As decisões antagônicas tomadas por Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional nas últimas semanas demonstram que o debate em torno da demarcação de terras indígenas no Brasil ainda está longe de terminar. No dia 21 de setembro, o STF decidiu que a data da publicação da Constituição Federal (outubro de 1988) não deve ser adotada como marco temporal para a demarcação. Na quarta-feira (27), o plenário tratou sobre o tema novamente para definir regras, como indenização a pessoas que, de boa-fé, foram proprietárias dessas terras e realizaram benfeitorias. Na mesma data, o Senado aprovou lei que apenas permite a demarcação de terras indígenas nas áreas que estavam ocupadas até a promulgação da Constituição Federal. A decisão de pautar o tema no Senado foi vista como reação do Congresso contra o STF.