IcPolitica

Política

Em Goiás, 170 juízes receberam mais de R$ 100 mil em outubro

Dados do Conselho Nacional de Justiça mostram que um dos magistrados recebeu contracheque de R$ 162 mil no mês passado, quando a folha do TJ somou R$ 52,3 mi

TJ-GO: além do salário, que chega a R$ 35,4 mil, juízes têm uma série de benefícios

TJ-GO: além do salário, que chega a R$ 35,4 mil, juízes têm uma série de benefícios (Fábio Lima/O Popular)

Em outubro, 25,8% dos magistrados de Goiás tiveram rendimentos totais superiores a R$ 100 mil. A folha de pagamento da categoria mostra que de 659 juízes e desembargadores, 170 receberam mais que R$ 100 mil em vencimento bruto. Os dados são divulgados mensalmente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com base em contracheques enviados pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).

No mês de setembro, 10% dos juízes e desembargadores registraram rendimentos totais acima de R$ 100 mil. Em números absolutos, foram 67 de 660. A despesa total do tribunal com vencimentos de magistrados naquele mês foi de R$ 45,2 milhões. Já em outubro, o gasto com a folha foi de R$ 52,3 milhões, o maior valor registrado até o momento em 2021.

O POPULAR mostrou na semana passada que a categoria recebeu aumento no auxílio-saúde, que varia de 42% a 177%. A mudança foi regulamentada por decreto publicado no dia 27 de outubro. O documento determina que a nova regra tem efeito financeiro a partir de 1º de outubro deste ano. O auxílio-saúde é pago aos magistrados desde maio de 2020. Na época, o valor instituído foi de R$ 1.280. Com a nova regra, o benefício passa a ser escalonado pela faixa etária, e pode chegar a R$ 3.546.

Os salários dos magistrados variam entre R$ 30,4 mil e R$ 35,4 mil. No entanto, a categoria acumula benefícios e penduricalhos como auxílio-alimentação (R$ 1,2 mil), gratificação natalina e gratificação por exercício cumulativo, por exemplo.

Em outubro, o maior rendimento bruto foi de R$ 162 mil. Neste caso, o magistrado recebeu subsídio de R$ 35,4 mil e R$ 5 mil em direitos pessoais (abono permanência). Também houve o pagamento de R$ 28 mil em indenizações, como auxílios alimentação e saúde e uma categoria classificada pelo CNJ apenas como "outra", no valor de R$ 23 mil. O pagamento de direitos eventuais somou R$ 93 mil (relacionados a abono constitucional de férias e gratificação por serviço cumulativo).

Regras

O pagamento do auxílio foi regulamentado pelo CNJ em setembro de 2019. O conselho permitiu que os tribunais escolhessem entre convênio com planos de saúde, serviço de assistência médica prestado diretamente pelos órgãos, ou reembolso, com limite de até 10% do subsídio do magistrado e a depender da disponibilidade de orçamento de cada tribunal.

Ao instituir o benefício em 2020 com o valor de R$ 1.280, o TJ-GO argumentou que o montante era menor do que o estabelecido pelo CNJ. Na época, o Estado de Goiás passava por crise e os primeiros meses de pandemia apontavam para cenário financeiro incerto.

De acordo com o decreto que permitiu o aumento do benefício a partir de outubro de 2021, o objetivo da mudança é cumprir integralmente a determinação do CNJ quanto ao tema. No documento, assinado pelo presidente do TJ-GO, Carlos Alberto França, é destacado que o escalonamento do benefício por faixa etária atende ao critério da equidade, "uma vez que os gastos com saúde aumentam em decorrência da idade".

O texto considera ainda "a importância de magistradas e magistradas, servidores e servidoras da ativa manterem-se saudáveis durante a atividade, com a finalidade de prestar um melhor serviço para a sociedade". O decreto beneficiou também os servidores do tribunal. Os valores do auxílio-saúde variam entre R$ 792 a R$ 1.152 mensais, em escalonamento por faixa etária. Antes do decreto, o benefício para servidores era de R$ 720 mensais.

