Carlos França, presidente do Tribunal de Justiça

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O desembargador Carlos Alberto França concluirá neste sábado seu mandato de quatro anos à frente do Tribunal de Justiça de Goiás. Ele exerceu dois mandatos consecutivos.

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Em 2021, quando tomou posse pela primeira vez, havia 42 desembargadores em Goiás. Hoje são 78. Neste período houve criação de 52 vagas de juiz substituto, além de centenas de cargos comissionados.

De outra parte, o TJGO apresenta avanço na celeridade dos processos, segundo o Conselho Nacional de Justiça. O poder atingiu 112% no Índice de Atendimento à Demanda (IAD), que mede a capacidade do tribunal julgar mais processos do que os distribuídos. Isso significa que conseguiu finalizar 12,2% mais processos do que recebeu de novos casos, posição que lhe rendeu o primeiro lugar entre os tribunais de médio porte e em segundo entre todos os tribunais estaduais.

A justiça goiana mudou nesses quatros anos e quem fará esse balanço é o convidado deste primeiro episódio do ano, o desembargador Carlos Alberto França.

Chega pra Cá #136: Carlos França, presidente do Tribunal de Justiça

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Na semana de Oscar e da mostra O Amor a Morte e as Paixões, o tema deste episódio do Chega pra Cá tinha de ser cinema. E o convidado de hoje é o cineasta goiano Erico Rassi, diretor de “Oeste Outra Vez”, melhor filme do Festival de Gramado e que vai estrear nos cinemas em 27 de março. Para me ajudar nessa conversa, eu convidei o também cineasta, Pedro Novaes.

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“Oeste outra vez” é o segundo longa-metragem de Erico Rassi. O primeiro foi Comeback, o último filme do ator Nelson Xavier. Ambos os filmes se passam no sertão goiano. Pedro Novaes também dirigiu dois longas, Alaska, filmado na Chapada dos Veadeiros, e o documentário Cartas do Kuluene. Ele também divide o roteiro de Hotel Mundial, do diretor Jarleo Barbosa.

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Cileide Alves - Jornalista

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Chega pra Cá #140: Érico Rassi, diretor do filme "Oeste outra vez"

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Chega pra Cá 

Não fosse uma agenda de última hora, a interinidade do vice-governador Daniel Vilela (MDB) como governador em exercício nos 15 dias da viagem à Índia do governador Ronaldo Caiado (UB) teria terminado com uma exposição negativa. O episódio desagradável ocorreu na terça-feira (18). O site da vice-governadoria publicou o resultado de uma pesquisa eleitoral, replicada em outros sites, apontando a liderança do emedebista nas intenções de voto para a disputa pelo governo em 2026.

A publicação, com elogios à performance de Daniel, ficou pouco tempo no ar, mas fez muito barulho antes de ser apagada por sua assessoria, seguida de uma nota à imprensa justificando que o texto “foi inserido erroneamente na aba de notícias do site por um erro individual” e que, por óbvio, “a página é destinada exclusivamente a divulgações de ações institucionais do governo”. A notícia boa que salvou a interinidade do vice veio de Brasília.

Depois de a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) anunciar, também na terça-feira, reajuste de 1,98% na tarifa do transporte coletivo da região metropolitana de Brasília, finalmente o governador do DF, Ibaneis Rocha, concordou com a proposta do governo goiano de criar um consórcio similar ao da região metropolitana de Goiânia para subsidiar o transporte público no Entorno do DF. A reunião com Ibaneis foi no dia 20, após vários encontros preparatórios, com a participação de Daniel, para definir os termos do acordo.

O reajuste da tarifa pela ANTT acelerou o desfecho das conversas que se arrastavam lentamente e com as quais o próprio Caiado tem se envolvido pessoalmente há mais de um ano. O consórcio terá a participação dos dois governos (desde o início das conversas o governo federal se recusou a integrá-lo). Goiás e GDF se comprometeram a desembolsar cada um R$ 67 milhões por ano para congelar o preço da tarifa, que chegará a 8 reais em média caso o último reajuste válido a partir deste domingo seja confirmado. A notícia repercutiu bem no entorno do DF, a julgar pelo grande número de entrevistas solicitadas a Daniel Vilela por veículos da região.

À exceção desses dois fatos, ambos fora da agenda, a 10ª interinidade de Daniel Vilela passou sem muita repercussão. Ele cumpriu agendas oficiais, como a abertura do terceiro ano da atual legislatura da Assembleia Legislativa, entre outros eventos. De diferente apenas as visitas que ele programou com antecedência a obras de infraestrutura, fatos que por si só não rendem repercussão. Daniel Vilela dedicou cinco dias de sua agenda para “vistorias” em obras rodoviárias na região metropolitana de Goiânia, em Caldas Novas, em Cristalina e até ao Complexo Oncológico, o Cora, a obra que é a menina dos olhos do governador Caiado.

