Fabiana Pulcineli

Nova sede do TCM-GO

O custo de adequações e compras para a transferência do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) para o Palácio Alfredo Nasser, antiga sede da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), no Setor Oeste, será de pelo menos R$ 21,6 milhões. A mudança do órgão, prevista para o ano passado, sofreu <a href="https://opopular.com.br/cidades/goiania-tem-parad-o-de-obras-no-inicio-do-ano-1.3233885" target="_blank">atraso</a> por conta da troca de empresa responsável pelas obras, e está programada agora para outubro.

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Inicialmente estimado em R$ 11,21 milhões, o <a href="https://opopular.com.br/politica/tcm-sinaliza-que-aporte-do-paco-n-o-precisa-de-nova-lei-1.3233883" target="_blank">custo</a> apenas com serviços de engenharia subiu para R$ 17,28 milhões (55% a mais), a partir de nova licitação realizada no fim do ano passado. É que a empresa contratada em dezembro de 2023, a Engecom Construtora, desistiu das obras e o TCM-GO promoveu a rescisão amigável em outubro de 2024.

Em dezembro, o tribunal assinou novo contrato, agora com a Correta Engenharia, com o acréscimo de 55% no valor. A direção do órgão alega que houve inclusão de novos serviços.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/predio-da-corte-de-contas-vai-se-tornar-cmei-para-atender-a-44-1.3236429">Prédio da corte de contas vai se tornar Cmei para atender a 44</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-aprovam-criac-o-de-mais-41-cargos-em-definitivo-1.3235986">Vereadores aprovam criação de mais 41 cargos em definitivo&nbsp;</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/paco-prepara-assinatura-da-ppp-da-cidade-inteligente-1.3235568">Paço prepara assinatura da PPP da Cidade Inteligente</a></div>

Ainda segundo o tribunal, a Engecom recebeu R$ 572,4 mil pelas intervenções realizadas, o equivalente a pouco mais de 5% de execução contratual.

Outros três contratos estão relacionados às adequações para receber o TCM-GO: com a Lars Locações e Engenharia, de R$ 2,56 milhões (incluindo aditivos), para serviços menores da reforma; com a Flexform Indústria e Comércio para aquisição de móveis, no valor de R$ 1,17 milhão; e com a Hirata e Associados Consultoria, de R$ 58,9 mil, para elaboração de projeto de análise e recuperação estrutural do prédio.

O Palácio Alfredo Nasser começou a sofrer intervenções em 2023, depois da doação do prédio ao <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/camara-de-aparecida-aumenta-valor-de-verba-mas-aguarda-tcm-para-pagar-1.3232524" target="_blank">TCM-GO</a> em meio a protestos por parte de defensores da destinação para a área cultural. Enquanto o tribunal retoma as obras, a Prefeitura de Goiânia faz planos para a desocupação do prédio da atual sede do TCM-GO, na Rua 68, no Centro (leia reportagem nesta página).

Os primeiros serviços foram feitos pela Lars, ainda em 2023, com substituição do telhado e implantação de cerca do prédio com mureta e gradil. O contrato era de R$ 1,78 milhão, mas ganhou aditivos, chegando a R$ 2,56 milhões.

A Engecom começou os trabalhos em janeiro de 2024. Nos bastidores do tribunal, a informação é de que a empresa jogou um lance muito baixo na licitação e depois não conseguiu sustentar. O contrato foi fechado por 19,3% abaixo daquele previsto no edital. Os serviços incluíam novas instalações elétrica e hidrossanitária, substituição dos pisos e de carpete no plenário e troca dos granitos da fachada.

Sobre a troca, a direção do tribunal afirmou apenas que a Engecom desistiu da execução, o que demandou nova licitação. O TCM-GO afirma que 21 empresas participaram da concorrência e que houve deságio de 13% do valor referencial. Segundo o tribunal, o novo contrato inclui serviços não contemplados anteriormente, como “um auditório com capacidade para 409 pessoas, reforço estrutural para recuperação das lages e das vigas internas, três elevadores, e revitalização das obras de artes”.