Sem resposta

A reportagem perguntou ao TJ-GO se existe relação entre o novo modelo de auxílio-saúde e os aumentos de despesa com pagamento de magistrados e na quantidade de pessoas que recebem acima de R$ 100 mil. No entanto, em nota, o tribunal apenas informou que "cumpre rigorosamente a lei e que todas as suas decisões, judiciais e administrativas, conforme previsão legal, estão publicadas no Diário da Justiça Eletrônico e no Portal da Transparência".

A reportagem também questionou o TJ-GO sobre o impacto financeiro mensal do auxílio-saúde e quantos magistrados são classificados em cada uma das faixas etárias na nova modalidade de pagamento, mas o tribunal não respondeu. Também não houve retorno a perguntas sobre quais os benefícios compõem os salários dos magistrados e porque há diferença na qualidade de nomes nas folhas de pagamento de cada mês.

Auxílio-saúde consumiu R$ 1,5 milhão em outubro

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) gastou R$ 1,5 milhão com o pagamento de auxílio-saúde a juízes e desembargadores em outubro, primeiro mês de vigência de aumento e novas regras para o benefício. Em setembro, o auxílio custou R$ 772 mil, segundo informações divulgadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A despesa com o benefício em outubro supera em R$ 783 mil o gasto de setembro.

A nova regra prevê pagamento de valor escalonado do auxílio segundo a idade dos magistrados. De acordo com a folha de pagamento de outubro, 37 pessoas receberam o teto do benefício, R$ 3.546. O decreto que regulamentou o aumento determina que o maior valor seja pago apenas a membros da categoria que tenham 59 anos ou mais. O benefício é pago com recursos do Fundo de Reaparelhamento e Modernização do Poder Judiciário (Fundesp).

Reportagem publicada pelo POPULAR em março mostrou que a despesa do TJ-GO com auxílios, abonos, indenizações e pagamentos por decisões judiciais a magistrados e pensionistas aumentou 56,5% em 2020, quando comparado a 2019. O tribunal gastou R$ 177,3 milhões em 2020, contra R$ 113,3 milhões do ano anterior. Os valores consideram a inflação do período.

Você se interessou por essa matéria?

Acessar conta

É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

Criar conta gratuita

É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

Assine O Popular digital

R$ 9,90 Mensais

Desconto para assinatura digital no primeiro mês

Newsletter

Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

Notícias do Atlético

Notícias do Goiás E. C.

Notícias do Vila Nova

Destaques do Impresso

Podcast Giro 360

Economia Goiana

Edição de Domingo

Crônicas da Semana

IcCidade

Cidades

Alerta de tempestade com rajadas de vento é lançado para Goiás; veja regiões mais afetadas

Chuva intensa pode acontecer com rajadas de vento de até 60 km/h. Há risco de alagamentos

Alerta de tempestade com rajadas de vento é lançado para Goiás; veja regiões mais afetadas

(Wildes Barbosa/O Popular)

Goiás tem alerta de chuvas intensas com formato de tempestade para este final de semana. A previsão, segundo a coordenadora do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet-GO), Elizabete Alves Ferreira, é de pancadas isoladas com volume entre 20 e 30 milímetros por dia, além de rajadas de vento e raios. As regiões mais afetadas são o norte, nordeste e noroeste do estado. Há risco de alagamentos.

🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

Conforme Elizabete, a chuva em Goiás é causada devido à combinação de calor e umidade. Em todo o estado, a umidade do ar deve ficar entre 50% e 95%, enquanto as temperaturas máximas podem ultrapassar os 30ºC.

Tem abertura de sol e com a umidade acaba ocasionando essas pancadas de chuva no período da tarde, por isso nós [Inmet] colocamos esse alerta para toda a parte região norte do estado", explicou a meteorologista em entrevista ao POPULAR.

A chuva intensa pode causar alagamentos em alguns municípios, enquanto as rajadas de vento, que podem chegar aos 60 km/h, a queda de árvores e galhos.

"Pode acontecer alagamento em cidades que tenham pontos de alagamentos, como Porangatu e São Miguel do Araguaia. Se for uma chuva de 10 mm em 10 minutos enche bem rápido, então a gente pode ter sim essa condição de alagamento", detalhou.

