Rubens Salomão

O governador Ronaldo Caiado (UB) defendeu nesta segunda-feira (25), durante seminário político em São Paulo, que a estratégia de lançar múltiplas <a href="https://opopular.com.br/politica/nomes-da-direita-tem-mais-intenc-es-de-voto-que-lula-em-goias-veja-simulac-es-de-2-turno-da-quaest-1.3302607" target="_self">candidaturas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva </a>(PT) representa uma questão de “sobrevivência” da direita brasileira. O goiano participou de um dos painéis do Seminário Brasil Hoje, realizado pelo Instituto Esfera Brasil, e voltou a apontar que a centralização de forças resultaria em massacre do petista contra um candidato único no primeiro turno.

“Se um candidato entrar na mira, o governo vai destruir esse candidato. Uma coisa é uma eleição de primeiro turno e nós não temos um candidato que seja universal. Todos nós temos nossa área de influência. Aí alguém diz que está dividindo a direita. Não. Nós estamos sobrevivendo para um processo de segundo turno”, apontou.

Caiado ainda negou a possibilidade de abrir mão da pré-candidatura própria em favor de um nome que seja apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue em prisão domiciliar e inelegível. O governador começou a avaliação sobre o cenário político negando qualquer relação entre a futura disputa presidencial com a corrida vencida por Lula em 2022.

<ul style="padding-right: 0px; padding-left: 0px; margin: 0px 0px 5.5px 25px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 11px;">
	<li>Veja mais detalhes sobre a intenção de votos na CBN Goiânia:&nbsp;<a href="https://www.cbngoiania.com.br/cbn-goiania/papo-politico/ronaldo-caiado-tem-5-das-intenc-es-de-voto-para-as-eleic-es-presidenciais-de-2026-aponta-pesquisa-1.3273392" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_blank">Ronaldo Caiado tem 5% das intenções de voto para as eleições presidenciais de 2026, aponta pesquisa</a></li>
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O goiano retomou posicionamento mais moderado e de crítica à polarização ideológica ao apontar que, na última eleição havia a divisão entre o então presidente Bolsonaro e a “força do Lula”, depois de ter comandado o país em dois mandatos e ter conseguido eleger a sucessora, Dilma Rousseff (PT). “Nós vamos agora para a discussão de 2026, onde você tem o Lula candidato a presidente, com a estrutura e a máquina no governo e, até o momento, lógico que tudo pode acontecer, mas não se tem a candidatura do ex-presidente Bolsonaro”, afirmou.

Ao apontar a ausência do ex-presidente, Caiado afirmou que a direita tem maiores chances de vencer a disputa por meio da divisão. “Estamos a 14 meses da campanha eleitoral. O que o governo mais quer é identificar um candidato agora. Já pensaram o massacre que esse candidato vai passar? O que é a máquina do governo em cima desse único candidato?”, questionou o governador, repetindo a reclamação sobre a falta de verbas federais na saúde para manutenção de hospitais estaduais.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/governo-de-ronaldo-caiado-tem-88-de-aprovac-o-mostra-quaest-1.3303018" style="font-size: 12px;" target="_self">Governo de Ronaldo Caiado tem 88% de aprovação, mostra Quaest</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/nomes-da-direita-tem-mais-intenc-es-de-voto-que-lula-em-goias-veja-simulac-es-de-2-turno-da-quaest-1.3302607" style="font-size: 12px;" target="_self">Nomes da direita têm mais intenções de voto que Lula em Goiás; veja simulações de 2º turno da Quaest</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-diz-que-processo-para-se-tornar-conhecido-e-gradual-1.3302970" style="font-size: 12px;" target="_self">Caiado diz que processo para se tornar conhecido é 'gradual'</a></div>

“No segundo turno, qualquer analista minimamente inteligente sabe muito que o eleitor vai votar naquele que quer derrotar o atual governo. Isso é óbvio. Só que no segundo turno eu tenho 21 dias. No primeiro turno, daqui até lá, quem sobrevive a um bombardeio por 14 meses? Então, esse é o ponto que nós precisamos entender”, completou.