A falta de uma estratégia mais ousada para substituir o governador – e a praticamente um ano de assumir em definitivo o governo de Goiás com a anunciada desincompatibilização de Caiado – levanta dúvidas sobre a capacidade política de Daniel de se inserir como líder político, em especial após o mandato de um governador com estilo forte, que preencheu todos os espaços possíveis de poder, até mesmo onde não lhe cabia atuar.

Quem acompanha o vice diz que como ele foi criado no meio, conhece bem os códigos de conduta não escritos da política e, por isso, a discrição faz parte de sua personalidade. Ele é cuidadoso para não invadir os espaços do governador e não provocar melindres nem com Caiado nem com sua mulher, Gracinha Caiado, que almeja ser candidata a senadora em 2026. Mesmo que pise em ovos, Daniel Vilela terá de encontrar um lugar próprio de atuação para não correr o risco de ser visto como apenas um nepo baby (abreviação de nepotism baby) da política.

Comurg

A prefeitura aprovou o plano de reestruturação da Comurg e o desembolso de R$ 190 milhões para salvar a empresa, nos termos já previstos. Nesta semana a proposta vai a análise do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e do Ministério Público, onde se espera que ocorra um debate amplo e transparente, afinal é mais um prefeito que se dispõe a mandar muito dinheiro para este velho e conhecido “sumidouro” de dinheiro público que é a Comurg.

Cileide Alves, jornalista

A acanhada interinidade do vice

Cileide Alves

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) vai divulgar no dia 7 de março os resultados do PIB (Produto Interno Bruto) de 2024, com estimativas dos analistas de um crescimento nacional em torno de 3,5%. A economia goiana, que nos últimos anos vem crescendo acima da média do país pelo desempenho do setor agropecuário, principalmente no período pós-pandemia, deve manter índices melhores que os nacionais, avalia o superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira.

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Vieira foi entrevistado nesta terça-feira (18) pela jornalista Cileide Alves no programa Chega pra Cá, do POPULAR, em que analisou, além de dados e perspectivas relacionados à produção goiana, os índices que apontam avanço maior da inflação em Goiânia em setores como transportes e alimentação.

No caso da projeção otimista para o PIB 2024 de Goiás, o superintendente do IBGE observa que isso deve se dar apesar de a produção agrícola no estado ter registrado queda de 1,8% no ano passado em relação a 2023. Ele lembra que enquanto o setor agropecuário representa cerca de 6% do PIB nacional, para Goiás esse porcentual alcança em torno de 13%. Ou seja, o impacto do setor é maior no estado, mas deve ser compensado pelo bom desempenho da pecuária.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/videos/chega-pra-ca-139-edson-roberto-vieira-superintendente-estadual-do-ibge-em-goias-1.3232234" target="_blank">Chega pra Cá #139: Edson Roberto Vieira, superintendente estadual do IBGE em Goiás</a>&nbsp; 
<a href="https://opopular.com.br/economia/prejuizo-por-queimadas-em-goias-deve-chegar-a-r-1-5-bilh-o-1.3178009" target="_blank">Prejuízo por queimadas em Goiás deve chegar a R$ 1,5 bilhão</a>&nbsp; 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/numero-de-comissionados-da-alego-supera-a-populac-o-de-42-dos-municipios-goianos-1.3231693" target="_blank">Número de comissionados da Alego supera a população de 42% dos municípios goianos</a>&nbsp;</div>

<cite>Na pecuária, os últimos dados de Goiás, do terceiro trimestre do ano passado (os do quarto trimestre não foram divulgados ainda), mostram o maior número de abate bovino da história no estado”, cita.</cite>

<cite>Houve também nesse período recorde na produção de ovos, e o abate de frangos e suínos também não estava indo mal. É preciso ver como tudo isso vai impactar no PIB goiano, uma queda na produção agrícola e, por outro lado, a pecuária vindo muito bem conforme os últimos dados”, contrapõe.</cite>

Para 2025, as projeções de Vieira também são de condições favoráveis ao setor agropecuária, com ganhos para a economia do estado e contribuição para conter o avanço dos preços de alimentos.

Segundo ele, pelo levantamento sistemático do IBGE para apurar a produção agrícola e também da pecuária, devemos ter em 2025 a maior safra agrícola da história de Goiás e do Brasil, superando a de 2023, que até agora é a maior da série histórica.

