Em reestruturação

Dos 37 vereadores da capital, 23 afirmam integrar a base aliada do prefeito Sandro Mabel (UB) na Câmara Municipal de Goiânia, mostra levantamento feito pelo POPULAR. Na comparação com a última medição, feita em março, o grupo governista perdeu quatro nomes (eram 27), mas ainda segue maioria na Casa. (Veja o quadro)

O grupo de independentes, que não está alinhado formalmente nem à base nem à oposição, foi o que mais cresceu. Passou de sete para dez integrantes: Vitor Hugo, Oséias Varão, Coronel Urzêda e Willian Veloso (os quatro do PL); Lucas Vergílio (MDB), Sanches da Federal (PP), que já declaravam o posicionamento, se somam a Denício Trindade (UB), Igor Franco (MDB), Léo José (SD) e Pedro Azulão Jr. (MDB), que migraram após tensionamento da relação com o Paço.

Com exceção de Trindade, todos os “novos independentes” enviaram a mesma justificativa ao POPULAR ao serem questionados da mudança: apesar de não se definirem como “oposição”, eles afirmam também que não querem ser “confundidos” como uma “base automática”.

“Nosso posicionamento hoje é de independência: vamos apoiar aquilo que for bom para Goiânia e fiscalizar, com firmeza, o que entendermos que não atende à população”, afirmam os vereadores do grupo.

Já Trindade, do mesmo partido de Mabel, diz que a mudança reflete o desejo de ter mais autonomia para “cobrar aquilo que é direito da população”. Para ele, as recentes derrotas do prefeito na Câmara mostram que a base “não será mais a mesma” e tende a encolher.

Apesar das mudanças, o MDB segue como a maior bancada partidária da Casa, com oito vereadores, sendo cinco ainda na base - Anselmo Pereira, Bruno Diniz, Henrique Alves, Luan Alves e Sargento Novandir. A aliança de Mabel, por sua vez, continua heterogênea, reunindo partidos que vão da direita à centro-esquerda, como Republicanos, Solidariedade, PP, PRTB, Agir e Avante.

Ao reiterar fazer parte da base, Thialu Guiotti (Avante) diz que as conversas individuais que o prefeito terá com os vereadores para reestruturar o grupo de aliados deverão desaguar numa base falando “a mesma língua” até dezembro.

“Ele deixou os vereadores à vontade, até porque todas as matérias de janeiro até agora são de benefício exclusivo para a cidade e também para os vereadores em suas bases. Porém, não deu certo, pois ele acreditou na consciência individual para levar até ele demandas pessoais e coletivas”, disse Guiotti.

O levantamento foi feito pelo POPULAR ao longo das últimas duas semanas, em contato individual com cada vereador.

Neste contexto, Mabel recuou de algumas exonerações de indicados pelos parlamentares. Na edição de quarta-feira (3) do Diário Oficial do Município (DOM), o gestor tornou sem efeito decretos que haviam demitido aliados de vereadores favoráveis à CEI e à revogação da taxa do lixo. Entre os que retornaram aos cargos estão Grazielli Machado Arantes, irmã de Léo José, e Eduardo Vinícius Peixoto Trindade, irmão de Denício Trindade.

Apesar do recuo, o prefeito, no entanto, reforçou em coletiva na sexta (4) que continuará fazendo cortes relacionados ao Legislativo. Ele atribuiu as reclamações que parlamentares fazem de sua gestão ao fato de ele ter “acabado com a mamata”. “Todo mundo que perde alguma coisa, reclama. É por isso que as pessoas reclamam de mim. É que eu acabei com a mamata. Tinha umas tetas gordas que o pessoal estava mamando. Eu enxuguei elas”, disse Mabel.

No novo levantamento, a oposição aparece com quatro vereadores: os petistas Kátia Maria, Fabrício Rosa e Edward Madureira, além de Aava Santiago (PSDB), que antes se declarava independente.

A tucana diz que, no início do ano, movida pela “esperança” e “boa vontade” de que a gestão Mabel fosse melhor que a do ex-prefeito Rogério Cruz (SD) ainda se “localizava” em relação ao mandato. “A gestão dificultou o acesso aos dados, piorou o processo de transparência, que já não era bom, e instalou um método de governar que é privatista”, afirma Aava.