Caiado participou do quinto painel do seminário junto com os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Pará, Helder Barbalho (MDB), do Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Além do cenário para 2026, os gestores também apresentaram programas e projetos sobre inovação e desenvolvimento regional.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

<h2>Divergência</h2>

No segundo painel do evento, com a participação de presidentes nacionais de partidos, o dirigente do PL, Valdemar da Costa Neto, alfinetou os líderes da direita que avançaram, na última semana, em articulação por unidade na próxima eleição ao Palácio do Planalto em projeto alternativo ao bolsonarismo. Ao lado de Antonio Rueda (UB), Renata Abreu (Podemos), Baleia Rossi (MDB) e Gilberto Kassab (PSD), Valdemar defendeu a unidade em torno do nome a ser apoiado por Bolsonaro.

“A transferência de voto do Bolsonaro é um negócio absurdo. Se nós tivermos um candidato, mas tem que ser um nome conhecido, e disser que é candidato com o apoio do Bolsonaro, a transferência é de cerca de no mínimo 30% e já joga o camarada no segundo turno. É por isso que nós temos que andar juntos. Para poder ganhar a eleição e mudar a nossa economia, porque quando a economia vai bem, tudo vai bem”, apontou o dirigente do PL.

A tese, no entanto, foi rebatida logo na sequência por Kassab, um dos seis presidentes de partidos que participaram, na terça-feira (19), de jantar que avançou no debate sobre união da centro-direita, mas sem definir entre nome único ou diversidade de projetos. A lista de presença dos dirigentes no encontro incluiu o senador Ciro Nogueira (PP), além dos participantes do seminário.

<h3>Moderados</h3>

“Entendo e reconheço o presidente Bolsonaro como um grande líder da direita nacional e no Brasil e o presidente Lula como um grande líder da esquerda e da política, mas vale lembrar que as coisas estão mudando no Brasil em relação à participação da sociedade, que sempre foi moderada. O Brasil é majoritariamente moderado”, disse Kassab. “As eleições do ano que vem terão participação do eleitor que tem uma posição ideológica mais moderada, seja um pouco à esquerda ou à direita, com um peso muito grande”, completou.

Rueda fez menção ao jantar e também rejeitou alinhamento com os posicionamentos mais radicais da família Bolsonaro. “Esqueça ideologia de direita e esquerda, como o Kassab colocou. O eleitor moderado vai fazer a diferença. Quero deixar um recado: não tenho dúvida que esse conjunto que aqui está, unido, vencerá as eleições”, disse o presidente do UB.

“Pela primeira vez, toda a centro-direita e todo esse grupo está unificado. Independente do candidato e se vai ser no primeiro turno ou se vão se encontrar no segundo turno. Esse grupo sairá exitoso e vencedor”, defendeu Rueda.

Caiado apontou, também no seminário, que alguns “ansiosos” têm defendido que Bolsonaro tem de declarar apoio a algum nome e considerou: “Ele pode declarar apoio a alguém da família dele. Ele pode, simplesmente, como conversou conosco no Palácio dos Bandeirantes, dizer para que cada um saia candidato e lá na frente a gente vê. Então, para que esse momento tão ansioso de querer cobrar, se temos pré-candidaturas com as mesmas convicções?”, afirmou o governador.

Divisão dá 'sobrevivência' ao grupo de direita, diz Caiado

Política

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Matéria - Política

Eleiões 2026

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) adotou tom mais moderado na primeira entrevista que concedeu após a divulgação da pesquisa Genial/Quaest, na sexta-feira (22), com o cenário da disputa eleitoral em Goiás em 2026.

<cite>Eu não tiro o mérito daquilo que foi continuado, que continuou dando certo. Tampouco eu tiro o mérito da propaganda que foi feita ao longo desse tempo. Goiás não aconteceu agora, tampouco aconteceu nos meus governos”, afirmou nesta segunda-feira (25), em entrevista ao quadro Na Trilha da Política, na rádio CBN Goiânia.</cite>

Segundo a Genial/Quaest, o vice-governador <a href="https://opopular.com.br/politica/governo-de-goias-daniel-vilela-tem-26-das-intenc-es-de-voto-e-marconi-22-aponta-quaest-1.3303005" target="_blank">Daniel Vilela teria 26% das intenções de voto</a> se as eleições fossem hoje, Marconi, 22%, Wilder Moraes, 10% e Adriana Accorsi, 8%.&nbsp;