O TCM-GO também afirma que houve deságio na licitação dos móveis, de 10,21%. O contrato com a Flexform prevê a aquisição de 464 poltronas para auditório.

<h2>Disputa</h2>

Em março de 2022, logo que a Alego se instalou na nova sede, no Park Lozandes, o então prefeito de Goiânia Rogério Cruz (SD) chegou a anunciar que o prédio na Alameda dos Buritis seria ocupado pela Secretaria Municipal de Cultura. Houve reações na Câmara e pressões do TCM-GO por suposto acordo que teria sido feito anteriormente para a cessão ao tribunal.

Apesar dos protestos de representantes da classe artística da capital, o prefeito recuou. A doação da sede para o TCM foi aprovada pela Assembleia em novembro de 2022. A justificativa do texto era de que as instalações do tribunal na Rua 68 “já se encontram deficitárias e necessitam de constantes reformas e manutenções, não comportando de maneira adequada seus servidores, nem os jurisdicionados que frequentam, diariamente, o local”.

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Custo de mudança do TCM supera os R$ 21,6 milhões

Política

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Nova sede

A decisão de revogar o pregão eletrônico que renovaria o parque semafórico de Goiânia fez com que a Secretaria de Controle Externo de Contratações (Secex Contratações) do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) resolvesse não avançar na denúncia de que os semáforos da Dataprom Equipamentos e Serviços de Informática possuem “protocolo fechado”. Isso inviabiliza que outras empresas assumam a manutenção de 99,39% dos 805 cruzamentos semaforizados da capital. O <a href="https://opopular.com.br/cidades/licitac-o-dos-semaforos-foi-cancelada-pela-prefeitura-de-goiania-ainda-em-2024-1.3241458" target="_blank">processo licitatório</a> se arrastou durante toda a gestão do prefeito Rogério Cruz (SD) e estava parado desde julho do ano passado, mesmo não havendo nenhum entrave administrativo.

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O POPULAR mostrou na sexta-feira (14) que a Prefeitura desistiu de levar adiante a licitação ainda em 20 de dezembro de 2024, nos últimos dias de Rogério no cargo, porém a decisão só foi oficializada pela Secretaria Municipal de Administração (Semad) já na gestão do prefeito Sandro Mabel (UB), horas antes da publicação da reportagem e após o jornal acionar a administração municipal em busca de esclarecimentos.

A decisão, entretanto, já era de conhecimento do TCM-GO, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) e da própria Dataprom, empresa de Curitiba cujas chances de vencer o pregão eram baixas. Ao justificar a revogação em dezembro, a Prefeitura alegou morosidade no processo e desatualização dos estudos que embasaram o pregão.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/licitac-o-dos-semaforos-foi-cancelada-pela-prefeitura-de-goiania-ainda-em-2024-1.3241458" target="_blank">Licitação dos semáforos foi cancelada pela Prefeitura de Goiânia ainda em 2024</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/sem-fiscalizac-o-eletronicas-mortes-avancam-em-goiania-1.3241361" target="_blank">Sem fiscalização eletrônicas, mortes avançam em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/reforma-de-terminal-altera-transito-na-regi-o-do-dergo-1.3242240" target="_blank">Reforma de terminal altera trânsito na região do Dergo</a></div>

A licitação estava avaliada em até R$ 53 milhões e foi dividida em três lotes: um para o fornecimento e implantação de centro de controle operacional (CCO); outro para o fornecimento, manutenção e comunicação de software de controle de tráfego; e o último para a prestação dos serviços de manutenção preventiva e corretiva do sistema semafórico. O Consórcio Goiânia Semafórica, formado pelas empresas Kapsch Trafficcom e Newtesc Tecnologia e Comércio, ambas de São Paulo, venceu o primeiro lote e passava por teste de capacidade para ver se levava os outros dois. Já a Dataprom estava, respectivamente, em segundo e quarto nesses lotes ainda em disputa.

