-Imagem (1.1353870)A divisão dos partidos de oposição visando 2018 é refletida, de certa maneira, nos discursos da bancada estadual do PMDB. O desencontro ocorre quando os dois pré-candidatos da oposição comandam reuniões em cidades diferentes: Daniel Vilela no 11º encontro regional do PMDB, em Jussara, e Ronaldo Caiado (DEM) no 3º encontro de 11 “partidos de oposição”, em Cidade Ocidental.Embora admita que Caiado tenha legitimidade para construir sua candidatura ao governo, Paulo Cezar Martins garante que o PMDB está fazendo o “dever de casa” para chegar a 2018 com seu candidato viável. “Como secretário-geral do partido, acompanho as conversas com todos os 246 diretórios da sigla e eles exigem que tenhamos candidato. Daniel está construindo isso. Se alguém quiser apoiar candidato de outro partido, que saia do PMDB.”Discurso semelhante tem Wagner Siqueira, que afirma que a sigla “tem orgulho de ter ajudado na campanha de Caiado ao Senado, pois ele tem feito um trabalho excelente”, mas ressalta que o partido sempre apresentou um nome ao governo. “Temos um pré-candidato viável e que cresce na intenção de voto, então não podemos nos furtar a ser cabeça de chapa.”AlternativaJá José Nelto adverte que, como vice-presidente, não irá aceitar que ninguém trabalhe pela divisão da oposição. O deputado explica que os peemedebistas têm dito a ele querer um candidato que una a todos, mesmo que não seja do PMDB. “Pode ser Daniel, Caiado ou outro que esteja em condições de vencer. Por isso não aceitaremos projetos individuais.” Questionado sobre o projeto de Daniel, que é presidente do partido, ele rebate: “É presidente, mas não é dono. ”Lívio Luciano defende a ideia de que tanto Daniel quanto Caiado têm legitimidade para trabalhar seus nomes ao governo e que, na hora certa, todos os partidos de oposição escolherão a melhor alternativa. “O momento é de os pré-candidatos se manifestarem. Daniel e Caiado se apresentaram como pré-candidatos ao governo e são nomes da oposição. Nas convenções é que o candidato será escolhido. Até lá, todos têm direito de se apresentar.”EstratégiaBruno Peixoto, por sua vez, garante que a “divisão de forças” é uma estratégia da oposição. Segundo ele, enquanto Daniel vai para uma região do Estado promovendo o PMDB e a união daqueles que integram a oposição ao atual governo, Caiado vai para outra, mas com o mesmo discurso. “São dois pontos de projetos de oposição para 2018. É uma estratégia que adotamos para colocarmos nossas ideias em mais cidades”, diz.Sobre a escolha da cabeça de chapa, ele afirma que a oposição terá apenas um candidato. “Trabalho para que Daniel seja o nome, mas não pode haver imposição por parte do PMDB. Esse processo deve ser guiado pela construção. É o que estamos fazendo.”