Marconi afirma que o debate eleitoral terá de ser sobre o futuro do Estado e sobre um programa estruturante para os próximos 30 anos. Ele minimiza a força política do governador Ronaldo Caiado (UB). Segundo a Quaest, seu governo tem 88% de aprovação e para 73% dos entrevistados, Caiado merece eleger seu sucessor. “O candidato a governador não é o Caiado. O candidato será outro. Certamente muito menos experiente. E, na minha opinião, o goiano se acostumou com um sarrafo [barra, com limite de altura] muito elevado. Nós deixamos o governo numa situação em que os indicadores estavam muito elevados. Confira a entrevista a seguir:

Na sexta-feira (22) [o instituto] Quest divulgou uma pesquisa a respeito da disputa eleitoral em Goiás. Como o sr. e o PSDB receberam esse resultado?&nbsp;

Nós recebemos essa pesquisa com alegria, porque ela revela que o eleitor está enxergando e considerando todo o trabalho que foi feito em Goiás durante os nossos governos. Todo o legado que deixamos, todo o trabalho que foi feito em todas as áreas, fazendo com que Goiás tivesse um grande salto de desenvolvimento em todos os aspectos. Fico feliz de saber que as pessoas estão enxergando esse trabalho transformador, modernizador, e gerador de oportunidades que nós fizemos. Essa pesquisa começa a revelar isso tudo de forma muito nítida.&nbsp;

Governador, seu adversário, Daniel Vilela, afirma que essa diferença entre vocês dois, um empate técnico na margem de erro, se deve ao fato de ele ser desconhecido do eleitorado goiano e o senhor muito conhecido. O sr. teve quatro mandatos de governador. Como é que o senhor recebe essa análise do vice?&nbsp;

Eu respeito a opinião dele e de todos os adversários. Sou um democrata e, apesar de não ter colocado em nenhum momento qualquer candidatura ou pré-candidatura minha, fico feliz por saber que o meu nome está tendo uma boa avaliação. Quase que empate técnico, né? E, por outro lado, eu acho que há um equívoco da parte de quem está criando essa narrativa para o governo, à medida em que Daniel foi candidato a governador nas eleições de 2018. Ficou muito exposto, né? Por outro lado, é vice-governador já há quase quatro anos e tem tido uma exposição muito grande também. Eu acho que não será esse o detalhe que vai desenhar o futuro da política e das eleições em Goiás. Acho que o eleitor vai se prender muito mais a questões como experiência, entregas, compromissos feitos e assumidos, capacidade de cada um, histórico, legado, enfim. Eu acho que essas coisas todas vão influenciar nas próximas pesquisas e na própria eleição em si. De tal sorte que eu não estou preocupado com esse tipo de narrativa, que, na minha opinião, não terá muita influência. Não terá influência na decisão do eleitor. Estou bastante feliz, repito, porque todo o nosso trabalho de entregas, de criação de políticas públicas que transformaram o Estado, políticas como o Vapt-Vupt, os hospitais de urgência, os hospitais regionais, as escolas padrão século XXI, o primeiro lugar no Ideb, as escolas militares, o saneamento básico, o programa de moradia, de infraestrutura, todo o trabalho que nós fizemos. Na área de segurança, sobretudo na contratação de mais de 10 mil policiais em todas as polícias, através de concurso, enfim. Esse conjunto da obra é que vai ser importante. E mais do que isso, o que será proposto pelos candidatos para as eleições do ano que vem e para o futuro do Estado.&nbsp;

A favor do Daniel Vilela, a gente percebe outros indicadores nas pesquisas. A aprovação do governo de<a href="https://opopular.com.br/politica/governo-de-ronaldo-caiado-tem-88-de-aprovac-o-mostra-quaest-1.3303018" target="_blank"> Ronaldo Caiado continuou muito alta, 88%</a>. Paralelamente, políticas públicas do governo de Goiás estão também muito bem avaliadas. Isso sem falar que para 73% dos entrevistados na Genial/Quest, o governador merece eleger um sucessor. Caiado, com essa popularidade, com essa liderança, não vai ser um desequilíbrio na balança?&nbsp;

