motivos, se é desconhecimento da matéria ou torcida contra.

Teve a redução da alíquota do agro também em 60%. O sr. acha que ainda não é suficiente?

Eu não vou discutir os problemas acessórios. Vou discutir o problema principal. No momento que você fere a autonomia do estado, não é dando um presente aqui ou acolá que vai resgatar tudo o que Goiás perdeu e que vai perder muito no agro, porque a tributação será altíssima no final, quando o Brasil acordar e saber que a carga tributária vai para 35%, e que ninguém amanhã vai conseguir pagar imposto e vai ser a maior sonegação que você já viu na história desse país. O cidadão vai comprar um telefone, ele prefere sem nota, que custa 35% a menos. É isso que vai dar, vai ser a política da sonegação.

Caiado diz que estados de outras regiões devem virar ente 'subSudeste' após aprovação da reforma tributária

Política

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Matéria - Política

Entrevista

O governador Ronaldo Caiado (UB) afirmou nesta terça-feira (11), em coletiva de imprensa durante a posse do novo secretário estadual de Infraestrutura, Adib Elias, que não fará alterações significativas no secretariado no fim de seu mandato e que as mudanças passam pela discussão com o vice-governador Daniel Vilela (MDB), que assumirá a gestão no próximo ano. Caiado é pré-candidato à Presidência da República em 2026 e deve começar a rodar o Brasil a partir de abril para tornar seu nome conhecido. “Isso (definição de nomes) é uma análise que faço muito junto com o Daniel Vilela. Não quero, neste momento, que eu estou a apenas a um ano do final do meu mandato, fazendo mudanças substantivas aqui e acolá. Isso aí não foi nenhuma alteração do governo. Você há de convir que os dois cargos que foram colocados não foram enunciados e estavam vagos”, disse Caiado. O governador também falou sobre sua pré-campanha à Presidência da República e o motivo de escolher a Bahia para o lançamento no mês que vem. “Primeiro, porque eu recebo o título de cidadão baiano. É o fato determinante. Em segundo lugar, porque é o momento ideal também para eu já começar a caminhar o Brasil”, explicou. Ele ainda destacou que sua trajetória em Goiás será um trunfo na campanha. “A única interrogação que eles colocam em relação à minha pré-campanha é uma só: Ronaldo Caiado não é conhecido. Então, é só mostrar para o Brasil o que eu fiz aqui no estado de Goiás, e aí está tudo resolvido”, afirmou. Sobre as prioridades em Infraestrutura, o governador destacou a quantidade de obras em andamento. “São muitas, são muitas rodovias, são muitas pontes, são muitas obras ainda para serem terminadas, e colégios também”, disse. Ele também mencionou a duplicação da GO-330, que liga Goiânia a Catalão, como um projeto estratégico. “O projeto já está sendo analisado. Vocês podem saber que será feito. Não é em detrimento de nenhuma outra região”, afirmou.

Análise de mudanças inclui Daniel, diz governador

Governo de Goiás

Webstories

Ao dar posse ao ex-prefeito de Catalão Adib Elias (MDB) como <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/caiado-confirma-adib-elias-no-governo-1.3234914" target="_blank">novo titular da secretaria estadual de Infraestrutura</a> (Seinfra), o governador Ronaldo Caiado (UB) fez um longo discurso ressaltando as principais marcas de seu governo, como Saúde, Educação e Segurança Pública. O governador, no entanto, reconheceu as dificuldades na área de infraestrutura e pontuou a chegada de Adib como marca da necessidade de “consolidação”. “O nosso grande foco agora é a infraestrutura. Precisamos consolidar essa área para garantir o desenvolvimento do estado. Agora, Adib assume com sua experiência política e compromisso para continuar esse trabalho”, declarou Caiado no evento.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal do O POPULAR no WhatsApp</a>

O embarque de Adib no governo estadual fora aventado por Caiado desde o fim do ano passado, quando o governador iniciou articulações para realizar <a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-exclui-restric-es-a-nomeac-es-em-estatais-1.3237258" target="_blank">mexida no primeiro escalão</a> a fim de abrigar prefeitos que encerrariam seus mandatos em dezembro de 2024. A princípio, a chegada do ex-prefeito de Catalão encontrou resistências. Na época, O POPULAR mostrou falas do então titular, Pedro Sales, alegando que as substituições poderiam gerar “descontinuidade” e comprometer entregas.