De acordo com o boletim informativo do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), os municípios que devem ser mais afetados pela chuva são:

  • Ipameri
  • Porangatu
  • Três Ranchos
  • Morrinhos
  • Formosa
  • Santa Helena
  • Pirenópolis
  • Cocalzinho de Goiás
  • São Miguel do Araguaia
  • Elizabete ainda explicou que, inicialmente, o alerta é válido para as regiões norte, nordeste e noroeste de Goiás, porém pode se estender a partir da próxima segunda-feira para as outras regiões, atingindo, inclusive, a Grande Goiânia. Mas ressalta que, mesmo sem alerta, os moradores da capital podem ser surpreendidos com chuvas rápidas e isoladas entre esta sexta (11) e domingo (13).

    Portanto, a orientação do Inmet para todo o estado é:

  • Em caso de rajadas de vento, não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas;
  • Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda
  • Evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada;
  • Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (199) e ao Corpo de Bombeiros (193).
  • Você se interessou por essa matéria?

    Acessar conta

    É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

    Criar conta gratuita

    É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

    Assine O Popular digital

    R$ 9,90 Mensais

    Desconto para assinatura digital no primeiro mês

    Newsletter

    Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

    Notícias do Atlético

    Notícias do Goiás E. C.

    Notícias do Vila Nova

    Destaques do Impresso

    Podcast Giro 360

    Economia Goiana

    Edição de Domingo

    Crônicas da Semana

    IcCidade

    Cidades

    Mãe recebe alta e vai ao enterro das filhas que morreram em acidente de ônibus

    Devido ao estado de saúde da professora e a complexidade do transporte dos corpos para Goiás, Laura e Lorena foram sepultadas em Araguari, Minas Gerais

    Laura Costa de Negreiros, de 6 anos, e Lorena Costa de Negreiros, 2, estão entre os 11 mortos no acidente (Divulgação/PMR-MG e redes sociais)

    Laura Costa de Negreiros, de 6 anos, e Lorena Costa de Negreiros, 2, estão entre os 11 mortos no acidente (Divulgação/PMR-MG e redes sociais)

    A mãe das crianças que morreram em um acidente de ônibus , que saiu de Goiás e tombou em uma rodovia de Minas Gerais, recebeu alta e conseguiu acompanhar o enterro delas na manhã desta quinta-feira (10). A professora Luana Costa estava internada com o bebê de 6 meses, no Hospital Universitário Sagrada Família (Husf), em Araguari (MG). Ela e o filho estão entre os 36 feridos no acidente.

    🔔 Siga o canal do O POPULAR no WhatsApp

    De acordo com a secretária de saúde de Minas Gerais, Thereza Cristina Griep, Luana e o filho estavam internados desde a terça-feira (8) no hospital universitário. Ela passou por uma cirurgia na clavícula nesta quarta e recebeu alta pouco antes do enterro das filhas, às 10h desta quinta. O bebê também foi liberado.

    A família, que viajava para São Paula onde visitariam os pais de Laura, é moradora de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, mas segundo a tia das meninas, Nataly Negreiros, o sepultamento aconteceu em Minas Gerais, devido ao estado de saúde de Luana e a dificuldade no traslado dos corpos de Laura e Lorena Costa de Negreiros, de 6 e 2 anos, para Goiás.

    Luana acabou de receber alta e não teria como ir se fosse em Trindade. Além de a locomoção dos corpos ser muito delicada por conta do estado em que estavam. Então, a família foi para lá [MG]", detalhou a tia.

    Comoção

    Luana era professora de uma escola particular de Trindade, que divulgou uma nota de pesar e informou que Laura foi aluna da unidade.

    Que o sorriso delas seja lembrado como um raio de sol que aqueceu os corações de quem teve o privilégio de conviver com elas", escreveu a direção (veja íntegra da nota ao final desta reportagem).

    A Prefeitura de Trindade também publicou e enviou para a reportagem um comunicado de pesar. "Uma perda irreparável que atinge de forma dolorosa toda a nossa cidade" (veja íntegra da nota ao final deste texto).