Esses aspectos, é claro, precisam ser avaliados com certeza. Mas o candidato a governador não é o Caiado. O candidato será outro. Certamente muito menos experiente. E, na minha opinião, o goiano se acostumou com um sarrafo [barra, com limite de altura] muito elevado. Nós deixamos o governo numa situação em que os indicadores estavam muito elevados. PIB havia crescido 12 vezes, multiplicado por 12 vezes. O nível de empregos também muito elevado. Primeiro lugar no Ideb, né? Primeiro lugar na educação pública brasileira. Saúde com altíssimos índices de aceitação. Afinal de contas, os nossos hospitais estaduais, nos nossos governos, chegaram a níveis de acreditação, pelo ONA, de 1, 2, 3, níveis elevadíssimos. Enfim, nós deixamos o Estado com uma educação muito elevada. Uma educação de muita qualidade, uma segurança que garantiu e valorizou e deu as condições para que os policiais pudessem trazer os resultados que trazem hoje. Políticas públicas sociais, políticas públicas na área de habitação, de cultura, de meio ambiente, de infraestrutura, que apenas foram mantidas, continuadas, elas tiveram os nomes mudados. Eu não vi nada de novo, nada de inovador, nesses dois últimos governos, que não tivessem sido começados e alicerçados, estruturados, planejados nos nossos governos. Eu não tiro o mérito daquilo que foi continuado, que continuou dando certo. Tampouco eu tiro o mérito da propaganda que foi feita ao longo desse tempo. Goiás não aconteceu agora, tampouco aconteceu nos meus governos. E eu trabalhei duro para que a gente pudesse industrializar o Estado, transformá-lo em um Estado inovador, moderno, gerador de oportunidades, com políticas sociais que reduziram as desigualdades sociais, mas o que eu posso assegurar é que, mais do que eleger o candidato do governo, o eleitor vai querer, na minha opinião, pelas pesquisas qualitativas que eu tenho, vai querer um governador que dê conta de, de avançar além do que já foi feito até aqui e garantir mais oportunidades ainda, mais qualidade de vida e garantir um Estado que seja ainda mais inovador, ainda mais estruturado e ainda mais realizador. A verdade é que, apesar da farta mídia, a gente sabe que, em muitos casos, nós não vimos o Estado avançar como aparece na propaganda. Hoje, estão de volta nos hospitais públicos, as filas das marcas, nos corredores, isso é algo muito deprimente. Houve uma queda de qualidade, os policiais estão extremamente mal atendidos e, de certa forma, frustrados com a falta de atendimento às suas reivindicações. Nós temos também, na parte da educação, professores frustrados, eu percebo também que há uma frustração em relação ao atendimento no Ipasgo, nem tudo são maravilhas. Nós temos algumas coisas que são muito equivocadas, eu não sei como é que as pessoas não perceberam isso ainda. Por exemplo, o Estádio Serra Dourada foi vendido por R$ 10 milhões, quando, na verdade, aquele conjunto ali valeria, no mínimo, R$ 1,5 bilhão, foi vendido a preço de banana. Nós temos, por exemplo, a construção de um hospital pequeno, que é o Cora, por um valor superior a R$ 2 bilhões e 500 milhões, e a gente não vê nenhuma autoridade tomando providências em relação a essas coisas. Agora, toda a parte de infraestrutura com recursos do agro [da taxa do Fundeinfra], sendo terceirizada, sem licitação. Enfim, no debate para as eleições, vai aflorar uma porção de coisas que estão acobertadas, e, ao mesmo tempo, vai propiciar que os candidatos de oposição apresentem projetos de médio e longo prazo, projetos estruturadores, projetos que, efetivamente, possam significar um novo salto de qualidade no Estado, um novo salto em termos de iniciativas criativas, como foi feito a partir de 1999.&nbsp;