Ao cumprimentar Sales, que deixa a secretaria de Infraestrutura para ficar à frente apenas da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Adib elogiou o auxiliar apontando na sequência a importância de avançar na área.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/analise-de-mudancas-inclui-daniel-diz-governador-1.3240139" target="_blank">Análise de mudanças inclui Daniel, diz governador</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/caiado-confirma-adib-elias-no-governo-1.3234914" target="_blank">Caiado confirma Adib Elias no governo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-exclui-restric-es-a-nomeac-es-em-estatais-1.3237258" target="_blank">Caiado exclui restrições a nomeações em estatais</a></div>

“O verdadeiro desenvolvimento só progride com infraestrutura eficiente. Goiás já é um estado consolidado, mas não podemos permitir discrepâncias regionais. A meta do governo é clara: investimento pesado em infraestrutura”, declarou Adib sobre os próximos passos à frente da secretaria.

Ponto também reforçado por Caiado ao destacar os investimentos sendo feitos. “São muitas rodovias, muitas pontes e colégios ainda a serem entregues. A conclusão de obras depende de tempo. Não se faz uma rodovia ou um prédio da noite para o dia”, disse o governador, reforçando que “daqui a um ano, passo o <a href="https://opopular.com.br/politica/analise-de-mudancas-inclui-daniel-diz-governador-1.3240139" target="_blank">comando ao Daniel Vilela</a>, e queremos chegar lá com Goiás ainda mais estruturado”.

No discurso, Adib relembrou um encontro no gabinete do vice-governador Daniel Vilela (MDB), onde ambos teriam resolvido as diferenças. “Um dia, o Daniel me convidou para conversarmos. A história nossa é muito grande, muito maior do que qualquer arranhão ou esbarrão. Na vida pública, você não pode levar isso em consideração maior que as outras atividades”, afirmou.

O novo secretário declarou seu apoio à candidatura de Vilela ao governo de Goiás no ano que vem, no plano de sucessão a Caiado. “O meu trabalho aqui é para colocá-lo como próximo governador de Goiás. Vou trabalhar profundamente para que nós todos possamos inaugurar muitas obras no estado”, disse.

Adib foi quatro vezes prefeito de Catalão, além de deputado estadual. Emedebista histórico, ele foi expulso pela direção da sigla por infidelidade partidária em 2018 após desentendimentos com Vilela, presidente estadual. Ambos apararam as arestas do desgaste em 2023.

O vice-governador destacou a reconciliação com o ex-prefeito e a importância da nomeação para o governo. “Talvez a chegada de Adib seja a de maior peso político de todo o governo Caiado. Ele chega em um momento crucial, em que a infraestrutura será nossa grande prioridade”, afirmou. “Adib vai ser um gerentão, aquele que vai cobrar diariamente as ações, medidas a serem adotadas, para que esse plano seja colocado em execução ao longo de 2025.”

No discurso, Vilela também elogiou a parceria entre Adib e Sales, comparando-a a uma “dupla sertaneja afinada”. “Adib traz a bagagem política, e Pedro, a técnica. Juntos, vão efetivar o maior plano de infraestrutura do Brasil”, disse.

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<h2>Presidência</h2>

Para destacar a pretensão do governador de alçar um vôo nacional, o novo secretário enalteceu as áreas de destaque da gestão e reforçou seu compromisso com o desenvolvimento do estado, se emocionando ao falar de sua trajetória pessoal e política. “Falar da segurança pública e da educação já é um marco na sua história, que te coloca como maior e melhor, nesse momento, como candidato a presidente da República”, afirmou Adib em direção a Caiado.