Mabel já havia anunciado a intenção de passar a gestão do parque semafórico para a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), consórcio de empresas responsáveis pelo transporte coletivo público na região metropolitana de Goiânia. A partir daí, caberia à RMTC fazer a contratação da empresa responsável pela manutenção do sistema. A Prefeitura informa que o processo de transferência está em fase de elaboração de um acordo de cooperação técnica e não deu uma data para que ela se efetive. O prefeito diz que os primeiros <a href="https://opopular.com.br/cidades/sem-fiscalizac-o-eletronicas-mortes-avancam-em-goiania-1.3241361" target="_blank">novos semáforos</a> seriam instalados ainda em março em três avenidas de grande circulação.

<h2>Denúncias</h2>

O parecer da Secex Contratações ainda depende de análise por parte dos conselheiros do TCM-GO. No documento, a que O POPULAR teve acesso com exclusividade, o órgão explica que a apuração sobre o suposto “protocolo fechado” demandaria uma avaliação pormenorizada dos produtos fornecidos, inclusive a realização de perícia técnica e avaliação laboratorial, pontos que fogem ao escopo legal do tribunal e que, de qualquer forma, o processo deve ser arquivado após a Prefeitura ter se manifestado, ainda em dezembro, pelo fim da licitação. Outras três denúncias foram consideradas procedentes, o que levou o órgão a sugerir que sejam feitas recomendações.

A equipe da Secex Contratações também alega não possuir “profissionais com alta expertise no tema” para averiguar a parte técnica da denúncia envolvendo os equipamentos da Dataprom. “Não obstante, esta unidade técnica frisa que se trata de uma temática sensível, de grande repercussão à disputa e de elevado nível de discussão técnica, típica de especialista do ramo de comunicação semafórica”, afirma o relatório. No documento enviado aos conselheiros do TCM-GO, a equipe da Secex Contratações afirma que o problema levantado na denúncia é “o principal ponto a ser observado pela nova gestão, pois foi o cerne da discussão deste processo e dos grandes embaraços na condução do pregão”.

A Dataprom foi responsável pelo controle do parque semafórico de Goiânia entre 1997 e 2019 e conseguiu manter contratos emergenciais para manutenção dos equipamentos até abril de 2022. Depois, por meio de um consórcio, desde novembro de 2023 fornece material para que equipes da própria Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET) faça a correção dos problemas. O contrato mais recente foi renovado em novembro, com validade por 12 meses.

Entre as denúncias confirmadas pela unidade técnica do TCM-GO, todas já haviam sido noticiadas e, de certa forma, resolvidas quando o tribunal liberou o procedimento licitatório em julho. Uma é que o Consórcio Goiânia Semafórica foi prejudicado pelo “efeito surpresa” na prova de conceito do lote 3. Também não foram apresentados “elementos técnicos robustos” para justificar a redução do checklist dos lotes 2 e 3. E faltou deixar mais claro qual o período a ser disponibilizado para que a licitante possa demonstrar sua capacidade nos testes. No relatório da Secex, esses pontos são tratados como recomendações de atenção se a Prefeitura decidir fazer um novo pregão.

Cancelamento de licitação encerra denúncia sobre semáforos em Goiânia

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Relatório

Enquanto a Prefeitura de Goiânia finaliza a preparação de um decreto que regulamenta a destinação das emendas impositivas dos vereadores, o <a href="https://opopular.com.br/politica/tcm-sinaliza-que-aporte-do-paco-n-o-precisa-de-nova-lei-1.3233883" target="_blank">Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) </a>publicou uma instrução normativa que estabelece diretrizes para a operacionalização dessas emendas individuais nas leis orçamentárias municipais. A medida do tribunal já gera debates sobre as atribuições e competências dos poderes e o impacto na gestão dos recursos públicos.

