O Comitê de Controle de Gastos da Prefeitura de Goiânia aprovou a locação de 10 veículos para atender o prefeito Sandro Mabel (UB), a vice-prefeita Cláudia Lira (Avante) e titulares da administração pública municipal ao longo de quatro anos (48 meses). O custo anual dos carros é de R$ 926 mil, totalizando R$ 3,7 milhões por todo o período do aluguel. O documento foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) na noite desta sexta-feira (30).

Segundo a resolução normativa, serão locadas uma SUV grande com blindagem (R$ 15 mil); uma caminhonete de cabine dupla (R$ 7,4 mil); seis sedãs representação (R$ 32,4 mil); e duas SUVs grandes (R$ 22,3 mil). O Paço informou que a locação será feita por meio de pregão eletrônico e que o valor aprovado é uma estimativa do máximo que poderá ser pago.

A Prefeitura justifica a locação alegando que a atual empresa que disponibiliza os veículos oficiais específicos “não demonstra interesse para a renovação contratual, devido a defasagem dos valores que eram referentes ao ano de 2022”. A empresa referida é a Localiza Veículos Especiais S.A. “Contudo, a licitação terá como critério de julgamento o menor preço e assim se espera um deságio com redução desses valores”, diz a nota enviada à reportagem.

Questionada pelo POPULAR sobre a motivação do aluguel de uma SUV blindada, a Prefeitura afirma que a licitação considera, entre outros, casos de assassinatos ou ataques à autoridades para aprovar a locação do veículo e que “toda a fundamentação” para o pedido consta no processo interno, que será divulgado após a abertura do pregão eletrônico.

O contrato atual com a Localiza prevê a locação por dois anos de uma SUV com blindagem (R$ 11 mil); duas SUVs grandes (R$ 11 mil); um automóvel adaptado para transporte de cadeirantes (R$ 4 mil); um sedan de representação (R$ 4,4 mil). O custo total dos cinco veículos é de R$ 762,4 mil.

Em meio ao decreto de calamidade pública vigente na área financeira da capital e às falas do prefeito reafirmando as medidas de austeridade, como o corte de gastos e a revisão de contratos da Prefeitura para equilibrar o orçamento, o documento informa que a aprovação da despesa foi feita “sem ressalvas” e possui a assinatura dos titulares de quatro pastas municipais que integram o colegiado: Valdivino Oliveira (Fazenda); Juliano Gomes Bezerra (Controladoria Geral do Município); Wandir Allan (Procuradoria Geral do Município); e Celso Dellalibera (Administração).

O Comitê de Controle de Gastos foi criado pela gestão Mabel para monitorar os gastos do Executivo, com análise de contratos, convênios, acordos e propostas para abertura de créditos adicionais e garantir o equilíbrio fiscal em Goiânia.&nbsp;

Na prestação de contas à Câmara de Goiânia na quinta-feira (29), Mabel reforçou que a gestão tem buscado promover redução de despesas, destacando o registro de um superávit primário de R$ 705 milhões de janeiro até abril.

Ainda assim, O POPULAR mostrou que houve queda de 76% nos investimentos no primeiro quadrimestre do atual governo. Mabel confirmou que 2025 será de dificuldades na área, por ser “um ano de arrumação”, e prometeu que, após esta fase, investirá, por ano, pelo menos R$ 1 bilhão.

