A empresa de João Paulo Cavalcante, amigo do deputado federal por Goiás Gustavo Gayer (PL) e que participou dos atos do dia 8 de janeiro, fica no mesmo endereço registrado na loja tocada pelo filho do parlamentar, Gabriel Sander, de 20 anos. O UOL revelou que o negócio no nome de Cavalcante é contratado por Gayer, que o paga com recursos da cota parlamentar.

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Cavalcante é proprietário da empresa Goiás Online Comunicações e Marketing Publicitário LTDA. Ela está registrada na Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg) com o endereço residencial de Cavalcante, na Rua Luiz de Matos, no Setor Sudoeste, em Goiânia. A mesma localização está registrada no site da loja Desfazueli, de camisetas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o PT, tocada pelo filho de Gayer.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/deputado-gustavo-gayer-e-alvo-de-mandado-de-busca-e-apreens-o-da-policia-federal-1.3191229" target="_blank">Deputado Gustavo Gayer é alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/em-visita-morna-vereadores-d-o-pouca-atenc-o-a-gayer-1.3143008" target="_blank">Em visita morna, vereadores dão pouca atenção a Gayer</a></div>

Quando se vai ao endereço, no entanto, não se vê fachada nem da empresa de publicidade nem da loja de camisetas. O que se encontra é a divulgação de uma sanduicheria.

O UOL mostrou que a empresa de Cavalcante recebeu o total de R$ 24 mil neste ano, pagos por meio da verba a que os deputados têm direito, na cota para divulgação parlamentar. Único sócio da Goiás Online Comunicações e Marketing Publicitário LTDA, ele também é suplente de vereador por Goiânia, pelo DC, e foi candidato a deputado estadual em 2018, pelo PSL.

Cavalcante afirma que a loja Desfazueli era dele, fundada em 2018, “de forma informal”, na época da primeira campanha de Jair Bolsonaro (PL) para presidente da República, quando vendia camisetas em apoio ao político. “Do meio para o fim, eu transferi para o filho do Gustavo”, diz.

A formalização da empresa, segundo ele, foi feita em 2022, quando foi criado um CNPJ. “Ela sempre foi minha, aí o filho do Gustavo queria empreender e eu passei a loja para ele”, afirma. Questionado, Cavalcante nega que tenha sido uma venda para Gabriel.

“Como a loja foi sempre virtual, não tinha nada juridicamente montado ainda, eu peguei e passei para ele todo o estoque que a gente tinha de produtos e materiais. Eu não vendi, o meu endereço, o material que eu tinha, eu cedi tudo para ele, de forma gratuita, para ajudá-lo”, diz o suplente de vereador.

Cavalcante confirma que o endereço é onde mora, mas também serve para sua empresa de publicidade, para as camisetas e para a sanduicheria. “Eu moro aqui, a loja também tem um estoque no fundo e a gente faz tudo aqui. Como é um espaço comercial, nesse mesmo espaço meu já foi açaí, restaurante. É uma sala com várias outras salas”, relata.

Filho

A loja Desfazueli, cujo nome faz uma referência reversa à frase utilizada por eleitores de Lula durante a campanha de 2022 “faz o L”, foi anunciada, neste ano, por Gayer, como uma iniciativa empreendedora do filho de 20 anos de idade. Em vídeos nas redes sociais, ele destaca o negócio de Gabriel e pede apoio aos seus seguidores.

“Meu filho Gabriel teve uma ideia que eu achei sensacional. Ele criou um site-loja que chama Desfazueli. Ele viu aí como as pessoas nos meus comentários gostaram muito daquelas fotos em que eu estava usando uma camiseta com Fora Lula, e minha esposa também, e ele teve a ideia de criar o site para vender adesivos e umas camisetas”, contou em um vídeo, sem dar créditos a Cavalcante.

No site, é possível encontrar camisetas com dizeres como “Eu não votei em ladrão”, “Sem picanha &amp; Sem cerveja &amp; Faz o L”, “Fora Lula”, “Fora Ladrão”, além de ilustrações como uma em que um cachorro está em posição de defecar e, embaixo, o logotipo do PT, entre outras utilizadas por antipetistas. Elas são vendidas por preços que variam de R$ 59,90 a R$ 124,90.

