O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota) voltou a descartar o interesse em assumir cargo no governo. Ele também fala dos ônus e dos bônus de ir para a base ao se reaproximar do vice-governador Daniel Vilela (MDB). Mendanha ainda rebateu as críticas do ex-governador Marconi Perillo (PSDB).

Evasivo quanto à eleição de 2026, diz que já tem peça pronta para tentar viabilizar juridicamente uma candidatura em 2024, em Goiânia. Quanto a Aparecida de Goiânia, não deixa de citar os desencontros que teve com o atual prefeito Vilmar Mariano (Patriota), mas avalia ser possível apoiar sua candidatura.

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Como vai ser sua atuação nesse projeto de fruticultura no Vão do Paranã, do qual o governador Ronaldo Caiado (UB) falou nesta semana?

Nós não sentamos para conversar ainda. Na verdade, vem a partir da minha relação com Israel. E eu acho que o governador tem o projeto para desenvolver ali o Vão do Paranã, principalmente na questão da fruticultura, com manga, maracujá e pitaia. Israel é um país que detém uma série de tecnologias voltadas à irrigação, utilização da água e tecnologias em todos os sentidos para a agricultura, mas também para a segurança, saúde e educação. Acredito que na próxima semana a gente tenha esse encontro para conversar não só sobre isso. Mas estou pronto para ajudar Goiás. Já havia dito isso mesmo antes de termos uma aproximação via Daniel. Estou feliz de poder, de alguma forma, colaborar.

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E tem algum outro projeto no governo que o sr. se disporia a ajudar?

Eu acho que a expertise que nós temos em Aparecida estará à disposição do governo. Na Saúde, eu posso dar algumas sugestões. O meu secretário, que é o Dr. Alessandro, eu acho que é um dos grandes nomes. Eu sei que ele já tem diálogo, até com a minha aprovação, com o atual secretário de Saúde. A gente tem o (Hospital Israelita Albert) Einstein administrando o HMAP (Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia) e me parece que o governo também tem essa vontade.

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O sr. falou que não quer cargo no governo, mas isso está totalmente descartado mesmo? 

Eu não tenho interesse em assumir um cargo no governo. Eu acabei de disputar a eleição, acho que isso cheiraria muito mal. Para colaborar, eu estou pronto. Se o governador me pedir sugestão, estou pronto. Mas não é que eu menospreze o governo, nem ser secretário, nada disso. Mas, neste momento, não acredito que seja algo viável, possível. E não houve nenhuma conversa nesse sentido. Não passa pela minha cabeça assumir uma função.

Com esse movimento de aproximação, o sr. deixa a oposição. O que foi levado em consideração ao tomar essa decisão?

Eu acho que o principal foi a minha relação com o Daniel. É claro que eu estava no meu canto, dialogando, conversando. Na minha cabeça, já me colocava em um outro projeto que não fosse o mesmo que ele fosse disputar. Seria difícil para mim, com a relação que nós temos, disputar uma eleição, ir para o debate e ter que ficar naquilo que acontece em uma eleição. Não me sentiria bem, não ficaria à vontade. Acho que, mais do que qualquer coisa, é exatamente essa minha indisposição de disputar eleição com meu amigo. Quando ele me ligou, buscou encontrar e começou a ter um diálogo de alto nível comigo, me respeitando, isso facilitou para que nós pudéssemos começar a ter esse entendimento. Essa conversa com o governador é interessante. E eu acho que ele já deu sinais muito claros de que não vai ser contra. Pelo contrário, está me valorizando.

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O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) criticou essa sua aproximação com o governador. Ele disse que além de enfraquecer a oposição em Goiás, o movimento o enfraqueceria como político também. O que acha disso?