Comitê de controle de gastos do Paço aprova locação de veículos

Política

Política - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Política

Prefeitura de Goiânia

O diretor-executivo do Limpa Gyn, Renan Andrade, afirma que o consórcio presta serviço de forma regular em Goiânia. No caso da coleta de lixo orgânico, a depender do endereço, a atividade é feita três vezes por semana ou de segunda a sábado. Os caminhões realizam as rotas durante o dia e à noite. “A parte do orgânico hoje roda 100%, fazemos toda a cidade”, disse. De acordo com Andrade, a média de coleta deste tipo de resíduo é de cerca de 40 mil a 42 mil toneladas por mês. O serviço prestado pela empresa na capital é alvo de apuração de Comissão Especial de Inquérito (CEI) instalada na Câmara de Goiânia na semana passada. Quanto à remoção de entulho, Andrade afirmou que ainda há desafios por causa do descarte irregular. No entanto, o diretor disse que a situação melhorou depois que a gestão do prefeito Sandro Mabel (UB) reforçou a fiscalização. A média é de remoção de 70 mil a 75 mil toneladas por mês, conforme estipulado em contrato. Em relação ao Cata-treco, a empresa registrou quase 12 mil atendimentos neste ano.Já a coleta seletiva começou em outubro de 2024. A meta contratual é acima de 2,6 mil toneladas e são realizadas entre 3,3 mil e 3,4 mil. Já a varrição mecanizada é realizada nas grandes vias da cidade. São 24 rotas diárias, de segunda a sábado.De acordo com Andrade, o serviço completo prestado pelo Limpa Gyn tem custado cerca de R$ 20 milhões à Prefeitura por mês. Para que o pagamento seja feito, é preciso medir o que foi realizado, ou seja, atestar que a atividade foi feita. No caso das coletas de lixo e remoção de entulhos, a medição é por peso. Já a varrição é por quilômetro.Andrade explicou que a medição é realizada seguindo parâmetros do contrato. No caso do peso da coleta orgânica, por exemplo, existe o relatório do Aterro Sanitário, imagens e rastreamento. Segundo ele, a Prefeitura tem os próprios relatórios de fiscalização. O diretor explicou que o Limpa Gyn tem 250 equipamentos, contanto caminhões e a linha amarela (retroescavadeira e outros). Entre estes, estão 75 caminhões que fazem a coleta de lixo orgânico. A empresa tem 1,2 mil funcionários.ContextoA CEI do Limpa Gyn realizou sua primeira reunião na sexta-feira (5), quando os sete membros elegeram Welton Lemos (SD) para presidente, Aava Santiago (PSDB) para vice e Willian Veloso (PL) na relatoria. As reuniões serão realizadas às terças-feiras, às 14h.O requerimento para que a CEI fosse criada foi apresentado por Cabo Senna (PRD) em 10 de julho (há quase dois meses) com a assinatura de 16 vereadores, entre membros da base e independentes. No documento, os vereadores apontam a necessidade de investigar supostas irregularidades na execução do serviço e no contrato do Limpa Gyn com a Prefeitura. A criação da CEI foi vista nos bastidores como um instrumento de membros da base para pressionar Mabel por mais cargos no Executivo e celeridade na liberação de emendas. O gestor chegou a afirmar que, neste processo, foi pressionado por vereadores por mais espaço na Prefeitura.Entre julho e agosto, Mabel e auxiliares tentaram articular contra a instalação da CEI, mas falharam. A falta de apoio neste tema e a aprovação em primeiro turno de projeto de lei que propõe a revogação da Taxa de Limpeza Pública (TLP), a taxa do lixo, foram as duas primeiras grandes derrotas de Mabel na Câmara. O cenário apontou para necessidade de recomposição da base, que ainda está em curso.

Serviço tem custo de cerca de R$ 20 milhões por mês ao Paço

Diretor-executivo do Consórcio Limpa Gyn, Renan Andrade afirma que a empresa está preparada para responder aos questionamentos dos vereadores, mas considera a Comissão Especial de Inquérito (CEI) instalada na Câmara de Goiânia desnecessária. Andrade disse que, desde o início do atual mandato, dialoga e responde dúvidas de vereadores que procuraram o consórcio. Para o diretor, a CEI é uma oportunidade de “esclarecer de uma vez por todas” as dúvidas dos vereadores e da população sobre o contrato com a Prefeitura de Goiânia.