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Sob a justificativa de garantir maior transparência, publicidade e eficiência na aplicação dos recursos, a instrução prevê que as emendas podem ser genéricas (executadas diretamente pelas prefeituras) ou definidas (vinculadas a programas específicos ou destinadas a entidades privadas sem fins lucrativos) - essa última, devendo conter a apresentação de um plano de trabalho detalhado, incluindo cronograma físico-financeiro, metas e plano de aplicação de despesas.

Secretário-geral de Controle Externo do TCM-GO, Rubens Custódio afirmou nesta segunda-feira (3), em entrevista ao programa Na Trilha da Política, da CBN Goiânia, que a normativa tem caráter “pedagógico e orientativo” e busca alinhar as práticas municipais às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e à Constituição. No entanto, ele ponderou que a instrução não dá “cheque em branco” ao Legislativo, mantendo a atuação <a href="https://opopular.com.br/politica/com-comurg-paco-busca-enquadrar-folha-na-lrf-1.3235992" target="_blank">conjunta ao Executivo</a>.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-da-cileide/incomodo-da-camara-com-mabel-1.3236440">Incômodo da Câmara com Mabel | O Popular</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/emendas-de-vereadores-pagas-a-entidades-n-o-ganham-transparencia-1.3231662">Emendas de vereadores pagas a entidades não ganham transparência </a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/editorial/falta-de-transparencia-1.3232102">Falta de transparência</a></div>

“O tribunal não inova nesse campo, nós repetimos o que o texto da Constituição diz, mas estabelecemos uma padronização de um efeito pedagógico e orientativo para todos os municípios”, afirmou Custódio. “O que é estabelecido? Qual o conteúdo mínimo de uma emenda impositiva para que haja uma rastreabilidade daquele recurso em alinhamento com o que o STF tenha decidido; e estabelece que o recurso decorrente de uma emenda de um vereador quem executa essa despesa é o Executivo.”

Caberá ao Executivo municipal analisar, segundo a normativa, a compatibilidade das propostas com as políticas públicas e a legislação, emitindo parecer fundamentado em caso de impedimentos técnicos, como falta de recursos ou incompatibilidade com programas setoriais, e comunicando formalmente às Câmaras Municipais.

Neste ano, conforme mostrou O POPULAR, as emendas impositivas tiveram boom de destinação para institutos, associações e organizações sem fins lucrativos em Goiânia. O direcionamento para essas entidades foi de 95% - porcentual recorde desde 2020, o primeiro ano de obrigatoriedade da execução dos recursos na capital. Com a previsão em lei que prevê a obrigatoriedade da destinação de metade das emendas para a Saúde, grande parte dos parlamentares dirigiu valores a projetos de unidades móveis de saúde para consultas e exames médicos nos bairros.

Competências

Questionado sobre o papel das prefeituras ao identificar problemas nas emendas impositivas, Custódio afirmou que cada município pode estabelecer seus procedimentos, mas a normativa do TCM-GO exige que haja um parecer técnico do Executivo local em caso de incompatibilidades. Além disso, parcerias com organizações da sociedade civil devem seguir a Lei Federal das Parcerias, reforçou o técnico. “Lá estabelece os balizadores para a atuação em regime de parceria, e a normativa do TCM remete a essa norma. Mas isso não impede que cada município estabeleça a regra própria”, afirmou o secretário-geral de Controle Externo.

Há vereadores que veem a normativa como um avanço para a transparência e o controle dos recursos públicos, mas outros criticam o que consideram uma “interferência indevida” do TCM-GO nas prerrogativas do <a href="https://opopular.com.br/politica/ja-foram-pagos-r-285-mil-de-cota-parlamentar-1.3236962" target="_blank">Legislativo e do Executivo</a>. Lucas Vergílio (MDB) afirmou ao POPULAR que o tribunal está “indo muito além de suas funções” ao criar diretrizes orçamentárias por meio de uma instrução normativa, algo que, segundo ele, deveria ser feito por lei. “TCM é órgão auxiliar do Legislativo. Não compete a ele usurpar dessa prerrogativa e querer legislar”, disse.