    Tragédia

    Imagens do ônibus tombado na rodovia (Divulgação/Polícia Militar Rodoviária)

    Imagens do ônibus tombado na rodovia (Divulgação/Polícia Militar Rodoviária)

    Laura e Lorena estão entre os 11 mortos na tragédia. Todas as vítimas viajavam em um ônibus da empresa Real Expresso, aconteceu por volta das 3h30 de terça-feira (7), a cerca de 25 quilômetros de Araguari na região do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais.

    Segundo a polícia, o veículo havia partido de Anápolis (GO) às 20h30 da última segunda-feira (6), com destino a São Paulo. Antes fez paradas em Goiânia e Caldas Novas. Uma outra parada estava programada para Araguari, cidade mineira, às 2h20.

    A Polícia Militar Rodoviária de Minas Gerais (PMR-MG) relatou que o motorista afirmou ter passado por um radar na MG-413 dentro da velocidade permitida, cerca de 150 metros antes do trevo onde ocorreu o tombamento. Em seguida, ele disse ter visto um vulto no retrovisor e, ao tentar evitar um possível choque, freou bruscamente, fazendo o ônibus colidir com o canteiro e capotar.

    O local, segundo o tenente do pelotão da PMRv, Marcelo Sousa, responsável pela área onde o veículo tomou a PMRv, o local não possui histórico de acidentes por estar equipado com radares. O motorista foi ouvido pela Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) e liberado.

    A PC-MG informou nesta quarta que as investigações seguem em andamento "para esclarecer as causas do grave acidente envolvendo um ônibus de viagem, registrado na madrugada desta terça-feira (8/4), na rodovia AGR-0747, trecho da MG-223, em Araguari, no Triângulo Mineiro".

    Vítimas

    Segundo testemunhas, várias pessoas foram arremessadas para fora do veículo. Os feridos foram encaminhados a diversos hospitais da região, mas os nomes e estados de saúde não foram divulgados pelas autoridades. Segundo a secretaria de saúde da cidade, quase todos receberam alta, inclusive uma gestante que precisou de uma cirurgia de emergência. Apenas uma mulher segue em internada em estado grave.

    Sobrevivente

    O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

    O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

    Thiago Rocha, de 41 anos, foi um dos sobreviventes do acidente com o ônibus da viação Real Expresso que tombou na MG-223, em Minas Gerais, segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

    Thiago relatou que o ônibus entrou no trevo em alta velocidade e que, em poucos segundos, ele foi lançado da poltrona onde estava, mesmo usando cinto de segurança. Após recuperar os sentidos, ouviu gritos de socorro e, junto com outros passageiros, ajudou a quebrar os vidros de janelas para resgatar feridos.

    Eu travei. Comecei a chorar porque eu vi realmente como estava as pessoas. Pessoas em cima de pessoas, pedaço de braço, pedaço de perna. Então foi muito difícil. Foi uma cena bem forte, impactante. Eu já perdi a conta de quantas vezes caí em lágrimas daquela hora até agora", relatou ao POPULAR .

    O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

    O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

    Atrasos e excesso de velocidade

    undefined / Reprodução

    O sargente da Polícia Militar de Minas Gerais (PM-GO), Amador Júnior disse ao POPULAR que sobreviventes relataram que o motorista dirigia o ônibus em alta velocidade .

    Nesta quarta-feira (9), a empresa foi procurada pelo jornal O POPULAR para comentar sobre as denúncias de excesso de velocidade, mas não respondeu até a última atualização da reportagem.

    Por nota divulgada na terça-feira, a Real Expresso afirmou que o atraso na partida ocorreu dentro da normalidade, devido a paradas programadas. A empresa acrescentou que o ônibus havia passado por manutenção preventiva e corretiva, e o motorista estava descansado. A troca de condutor estava prevista apenas em Uberaba, a cerca de 170 km do local do acidente. A viação declarou não operar com motoristas em dupla, mas sim com substituições ao longo do percurso, para garantir a segurança dos profissionais.

    A empresa também informou que os discos do tacógrafo e as imagens das câmeras internas do veículo foram entregues às autoridades. Conforme a Real Expresso, o sistema de telemetria não identificou condutas fora dos padrões de segurança. Ainda assim, afirmou que tomará medidas cabíveis caso alguma irregularidade seja constatada. Desde o acidente, equipes especializadas foram mobilizadas para apoiar vítimas e familiares, com um canal de atendimento 24 horas disponível pelo número 0800 728 1992.

    A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), também por nota, lamentou o ocorrido e confirmou que o ônibus estava com toda a documentação e registros em dia para o transporte interestadual de passageiros. O veículo possuía seguro de Responsabilidade Civil (RC), Certificado de Segurança Veicular (CSV) válidos e cronotacógrafo aferido. A ANTT informou ainda que acompanha o caso junto a outros órgãos e instaurou um processo administrativo para monitoramento e apoio às investigações.

    Íntegra da nota da escola

    É com imenso pesar que comunicamos o falecimento das pequenas Laura e Lorena, filhas da nossa querida professora Luana, vítimas do trágico acidente com ônibus com destino a São Paulo, ocorrido na madrugada de hoje.

    Laura foi nossa aluna, o que torna essa perda ainda mais profunda e dolorosa para nós.

    "Que o sorriso delas seja lembrado como um raio de sol que aqueceu os corações de quem teve o privilégio de conviver com elas."

    Estejam orando pela família da nossa professora Luana, ela segue internada e vai passar por uma cirurgia, seu bebê Dante está bem!

    Íntegra da nota da Prefeitura de Trindade

    A Prefeitura de Trindade manifesta, com profundo pesar, sua solidariedade às vítimas do grave acidente ocorrido na madrugada desta terça-feira (08/04), na rodovia MG-223, entre Araguari e Tupaciguara, no Triângulo Mineiro. A tragédia, que envolveu um ônibus da viação Real Expresso, deixou 11 mortos e dezenas de feridos, causando grande comoção em todo o país.

    Entre as vítimas fatais, infelizmente, estão duas crianças trindadenses, de apenas 2 e 6 anos de idade. Uma perda irreparável que atinge de forma dolorosa toda a nossa cidade.

    O prefeito de Trindade Marden se solidariza com os familiares neste momento de imensa dor e tristeza, e reforça o compromisso da gestão municipal em prestar todo o apoio necessário às famílias enlutadas. Que Deus conforte os corações de todos os que sofrem com esta tragédia.

    Prefeitura Municipal de Trindade

    Você se interessou por essa matéria?

    Acessar conta

    É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

    Criar conta gratuita

    É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

    Assine O Popular digital

    R$ 9,90 Mensais

    Desconto para assinatura digital no primeiro mês

    Newsletter

    Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

    Notícias do Atlético

    Notícias do Goiás E. C.

    Notícias do Vila Nova

    Destaques do Impresso

    Podcast Giro 360

    Economia Goiana

    Edição de Domingo

    Crônicas da Semana

    IcCidade

    Cidades

    Ex-aluno é condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de professora

    Ele também responde por lesão corporal grave e ameaça contra o filho da professora, com pena total de 21 anos e 9 meses de prisão

    Professora atuava na educação há quase 40 anos.

    Professora atuava na educação há quase 40 anos. (Reprodução/Redes Sociais)

    O ex-aluno Henrique Marcos Rodrigues de Oliveira foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato da professora Cleide Aparecida dos Santos . Por ter esfaqueado o filho dela, Anício Nonato da Silva Júnior, Henrique vai responder por mais um ano e nove meses de reclusão. Somadas as penas, o ex-aluno foi condenado a 21 anos e nove meses de prisão e um mês e 15 dias de detenção - que pode ser cumprido em regime semiaberto ou aberto.

    🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

    Henrique foi levado a júri popular nesta quarta-feira (9) , no Fórum de Inhumas, município que fica na Região Metropolitana de Goiânia. De acordo com a sentença, o ex-aluno responde por homicídio qualificado - crime cometido contra Cleide - lesão corporal grave e ameaça - contra Anício.

    O POPULAR tentou contato com a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), que representa o acusado, por e-mail, para saber se a defesa vai recorrer da sentença e qual o posicionamento inicial, mas não obteve retorno. Antes do julgamento, a defensoria informou que não comentaria o caso.