O Limpa Gyn começou a atuar em Goiânia em 2024, na gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (SD), com coleta de lixo orgânico e seletiva, remoção de entulho e varrição mecanizada. Atualmente, o serviço prestado pelo consórcio custa cerca de R$ 20 milhões por mês, segundo Andrade. O valor pode variar de acordo com a quantidade de lixo produzido na cidade.

No requerimento de criação da CEI, os vereadores apontam a necessidade de investigar supostas irregularidades na execução do serviço e no contrato do Limpa Gyn com a Prefeitura. Apesar dos apontamentos administrativos, a criação da CEI foi vista nos bastidores como instrumento de pressão política contra o prefeito Sandro Mabel (UB).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/cei-confirma-comando-e-preve-datas-e-depoimentos-1.3309146" target="_self">CEI confirma comando e prevê datas e depoimentos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/cei-do-limpa-gyn-define-comando-e-regras-para-funcionamento-1.3308774" target="_self">CEI do Limpa Gyn define comando e regras para funcionamento</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/primeira-reuni-o-de-cei-definira-comando-nesta-sexta-feira-5-1.3308625" target="_self">Primeira reunião de CEI definirá comando nesta sexta-feira (5)</a></div>

&nbsp;Como o consórcio avalia e se prepara para a CEI, que tem uma justificativa administrativa, mas também faz parte de um processo político?

Estou preparado para qualquer tipo de questionamento. Segundo, eu acho que o processo da CEI, efetivamente, é desnecessário porque eu sempre tive diálogo aberto aqui para todos. Alguns me procuram aqui desde o início do mandato. Desde o início do ano tenho acesso a alguns vereadores. Quem sempre veio aqui, teve dúvidas e quis tirar, tirou. Então, sempre tive diálogo aberto. Qualquer um que viesse me procurar aqui teria retorno na informação que foi solicitada. Mas já que foi feita a abertura da CEI, nós enxergamos hoje como uma oportunidade também de esclarecer de uma vez por todas, para todos os vereadores e para toda a população, ou para quem tiver dúvida sobre o contrato. Nós vamos ter essa oportunidade de esclarecer os fatos, mostrar efetivamente como nós trabalhamos, quais são os equipamentos, quem faz parte das equipes, como é feito o serviço. Nós ainda não temos detalhes do que vai ser questionado e cobrado. Só depois disso que nós poderemos preparar qualquer tipo de documentação para apresentação.

&nbsp;No início da gestão, Mabel fazia muitas críticas ao serviço. Há demonstração de que essa relação mudou. O prefeito continua com puxões de orelha, mas diz que o serviço melhorou. Como é a relação com a gestão?

O Sandro cobra bastante da prestação do serviço. Diariamente eu tenho contato com o time dele. Essa relação tem se mostrado um pouco mais leve como fruto de ele ter dado atenção para nós mostrarmos tudo o que efetivamente é feito. No final do ano passado, o Sandro esteve aqui e viu muita coisa do que estava caminhando, mas ele estava começando a entender todos os detalhes do contrato e de como nós estávamos operando. Efetivamente, ele fez muitas cobranças e nós tivemos alguns ajustes para melhorar, e isso trouxe resultado. Mas ele também deu atenção ao olhar tudo que é feito, conhecer a unidade, ver os equipamentos e as equipes. A partir do momento que ele passou a acompanhar, ele foi enxergando tudo o que efetivamente era feito e que, porventura, achava antes que não era. Depois, ele começou a cobrar de forma bem pontual alguns outros assuntos, puxou a orelha bem forte e muita coisa melhorou também a partir disso. Neste ano, nós tivemos uma boa melhora.

&nbsp;Ele diz que propôs as câmeras nos caminhões. Como funciona?

