Para garantir qualidade de serviços reduzindo gastos, qual deve ser o foco do gestor público?Nas reformas administrativas, foram estabelecidos novos parâmetros no dia a dia da gestão pública, como índices de desempenho e meritocracia. A própria Constituição de 1988, por meio da Emenda Constitucional nº 19, vai colocar o princípio da eficiência como um princípio constitucional administrativo, objetivando melhorar a qualidade sem aumentar o custo. Eficiência procura uma maior economia com a manutenção da qualidade dos atendimentos, das obras. O gestor público precisa aplicar os princípios que estão na Constituição e métodos da iniciativa privada que deram certo. A própria presidente Dilma foi buscar na iniciativa privada nosso atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Por que os meios encontrados pelos gestores públicos para fazer economia despertam tanta reprovação popular?Normalmente, a saída que se encontra para economizar ou fazer caixa é aumentar a carga tributária. E o povo não aguenta mais. Nós tivemos manifestações por causa de aumento de centavos no transporte público. Outra coisa que o Estado costuma fazer, que é lamentável, é complementar o orçamento de obras, como foi na Copa do Mundo, porque o previsto não foi suficiente. Aí a gente acha que houve superfaturamento... Qual limite deve ser observado para a redução de custeio da administração pública?É preciso avaliar o impacto econômico dessa redução, mas tem que se lembrar que a finalidade da administração é o interesse público. Se as medidas impactarem pouco na folha e comprometerem a qualidade do serviço, não vão resolver o problema. Mas é válido se são várias medidas tomadas de maneira programada, e se isso vai representar uma economia significativa sem comprometer a qualidade do atendimento.-Imagem (Image_1.765600)