Paulo Passos, gerente comercial da MRV, empresa que tem seu volume de unidades dentro do programa Minha Casa Minha Vida em Goiás, conta que, apesar de não haver mudanças nas taxas do programa, a Caixa também ficou mais criteriosa na aprovação do crédito. “Antes, a cada 10 propostas, eles aprovavam 7, em média. Agora, este número caiu para entre 4 e 5”, destaca. Outro motivo foi a alta da inadimplência. “Hoje, a pessoa tem de ter um score muito bom. Por isso, o esforço pela venda ficou maior. Deve ser um ano mais difícil para os financiamentos”, prevê. Para a corretora Ione Vicente da Silva, da Sejacred, que atua na aprovação de crédito imobiliário, o maior problema atual é a demora, que aumentou com muitos processos na esteira de análise do crédito. Ela confirma que mais pedidos de financiamento estão sendo recusados e que a procura nos bancos privados aumentou porque faltam recursos nos públicos. “Mas a demanda continua alta porque as pessoas estão com medo de novas altas na Selic e buscam financiar logo. A previsão é chegar a 15,5%, alta que pesa no custo do financiamento”, afirma.