A coleta orgânica tem algumas reclamações. Tem diminuído bastante após as câmeras. Ela tinha algumas reclamações do tipo “o caminhão não passou na minha rua” ou “o caminhão passou, mas não recolheu o meu lixo”. Colocamos cinco câmeras em todos os compactadores. Dos 75 caminhões, em cinco os equipamentos serão instalados na próxima semana (São cinco caminhões novos, que chegaram na semana passada. A entrevista foi realizada na sexta-feira, 5). Os outros 70 já estão rodando com câmera. Tem câmera dianteira, que filma como que a rua está na hora que o caminhão chega. Tem câmera traseira, que filma não só a operação da coleta, mas também como a rua está ficando. Tem câmeras laterais para filmar o funcionário na lateral do equipamento fazendo a coleta nas calçadas. E tem câmera também na cabine com inteligência artificial, que detecta se o motorista está usando cinto ou não, se está fumando, se está usando celular ou se ele está com sono. São quatro itens que a própria inteligência artificial detecta e gera um relatório para nós identificando as falhas do motorista para que nós tenhamos uma dirigibilidade bem feita. Essa câmera têm ajudado muito aos motoristas e as demais têm ajudado aos coletores. E o uso delas tem ajudado muito para nós provarmos que efetivamente estamos passando na rua e fazendo as coletas.

&nbsp;Na Câmara, vereadores afirmam que a cidade está suja, que tem lixo acumulado. Há dificuldade de prestar o serviço de forma geral?

Se nós formos avaliar somente os serviços que nós prestamos, não temos essas dificuldades, porque o serviço está sendo feito, as cotas estão sendo batidas. Agora, quando se fala de lixo, engloba tudo. Por exemplo, os grandes geradores. Eu ando pela cidade e vejo muitos pontos de acúmulo de lixo, mas são de grandes geradores, que fazem coletas particulares, não somos nós que fazemos. Só que quando a população passa na rua e vê aquele monte de saco preto em cima de uma lixeira, dá a entender que pode ser um problema nosso. E, na verdade, é um problema particular. Outro problema é essa confusão entre varrição manual e varrição mecanizada. O Limpa Gyn faz a varrição mecanizada das grandes avenidas, de acordo com o plano pré-estabelecido. Qualquer problema de varrição do bairro, não é comigo, mas, por vezes, recebo muitas das reclamações de um serviço que não é nosso. Outro exemplo, se a Prefeitura passa fazendo roçagem nos canteiros centrais, acumula aquele roçado na ponta do canteiro e não recolhe. Não é um problema meu. Mas fica aquele monte de folha e mato acumulado. Se alguém for ali e jogar meia dúzia de sacos de lixo em cima, achando que aquilo ali é um ponto de lixo, começa a gerar um ponto viciado de remoção de entulho. Uma coisa que não era original do Limpa Gyn, passou a ser. Outro assunto, a Equatorial e a Comurg fazem poda. O Limpa Gyn, não. Quando há podas de árvores jogadas no meio das vias, a responsabilidade não é nossa, mas chega muito pedido de recolhimento de poda como se fosse um serviço que realizamos. Então, quando a gente fala de lixo, de sujo, de aspecto de falta de limpeza, são diversos serviços com algumas outras empresas envolvidas e que não nos competem. Então, acabamos tendo, sim, acredito, casos de sujeira, mas que não posso pautar porque não está dentro do meu escopo de trabalho.

&nbsp;Dentro das atividades do Limpa Gyn, está sendo feito?