Eu respeito todas as pessoas, com acertos e erros, acho que todo mundo tenta fazer alguma coisa. Eu tenho respeito pelo ex-governador, nunca tive uma aproximação política, nunca o ajudei, ele nunca me ajudou. Quando prefeito e ele governador, a gente tinha uma boa relação, ponto. Mas nas eleições passadas, eu não vi essa ação que ele está tendo agora. E eu não procuro ficar respondendo. Eu acho que cada um fica à vontade onde está. E com o Daniel fico muito à vontade, até porque nós fizemos parte de um grupo que mudou e transformou a realidade das cidades. Eu nunca caminhei com o Marconi. Eu esperava nas eleições de 2022 uma posição diferente (dele) do que foi. Então, ele querer me aconselhar agora, eu escuto, mas realmente não concordo com as posições dele.

O sr. fala que esperava uma posição diferente em 2022 em que sentido?

Ele foi bem combativo com o governador Caiado, mas nas eleições a gente sabe que ele fez campanha para ele e pronto. Não se posicionou com relação a candidatura (ao governo), que necessariamente não precisava ser a minha. Ele não se posicionou na campanha de presidente. Eu sou um homem que tem posição e fico muito à vontade de, com essa relação minha com o Daniel, não ser oposição. Mas eu acredito que a posição que ele está tendo agora, ele deveria ter tido nas eleições passadas. Agora ele quer se posicionar para tentar dizer que faz política de uma forma diferente, enfim. Eu acho que a gente teve uma campanha de alto nível, tanto do governador, quanto da minha parte, como dos outros candidatos também.

E como fica 2024? O senhor já falou que tem vontade de ser candidato em Goiânia, mas tem um impasse jurídico. Pretende ir para a Justiça para tentar ser candidato?

Eu estou finalizando uma peça para fazer uma consulta. É claro que você tem uma certa dificuldade. A tese que nós vamos utilizar é de que a gente não quer mudar a regra que existe atualmente, eu concordo com ela, e não pretendo ir de encontro para tentar derrubar. Eu acho que quem se candidata duas vezes e fica até o fim do mandato não deve realmente ir ao terceiro. Agora, no meu caso, nas eleições do ano que vem eu terei quase três anos que estarei longe do mandato. Se der certo, eu vou estar à disposição. Caso o MDB queira, eu vou estar pronto para disputar as eleições para prefeito. Senão, eu vou, claro, ajudar naquele que seja o projeto. Que seja a Ana Paula (Craveiro, filha de Iris Rezende), que eu acho que é um excelente quadro, o Bruno Peixoto (presidente da Assembleia Legislativa de Goiás), que talvez não estava pensando e acho que tem que começar a pensar.

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E em Aparecida, o seu candidato é o Vilmar Mariano?

Nós tivemos alguns desencontros, mas eu não tenho nenhuma dificuldade, do ponto de vista político, de apoiá-lo. Tenho conversado, daqui a pouco vou ter um encontro com ele para tentar ajudar, até para mudar um pouco daquilo que tem acontecido. Acho que o Vilmar estando bem, ele vai ser não só o meu candidato, mas também o candidato do Daniel e, na sequência, do governador. Eu acho que alguns pontos ainda precisam ser equalizados, porque a política é construída a várias mãos e para ser prefeito de uma cidade tão importante como Aparecida, você tem que saber levar e trabalhar.

Acha que ele consegue repetir o seu feito, de fazer uma aliança partidária grande como foi a de 2020?

Eu acho que a aliança é possível, não do tamanho que foi a minha, muito menos chegar na votação que eu tive. Mas eu acho que ele tem condição, sim, depende do trabalho dele, política e administrativamente.

E 2026, tem algum cargo em mente para ser candidato? Tem alguma garantia nessas conversas com o Daniel?

No primeiro momento é ter essa aproximação, porque a gente vai restabelecendo a confiança, a gente vai construindo junto. Eu sou uma pessoa que sempre fiz política de grupo, de trabalhar junto, então eu vou estar pronto para caso alguma missão me seja dada para disputar. Eu estarei pronto, como estarei pronto para prefeito se conseguir mudar essa resolução.

Mas seu interesse em 2026 é cargo majoritário?

