Para se defender da condenação em primeira instância - por abuso de poder político na realização de jantares com vereadores no Palácio das Esmeraldas durante a campanha de 2024 -, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), citou, nesta quarta-feira (11), casos de outros chefes de Executivo - como dos ex-presidentes Dilma Rousseff (PT) e Jair Bolsonaro (PL) e de ex-governadores de Goiás - que fizeram reuniões em período eleitoral em suas residências oficiais, mas não foram cassados ou considerados inelegíveis. Caiado também negou que os encontros realizados no Palácio em sua gestão tiveram finalidade eleitoral e reforçou seu projeto de pré-candidatura à presidência da República em 2026. Em decisão publicada na noite de terça-feira (10), a juíza eleitoral Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, decidiu pela inelegibilidade por oito anos de Caiado, do prefeito eleito da capital, Sandro Mabel (UB), e sua vice, Coronel Cláudia (Avante). O entendimento da magistrada foi de que jantares realizados no Palácio das Esmeraldas nos dias 7 e 9 de outubro - com a presença de vereadores, suplentes e outras lideranças políticas - tiveram o objetivo de buscar apoio eleitoral. A decisão também determina a cassação do registro de candidatura de Mabel e Cláudia. A execução não é imediata. A defesa decidiu apresentar recurso direto ao Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO).