O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), voltou a demonstrar, nesta quarta-feira (12), apoio a uma mudança na legislação para que membros de facções criminosas sejam considerados terroristas. “Se eu chegar à presidência, meu segundo ato vai ser exatamente transformar em terroristas todos aqueles que são das facções criminosas”, disse o governador à CNN. Caiado faz parte de um grupo de governadores de oposição que participou de reuniões com parlamentares e com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em Brasília, nesta quarta, quando pediram mais tempo para o debate do marco legal do combate ao crime organizado, matéria também conhecida como PL Antifacção. Os gestores apontaram ainda a necessidade de a proposta ser discutida com todos os Poderes. Na noite desta quarta, Motta anunciou, durante a sessão, o adiamento da votação da proposta, sob a justificativa de que recebeu pedidos de lideranças da Casa e do relator, Guilherme Derrite (PP-SP). De acordo com Motta, o tema voltará a ser discutido na Casa na próxima terça-feira (18). O pedido dos governadores era de adiamento por 30 dias. O debate sobre o projeto ocorre cerca de 15 dias após a operação realizada no Rio de Janeiro contra o crime organizado, nos complexos da Penha e do Alemão.