Não vejo problema (no serviço prestado), porque, quanto às duas coletas, temos um plano de trabalho pré-estabelecido que é cumprido mensalmente. E o que comprova esse cumprimento são as roterizações que temos, acompanhadas pelos rastreamentos, e principalmente os pesos. Nós não teríamos como coletar 42 mil toneladas, 40 mil toneladas, 39 mil toneladas, todos os meses e não estarmos fazendo o serviço. A varrição mecanizada, idem. A remoção de entulho é o único serviço que não tem plano de trabalho pré-estabelecido porque é demandante. Preciso primeiro saber onde o munícipe fez um descarte irregular, para depois eu saber que tem que ir naquele endereço limpar. Mas como sabemos onde ficam os pontos viciados, onde o próprio prefeito já delimitou alguns endereços para o descarte concentrado do resíduo, (o que) melhorou bastante a concentração, facilitou muito a logística. Nós já monitoramos esses pontos e limpamos de cinco a seis vezes por semana. A gente faz uma análise prévia e já vai limpar. Agora, onde a população joga, que não é comum, temos que ver o material descartado, receber via SAC ou reclamação para nós irmos fazer a limpeza. Nós fazemos hoje praticamente 4,5 mil a 5 mil viagens por mês ao aterro somente de remoção de entulho. Está gerando, em média, mais de 70 mil toneladas por mês. Isso prova que a gente limpa muito. A cidade limpa é a cidade que menos se suja e não a que mais se limpa.

&nbsp;Um dos pontos que os vereadores apontam é que caminhões da Limpa Gyn estão supostamente fazendo coleta particular e esse lixo está sendo pesado como se fosse da cidade. Existe base nisso?

Não. Toda a equipe de remoção é treinada e orientada para que isso nunca ocorra. São quase 5 mil viagens ao aterro somente com a equipe de remoção. Se porventura nós pegarmos um caso de algum funcionário que por conduta própria tenha feito um serviço particular, ele é desligado da empresa porque não são as normas que nós passamos aos times.

<a href="http://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

'O processo da CEI, efetivamente, é desnecessário'

Entrevista/ Renan Andrade, diretor-executivo do Consórcio Limpa Gyn

WEBSTORIES MABEL MAMATA

Depois de o ex-líder de Governo, Igor Franco (MDB), usar a tribuna da Câmara Municipal de Goiânia, na manhã desta quinta-feira (4), para dizer que tem sofrido supostas “retaliações” do Paço após ter sido destituído do cargo, o prefeito Sandro Mabel (UB) rebateu as declarações do emedebista e afirmou que “tem muita gente que vai colher o que planta”. Negando represálias, Mabel declarou, no entanto, que por outro lado “não vai atender uma pessoa que está afrontando o município, não está ajudando num momento difícil” e disparou que os parlamentares se queixam de sua gestão pelo fato de ele ter “acabado com a mamata”.

“O cara é líder do governo. Quem é líder tem que ser fiel ao governo. Quem é infiel, você não é obrigado. Vai ter o quê? Os mesmos privilégios? Não. Ele vai ser como todos os vereadores que nós tratamos muito bem, todos eles vamos tratar igual. Agora, ele (Franco) tinha 200 mil reais de cargo, eu fui descobrir isso agora também. Vai perder essas regalias. Aí, reclama. Todo mundo que perde alguma coisa, reclama. É por isso que as pessoas reclamam de mim. É que eu acabei com a mamata. Tinha umas tetas gordas que o pessoal estava mamando. Eu enxuguei elas”, disse Mabel.

O prefeito ainda atacou o deputado estadual Clécio Alves (Republicanos) ao afirmar que por estar realizando diversos cortes na máquina pública, deputados como ele o “xingam” diariamente na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). “Por que ele xinga todo dia? Ele tem razão de me xingar. Porque eu cortei um dinheiro grande que ele tirava lá da Comurg, de outros lugares. Eu sou inimigo dele, mas sou amigo da cidade. Eu sou advogado da cidade. Enquanto eu estiver aqui, eu estou protegendo o dinheiro público, fazendo render”, disse.

Mabel, então, prosseguiu: “Eu tenho que cortar tudo. Eu tenho que fechar tudo. E o tesourão está lá firme cortando. Então, as pessoas não gostam de mim. Esse tipo de pessoa que tinha alguma coisa… Não estou falando do Igor, não. O Igor, já é outra questão, mas esses outros que reclamam. Reclamam porque vai cortando as mamatas, entende?”, enfatizou.