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Gayer é oposição a Lula e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Hoje deputado federal, ele emergiu por meio de vídeos na internet em que apoia e levanta pautas ligadas ao bolsonarismo. Seus conteúdos inclusive já foram alvos de sanções judiciais por divulgação de informações falsas.

Quanto ao fato do endereço da loja ser o mesmo da empresa que ele contratou para fazer sua divulgação de campanha, Gayer disse, em nota, que a Desfazueli é virtual e, portanto não possui estrutura física. “O endereço é apenas para guardar o estoque dos produtos e para fins de correspondência. Não há nenhum impedimento legal ou qualquer ilicitude em guardar o pequeno estoque de produtos no endereço registrado da empresa”, diz o texto enviado à reportagem.

8 de janeiro

O POPULAR mostrou, na época dos atos golpistas, que Cavalcante esteve em Brasília, inclusive chamando seguidores para irem à capital. Em vídeo, ele aparece em primeiro plano enquanto ao fundo é possível ver pessoas invadindo a rampa do Congresso Nacional no dia 8 de janeiro, quando houve a depredação das sedes dos Três Poderes.

Na época, ele disse que pensou que seria uma manifestação pacífica e não imaginava que haveria vandalismo. Cavalcante afirma que, quando viu, se retirou e voltou para casa. Ele não é assessor de Gayer, mas tem vários vídeos com o deputado, inclusive apoiando suas candidaturas e pedindo votos nas últimas campanhas.

A assessoria de Gayer afirma que a empresa de Cavalcante foi paga como prestadora de serviços e que esses pagamentos passaram pelo crivo da análise dos departamentos competentes da Câmara dos Deputados.

Quanto à participação de Cavalcante nos atos do dia 8, a assessoria destaca a ausência de ações ou prisão contra o empresário. “Muito pelo contrário, ele colaborou com as investigações ao depor na Polícia Federal e esclarecer o que sabia sobre o tema. Enquanto não houver uma implicação criminal ou cível do Sr. João Paulo, que comprove sua efetiva participação, a presunção de inocência deve vigorar”, diz o texto.

Cavalcante não quis comentar sobre a investigação porque o processo está sob sigilo.

Empresa de filho de Gayer fica no mesmo local de agência contratada pelo gabinete do deputado

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Verba indenizatória

O Grupo Jaime Câmara realiza pela primeira vez o UpFront 2025, evento exclusivo para anunciantes e profissionais de agências de publicidade de Goiânia. O foco do encontro é a apresentação de novidades para o próximo ano, além das oportunidades comerciais disponíveis no Book de Projetos 2025.

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O UpFront 2025 acontece nesta sexta-feira (22), a partir das 12h, no restaurante Quiabo Frito, localizado no Setor Sul, em Goiânia. O evento é uma oportunidade para os profissionais da área conhecerem de perto os projetos e soluções desenvolvidos pelo Grupo Jaime Câmara, que abrangem segmentos como esportes, saúde, cultura, universo pet, empresarial e conteúdo.&nbsp;

<h2>Convidados especiais&nbsp;</h2>

O UpFront 2025 contará com a presença da diretora de negócios do Grupo Jaime Câmara, Cristiana Moreira, que vai abordar a relevância da comunicação crossmedia no atual cenário publicitário.

Como spoiler, Cristiana revelou que o Book de Projetos 2025 foi desenvolvido para oferecer soluções que vão além da publicidade tradicional, com projetos de tradição que refletem a expertise e a credibilidade do Grupo Jaime Câmara ao longo dos anos.

Ela ressalta que a comunicação crossmedia é essencial no cenário atual, onde as marcas precisam alcançar seus públicos em múltiplas plataformas de forma consistente e impactante.&nbsp;&nbsp;

Também participará do UpFront 2025 o palestrante e autor Marcos Bedendo, uma das referências brasileiras em marketing e branding. No encontro ele vai compartilhar insights sendo o único brasileiro coautor de Philip Kotler, no recém lançado livro "Marketing H2H: A Jornada para o Marketing Human-to-Human", reforçando a importância do relacionamento humano no mercado publicitário.