Eu não acho que isso é uma coisa para aprofundar agora. Claro que pela votação que tive, o trabalho que posso desenvolver junto a partir de agora, essa é uma vontade que tenho. A partir do momento que eu entro para a base, eu tenho que entender qual é o melhor caminho e talvez conversar com o governador também, que lidera todo o processo e saber onde que eu posso, talvez, colaborar mais.

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Essa filiação para o MDB agora está dependendo do quê?

Eu estou esperando conversar com algumas pessoas, não tem decisão tomada, mas acho que isso está muito próximo de acontecer.

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Quais são os ônus e os bônus dessa aproximação?

O ônus é que muitas pessoas não compreendem essa aproximação com Daniel, que não tem jeito de me aproximar do Daniel e não me aproximar do Caiado, para poder disputar. De alguma forma, gera alguma contrariedade com algumas pessoas que me apoiaram, isso é natural. O bônus é justamente poder se relacionar com todo mundo, criar um ambiente que seja importante para poder dar continuidade a todo esse processo que Goiás tem vivido.

"Cheiraria muito mal assumir cargo no governo", diz Mendanha

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Entrevista

Assumi a Prefeitura de Goiânia há apenas um mês com a missão de reconstruir nossa cidade. A situação que encontramos é crítica, com dívidas públicas que somam R$4 bilhões e serviços essenciais fragilizados, mas meu compromisso de conduzir a gestão municipal com inovação e responsabilidade se reflete em entregas e promessas já cumpridas desde o primeiro dia.

Decretamos calamidade pública para reorganizar a estrutura, executar ações emergenciais e priorizar medidas que tragam mudanças. Entre elas, iniciamos a auditoria nas licenças médicas dos servidores municipais, para garantir transparência e respeito à população.

Na primeira semana de gestão, abrimos o Mutirão dos 100 dias, que caminha para sua 5ª edição. Em 30 dias recolhemos 61 mil toneladas de lixo e entulho das ruas e tapamos mais de 15 mil buracos em asfalto. Começamos a devolver à cidade o cuidado que ela merece, e isso me enche de esperança.

Desde a campanha, ouvi mães e pais que enfrentavam dificuldades para deixar ou buscar seus filhos nos horários de funcionamento dos Cmeis, entre 7h e 17h. No Cmei Ceasa, já ajustamos a abertura para as 4h da manhã para atender as trabalhadoras que iniciam suas jornadas de madrugada. Agora, as crianças têm um lugar seguro para descansar e começar o dia com dignidade. Sempre defendi a educação como instrumento de transformação e fiz o compromisso de entregar 10 mil novas vagas no ensino infantil. Neste primeiro mês já entregamos quase 4 mil e nossa meta é zerar o déficit neste semestre.

Na saúde, ampliamos o atendimento pediátrico para as 13 unidades de urgência e emergência, com médicos disponíveis 24 horas, garantindo que nenhuma criança fique sem assistência. Também ampliamos o serviço de ortopedia para quatro unidades. Saúde de qualidade é um compromisso inegociável da nossa gestão.

Para Goiânia voltar a respirar com fluidez, na mobilidade urbana já iniciamos intervenções como a liberação de motos nos corredores de ônibus, para aliviar o tráfego nas vias principais, reduzir congestionamentos e oferecer mais segurança aos motociclistas. Começamos também a implantar as conversões livres à direita, que permitem que os veículos realizem a conversão mesmo diante do sinal vermelho, desde que haja sinalização específica e sempre priorizando os pedestres.

Iniciamos o projeto de metronização para que os ônibus dos principais eixos operem como metrôs de superfície, priorizando paradas apenas nas estações, o que já vai reduzir o tempo de viagem em até 30%. Quero que os goianienses gastem menos tempo no trânsito e mais tempo com suas famílias, porque isso também é dignidade.

Encaro a gestão de Goiânia com a mesma determinação que marcou minha trajetória como empresário. Não tenho hora para trabalhar, porque sei que os desafios são enormes, mas tem me dado uma alegria enorme ver nas ruas a esperança dos goianienses renascer.