A tucana criticou o argumento de calamidade financeira, apontando que para algumas decisões de Mabel “tem dinheiro sobrando”. “Todas essas decisões, que são contraditórias, pouco republicanas, contraproducentes, e precarizadoras do serviço público, me tiraram desse lugar de independência, que era da boa vontade de ser parceira do que fosse bom para a cidade, para esse lugar de oposição. Eu continuo disposta a ser parceira no que for bom para a cidade, mas esse campo ainda não foi entregue para o Executivo”, alega a vereadora.

Impasses

A relação entre o Executivo e o Legislativo nas últimas semanas tem sido marcada por impasses e derrotas para a Prefeitura. Exemplos recentes incluem a criação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn, com apoio de 16 vereadores da base e independentes, a pressão por cargos e espaços na administração, e a revogação, em primeiro turno, da Taxa de Limpeza Pública (TLP), a taxa do lixo, aprovada por 20 votos favoráveis e 13 contrários.

Desde o início da gestão Mabel, vereadores se queixam do atraso no pagamento das emendas impositivas, do “desprestígio” em relação ao Paço, da dificuldade de acesso a secretários e da falta de espaço para suas indicações. Nesse contexto, a CEI foi gestada como um “instrumento político” para pressionar o prefeito por cargos e espaços.

Antes da instalação da comissão, Mabel tentou sem sucesso desmobilizar seu avanço. Em encontros com parlamentares, manteve-se “irredutível” diante dos pedidos. No início do ano, fixou cotas em indicações na Prefeitura de R$ 30 mil para vereadores da base e R$ 15 mil para os que votaram contra a taxa do lixo em 202.

Até hoje, a decisão ainda provoca murmurações nos bastidores. Apesar disso, em discursos e entrevistas nesse ínterim, Mabel dizia “não se importar” com a CEI e até se dispor a colaborar com as investigações.

A virada ocorreu em 20 de agosto, em reunião fora da agenda, na Câmara de Goiânia, com o presidente da Casa, Romário Policarpo (PRD), o primeiro-secretário Henrique Alves (MDB) e Guiotti, revelada pelo POPULAR. Ali, Mabel compartilhou pela primeira vez o plano de reestruturar a base após sucessivas derrotas e pediu apoio.

Essa reestruturação também tem como objetivo garantir a aprovação de projetos estratégicos no segundo semestre, como mudanças no Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas) e medidas ligadas à Educação. Na ocasião, Mabel avaliou que poderia contar com apoio de 20 a 23 vereadores.

A estratégia teve avanços de lá para cá. Na semana passada, o prefeito iniciou conversas individuais com parlamentares para recompor o grupo de aliados. A expectativa no Paço é de que a fidelidade da base só será testada na votação de matérias de interesse do Executivo previstas para a próxima semana.

O desgaste com o ex-líder de Governo, Igor Franco, também pesou. A criação da CEI e a revogação da taxa do lixo avançaram com sua anuência, e Mabel acabou retirando-o da liderança no último dia 29. Dias antes, exonerou o irmão do vereador, Diogo Franco, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços.

Ainda não há definição sobre o novo líder e circulam nomes como o de Guiotti, Wellington Bessa (DC), Bruno Diniz (MDB) e Henrique Alves, mas nenhum deles confirma interesse no posto, de olho em outros projetos políticos.

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Em meio a reestruturação, 23 vereadores dizem ser base