O prefeito afirmou ainda que sua intenção é fazer um bom mandato da cidade e que isso inclui desagradar com os cortes. “Como minha pretensão é ficar quatro anos e arrumar a cidade, eu não tenho medo de fazer as coisas”, disse Mabel.

<div class="p-readmore-box"> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-decide-n-o-locar-suv-com-blindagem-1.3308184" target="_self">Mabel decide não locar SUV com blindagem</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-recua-em-exonerac-es-para-avancar-em-reorganizac-o-da-base-1.3308183" target="_self">Mabel recua em exonerações para avançar em reorganização da base</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-volta-a-indicar-numero-menor-de-aliados-apos-reveses-1.3306250" target="_self">Mabel volta a indicar número menor de aliados após reveses</a></div>

As declarações do prefeito foram feitas em entrevista durante a abertura da Feira Internacional do Comércio Exterior no Brasil Central (Ficomex), promovida pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), na tarde desta quinta, no Centro de Convenções de Goiânia, um dia antes do início dos trabalhos da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn. O evento, que vai até sábado (6), tem por objetivo fomentar a participação de empresas nos negócios internacionais e impulsionar investimentos na região por meio de palestras, painéis, exposições, rodadas de negócios e outras atividades para revelar oportunidades de mercado e unir compradores e vendedores de várias partes do mundo.

Além de Mabel, a abertura contou com a presença do presidente da Acieg, Rubens Fileti, do governador Ronaldo Caiado (UB), do vice-governador Daniel Vilela (MDB), do presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), e dos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Rondônia, Marcos Rocha (UB).

<div attr-cid="policy:1.3308703" attr-version="policy:1.3308703:1757077227" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3308703" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3308703', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3308703">WEBSTORIES MABEL MAMATA (1.3308703)</a></div>

Sessão na Câmara

Pela manhã, durante a sessão ordinária, Franco fez espécie de desabafo e usou de tom brando para falar pela primeira vez na tribuna da Câmara de Goiânia sobre sua destituição da liderança de Governo, seis dias depois de o prefeito retirá-lo oficialmente após sequências de derrota no Legislativo que contaram com a anuência do ex-aliado, a exemplo da criação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn e a aprovação, em primeiro turno, da revogação da Taxa de LImpeza Pública (TLP), a taxa do lixo. 
 
<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Em seu discurso, Franco reclamou de ações da gestão, como a instituição do tributo, defendeu os trabalhos da CEI e mencionou que “tem observado a insatisfação nas ruas com a administração de Mabel”. “O que está acontecendo com a limpeza de Goiânia? A nossa criação da taxa (do lixo) está sendo bem empregada? Qualquer rua de Goiânia que você passa você vê ali sacos de lixo, passa por todas as ruas e vê que a limpeza está uma merda”, disse.

“Ai eu volto a questionar o Paço Municipal, qual o custo da instalação dessa CEI que foi publicada ontem? Retaliações? Perseguições? Destituições? A cidade precisa ser cuidada. Eu demorei 20 anos da minha vida para pegar um mandato de vereador por Goiânia. Já falei e repito: sempre que conflitar, sempre que divergir interesses obscuros com os meus princípios, crenças, eu vou ficar com os meus princípios”, afirmou o ex-líder do governo.

Franco alegou ter tomado conhecimento de “ordens” dadas pela Secretaria Municipal de Governo (Segov) para que as demais pastas da Prefeitura não atendam os seus pedidos. “Eu tive informações de alguns secretários nesse sentido. E falo com muita tranquilidade que uma coisa que sei com conhecimento legal é usar minhas prerrogativas de vereador.” Por outro lado, ao defender a CEI, parabenizou os vereadores que “não cederam” a pressões para desmobilizar a comissão.