Sandro Mabel, prefeito de Goiânia

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O prefeito Sandro Mabel (UB) disse em entrevista ao POPULAR que a Prefeitura de Goiânia pretende ampliar as relações de parceria com o Governo de Goiás no âmbito da <a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-anuncia-reforco-no-videomonitoramento-de-goiania-com-software-de-reconhecimento-facial-1.3225039" target="_blank">segurança pública</a>, reforçando uma maior integração da <a href="https://opopular.com.br/cidades/mais-guardas-municipais-devem-ser-treinados-para-aplicar-multas-e-realizar-testes-de-bafometro-em-goiania-diz-gcm-1.3221355" target="_blank">Guarda Civil Metropolitana</a> (GCM) com outras forças para construir uma “muralha” de monitoramento na Região Metropolitana da capital. “Troquei os comandantes e chamei todos os GCM’s que estavam fora. Quase 200 estavam fora. Voltaram todos na rua neste mês. Desencavernei todo mundo que estava a disposição de um órgão ou outro, não tem mais nenhum”, afirmou.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal do O POPULAR no WhatsApp</a>

Mabel admitiu que ainda enfrenta dificuldades para encontrar um nome para a secretaria da Eficiência. “Quem eu quero não me quer. Entende? Já conversei com 7 ou 8 aí que tem de opção, mas quando chega na parte financeira você não consegue fechar a parte financeira.” Na data que marcou os primeiros 30 dias de mandato, o prefeito falou sobre projetos que serão enviados para a Câmara Municipal de Goiânia, a relação com os servidores públicos, os avanços já feitos na gestão, mas evitou falar sobre a <a href="https://opopular.com.br/politica/comiss-o-para-regulamentar-taxa-do-lixo-e-criada-1.3223368" target="_blank">taxa do lixo</a> e manifestou contrariedade quando perguntado sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pelo PSDB acerca do novo tributo.

Às quintas-feiras, Mabel costuma trabalhar fazendo boa parte dos despachos de foro privado no 20º andar do edifício New York Square Business, onde funciona a sede de suas empresas, o Grupo Scodro. O local fica a cerca de 13 minutos de distância do Paço Municipal. Quem entra em sua sala, depara-se com uma vista privilegiada da capital. O amplo gabinete tem decoração de cores claras. Na beirada da grande mesa de madeira e vidro, uma Bíblia Sagrada fica aberta no Salmo 119.

Mabel mostrou-se orgulhoso com as ações ao longo dos 30 primeiros dias. Alegando que assumiu o governo do município em cenário de “terra arrasada” e reiterando o rombo de R$ 3,5 bilhões deixado pelo ex-prefeito, Mabel disse que, “ainda assim”, conseguiu ampliar os atendimentos nas unidades de Saúde, diminuiu as <a href="https://opopular.com.br/cidades/ambulancias-ter-o-tempo-limite-de-espera-1.3217216" target="_blank">filas dos hospitais</a>, e “colocou 6,5 mil crianças nas creches”. Ainda segundo o prefeito, neste início de gestão também houve a alteração do horário de abertura de Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), como o do Ceasa, que passou a abrir às 4h.

Ao ser questionado sobre a taxa do lixo, demonstrou irritação, e pediu para ser informado sobre quais perguntas seriam feitas. De imediato, Mabel foi lembrado que os questionamentos não são fornecidos com antecedência aos entrevistados, em qualquer situação.

O prefeito detalhou então as dificuldades para fechar um nome para a secretaria Municipal de Eficiência, que das 31 pastas do primeiro escalão, é a única que permanece sem titular definido. Mabel tomou posse em 1º de janeiro também com indefinição no Turismo, o GoiâniaTur, mas após indicação do PP, anunciou no último dia 15 a ex-prefeita de Bela Vista Nárcia Kelly (PP) para comandar a agência.

O prefeito disse estar com dificuldades em fechar um nome para a pasta da Eficiência, que terá, em suas palavras, “superpoder”. “Não consegui fechar um nome que me atenda nas condições que eu quero, porque é muito caro o profissional que eu quero, o salário da prefeitura não atrai ninguém, é um custo muito caro e eu estou naquela musiquinha: ‘Quem me quer eu não quero, e quem eu quero não me quer’.