Política

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Matéria - Política

Câmara de Goiânia

Os vereadores que integram a Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn marcaram para esta sexta-feira (5), às 10h, a primeira reunião do colegiado, destinado a investigar o contrato e os serviços do Consórcio Limpa Gyn na capital. Seguindo determinação do regimento interno, o encontro inicial deve ser destinado à eleição dos cargos de presidente, vice-presidente e relator, que terão papel estratégico na condução das apurações. Welton Lemos (SD) é apontado como favorito à presidência, Willian Veloso (PL) deve assumir a relatoria, e Aava Santiago (PSDB) é cotada para a vice-presidência. A portaria de instalação, publicada no Diário Oficial do Município (DOM) na quarta-feira (3), foi lida em plenário durante a sessão ordinária da Câmara de Goiânia nesta quinta (4). A CEI terá prazo de 120 dias, prorrogável por igual período, para investigar eventuais irregularidades no contrato e nos serviços de limpeza urbana.Os próximos passos da CEI agora giram em torno, além da definição dos cargos de liderança, dos nomes que serão convocados para as oitivas. A sessão ordinária desta quinta foi novamente marcada pelo clima morno em plenário e durou pouco mais de uma hora.A composição da comissão é prevista com 7 titulares e 3 suplentes, e reúne as indicações feitas esta semana pelos blocos partidários: são três vereadores da oposição - Aava, Pedro Azulão Jr. (MDB) e Welton -, três da base aliada do prefeito Sandro Mabel (UB) -Ronilson Reis (SD), Thialu Guiotti (Avante) e Juarez Lopes (PDT) - e um representante do PL, Willian Veloso, que não aderiu a nenhum dos blocos criados. Os suplentes definidos foram Sanches da Federal (PP), Fabrício Rosa (PT) e Cabo Senna (PRD).JUSTIÇANesta quinta, a juíza Raquel Rocha Lemos, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal de Goiânia, rejeitou pedido de reconsideração apresentado pelo vereador Sargento Novandir (MDB) em mandado de segurança que questionava a legalidade da abertura da CEI do Limpa Gyn.O parlamentar alegava que o requerimento que deu origem à CEI não delimitava fato determinado, requisito legal para abertura do colegiado, e pedia a anulação do processo legislativo. Na terça (2), o presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), defendeu, em manifestação encaminhada ao juiz André Reis Lacerda, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal, que o requerimento que criou a CEI cumpre todos os requisitos legais para sua instalação.A defesa citava inclusive a indicação de fatos determinados a serem apurados, como denúncias de falhas na coleta de lixo, uso irregular de maquinário, ausência de transparência financeira no contrato, e irregularidades no segundo aditivo, firmado na gestão de Mabel.A magistrada, no entanto, entendeu que o pedido de abertura da CEI indicou de forma clara o objeto da investigação, também citando como fundamentos as denúncias, manifestações de cooperativas e até os questionamentos sobre a transparência financeira.A juíza também ressaltou que não cabe ao Judiciário intervir em atos internos da Câmara salvo em caso de ilegalidade evidente, o que não se configurou. Com isso, fica mantida a decisão anterior que havia negado liminar para suspender a tramitação do requerimento legislativo. Agora, o processo segue para julgamento do mérito do mandado de segurança.Partido LiberalO deputado federal Gustavo Gayer, presidente do diretório municipal de Goiânia do PL, anunciou na noite desta quinta-feira, em publicação nas redes sociais, o vereador Vitor Hugo como novo líder da bancada do partido no Legislativo municipal. Ele substitui o vereador Willian Veloso, que ocupava a função até então. “Quero agradecer os meus pares que me escolheram como líder, e em especial o meu presidente Gustavo Gayer que também está avalizando. Tenho certeza que vai ser um trabalho muito profícuo na defesa dos valores da família, patriotismo, conservadores, da direita”, afirmou Vitor Hugo na gravação, ao lado dos também vereadores Oséias Varão e Coronel Urzêda.

Primeira reunião de CEI definirá comando nesta sexta-feira (5)

WEBSTORIES MABEL MAMATA

Depois de o ex-líder de Governo, Igor Franco (MDB), usar a tribuna da Câmara Municipal de Goiânia, na manhã desta quinta-feira (4), para dizer que tem sofrido supostas “retaliações” do Paço após ter sido destituído do cargo, o prefeito Sandro Mabel (UB) rebateu as declarações do emedebista e afirmou que “tem muita gente que vai colher o que planta”. Negando represálias, Mabel declarou, no entanto, que por outro lado “não vai atender uma pessoa que está afrontando o município, não está ajudando num momento difícil” e disparou que os parlamentares se queixam de sua gestão pelo fato de ele ter “acabado com a mamata”.

“O cara é líder do governo. Quem é líder tem que ser fiel ao governo. Quem é infiel, você não é obrigado. Vai ter o quê? Os mesmos privilégios? Não. Ele vai ser como todos os vereadores que nós tratamos muito bem, todos eles vamos tratar igual. Agora, ele (Franco) tinha 200 mil reais de cargo, eu fui descobrir isso agora também. Vai perder essas regalias. Aí, reclama. Todo mundo que perde alguma coisa, reclama. É por isso que as pessoas reclamam de mim. É que eu acabei com a mamata. Tinha umas tetas gordas que o pessoal estava mamando. Eu enxuguei elas”, disse Mabel.

O prefeito ainda atacou o deputado estadual Clécio Alves (Republicanos) ao afirmar que por estar realizando diversos cortes na máquina pública, deputados como ele o “xingam” diariamente na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). “Por que ele xinga todo dia? Ele tem razão de me xingar. Porque eu cortei um dinheiro grande que ele tirava lá da Comurg, de outros lugares. Eu sou inimigo dele, mas sou amigo da cidade. Eu sou advogado da cidade. Enquanto eu estiver aqui, eu estou protegendo o dinheiro público, fazendo render”, disse.

