Eduardo Macedo conseguiu retomar, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a presidência do PTB goiano. Ele havia sido destituído do posto pela ex-presidente nacional da sigla Graciela Nienov, no dia 23 de fevereiro, em meio a um processo de disputa interna pelo comando do partido nacionalmente. Nesta segunda-feira (14), foi emitida uma certidão pela justiça eleitoral, que coloca a liderança do diretório goiano, oficialmente, de volta a seus cargos na direção. Além de Macedo, João Batista de Oliveira voltou a ser vice-presidente e Adriano Gustavo de Oliveira e Silva, secretário-geral. Os outros cargos também foram recompostos.Macedo havia sido destituído em ação de Nienov, no que foi lido como um ato de retaliação, porque o goiano faz parte do grupo adversário da ex-presidente no PTB. Na época da destituição, a assessoria da presidente nacional afirmou que a decisão se deu por “insegurança na legenda que estava sendo construída e descontentamento dos filiados”. A equipe negou qualquer medida de retaliação. Nienov tinha se tornado presidente nacional do partido no ano passado, mas, após desentendimentos com o grupo ligado ao ex-deputado Roberto Jefferson, a sigla acabou convocando nova eleição, que foi realizada no dia 11 de março. Marcus Vinícius Neskau, deputado estadual do Rio de Janeiro, foi escolhido para substituí-la.Ela, porém, ainda era considerada legalmente presidente e ainda exercia atos de dirigente quando resolveu fazer a destituição do diretório goiano. Nienov rompeu com Jefferson depois que áudios foram vazados de um grupo de WhatsApp, em que ela supostamente afirmava ter marcado reunião com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo de Jefferson tem afirmado que a intenção dela era pedir a manutenção da prisão do ex-deputado. Tanto a presidente como o ministro do STF negam qualquer conversa entre os dois. “É absolutamente falso que Alexandre de Moraes tenha recebido em audiência, conversado pessoal ou telefonicamente com a ex-presidente do PTB, que nem ao menos conhece”, diz nota do STF.RetornoA retomada da direção goiana ocorre três dias depois que a Justiça Eleitoral reconheceu a eleição de Marcus Vinicius Neskau. A suposta retaliação se devia ao fato de que Macedo foi alçado a secretário nacional do partido na chapa de Neskau. Além do diretório de Goiás, a ex-presidente também havia intervido nas direções da Bahia, Amapá, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, São Paulo, Roraima, Paraná e Distrito Federal.