O governador Ronaldo Caiado (UB) e a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, terão reunião no próximo dia 18, em Goiânia, para avaliar a possibilidade de filiação e abrigo para a pré-candidatura do goiano à Presidência da República. A agenda foi confirmada ao POPULAR pelo deputado federal e presidente estadual do Podemos, Glaustin da Fokus.O deputado afirma que os primeiros convites para a filiação do governador foram feitos em meados de julho, diante da intensificação de divergências internas na federação formada por União Brasil e PP sobre a viabilidade da candidatura própria de Caiado. Glaustin aponta ao POPULAR que nunca houve dúvidas sobre a preferência do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, pela aliança e indicação da vice.“Eu sabia que, em algum momento, esse assunto do governador poderia ser um problema no União Brasil e também no PP, porque é muito claro pelos quatro cantos de Brasília que o Ciro quer ser vice de algum projeto, seja ele qual for. Consequentemente, o governador poderia ter problema partidário. Foi quando, há uns 70 dias, eu fiz vários convites para ele”, conta o parlamentar ao POPULAR.O deputado ainda relata como foram as conversas com Caiado sobre a possível troca de legenda. “Eu disse, governador, saiba de uma coisa: o senhor é muito grandão e o Podemos é um partido pequeno, mas o senhor tem um partido para de fato disputar a presidência. Ele, daquele jeito maroto, apenas sorriu e a coisa foi afunilando. Teve a chancela da Renata que queria de fato conversar sobre o assunto com ele. Assim, marcamos o encontro agora no dia 18, em Goiânia”, relata.A presidente nacional do Podemos já estará em Goiás na data agendada para lançar o projeto do ex-prefeito de Goianésia, Leonardo Menezes, que pretende se candidatar a deputado federal.Glaustin, no entanto, rejeita qualquer possibilidade de que o governador passe a comandar o partido, seja nacional ou regionalmente, caso a sua filiação à legenda seja confirmada.“Nem controle estadual nem controle nacional. O Caiado é um projeto do partido e ele estaria à disposição. O Podemos, em contrapartida, colocaria a legenda à disposição para ele participar. Em nenhum momento, a gente falou de controle do partido. Se ele vai exigir isso ou não, aí é uma outra conversa, mas eu acho difícil. Praticamente impossível, porque o foco dele é outro por ser candidato a presidente”, diz.