Apesar de nos bastidores a informação ser de que o nome para a nova secretaria sairá de uma indicação do meio empresarial, Mabel afirmou que essa não é uma “preferência” sua. “Eu não quero um tipo de pessoa que vá pra lá, que eu faça um acerto financeiro que ela fique feliz, o salário que ela receber, e não vai receber complemento lá extorquindo alguém”, justificou o prefeito.

O POPULAR mostrou no início do mês que o empresário e ex-superintendente do Sebrae Igor Montenegro, é uma dos lembrados, mas o advogado e cientista político Giuliano Miotto começou também a aparecer entre os nomes cotados.

Mabel destacou que a <a href="https://opopular.com.br/politica/projetos-de-cruz-na-camara-ser-o-sepultados-por-mabel-1.3219300" target="_blank">gestão municipal</a> tem buscado ampliar parcerias com o governo estadual em diversas áreas, com prioridade para Saúde, Educação e Assistência Social. Ele mencionou que a Prefeitura tem trabalhado para integrar os programas estaduais à realidade de Goiânia, superando dificuldades que antes limitavam a chegada desses projetos à capital. Na Educação, a colaboração envolve a oferta do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), enquanto na Assistência Social há iniciativas voltadas para moradores de rua, com o uso da estrutura dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e ações da Secretaria da Retomada, incluindo oportunidades de emprego e qualificação profissional.

<div attr-cid="policy:1.3225162" attr-version="policy:1.3225162:1738169655" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3225162" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3225162', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3225162">webstories (1.3225162)</a></div>

<h2>Centraliza</h2>

Original de Cruz, o projeto Centraliza, programa de requalificação do Centro de Goiânia que promove alterações na legislação, que podem ser instrumentos para atrair a população de volta ao bairro, está parado na Comissão de Finanças da Câmara. Segundo Mabel, que havia dito anteriormente ao POPULAR que separaria o mês de janeiro para fazer ajustes à proposta, o Centraliza não deve ser enviado no retorno do Legislativo na semana que vem.

O prefeito afirmou que fará novas modificações antes do envio do texto. “O conceito do Centraliza, a questão de incentivos essas coisas, é pouca coisa do que tem que se mexer, mas o conceito geral é muito diferente do que a nossa equipe pensa.”

<h3>Servidores</h3>

O POPULAR mostrou no último dia 6 que o decreto de emergência na área da Saúde, em virtude da <a href="https://opopular.com.br/cidades/ministerio-atesta-emergencia-decretada-por-goiania-para-dengue-1.3224619" target="_blank">epidemia de dengue</a> na capital, levou ao primeiro desgaste do prefeito com o funcionalismo público e os vereadores de oposição. Representantes dos servidores da capital reforçaram, em tom de insatisfação, que os decretos de calamidade pública nas áreas de Saúde e Finanças, editados no dia 2, penalizavam diretamente as categorias. Em paralelo, parlamentares oposicionistas, como Kátia Maria (PT), foram à Justiça contra os primeiros atos de Mabel.

Sobre o tema, o prefeito minimizou a repercussão dos decretos entre os servidores dizendo que a interpretação errônea “foi dada pela imprensa para fazer tumulto”. “O decreto é claro em dizer que quem está de férias ou que iria sair de férias poderia tirar as férias deles. Eu não mandei chamar ninguém de férias de volta. Foi uma interpretação que a imprensa deu para fazer um tumulto. Interpretaram isso daí de chamar de volta”, disse.

O prefeito disse que teve encontro com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Goiânia (SindiGoiânia), Ronaldo Gonzaga, para tratar do assunto e que “não chamou ninguém” que estava em férias para retornar ao ofício.