<cite>Temos condições climáticas neste ano regidas pelo La Niña e muito semelhantes às de 2023, quando houve recorde da safra agrícola. A produtividade até agora tem sido boa, neste início de colheita da soja. Milho e soja representam mais de 90% da produção agrícola do estado e com o plantio na época certa, a segunda safra de milho tende a ter bons resultados também”, comenta.</cite>

Vieira acredita que uma safra maior “pode ajudar a ter preços de alimentos mais comportados”. Um dos motivos que ele menciona são insumos agrícolas mais baratos, como preços de ração mais em conta para a pecuária. “Claro que depende também de fatores externos e da taxa de câmbio, mas fechamos o ano passado com taxa de mais de 6 reais, e estamos tendo movimento de queda do dólar.”

Inflação

Cileide Alves observou que no terceiro trimestre de 2024, houve recorde na produção de carnes e ovos, que estão entre os produtos “que estão mais impactando na inflação do cidadão comum”.

O superintendente do IBGE respondeu com a informação de que a média dos últimos 12 meses de 4,8% de inflação, no histórico dos índices em Goiânia e no Brasil, “não é uma média alarmante”.

Mas, explicou ele, a questão é que os itens cujos preços estão aumentando são itens muito importantes no consumo da população no dia a dia, como carne, óleo de soja, arroz, café. “Então, a sensação de perda do poder de compra é real especialmente para a população de baixa renda.”

Outra questão, de acordo com Vieira, é que não se trata de uma alta de preços recente.

<cite>Esse é um processo que vem acontecendo há algum tempo, desde o início da pandemia de Covid-19 vem se acumulando. Se pegar uma pessoa que tem salário, ela vem sentindo perda de poder de compra, e os preços de alimentação e bebida vêm aumentando mais que a média da inflação nesse período todo”, argumenta.</cite>

<cite>Em Goiânia, no ano passado, enquanto a média da inflação em 12 meses fechou em 4,8%, os preços médios de alimentos fecharam em 8,2%, um aumento muito maior. E isso aconteceu também em 2020, 2021, 2022. A exceção foi 2023.”</cite>

Combustíveis

Vieira destacou ainda que tanto em nível nacional quanto em Goiânia, o item que mais pesa no cálculo da inflação é a gasolina, responsável por cerca de 5% da inflação brasileira e da inflação goiana. Ele esclareceu que nas estruturas de pesos de cálculo da inflação, o grupo de alimentação e bebidas tem pesos parecidos para Goiânia (21,6% ) e para o Brasil ( 21,7%) no cálculo de inflação. Já o grupo de transportes pesa mais na inflação goianiense do que na inflação brasileira. Esse grupo pesa 24% no cálculo da inflação de Goiânia e 20,5% no cálculo da inflação nacional.

Esse é um dos fatores pelos quais Goiânia registrou 4,61%, de inflação nos últimos 12 meses, terminados em janeiro, já computando a desinflação no primeiro mês do ano na capital, e o Brasil ficou um pouco abaixo, com 4,56%.

<cite>Os preços de combustíveis aumentaram quase três vezes mais do que o índice de inflação, eles aumentaram 12% em Goiânia. De modo individual, o etanol aumentou 21,5% na capital no ano passado. Então, esses aumentos dos grupos de transportes superiores ao que nós tivemos no Brasil, e com esse peso maior, acaba tendo uma inflação maior em Goiânia.”</cite>

O peso maior decorre de a última pesquisa sobre o que mais pesa nos gastos familiares, feita em 2017/2018, apontou que em Goiânia, as pessoas gastam relativamente mais com o grupo de transportes do que em nível nacional.

PIB goiano deve superar o do País em 2024, diz superintendente do IBGE

Economia

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Chega pra Cá

Edson Roberto Vieira, superintendente estadual do IBGE em Goiás

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apura indicadores econômicos entre janeiro e dezembro, ano após ano. Todo mês, o instituto mostra como reagiram a inflação, os custos e índices da construção civil, dados da indústria, do comércio, do setor agrícola e do desemprego.

Esses índices fecham o ciclo em dezembro. Em janeiro começa tudo de novo, mas com uma novidade, o fechamento dos indicadores de todo ano anterior, de janeiro a dezembro, exibindo uma espécie de foto das atividades econômicas de Goiás.&nbsp; Por isso, o convidado deste episódio do Chega pra Cá é o superintendente estadual do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira.

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Cileide Alves entrevista o superintendente estadual do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira (Reprodução/Redes sociais)

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Chega pra Cá #139: Edson Roberto Vieira, superintendente estadual do IBGE em Goiás

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