Depois de quase cinco meses sem avanços, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou em apenas um dia a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca prorrogar para este ano a execução das emendas impositivas não empenhadas em 2024. A manobra ocorreu depois de seguidos vetos do governador Ronaldo Caiado (UB), nos últimos anos, a projetos de lei aprovados com a intenção de evitar a perda das indicações parlamentares. Desta vez, a PEC representa nova investida do Legislativo sobre o orçamento, já que as mudanças na Constituição Estadual, depois de aprovadas, são apenas promulgadas pelo presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), sem passar pela sanção ou veto do Executivo. A proposta foi apresentada pelo deputado estadual Coronel Adailton (SD), ainda em 18 de fevereiro. O Palácio das Esmeraldas articulou contra a matéria desde o protocolo e conseguiu paralisar a tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ). A pausa, no entanto, durou até quinta-feira (03), quando o texto teve avanço a jato em reuniões e sessões extraordinárias. Logo após a aprovação, o governo estadual reagiu para que PEC não seja promulgada e seja revogada logo na retomada dos trabalhos, em 5 de agosto, com o apontamento de que há inconstitucionalidade.