O líder do prefeito, Igor Franco (MDB), vê a normativa como uma forma de esclarecer o que já está previsto na legislação. Ele citou como exemplo os impedimentos técnicos, como a insuficiência de recursos para executar uma emenda, que já são previstos em lei.

Luan Alves (MDB), destacou que a falta de recursos não pode ser um impeditivo para a execução das emendas, já que elas são impositivas e os valores estão previstos no orçamento. “A questão da falta de recurso é algo que, tenho certeza, será judicializada para fazer valer a lei”, afirmou Alves.

Ao POPULAR, a secretária Municipal de Governo da Prefeitura, Sabrina Garcêz (Republicanos), informou que nesta semana o Executivo fará “análises” sobre possíveis adequações ao decreto que visa regulamentar as emendas impositivas, baseadas na instrução do TCM-GO. “Vamos compatibilizar se for necessário”, disse a secretária.

Já Fabrício Rosa (PT) enxerga a normativa como positiva, desde que aplicada com ética e transparência. O vereador destacou que a medida está alinhada às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e pode trazer mais segurança jurídica ao processo. “Compreendo que o governo municipal possui legitimidade e pessoal habilitado para analisar tecnicamente o emprego correto das emendas e espero, sinceramente, que essa análise seja técnica e não política”, afirmou Rosa.

O secretário-geral de Controle Externo do TCM-GO reforçou que a corte de contas ainda não tem um levantamento sobre quantas Câmaras Municipais adotaram o recurso das emendas impositivas, já que isso depende de previsão na Lei Orgânica de cada município. Segundo ele, não há prazo para adequação da norma. “O tribunal adotará uma postura orientativa, mas os procedimentos de fiscalização devem começar tão logo concluídos os procedimentos de divulgação da norma”, disse Custódio.

Norma do TCM sobre emendas se antecipa a decreto do Paço

Câmara de Goiânia

Nova sede do TCM

A carta de Px Silveira publicada nesta segunda-feira (3) lembra, mais uma vez, que ainda é tempo de barrar a transformação do Palácio Alfredo Nasser em uma simples sede do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), um tribunal com sete conselheiros que vão ocupar um prédio que servia a mais de 40 deputados estaduais e seus assessores. Prefeito Sandro Mabel: o senhor como hábil negociador, negocie com o TCM e com a Assembleia Legislativa a construção de um novo prédio para sede do TCM em local disponível, como por exemplo, ao lado da sede da Prefeitura. Destine à cultura, em todas suas inúmeras formas de expressão, o antigo prédio da Assembleia. A maravilhosa Orquestra Sinfônica de Goiânia poderá ter sua sede no local, permitindo apresentações abertas ao público em seu amplo auditório; o imenso espaço poderá ser ocupado por inúmeras oficinas de artes plásticas, com exposições em seu enorme hall de entrada.&nbsp; 
Tenha certeza: esta atitude será aplaudida não só pelo setor cultural do estado, mas por toda a população de Goiânia e seus visitantes, que poderão desfrutar de um espaço de cultura e lazer tão escassos em nossa capital.