    Sobre o crime:

    Professora atuava na educação há quase 40 anos. (Reprodução/Redes Sociais)

    Professora atuava na educação há quase 40 anos. (Reprodução/Redes Sociais)

    Cleide foi assassinada na madrugada do dia 24 de agosto de 2022 , após ter a casa invadida por Henrique, que fica no Bairro Anhanguera, em Inhumas. Conforme a investigação, o rapaz confessou ter matado a professora como forma de vingança por ela o repreendê-lo por mau comportamento, incluindo a venda de drogas, enquanto estudava na escola em que ela era gestora.

    As desavenças teriam começado anos após Henrique deixar o Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, em Inhumas, unidade de ensino fundamental gerida por Cleide. Conforme apurou o POPULAR , o homem foi aluno do local em 2014, quando conviveu com a educadora. Mesmo após a saída, no entanto, a convivência indireta foi mantida, já que a casa de Henrique Marcos fica a duas quadras do colégio.

    No entanto, na época do crime, a professora já não estava trabalhando na unidade próxima à residência de Henrique Marcos. Conforme registro da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Cleide estava atuando como professora assistente no Centro de Ensino em Período Integral Horácio Antônio de Paula, que fica a mais de três quilômetros da casa do homem acusado pelo assassinato e da escola em que o desafeto teria surgido.

    Segundo a denúncia do Ministério Público, Henrique Marcos confessou à Polícia Militar (PM) que consumia e vendia drogas perto e até dentro da escola, situação que fazia com que Cleide o advertisse frequentemente. Isso teria feito com que ele criasse um ressentimento por ela e o desejo de vingança . Além disso, no dia anterior ao homicídio, Henrique tentou invadir a casa de Cleide, mas foi interrompido pelo filho dela, que acionou a polícia. Porém, na madrugada do dia 24, Henrique voltou, quebrou a porta e invadiu a casa.

    De acordo com a polícia, ele esfaqueou Cleide com aproximadamente 17 golpes enquanto ela tentava fugir, e também esfaqueou o filho dela, que tentou protegê-la. Cleide chegou a ser levada a uma Unidade de Pronto Atendimento, mas não resistiu. Um vídeo mostra o ex-aluno fugindo da casa da professora após matá-la (assista abaixo).

    Você se interessou por essa matéria?

    Acessar conta

    É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

    Criar conta gratuita

    É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

    Assine O Popular digital

    R$ 9,90 Mensais

    Desconto para assinatura digital no primeiro mês

    Newsletter

    Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

    Notícias do Atlético

    Notícias do Goiás E. C.

    Notícias do Vila Nova

    Destaques do Impresso

    Podcast Giro 360

    Economia Goiana

    Edição de Domingo

    Crônicas da Semana

    IcEsporte

    Esporte

    Presidente do Goianésia chegou a receber proposta de até R$ 500 mil de comissão para interferir em resultados do time

    Segundo ele, investigado ofereceu pagamentos também por indicações de outros clubes. Pelo menos seis pessoas foram presas durante cumprimentos de mandados em seis estados

    Delegado Marco Antônio Maia disse que foi procurado por aliciador de esquema criminoso (Divulgação/PC-GO e redes sociais)

    Delegado Marco Antônio Maia disse que foi procurado por aliciador de esquema criminoso (Divulgação/PC-GO e redes sociais)

    O presidente do Goianésia Esporte Clube e delegado de polícia Marco Antônio Maia contou que chegou a receber uma proposta de quase R$ 500 mil para interferir nos resultados do time. Ele foi autor da denúncia que deu início à Operação Jogada Marcada , da Polícia Civil de Goiás (PC-GO). Marco Antônio, que dirigiu o time de 2018 a 2024, lembra que os valores ofertados pelo suspeito variavam bastante e eram "altos".

    Foram tantos valores... que variavam bastantes as ofertas. Tinham época que era R$ 300 mil, R$ 400 mil, R$ 500 mil...", recorda o delegado.

    O POPULAR não conseguiu contato das defesas dos suspeitos até a última atualização desta reportagem.

    🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp

    A operação policial foi deflagrada na quarta-feira (9) e investiga uma suposta organização criminosa que seria especializada na manipulação de resultados em partidas de futebol. De acordo com a polícia, a apuração aponta para fraudes que podem ter movimentado cerca de R$ 11 milhões, inclusive por meio de plataformas de apostas digitais.