Mabel, então, prosseguiu: “Eu tenho que cortar tudo. Eu tenho que fechar tudo. E o tesourão está lá firme cortando. Então, as pessoas não gostam de mim. Esse tipo de pessoa que tinha alguma coisa… Não estou falando do Igor, não. O Igor, já é outra questão, mas esses outros que reclamam. Reclamam porque vai cortando as mamatas, entende?”, enfatizou.

O prefeito afirmou ainda que sua intenção é fazer um bom mandato da cidade e que isso inclui desagradar com os cortes. “Como minha pretensão é ficar quatro anos e arrumar a cidade, eu não tenho medo de fazer as coisas”, disse Mabel.

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As declarações do prefeito foram feitas em entrevista durante a abertura da Feira Internacional do Comércio Exterior no Brasil Central (Ficomex), promovida pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), na tarde desta quinta, no Centro de Convenções de Goiânia, um dia antes do início dos trabalhos da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn. O evento, que vai até sábado (6), tem por objetivo fomentar a participação de empresas nos negócios internacionais e impulsionar investimentos na região por meio de palestras, painéis, exposições, rodadas de negócios e outras atividades para revelar oportunidades de mercado e unir compradores e vendedores de várias partes do mundo.

Além de Mabel, a abertura contou com a presença do presidente da Acieg, Rubens Fileti, do governador Ronaldo Caiado (UB), do vice-governador Daniel Vilela (MDB), do presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), e dos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Rondônia, Marcos Rocha (UB).

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Sessão na Câmara

Pela manhã, durante a sessão ordinária, Franco fez espécie de desabafo e usou de tom brando para falar pela primeira vez na tribuna da Câmara de Goiânia sobre sua destituição da liderança de Governo, seis dias depois de o prefeito retirá-lo oficialmente após sequências de derrota no Legislativo que contaram com a anuência do ex-aliado, a exemplo da criação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn e a aprovação, em primeiro turno, da revogação da Taxa de LImpeza Pública (TLP), a taxa do lixo. 
 
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Em seu discurso, Franco reclamou de ações da gestão, como a instituição do tributo, defendeu os trabalhos da CEI e mencionou que “tem observado a insatisfação nas ruas com a administração de Mabel”. “O que está acontecendo com a limpeza de Goiânia? A nossa criação da taxa (do lixo) está sendo bem empregada? Qualquer rua de Goiânia que você passa você vê ali sacos de lixo, passa por todas as ruas e vê que a limpeza está uma merda”, disse.

“Ai eu volto a questionar o Paço Municipal, qual o custo da instalação dessa CEI que foi publicada ontem? Retaliações? Perseguições? Destituições? A cidade precisa ser cuidada. Eu demorei 20 anos da minha vida para pegar um mandato de vereador por Goiânia. Já falei e repito: sempre que conflitar, sempre que divergir interesses obscuros com os meus princípios, crenças, eu vou ficar com os meus princípios”, afirmou o ex-líder do governo.

Franco alegou ter tomado conhecimento de “ordens” dadas pela Secretaria Municipal de Governo (Segov) para que as demais pastas da Prefeitura não atendam os seus pedidos. “Eu tive informações de alguns secretários nesse sentido. E falo com muita tranquilidade que uma coisa que sei com conhecimento legal é usar minhas prerrogativas de vereador.” Por outro lado, ao defender a CEI, parabenizou os vereadores que “não cederam” a pressões para desmobilizar a comissão.

“Tenho andado pelas ruas de Goiânia e tenho visto a insatisfação com a atual gestão e a gente tenta, desde o princípio, fazer a gestão dar certo. Mas deixou de me ouvir, começou a tomar algumas medidas. A gente sabe que para se entender um bom líder você vê ao seu lado os seus guerreiros. E eu pergunto: como está a composição dos guerreiros ao lado do prefeito Sandro Mabel? Está bem? Quem ali está ouvindo? Está dando conselhos com sabedoria para ele?”, prosseguiu Franco.

Além de retirar Franco da liderança na Casa, Mabel também exonerou na semana passada o irmão do vereador, Diogo Franco, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços. O Giro mostrou que Diogo vai para a Diretoria de Recursos Humanos da Câmara de Goiânia, por indicação de Luan Alves (MDB), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

Por outro lado, na edição de quarta-feira (3) do Diário Oficial do Município (DOM), Mabel tornou sem efeito os decretos que haviam exonerado comissionados ligados a vereadores da base que se posicionaram a favor da CEI da revogação da taxa do lixo.