Ações da gestão também foram apontadas por Sales ao deixar o cargo, destacando pontos como a estruturação das parcerias público-privadas com o BNDES para ampliar o saneamento básico, a criação do Distrito Agroindustrial Norberto Teixeira (Dianot), em Aparecida de Goiânia, e o programa FundeInfra, que prioriza obras apontadas como estratégicas pelo setor produtivo.

O auxiliar ainda afirmou da importância de enfrentar os desafios da área, ressaltando que a administração pública exige decisões audaciosas em prol da população. “Hoje a administração pública precisa de coragem, precisa saber que vamos assumir riscos. E que, ao nos omitirmos ao assumir riscos, levamos prejuízo à vida das pessoas que podem vir a pagar o preço de uma covardia ou uma omissão nossa, porque muita gente de nós depende”, afirmou Sales.

A cerimônia de posse contou com a presença do senador Vanderlan Cardoso (PSD), e dos deputados federais José Nelto (UB), Flávia Morais (PDT) e Ismael Alexandrino (PSD), além de grande grupo político de Catalão, reduto de Adib.

Caiado admite dificuldade e maior foco na infraestrutura

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Caio Henrique Salgado ()

As articulações iniciadas pelo Palácio das Esmeraldas ainda no ano passado para atrair prefeitos do PL à base governista avançaram e devem se consolidar, nesta terça-feira (11), com filiações ao União Brasil do governador Ronaldo Caiado. Diante do receio de articulações contrárias, o assunto é tratado com extrema cautela, mas a expectativa é de anunciar os primeiros nomes em reunião na sede do partido.

Na lista estariam, entre outros, Jacó Rotta, de Cabeceiras, e Simone Ribeiro, de Formosa. Os dois são ligados ao presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, José Mário Schreiner (MDB), um dos principais responsáveis pela articulação. 

Conforme apurado pela coluna, o movimento tem como pano de fundo a intenção de ampliar parcerias com o governo estadual e o desconforto com o aprofundamento da postura de oposição da sigla presidida por Wilder Morais. Outro fator apontado é a percepção de que o senador não se viabilizará para a disputa pelo governo, contra o vice-governador Daniel Vilela (MDB). “Com certeza lá na frente eles (Caiado, Daniel e Wilder) vão estar juntos”, diz um dos integrantes do PL envolvido nas conversas.

Quase todos

Conforme O POPULAR mostrou recentemente, o Palácio das Esmeraldas estima que ampla maioria dos prefeitos do PL deve aderir à base governista. Boa parte com filiações ao UB e também ao MDB.

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Já tinha visto? - Ponto de ônibus sendo lavado no cruzamento Rua T-29 com a Avenida T-9, no Setor Bueno, em Goiânia. (Andre Rodrigues)

Resistência

Dos 26 prefeitos que o PL elegeu no ano passado, palacianos avaliam que terão dificuldades de atrair Geneilton de Assis (Jataí), Maycllyn Carreiro (Morrinhos) e Paulo Trabalho (Posse).

Circulando

Luis Otávio, de Cristalina, esteve mais distante da base. O prefeito foi um dos integrantes do PL levados por José Mário a Caiado , nesta segunda (10).

Agenda nacional

Caiado vai a São Paulo, na quinta-feira (13), para participar do encontro Educação Já 2025, promovido pelo Todos pela Educação. Vai participar de mesa com governadores que estão em segundo mandato e se destacaram no Ideb.

Na Alego

A primeira-dama Gracinha Caiado (UB) vai ser anfitriã do 1º Encontro de Gestores e Trabalhadores de Assistência de Goiás. O evento será realizado também nesta quinta, no auditório da Assembleia Legislativa, e deve reunir mais de mil pessoas, entre primeiras-damas, secretários e técnicos de cerca de 200 municípios.