    O delegado, que coordena a operação, Eduardo Gomes, indicou que o suposto investigado ao procurar o time goiano tinha a intenção de aliciar primeiramente os clubes da Série D do Campeonato Brasileiro e depois avançar para as demais divisões dos campeonatos, por meio de indicações de dirigentes.

    Por coincidência, o telefone do presidente consta como se fosse a secretaria. Então, provavelmente, esse aliciador acessou o site do Goianésia, pegou o telefone do presidente sem saber se ele seria um delegado de polícia", suspeita o delegado.

    Nesse esquema, a polícia investiga o envolvimento de jogadores, treinadores e dirigentes de times. Ao todo, foram cumpridos 16 medidas judiciais, entre as quais mandados de prisão e de busca e apreensão em seis estados brasileiros: Goiás, Paraíba, Ceará, Espírito Santo, Maranhão e Pernambuco.

    Delegado Eduardo Gomes, responsável pela Operação Jogada Marcada, em Goiás (Diomício Gomes/O Popular)

    Delegado Eduardo Gomes, responsável pela Operação Jogada Marcada, em Goiás (Diomício Gomes/O Popular)

    A polícia relatou que desses presos: dois são suspeitos de serem aliciadores; um ex-jogador; um árbitro (D'Guerro Xavier, da Paraíba); um ex-presidente de clube (Ivan Barros, do Crato-CE) e um financiador.

    Conforme Marco Antônio, a investigação PC de que uma organização manipulava resultados no futebol começou em 2023, embora ele tenha sido procurado pelo suspeito em 2021, quando ele revelou que registrou uma denúncia ao Ministério Público de Goiás (MP-GO). Contudo, ele acredita que devido ao período da pandemia de Covid-19, a denúncia não teve andamento dentro do órgão.

    O POPULAR entrou em contato com o MP-GO, por e-mail, às 7h45, para obter informações sobre essa primeira denúncia feita pelo dirigente, mas apenas recebeu um aviso automático de que a demanda será respondida no horário de expediente: entre 12h e 19h. Na quarta-feira (9), órgão chegou a responder que nesta atual operação "não tem nenhuma relação" (veja íntegra da nota ao final deste texto).

    Em Goiás

    Ao POPULAR , o dirigente e policial revelou que as manipulações que lhe foram sugeridas poderiam alcançar até R$ 1 milhão e envolviam desde a quantidade de cartões aplicados a jogadores até os resultados das partidas --- como vitória, empate ou derrota --- além do número de gols marcados.

    Esses valores dependiam muito do tanto que eles conseguiriam arrecadar", pontuou Marco Antônio.

    Além das "comissões" por resultados dos jogos, o delegado relatou que o investigado prometia ainda pagamentos extras por indicações de outros times, que aceitassem entrar no esquema. O delegado disse que uma vez que o dirigente topasse fazer parte da organização receberia também valores financeiros. "Só que acabou que não indiquei ninguém", frisa Marco Antônio.

    Imediatamente, eu procurei a direção da PC-GO. Como eu era presidente de um clube e delegado, para dar total transparência às investigações e imparcialidade, optei por não dar continuidade às investigações e repassar para a delegacia. Fui ouvido como testemunha, fiz a ocorrência e juntei todo o material que tinha", apontou Marco Antônio.

    Entenda a investigação

    Presidente executivo do Goianésia entre 2018 e 2024, Marco Antônio Maia disse que não atuou diretamente na investigação, mas acompanhou o caso de perto por conta da sua gestão do clube.

    Eu tenho capacidade técnica e jurídica para fazer a investigação, mas sempre pautando pela transparência... eu nunca fiz uma investigação contra esse pessoal", explicou o delegado sobre ser testemunha no caso.

    A situação do delegado é semelhante com as denúncias feitas pelo presidente do Vila Nova e major da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), Hugo Jorge Bravo, que resultaram na Operação Penalidade Máxima, iniciada em fevereiro de 2023.

    Por coincidência, tem vários dirigentes esportivos brasileiros que são policiais, mas aqui em Goiás eles deram azar que era logo eu no Goianésia e o Hugo no Vila, o que repercutiu. O Hugo é meu amigo pessoal. Ele já sabia dessa operação, eu contei para ele, trocamos informações", revelou Marco Antônio.

