A Câmara Municipal de Goiânia retirou da pauta desta quarta-feira (27) a votação de um decreto legislativo que concederia o título de cidadão goianiense ao secretário-executivo da secretaria municipal de Saúde, Quesede Ayres Henrique, preso pela manhã na Operação Comorbidade, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). O projeto, de autoria do vereador Markim Goyá (PRD) e proposto em 3 de julho, foi retirado após solicitação do próprio autor e também da manifestação do vereador Sargento Novandir (MDB), que alegou possíveis desvios de conduta associados à gestão como justificativa para a retirada. A coincidência de datas chamou atenção e gerou constrangimento entre os parlamentares. A operação do MP, deflagrada no mesmo dia em que estava prevista a votação e que atingiu integrantes da cúpula da secretaria, apura a concessão de vantagens em contratos, causando prejuízo para a administração pública, como também a existência de pagamentos irregulares, inclusive com omissão da ordem cronológica de exigibilidade.