“Tenho andado pelas ruas de Goiânia e tenho visto a insatisfação com a atual gestão e a gente tenta, desde o princípio, fazer a gestão dar certo. Mas deixou de me ouvir, começou a tomar algumas medidas. A gente sabe que para se entender um bom líder você vê ao seu lado os seus guerreiros. E eu pergunto: como está a composição dos guerreiros ao lado do prefeito Sandro Mabel? Está bem? Quem ali está ouvindo? Está dando conselhos com sabedoria para ele?”, prosseguiu Franco.

Além de retirar Franco da liderança na Casa, Mabel também exonerou na semana passada o irmão do vereador, Diogo Franco, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços. O Giro mostrou que Diogo vai para a Diretoria de Recursos Humanos da Câmara de Goiânia, por indicação de Luan Alves (MDB), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

Por outro lado, na edição de quarta-feira (3) do Diário Oficial do Município (DOM), Mabel tornou sem efeito os decretos que haviam exonerado comissionados ligados a vereadores da base que se posicionaram a favor da CEI da revogação da taxa do lixo.

Questionado pelos jornalistas nesta quinta sobre quem será o novo líder de Governo na Câmara, Mabel limitou-se a responder que ele “será nomeado”, mas não detalhou prazos nem citou nomes considerados para o cargo.

Mabel rebate ex-líder e aponta fim de "mamata"

WEBSTORIES MABEL SUV

A Prefeitura de Goiânia desistiu de locar um carro blindado para ser usado pelo gabinete do prefeito Sandro Mabel (UB). A decisão foi tomada após atuação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) no caso. A decisão do Paço Municipal foi revelada pela TV Anhanguera nesta quarta-feira (3).

No final de maio, O POPULAR mostrou que o Comitê de Controle de Gastos da Prefeitura havia aprovado a locação de 10 carros para atender Mabel, a vice-prefeita, Cláudia Lira, e auxiliares ao longo de quatro anos. A estimativa era de despesa de R$ 3,7 milhões no período. A decisão é desistir do veículo blindado, mas permanecer com os demais carros. 
 
A Prefeitura já fez a licitação. O termo de homologação do pregão para a locação dos veículos de forma geral foi publicado na edição do Diário Oficial do Município de 27 de agosto. O lance vencedor foi de R$ 3,1 milhões.

<div class="p-readmore-box"> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/lideranca-do-governo-tem-cota-de-r-30-mil-em-cargos-na-casa-1.3307633" target="_self">Liderança do governo tem cota de R$ 30 mil em cargos na Casa</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/prefeito-discute-projeto-sobre-temporarios-com-a-ccj-1.3307632" target="_self">Prefeito discute projeto sobre temporários com a CCJ</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/desafio-de-mabel-na-escolha-de-novo-lider-passa-pela-cei-1.3307630" target="_self">Desafio de Mabel na escolha de novo líder passa pela CEI</a></div>

Na época, foi divulgado que seriam locadas uma SUV grande com blindagem; uma caminhonete de cabine dupla; seis sedãs representação; e duas SUVs grandes. No edital, a Prefeitura apontou a necessidade do blindado em virtude de um cenário de violência urbana e citou casos como a tentativa de homicídio do ex-governador de Goiás, José Eliton (PSB), em 2016, e o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, em 2018. 
 
<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Mabel é aliado do governador Ronaldo Caiado (UB), que tem a segurança pública como uma de suas principais bandeiras, inclusive de sua pré-candidatura a presidente da República. Esta também é a área do governo mais bem avaliada, com 74% de aprovação, segundo a pesquisa Genial/Quaest.

Em nota divulgada, a Prefeitura informou que, por determinação de Mabel, “não será renovado o contrato de locação de carro blindado, que era usado na gestão anterior. O contrato será alterado para a retirada deste veículo”.

<div attr-cid="policy:1.3308315" attr-version="policy:1.3308315:1756994968" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3308315" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3308315', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3308315">WEBSTORIES MABEL SUV (1.3308315)</a></div>