    Print com o nome de um dos grupos usados pelos investigados suspeitos de manipulação de jogos. Mandados foram cumpridos em seis estados (Divulgação/Polícia Civil)

    Print com o nome de um dos grupos usados pelos investigados suspeitos de manipulação de jogos. Mandados foram cumpridos em seis estados (Divulgação/Polícia Civil)

    No entanto, para o delegado, muitos dirigentes não registram as denúncias por medo de represálias ou por não saberem lidar com a complexidade do problema. Entre 2023 e 2024, a Operação Penalidade Máxima chegou a investigar e indicar fraudes em jogos de diversos Estaduais e das séries A e B do Campeonato Brasileiro. Conforme a polícia, o esquema era aliciar jogadores para cometer pênaltis, receber cartões ou manipular resultado para favorecer apostas esportivas.

    São esses dois pontos. Primeiro, o Vila Nova e o Goianésia são dois times sérios, e a segurança jurídica que temos de poder fazer uma denúncia dessa, pois estamos acostumados a mexer com crime organizado. Isso é um crime organizado, com ramificações não só no Brasil, mas no mundo inteiro. É uma máfia", declarou o delegado.

    Ele ressaltou que clubes menores, como o Goianésia, são mais vulneráveis a esse tipo de abordagem por conta da limitação de recursos.

    Nesse caso aí, R$ 500 mil para o Goianésia é muito mais dinheiro do que chegar no Flamengo e oferecer R$ 500 mil. Na Copa do Brasil, só a premiação (do Flamengo) já é R$ 3 milhões. Aqui fica mais fácil porque, em tese, cairia em uma tentação mais fácil, mas não foi o que aconteceu com o Goianésia", afirmou o delegado.

    Para ele, essa investigação é a "ponta do iceberg ".

    (Coloborou Felipe Mateus Costa, do g1; e Luiz Felipe Mendes)

    Íntegra da nota do Goianésia Esporte Clube

    O Goianésia Esporte Clube vem a público manifestar seu total repúdio a qualquer tentativa de manipulação de resultados no futebol brasileiro.

    Em 2023, o presidente do Conselho do Goianésia, Marco Antônio Maia, recebeu uma proposta de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para que o clube participasse de um esquema de manipulação de partidas do Campeonato Goiano. Diante da gravidade do fato e do compromisso ético que temos com o esporte, ele imediatamente comunicou as autoridades competentes, contribuindo diretamente para o desencadeamento da Operação Carta Marcada, deflagrada nesta quarta-feira, 9 de abril, pela Polícia Civil.

    É importante ressaltar que, sendo também delegado de polícia, por questões de transparência e imparcialidade, Marco Antônio Maia optou por não conduzir pessoalmente a investigação, garantindo assim a integridade do processo.

    O Goianésia Esporte Clube reafirma seu compromisso com a ética, a honestidade e o respeito ao futebol brasileiro. O clube não compactua com nenhuma prática que prejudique a integridade das competições e continuará colaborando com as investigações para que todos os responsáveis sejam devidamente identificados e punidos.

    Seguimos firmes na defesa de um futebol limpo, competitivo e digno de sua torcida.

    Goianésia Esporte Clube

    Íntegra da nota do MP-GO

    O MPGO não tem nenhuma relação com a referida operação nem está acompanhando seus desdobramento. Portanto, não há nenhuma colocação a ser feito sobre o assunto.

    Você se interessou por essa matéria?

    Acessar conta

    É só colocar login e senha e acessar o melhor jornalismo de Goiás.

    Criar conta gratuita

    É só registrar seu e-mail para ter acesso a 3 matérias por mês, sem pagar nada por isso.

    Assine O Popular digital

    R$ 9,90 Mensais

    Desconto para assinatura digital no primeiro mês

    Newsletter

    Escolha seus assuntos favoritos e receba em primeira mão as notícias do dia.

    Notícias do Atlético

    Notícias do Goiás E. C.

    Notícias do Vila Nova

    Destaques do Impresso

    Podcast Giro 360

    Economia Goiana

    Edição de Domingo

    Crônicas da Semana