Marco Antônio Sperb Leite 
Chácaras Samambaia - Goiânia

SOS Ipasgo

Lendo e relendo para melhor analisar, o artigo escrito pelo ex-presidente do Ipasgo, Jeovalter Correia, publicado na edição de 27/02/2025, fiquei impressionado, decepcionado e preocupado com tudo que foi dito pelo ilustre consultor. Contribuinte que sou há mais de cinquenta anos, posso afirmar categoricamente que tudo o que foi dito é verdade. No passado, tínhamos uma instituição saudável, que nos atendia perfeitamente no dia a dia de nossas necessidades. Mas de uns anos para cá, a situação ficou caótica. Com sua privatização, piorou ainda mais. Quando vamos ao médico, não se consegue tirar a guia para pagamento e quando consegue, demora muito. Se o médico pede exames, a instituição não autoriza, e quando autoriza, o faz parcialmente. Se o instituto faliu, não temos culpa. O instituto foi mal administrado. Onde estão os órgãos de fiscalização como TCE, auditorias internas, etc.? Pois bem, como ficará nossa situação? Perderemos todo esse tempo de contribuição? E onde está sua excelência, o governador de Goiás? Se a situação do Ipasgo está caótica, já imaginaram os segurados, principalmente os que têm mais de 60 anos de idade? Estes são os que mais necessitam de atendimento médico, cirurgias de urgência e exames laboratoriais frequentemente. Aguardamos uma solução urgente do governador Ronaldo Caiado. Enfim, nós segurados pedimos socorro!

Silvio da Paixão Costa 
Setor Jaó - Goiânia

Cartas dos Leitores

Opinião

Opinião - título

Carta dos Leitores

Matéria - Opinião - Carta dos Leitores

Cartas

Isenção de IR

Desde a campanha de 2022, o atual presidente vem falando em isentar de Imposto de Renda quem ganha até $5 mil reais. Um estudo realizado por minha pessoa com dados econômicos no período de 2010 a 2021, mostra o seguinte resultado (sujeito a erros, é claro por serem cálculos matemáticos). Mas se aproxima da realidade. Não é preciso isentar, basta corrigir a tabela de IR, em sua defasagem. Cálculo: IPCA do período citado = 111,59%: correção da tabela no mesmo período = 25%. Há uma defasagem de 77,68% que a receita federal ignora e não corrige a tabela. Se houver essa correção, a isenção prometida pelo presidente será alcançada e o trabalhador que ganha mais que R$ 5 mil também será beneficiado. Sabemos que quando o salário aumenta e a tabela de desconto não é reajustada, é claro e lógico que ele pagará mais imposto. Aliás, argumento aqui, o nosso Congresso Nacional não trabalha para que se tenha uma lei obrigando a Receita Federal a reajustar a tabela pelo IPCA anualmente e não a gosto do Executivo. É sabido que ao declarar o ajuste anual, muitos trabalhadores, que já descontaram um valor na fonte, ainda têm que pagar algo mais, pelo motivo acima. Essa é a solução simples que todos os governos ignoram. Sem a correção da tabela, sempre pagaremos mais imposto. Isso é claro e puro. Quando fizeram a reforma tributária, esqueceram do imposto sobre a renda. Podem colocar várias faixas de renda com alíquotas diferentes. Não importa. O que define se paga mais ou menos imposto é a tabela ser justa.

José Carlos Riccioppo 
Setor Oeste - Goiânia

TCM no Palácio

Entre os desvios a procura de escândalos e as graves omissões da administração do ex-prefeito municipal de Goiânia, nenhum é mais danoso que ter transferido a antiga sede da Assembleia Estadual para o egrégio e ultrapassado Tribunal de Contas do Município (por ter funções sobrepostas aos tribunais estaduais ele já não existe em várias capitais e o então governador Maguito Vilela - 1995/1998 - chegou a propor sua extinção). Nos vêm à lembrança os males acarretados à Saúde, inclusive com mortes, e os contratos de aquisições e serviços beirando o absurdo em diversos setores na gestão passada. Mas são apenas lembranças, ainda que dolorosas, enquanto que o prédio que seria destinado à cultura em todas as suas formas de expressão vai ficar para sempre obstruindo o futuro a que os goianenses e visitantes teriam direito. O Palácio Alfredo Nasser para a cultura seria uma obra para ficar na história da cidade e um presente para o seu 1º centenário. Pode estar ainda em tempo, pois o processo de doação sofre com erro de origem. Resta-nos um fio de esperança. Bastaria um super prefeito no estilo que nos quer fazer parecer o Sandro Mabel. Será que nós e a história teremos que tirar para ele o chapéu?&nbsp;

Px Silveira 
Setor Bela Vista - Goiânia

O Popular