O diretor Felipe Nunes, da Quest, Felipe Nunes <a href="https://opopular.com.br/politica/goias-e-o-estado-com-mais-direita-e-mais-bolsonarismo-diz-felipe-nunes-1.3303463" target="_blank">[em entrevista ao POPULAR no sábado, 23]</a> fez uma pergunta a respeito da pontuação do senhor e de Daniel Villela. A questão dele é: será que o sr. não chegou a um teto com os 22% de intenção de voto? Ele pergunta isso, em função da rejeição que o senhor teve em eleições passadas, e perguntou se esses 26% não são o piso de largada de Daniel Villela. Como é que o senhor responde essa questão?&nbsp;

Eu ouvi toda a entrevista do Felipe Nunes. Em vários momentos, ele afirma que o páreo, a continuar desse jeito, será um páreo duro e muito competitivo até o final. Então, também, em função dessa resposta dele, destas respostas, aliás, eu diria que o tempo dirá. Vamos aguardar aí o que as outras pesquisas vão dizer, o que os novos acontecimentos também... vão trazer. Está muito cedo. Eu não coloquei candidatura minha ainda como pré-candidato. Esse assunto é um assunto que ainda vai render muitas reflexões, muitas reuniões para frente. Mas o fato, repito, é que eu fiquei muito feliz com de ter sido lembrado por tantos goianos nessa amostragem, depois de todo o sofrimento que eu passei, depois de todas as tentativas de criação de narrativas falsas, mentirosas, que fizeram a meu respeito. Eu percebi nessa pesquisa que os goianos estão reconhecendo todo o esforço, todo o trabalho que eu e minhas equipes realizamos ao longo do tempo. Isso me deixou muito feliz. E eu diria que o mais importante para mim foi isso. Foi perceber que uma boa parte dos goianos, quase um quarto dos goianos nessa pesquisa, reconhece o esforço e o trabalho realizado.&nbsp;

Bom, governador, o senhor tocou num ponto que eu não posso deixar de abordar. E a questão minha é, o senhor é candidato a governador de 2026? Ou então, caso não confirme, quando o senhor pretende bater o martelo e sair como pré-candidato correndo o Estado em campanha?&nbsp;

Boa questão, Cileide. Ainda não sou. Essa é uma questão que será muito discutida daqui pra frente. E esse martelo será batido certamente no começo do ano que vem. No primeiro semestre do ano que vem. É importante registrar que o mais importante para as próximas eleições é a gente pensar num projeto de médio e longo prazo pra Goiás. Um programa de 30 anos pra frente. Como nós fizemos em 1999. Um programa que tirou Goiás da periferia, a periferia do país. E nos inseriu como um player importante na economia nacional. Os jovens do início da década de 2000 usufruíram fortemente do resultado desse projeto. Em todas as áreas. Geração de empregos, educação, saúde, qualidade de vida, redução de desigualdades sociais. Enfim, de oportunidades. Mas hoje nós estamos sendo superados por estados, com o mesmo perfil socioeconômico do nosso, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, onde o PIB per capita de cada um desses estados já superou o nosso, a partir de 2019. Basta ver as estatísticas. Porque, de fato, não existe planejamento e um projeto estruturante para o estado nesse momento. O atual governo apenas deu continuidade ao que foi feito pelos governos que o antecederam. Goiás certamente vai precisar de um novo salto. De um novo e urgente salto de desenvolvimento econômico e social.&nbsp;&nbsp;

Marconi: "O candidato a governador não é Caiado; será outro menos experiente"

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Entrevista/CHEGA PRA CÁ

Especialistas e cientistas políticos ouvidos pelo POPULAR analisam que o governador Ronaldo Caiado (UB) ainda não conseguiu avanços significativos no processo de viabilização da própria pré-candidatura à Presidência da República. A frustração, quase cinco meses após o lançamento oficial do projeto, em Salvador (BA), ocorre tanto em relação à luta contra o desconhecimento nacional, quanto internamente pela viabilidade política na federação União Progressista (UB e PP).

Os analistas consultados, apesar de apontarem os desafios, reconhecem “perfil interessante” de Caiado.

O cientista político Murilo Medeiros diz que o governador tem credenciais políticas sólidas, respeitabilidade no campo conservador e um histórico aguerrido de enfrentamento ao PT, além de uma gestão estadual bem avaliada como vitrine política. “Mas ainda enfrenta limitação de projeção nacional para alavancar sua candidatura.”