“Ninguém chamou ninguém que estava de férias para voltar ou coisa do tipo. Então é um tumulto que… Sindicato tem que criar um tumulto, né, senão não mostram o serviço. Mas isso daí rapidamente foi esclarecido. Nossa visão não é prejudicar o funcionário público, principalmente o que trabalha. Agora o que não trabalha eu estou em cima. Pode ter certeza, esse só estão revendo e não trabalhando, nossa Guarda, nossa Inteligência, mandei reforçar a Inteligência da Guarda Municipal, já tem uns 200 casos desse jeito, que ganha 20 mil, 25 mil”, declarou.

Mabel quer 'muralha' na segurança, com o estado

Prefeitura de Goiânia

A direção da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) solicitou à Prefeitura R$ 100 milhões para pagamentos de <a href="https://opopular.com.br/politica/verbas-indenizatorias-do-mp-go-somam-r-28-milh-es-em-dezembro-1.3225393" target="_blank">verbas rescisórias</a> para iniciar processo de demissão de empregados. A estimativa inicial é de desligamento de 800 a 1.200 colaboradores que já se aposentaram ou que teriam condições de entrar para a inatividade.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal do O POPULAR no WhatsApp</a>

A informação de demissão de aposentados foi dada pela <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/ex-comandante-geral-da-pm-sera-diretor-da-comurg-1.3219756" target="_blank">direção da Comurg</a> em uma reunião com representantes dos sindicatos de trabalhadores da companhia há duas semanas, conforme apuração do POPULAR. A Secretaria da Fazenda da Prefeitura de Goiânia confirmou que estuda uma fonte de recursos para o repasse à empresa visando as demissões.

O secretário da Fazenda, Valdivino Oliveira, afirma que, ao total, a Comurg solicitou R$ 190 milhões, sendo R$ 100 milhões para rescisões e o restante para ajustes e pagamentos de <a href="https://opopular.com.br/politica/paco-quer-provar-r-4-bilh-es-de-dividas-e-calamidade-1.3223370" target="_blank">parte das dívidas</a> que tornariam a companhia sustentável. “É o valor necessário para botar a empresa nos trilhos. Hoje ela tem um déficit mensal de cerca de R$ 20 milhões. Queremos torná-la superavitária”, diz. Ele afirma que apresentará proposta para viabilização dos recursos ao prefeito Sandro Mabel (UB) na próxima segunda-feira (3).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/paco-quer-provar-r-4-bilh-es-de-dividas-e-calamidade-1.3223370" target="_blank">Paço quer provar R$ 4 bilhões de dívidas e calamidade</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/promotora-aponta-situac-o-caotica-na-comurg-apos-vistoria-1.3220924" target="_blank">Promotora aponta situação caótica na Comurg após vistoria</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/quinquenios-de-salarios-na-comurg-ser-o-recalculados-1.3225429" target="_blank">Quinquênios de salários na Comurg serão recalculados</a></div>

Segundo o secretário, o decreto de calamidade financeira permite “engenharias” para possibilitar movimentações e um possível aumento de capital social da companhia. O decreto foi assinado pelo prefeito no início de janeiro e não teve aprovação na Assembleia Legislativa, mas a Prefeitura tenta reverter a posição da Casa e considera que as medidas já adotadas têm validade.

Em 2023, a gestão do prefeito Rogério Cruz (SD) propôs, sob justificativa de necessidade de pagamento de dívidas, aporte de R$ 68,4 milhões para integralização do capital social da Comurg, que chegou a ser aprovado pela Câmara de Goiânia, mas o Ministério Público de Goiás (MP-GO) recomendou que o Executivo não sancionasse. O MP-GO alegou que o valor não poderia ser superior aos R$ 50 milhões correspondentes ao capital social da companhia. Em dezembro de 2022, também houve tentativa frustrada - rejeitada pelo Legislativo - de integralização de R$ 30,7 milhões. Em meio às dificuldades, houve reajustes nos valores dos contratos com a Prefeitura para garantir mais repasses.

No dia 14 de janeiro deste ano, em reunião com a <a href="https://opopular.com.br/politica/quatro-coroneis-da-pm-ter-o-cargos-de-chefia-na-comurg-1.3220061" target="_blank">direção da Comurg</a>, os dirigentes de sindicatos afirmaram concordar com a demissão de aposentados, já que há permissão legal para o desligamento, mas cobraram o pagamentos dos acertos devidos. O processo é o mesmo de encerramento de contrato de trabalho comum, pois os empregados são celetistas.