Questionado pelos jornalistas nesta quinta sobre quem será o novo líder de Governo na Câmara, Mabel limitou-se a responder que ele “será nomeado”, mas não detalhou prazos nem citou nomes considerados para o cargo.

Mabel rebate ex-líder e aponta fim de "mamata"

Prefeitura de Goiânia

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Fachada da Câmara Municipal de Goiânia (Fábio Lima/O Popular)

Os vereadores que integram a Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn marcaram para esta sexta-feira (5), às 10h, a primeira reunião do colegiado, destinado a investigar o contrato e os serviços do Consórcio Limpa Gyn na capital.

A portaria de instalação, publicada no Diário Oficial do Município (DOM) na quarta-feira (3), foi lida em plenário durante a sessão ordinária da Câmara de Goiânia nesta quinta (4).

Seguindo determinação do regimento interno, o encontro inicial deve ser destinado à eleição dos cargos de presidente, vice-presidente e relator, que terão papel estratégico na condução das apurações. Welton Lemos (SD) é apontado como favorito à presidência, Willian Veloso (PL) deve assumir a relatoria, e Aava Santiago (PSDB) é cotada para a vice-presidência.&nbsp;

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A CEI terá prazo de 120 dias, prorrogável por igual período, para investigar eventuais irregularidades no contrato e nos serviços de limpeza urbana.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-recua-em-exonerac-es-para-avancar-em-reorganizac-o-da-base-1.3308183" target="_self">Mabel recua em exonerações para avançar em reorganização da base</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/com-cei-publicada-vereadores-articulam-postos-de-comando-1.3308181" target="_self">Com CEI publicada, vereadores articulam postos de comando</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/luan-alves-diz-que-mabel-ainda-tem-maioria-na-ccj-da-camara-1.3307911" target="_self">Luan Alves diz que Mabel ainda tem maioria na CCJ da Câmara</a></div>

A composição da comissão é de 7 titulares e 3 suplentes, e reúne as indicações feitas esta semana pelos blocos partidários: são três vereadores da oposição - Aava Santiago (PSDB), Pedro Azulão Jr. (MDB) e Welton Lemos (SD) -, três da base aliada do prefeito Sandro Mabel (UB) -Ronilson Reis (SD), Thialu Guiotti (Avante) e Juarez Lopes (PDT) - e um representante do PL, Willian Veloso, que não aderiu aos blocos. Os suplentes definidos foram Sanches da Federal (PP), Fabrício Rosa (PT) e Cabo Senna (PRD).

Vereadores marcam primeira reunião da CEI do Limpa Gyn para sexta-feira (5)

DESDOBRAMENTOS

WEBSTORIES MABEL SUV

A Prefeitura de Goiânia desistiu de locar um carro blindado para ser usado pelo gabinete do prefeito Sandro Mabel (UB). A decisão foi tomada após atuação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) no caso. A decisão do Paço Municipal foi revelada pela TV Anhanguera nesta quarta-feira (3).

No final de maio, O POPULAR mostrou que o Comitê de Controle de Gastos da Prefeitura havia aprovado a locação de 10 carros para atender Mabel, a vice-prefeita, Cláudia Lira, e auxiliares ao longo de quatro anos. A estimativa era de despesa de R$ 3,7 milhões no período. A decisão é desistir do veículo blindado, mas permanecer com os demais carros. 
 
A Prefeitura já fez a licitação. O termo de homologação do pregão para a locação dos veículos de forma geral foi publicado na edição do Diário Oficial do Município de 27 de agosto. O lance vencedor foi de R$ 3,1 milhões.

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Na época, foi divulgado que seriam locadas uma SUV grande com blindagem; uma caminhonete de cabine dupla; seis sedãs representação; e duas SUVs grandes. No edital, a Prefeitura apontou a necessidade do blindado em virtude de um cenário de violência urbana e citou casos como a tentativa de homicídio do ex-governador de Goiás, José Eliton (PSB), em 2016, e o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, em 2018. 
 
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Mabel é aliado do governador Ronaldo Caiado (UB), que tem a segurança pública como uma de suas principais bandeiras, inclusive de sua pré-candidatura a presidente da República. Esta também é a área do governo mais bem avaliada, com 74% de aprovação, segundo a pesquisa Genial/Quaest.

Em nota divulgada, a Prefeitura informou que, por determinação de Mabel, “não será renovado o contrato de locação de carro blindado, que era usado na gestão anterior. O contrato será alterado para a retirada deste veículo”.

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