Para Murilo, o goiano ainda não avançou na missão de ampliar a visibilidade fora do Centro-Oeste. “Ele precisa cativar a base eleitoral bolsonarista, sem perder autenticidade, além de convencer a federação União Progressista a abraçar seu projeto presidencial”, diz.

A última rodada da pesquisa Genial/Quaest mostra que Caiado conseguiu se tornar mais conhecido nacionalmente nos últimos meses, mas a rejeição também cresceu. De acordo com o levantamento, 54% afirmam que não conhecem Caiado. Em maio, eram 62%. Por outro lado, o porcentual daqueles que afirmam que conhecem o goiano, mas não votariam nele também aumentou de 25% para 33%.

“Esse processo é natural e avança de forma gradual, acelerando de verdade apenas no ano da eleição. Estou tranquilo e sigo focado no meu trabalho”, disse Caiado, em nota, quando da divulgação dos números na semana passada.

O professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutor em filosofia e ciência sociais, Fábio Gentile, trata Caiado como “um potencial pré-candidato”. “Sem dúvida, é um político esperto. Tem longa trajetória no conservadorismo e na direita brasileira e sabe transitar bem entre discursos mais radicais e moderados”, analisa. “As perspectivas, no entanto, dependem de Caiado trabalhar o marketing político e a estratégia em busca do eleitor conservador e mais moderado, sem cortar os laços com pelo menos uma parte do movimento bolsonarista”, diz.

O cientista político Joscimar Silva lembra que o governador é um dos nomes mais longevos da direita tradicional e que conta com “potencial relevante de agregação”.

“Por estar em um estado com pouca visibilidade midiática, sua candidatura tem dificuldades em crescer nacionalmente. A depender da coalizão, Caiado pode ser um potencial candidato a vice-presidente”, diz o especialista.

Cativar base bolsonarista, sem perder a autenticidade, é desafio para Caiado

Eleições 2026

A pragmática reorganização da centro-direita, elaborada por governadores e presidentes nacionais de seis partidos, busca estruturar um projeto alternativo ao clã de Jair Bolsonaro (PL) ao mesmo tempo em que evita o total descolamento do eleitorado radical. Especialistas avaliam o jogo duplo e apontam o afastamento do ex-presidente como natural, mas a viabilidade eleitoral do movimento depende da unificação do discurso entre as principais lideranças e da coesão do grupo, que ainda analisa estratégias para a disputa presidencial de 2026.

O voo solo dos direitistas, sem o apoio direto de Bolsonaro, foi articulado na última semana diante das reações negativas à atuação de Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro (PL/SP), deputado federal licenciado, que fomentam o tarifaço dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Um jantar na casa do presidente da federação entre União Brasil e PP, Antonio Rueda, deu a largada para a formação do bloco moderado.

Para a doutora em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB), Marcela Machado, o cenário mostra um inevitável descolamento de parte da direita em relação ao bolsonarismo.

Segundo ela, o movimento é natural e combina o pragmatismo e o distanciamento causado pelos atritos judiciais e familiares de Bolsonaro. “Isso se intensificou principalmente com a exposição recente dessas conversas do Malafaia”, diz.

A Polícia Federal indiciou Bolsonaro e o filho 03 por coação no curso do processo da ação penal por golpe de Estado. Eduardo está nos Estados Unidos desde março, onde articula sanções contra autoridades brasileiras, principalmente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que é o relator da ação penal.

No relatório da PF, constam mensagens trocadas entre Bolsonaro, Eduardo e o pastor Silas Malafaia. Segundo a investigação, as mensagens sugerem uma articulação para vincular o fim das sanções à concessão de anistia a pessoas envolvidas na invasão de Brasília em 8 de janeiro de 2023.

Marcela Machado aponta que as reações públicas aos aspectos políticos do tarifaço foram indicadas pela última pesquisa Genial/Quaest, que mostrou recuperação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principalmente nos cenários de segundo turno contra nomes da direita. E, segundo ela, o cenário fortalece a elaboração de estratégia alternativa ao bolsonarismo.