Há divergências sobre a quantidade de colaboradores nesta condição. Enquanto o Sindicato dos Empregados de empresas de Limpeza e Similares do Estado de Goiás (Seacons) estima um número entre 350 e 400, a Comurg informou, por meio da assessoria de imprensa, que foram identificados 693 casos de efetivos e comissionados já aposentados. Os salários líquidos desse pessoal somam cerca de R$ 3 milhões.

No entanto, os primeiros trabalhos internos de inspeção na folha teriam apontado outros casos, que totalizariam de 800 e a 1.200. O presidente da Seacons, Melquisedeque Santos de Souza, afirma não ter conhecimento de número superior a 400 e considera que podem ter sido contabilizados casos de empregados que estão cedidos a outros órgãos.

Atualmente, segundo a assessoria da Comurg, a companhia tem 5.256 empregados (5.141 efetivos e 115 comissionados) e 1.421 efetivos cedidos a outros órgãos, com ônus para os cessionários.

Melquisedeque afirma não ter sido comunicado de intenção de desligamento dos demais empregados, da ativa, mas a equipe de Mabel estuda a possibilidade diante de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite demissões em sociedades de economia mista, com justificativas específicas.

Desde o início da gestão de Mabel, a Comurg trabalha em cinco frentes para reduzir a folha de pessoal: <a href="https://opopular.com.br/politica/em-primeiros-atos-da-nova-gest-o-comurg-exonera-420-comissionados-1.3218040" target="_blank">demitiu 480 comissionados</a>; articulou junto a órgãos de controle (Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas dos Municípios) medidas que autorizam revisão e corte de supersalários; prepara a reestruturação do organograma da empresa, com redução das diretorias (de 6 para 3) e outros cargos de chefia; acerta a demissão dos aposentados; e estuda a possibilidade de demitir também empregados da ativa com altos rendimentos ou que “não trabalham”, conforme tem repetido o prefeito.

Em entrevista à TV Anhanguera nesta quinta-feira (30), Mabel disse que a Comurg registrará redução de gastos de R$ 20 milhões no mês de fevereiro com as primeiras medidas, não só de redução da folha, mas também outras despesas. Segundo ele, a partir de abril, a companhia será “sustentável”, com gastos de R$ 28 milhões mensais. “Ainda acho muito, porque queremos R$ 30 milhões somando despesas da Comurg e o contrato com o Consórcio LimpaGyn (serviços terceirizados de coleta de lixo), mas já será uma redução muito grande”, afirmou.

Mabel também disse que já houve redução de salários, apesar de possíveis questionamentos legais, e determinação de demissões. “Tem gente que tem estabilidade, mas mandei demitir do mesmo jeito. Tira esse pessoal fora”, afirmou.

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<h2>Auditoria</h2>

Mesmo com as primeiras medidas para cortes da folha, a direção da companhia pretende contratar uma auditoria para análise dos cálculos para concessão de benefícios e detalhes de pagamentos de pessoal.

A reportagem apurou que uma ala da equipe de Mabel quer lançar licitação, com elaboração já finalizada do termo de referência, mas um outro grupo defende dispensa da concorrência para garantir maior agilidade no processo.

Conforme mostrou o POPULAR na quarta-feira (29), o TCM-GO aprovou por unanimidade a determinação ao prefeito e ao presidente da Comurg, coronel Cleber Aparecido Santos, para que recalculem os quinquênios concedidos aos empregados e revisem termos do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2026, feito entre os sindicatos dos servidores e a direção da companhia no ano passado.

O tribunal também estabeleceu que atos administrativos não podem resultar em aumento irregular das despesas com pessoal nem pagamentos que furem o teto constitucional do serviço público (R$ 44 mil).

Comurg quer R$ 100 milhões para promover demissões

O Popular