Base

A ministra Macaé Evaristo (Direitos Humanos) incluiu o lançamento do Pop Rua Cidadã na agenda de sua visita a Goiânia, na quarta (12). O projeto é de iniciativa da vereadora Kátia, que preside o PT do presidente Lula em Goiás. Trata-se de parceria com a PUC-GO para ampliar políticas públicas voltadas à população em situação de rua.

Na Câmara

O evento organizado por Kátia Maria será realizado na Câmara de Goiânia. Uma das propostas da petista é a realização de um novo Censo Pop Rua para atualizar os dados sobre essa população e garantir políticas mais eficazes.

Pergunta para:

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()

Adib Elias (MDB)

Ex-prefeito de Catalão

O sr. assume nesta terça a Secretaria Estadual de Infraestrutura. Como será o trabalho com o presidente da Goinfra, Pedro Sales?

Vamos trabalhar juntos para fazer a implementação dessas obras, para melhorar cada vez mais a infraestrutura. O governo resolveu os problemas da segurança, saúde e educação e&nbsp;tem que também estar sempre atento à infraestrutura. Somos muito amigos e respeitamos um ao outro. Vamos fazer juntos esse trabalho.

Arremate:

Ao vivo - O entrevistado do Chega pra Cá desta terça-feira (11) será o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico. Ele vai falar sobre os esforços e investimentos do governo para transformar Goiás “em polo de inteligência artificial custe o que custar”, segundo as palavras de Ronaldo Caiado em entrevista ao podcast Giro 360. Às 11 horas, no portal do POPULAR.

Mulheres à frente -&nbsp;A FacUnicamps realizará, no ida 18 de março, em seu teatro, roda de conversa com histórias “de mulheres que alcançaram o poder em suas áreas de atuação”. A secretária estadual de Cultura, Yara Nunes, e a vice-prefeita de Goiânia, Cláudia Lira (Avante) estarão no palco com empresárias. O ingresso é 1 kg de alimento, que será doado ao Cevam.

Adesão de prefeitos do PL à base do governo avança com filiações ao UB

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

Em meio a pressão do governo federal para que os estados promovam isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de alimentos, o governador Ronaldo Caiado (UB) reagiu, afirmando que atualmente Goiás já tem <a href="https://opopular.com.br/economia/governo-lula-zera-aliquota-de-importac-o-para-carne-cafe-milho-e-outros-produtos-1.3238243" target="_blank">alíquota zerada</a> ou reduzida para mais de 20 itens da cesta básica.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

A reportagem apurou que, no governo estadual, novas reduções não são ventiladas. Além disso, a leitura é que a possibilidade de imposição da União sobre o tema - a exemplo do que ocorreu em 2023 com o <a href="https://opopular.com.br/politica/tj-go-concede-liminar-e-suspende-icms-integral-sobre-energia-solar-1.3225208" target="_blank">ICMS dos combustíveis</a> - é remota, diante do trauma provocado pela medida.

O governo de Goiás divulgou, nesta segunda-feira (10), que produtos como ovos, frutas, legumes, verduras, leite, milho, trigo, aveia e raízes têm alíquota zerada. Além disso, itens como arroz, feijão, açúcar, café, macarrão, óleo, sal, manteiga, queijo, farinha e pães tiveram a <a href="https://opopular.com.br/economia/governo-lula-zera-aliquota-de-importac-o-para-carne-cafe-milho-e-outros-produtos-1.3238243" target="_blank">carga tributária reduzida</a> de 19% para 7%. O estado informou que o “benefício é aplicado de forma contínua e tem caráter permanente”.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/proposta-de-alckmin-para-reduc-o-do-icms-de-alimentos-n-o-e-bem-recebida-pelos-estados-1.3238975" target="_blank">Proposta de Alckmin para redução do ICMS de alimentos não é bem recebida pelos estados</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/governo-lula-zera-aliquota-de-importac-o-para-carne-cafe-milho-e-outros-produtos-1.3238243" target="_blank">Governo Lula zera alíquota de importação para carne, café, milho e outros produtos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/tj-go-concede-liminar-e-suspende-icms-integral-sobre-energia-solar-1.3225208" target="_blank">TJ-GO concede liminar e suspende ICMS integral sobre energia solar</a></div>