“Ao mesmo tempo, há essa mobilização crescente entre as lideranças partidárias e os governadores indicando uma possível viabilidade para uma candidatura de centro-direita, sem precisar do apoio do ex-presidente, que pode não ser um nome competitivo por conta desses fatos que estão respingando nele”, considera.

A especialista, no entanto, diz que a estratégia da centro-direita ainda encontra desafios. “Depende fortemente da capacidade de coordenação entre essas lideranças que estão tentando se unir e da construção de uma narrativa unificada”.

O jantar na casa de Antonio Rueda reuniu 12 governadores de Estado e presidentes nacionais de seis partidos. O grupo debate duas estratégias possíveis. Em uma, cada legenda poderá lançar nome próprio para disputar o Palácio do Planalto e depois todos apoiarão o escolhido para o segundo turno, possivelmente contra Lula.

Na outra, a direita e a centro-direita se uniriam já no primeiro turno para lançar um candidato, que pode ser o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A primeira tese é defendida desde o início da pré-campanha, ainda em 2024, pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), que busca efetivar projeto próprio dentro da federação União Progressista. A composição partidária, no entanto, ainda mantém indicações em ministérios no governo Lula e é formada por lideranças e parlamentares governistas, principalmente no nordeste.

Estratégias

Para o cientista político e professor da UnB Murilo Medeiros, o bolsonarismo permanecerá como “força política e social relevante”, mas tende a se fragmentar em diferentes correntes para 2026. “A divisão interna do grupo e a capacidade de Bolsonaro, ou de um herdeiro político, em manter coesa sua base são fatores decisivos”, afirma.

Segundo Murilo, a tendência é que os governadores de oposição busquem se posicionar como “direita responsável” ou “conservadorismo moderado”, com objetivo de captar tanto o eleitorado bolsonarista órfão quanto o voto antipetista.

Sobre o afastamento da extrema-direita, Murilo Medeiros entende que parte das lideranças de centro-direita e da direita conservadora passaram a buscar “voo próprio” por conta da consolidação da inelegibilidade de Bolsonaro e do discurso radicalizado de apoiadores mais fiéis.

“O cálculo é pragmático. A radicalização pode garantir certo barulho, mas não maioria eleitoral. O desafio é preservar parte do eleitorado conservador, e ampliar o diálogo com setores moderados, preparando terreno para uma candidatura viável. O resultado provável é uma direita mais plural e menos centralizada em uma figura única”, avalia.

Doutor em filosofia e ciência política, Fábio Gentile ressalta que as pesquisas seguem apontando que o bolsonarismo é “um segmento bastante expressivo da direita brasileira”. Diante disso, diz, a estratégia da direita é acompanhar as evoluções de forma pragmática, mantendo “algum vínculo” com Bolsonaro.

“Até porque deve ser uma disputa acirrada em 2026. Esse grupo mantém discurso racional, ao mesmo tempo em que tentam se distanciar do radicalismo, que afasta setores conservadores e moderados”, diz Gentile, que integra o Observatório da Extrema-Direita no Brasil e é professor do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Já Joscimar Silva, doutor em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), não descarta a possibilidade de centralização de forças em torno de Tarcísio de Freitas, possivelmente com o nome do senador Flávio Bolsonaro na cabeça de chapa. “Tarcísio unifica o interesse máximo do bolsonarismo, que é livrar Bolsonaro da prisão, ao mesmo tempo em que apresenta uma aparência moderada para o eleitorado em geral.”

Joscimar indica que o processo levaria à “desistência de outras candidaturas” e ao lançamento de uma “candidatura figurativa” de direita radical para agregar os eleitores mais radicais no primeiro turno.

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Direita ensaia 'voo solo' em jogo duplo com bolsonarismo

A nova pesquisa Genial/Quaest sobre a corrida pelo Palácio das Esmeraldas mostra que os pré-candidatos de oposição têm, juntos, a maior fatia das intenções de voto entre aqueles que veem como positiva a gestão de Ronaldo Caiado (UB). O ex-governador Marconi Perillo (PSDB), o senador Wilder Morais (PL) e a deputada federal Adriana Accorsi (PT) alcançam 21%, 11% e 7% neste universo, respectivamente.

