A Câmara Municipal de Silvânia cassou o mandato do prefeito Geraldo Luiz Santana (PP) por causa de suposta fraude em licitação relacionada a ações de infraestrutura no município. A decisão foi tomada por unanimidade nesta segunda-feira (16).De acordo com o presidente da Casa, Fábio André da Silva (PSC), o contrato foi apurado em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada no ano passado. No entanto, o relatório foi rejeitado por seis dos 11 vereadores. Com isso, a investigação foi arquivada. Fábio André afirma que, após a CPI, o mesmo contrato foi alvo da operação Apáte, deflagrada pela Polícia Civil, quando foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, além de bloqueio de bens e valores.O presidente diz que, após a operação, a Câmara recebeu três denúncias populares contra o prefeito. Diante disso, afirma Fábio André, foi instalada uma Comissão Parlamentar Processante (CPP), com o objetivo de apurar as supostas irregularidades, formada por Hamilton Marmita (PROS), Washington Gomes (PP) e Matheus Brito (MDB). O relatório pela cassação foi apresentado por Hamilton.Nesta terça-feira (17), o vice-prefeito, Estevão Colombo (PP), assumiu o comando do Executivo. A cerimônia teve a presença do deputado federal Professor Alcides, que está filiado ao PL, mas era do PP até o fim da janela partidária, em abril. Advogado de Geraldo, Rubens Fernando Mendes de Campos diz que o ex-prefeito entrará com recurso na Justiça. A defesa argumenta que houve alteração de membros da CPP, que a perícia grafotécnica foi negada e que testemunhas não ficaram isoladas durante os depoimentos à comissão e, por isso, conseguiram ouvir os fatos que as demais estavam narrando. Rubens também argumenta que a presidente da comissão de licitação não foi ouvida. Leia também:- Prefeito de Silvânia e secretários são alvos de operação da Polícia Civil