Em entrevista à rádio Interativa, Caiado citou os exemplos e disse que “nós estamos fazendo a nossa parte” para a redução dos preços. O governador também fez críticas à gestão de Lula em diferentes âmbitos, como gestão fiscal e falta de repasses para a Saúde. Caiado disse que Lula tenta “achar culpado e jogar em cima de todo mundo a responsabilidade de uma total incompetência de governar o País”.

O goiano pretende lançar sua pré-candidatura a presidente da República no início de abril e tem endurecido as críticas contra Lula, seu provável adversário.

O aumento do preço dos alimentos no supermercado é visto como um dos principais fatores para a queda da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A rodada da pesquisa Genial/Quaest publicada no final de fevereiro mostrou que mais de 60% desaprovam a gestão petista em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, os três maiores colégios eleitorais do País.

O levantamento foi feito em oito estados (também estão na lista Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia e Goiás). Em todos os casos a percepção de que houve aumento no preço dos alimentos foi citada por mais de 90% dos entrevistados. Em Goiás, a desaprovação de Lula é 70%. Além disso, 96% dos goianos afirmaram que houve aumento nos preços no mercado no último mês.

Na tentativa de diminuir o custo dos alimentos, o governo federal decidiu zerar a alíquota de importação de uma lista de produtos (entre eles, carne, café, milho, óleo de girassol, óleo de palma, azeite e açúcar). Em meio à crise, o governo federal tem feito acenos aos governadores, em busca de contribuição dos estados, por meio de cortes na <a href="https://opopular.com.br/economia/proposta-de-alckmin-para-reduc-o-do-icms-de-alimentos-n-o-e-bem-recebida-pelos-estados-1.3238975" target="_blank">cobrança de ICMS</a>.

À rádio CBN, o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou, nesta segunda, que o custo dos alimentos é motivo de preocupação para o governo. Por outro lado, Alckmin também demonstrou otimismo diante da queda do dólar e expectativa de o País <a href="https://opopular.com.br/economia/proposta-de-alckmin-para-reduc-o-do-icms-de-alimentos-n-o-e-bem-recebida-pelos-estados-1.3238975" target="_blank">registrar safra recorde</a>. O vice-presidente ainda destacou que o cenário aponta para queda gradual dos preços para os consumidores e reforçou o pedido aos governadores.

A informação nos bastidores é que membros do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) têm discutido o assunto e há interesse em publicar um posicionamento sobre o tema ainda nesta semana.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) publicou levantamento nesta segunda, em que mostrou aumento no custo da cesta básica em 14 das 27 capitais brasileiras em fevereiro. Na lista, Goiânia registrou a maior redução, de 2,32%.

<h2>Trauma</h2>

A pressão do governo federal sobre os estados não tem sido vista com bons olhos por governadores de forma geral. Em postagem nas redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) - também é visto como possível candidato a presidente contra Lula em 2026 -, disse que em seu estado já existe alíquota zero para itens como arroz, feijão, ovos, farinhas, legumes e verduras. Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) publicou posicionamento semelhante.

A leitura geral é de temor de que o cenário se transforme em medida semelhante a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2023. Na época, em busca de aumento de sua popularidade na véspera da eleição, Bolsonaro conseguiu apoio do Congresso Nacional para corte no ICMS dos combustíveis.

Posteriormente, já na gestão petista, a União compensou os estados em R$ 27 bilhões (houve acordo em discussão no Supremo Tribunal Federal), mas os governadores reclamaram que o montante não foi suficiente para suprir as perdas.