Trata-se, por um lado, de uma obviedade, considerando que o governador alcançou 88% de aprovação, flertando com a unanimidade, como afirmou Felipe Nunes, diretor do instituto responsável pela pesquisa. Por outro lado, o cruzamento com outras informações do levantamento dá pistas importantes sobre o cenário a um ano antes do início oficial das eleições estaduais.

Quando perguntados se acham que Caiado merece eleger um sucessor que indicar, 73% responderam que sim. Ao mesmo tempo, 30% daqueles que avaliam positivamente a administração estadual manifestam a intenção de votar em Daniel Vilela (MDB). Não por acaso, o vice-governador aposta quase todas as fichas que tem no momento na associação de sua imagem com a do chefe do Executivo.

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Duas teses

Na cúpula governista, há otimismo em relação aos números da pesquisa, mas divergências sobre a importância de encontros regionais da base para ampliar o nível de conhecimento de Daniel.

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Governo

Uma leitura é a de que o ativo mais importante do vice é a agenda de governo, que está cada vez mais em suas mãos. “Pré-campanha de quem está no governo é fazer governo. As coisas acontecem no seu tempo”, resume um governista.

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Política

“Daniel está trabalhando, mas não pode usar o palanque da obra que está inaugurando para dizer que em 2026 será candidato. Ele tem de voltar depois e dizer que entregou e que vai ser candidato”, defende outro.

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Conhecimento

Palacianos atribuem o desempenho de Marconi ao recall de quem foi quatro vezes governador. Já os tucanos celebraram. “Não tem estrutura de governo, nem palanque, e está colado no Daniel”, diz um deles.

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Elegância - Flagra de uma biguatinga deixando o galho para alçar voo no Parque Vaca Brava, em Goiânia (Diomício Gomes / O Popular)

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Bolsonaristão

Entre os estados pesquisados pela Quaest, Goiás é aquele com mais bolsonaristas. De acordo com o levantamento, 18% se dizem seguidores de Jair Bolsonaro (PL). Outros 26% são de direita. É nesse campo que Wilder pretende buscar seus votos. Os que declararam não ter ideologia somam 34%. Os lulistas e petistas somam 10% e 8% se veem como de esquerda.

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Aliás...

Caiado participou de evento do Lide no Rio de Janeiro. Voltou a citar Carlos Lacerda para dizer que não se fala mal do seu país estando fora dele. Deu para pensar que citaria Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), patrocinador do tarifaço nos Estados Unidos, mas ele falava do presidente Lula (PT), “que fala mal dos produtores (rurais)” no exterior.

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Nunca o bastante

Apesar da sequência de gestos de Ronaldo Caiado ao bolsonarismo, o governador entrou na mira de apoiadores do ex-presidente nos últimos dias. Levantamento da Agência Lupa em parceria com a Palver mostra que ele passou a ser tratado em grupos públicos de mensagem como aliado do PT e do Supremo Tribunal Federal.

Pergunta para:

Márcio Luís da Silva

Presidente da Facieg

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Márcio Luís da Silva (Divulgação)

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O sr. acompanhou o ministro Renan Filho (Transportes) na assinatura da ordem de serviço da duplicação da BR-153. Gostou do que viu?

O contrato celebrado com a concessionária foi muito benevolente em termos de prazos. A mobilização da sociedade civil e a união da classe política deve ser usada para pressionar que as obras da duplicação sejam aceleradas. O ministro de transportes se mostrou muito sensível ao tema. 

Arremate:

Viu essa?- A página Social Media Gov fez levantamento das instituições públicas brasileiras com mais interações nas redes sociais. O Tribunal de Justiça de Goiás está no topo do ranking dos judiciários estaduais. Entre as assembleias legislativas, a de Goiás ficou em terceiro. Já no ranking das câmaras municipais, a de Goiânia apareceu na quinta colocação.

Marketing político -&nbsp;O publicitário goiano Matheus Mascarenhas é finalista do Prêmio Camp da Democracia, nas categorias mídia digital e melhor slogan.

Resolvido -&nbsp;A Prefeitura de Goiânia realizou o conserto da boca de lobo que estava quebrada na esquina da Rua T-62 com a Rua S-4, no Setor Bela Vista.