&nbsp;

<h2>Serviço:</h2>

Evento: UpFront 2025 – Grupo Jaime Câmara 
Data: Sexta-feira, 22 de novembro de 2024 
Horário: 12h 
Local: Quiabo Frito – Goiânia, GO 
Público: Anunciantes e profissionais de agências de publicidade

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Grupo Jaime Câmara realiza UpFront 2025 em Goiânia

Economia

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Matéria - Economia

NOVIDADES 

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na última sexta-feira (25/10) por suposto desvio de verbas parlamentares para financiar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Uma publicação no X atribui uma fala à defesa do parlamentar, dizendo que operações “não podem ser deflagradas no ápice do processo eleitoral”, dado que o segundo turno das eleições municipais acontecem neste domingo (27/10). O Comprova contextualiza a ação da PF e sua relação com o período eleitoral.

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Conteúdo analisado:&nbsp;<a href="https://projetocomprova.com.br/wp-content/uploads/2024/10/00-Conteudo-investigado-CONTEXTUALIZANDO-Contextualiza-Gayer.jpg" target="_blank">Post</a>&nbsp;no X que atribui fala à defesa do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) dizendo que operações da PF, como a que fez do parlamentar um alvo, “não podem ser deflagradas no ápice do processo eleitoral”, pois “atos judiciários interferem diretamente na política local, o que coloca em xeque a seriedade das decisões”.

Onde foi publicado: X.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/comprova/operac-o-shadow-n-o-mostra-que-ha-organizac-o-criminosa-dentro-do-stf-entenda-1.3188672" target="_blank">Operação Shadow não mostra que há organização criminosa dentro do STF; entenda</a> 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/livro-de-prefeito-de-bh-tem-relato-de-estupro-tirado-do-contexto-em-campanha-de-adversario-1.3191794" target="_blank">Livro de prefeito de BH tem relato de estupro tirado do contexto em campanha de adversário</a> 
<a href="https://opopular.com.br/comprova/comprova-investigou-16-ocorrencias-reunidas-em-video-viral-sobre-a-gest-o-nunes-em-s-o-paulo-1.3191527" target="_blank">Comprova investigou 16 ocorrências reunidas em vídeo viral sobre a gestão Nunes em São Paulo</a></div>

Contextualizando: O deputado federal Gustavo Gayer é alvo de uma investigação da Polícia Federal por suposto desvio de verbas parlamentares para financiar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Na ocasião,&nbsp;milhares de bolsonaristas invadiram e vandalizaram os prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). Além de prender os envolvidos, a PF investiga quem financiou a tentativa de golpe.

A investigação apontou que&nbsp;Gayer pagou com verba da cota parlamentar a empresa de um amigo e político que participou dos atos golpistas, o empresário João Paulo Cavalcante, dono da Goiás Online Comunicações e Marketing Publicitário LTDA.

De acordo com o&nbsp;<a href="https://www.camara.leg.br/cota-parlamentar/" target="_blank">Portal da Transparência da Câmara dos Deputados</a>, a empresa recebeu, ao todo, R$ 24 mil referentes a serviços de “publicidade das redes sociais” entre março, abril e maio deste ano. Esta é a maior fonte de gastos da cota parlamentar de Gayer.

A PF também trabalha com a hipótese de que seus secretários seriam pagos com recursos públicos para trabalharem em uma empresa chamada “Loja Desfazueli”, registrada no nome do filho de Gustavo, Gabriel Gayer.

A corporação também aponta que o espaço locado para o gabinete do deputado, supostamente custeado com cota parlamentar, seria utilizado simultaneamente para as operações da escola de inglês Gustavo Gayer Language Institute e para as atividades da Loja Desfazueli, o que poderia configurar, em tese, o uso inapropriado de recursos públicos destinados ao funcionamento do gabinete político,&nbsp;afirma a Procuradoria-Geral da República&nbsp;(PGR).

Além disso, segundo a investigação, o deputado teria&nbsp;adquirido&nbsp;a Associação Comercial das Micros e Pequenas Empresas de Cidade Ocidental (Ascompeco) para receber verbas públicas por meio das emendas parlamentares.

Para receber as emendas, a associação simulou contratos para fingir ter todas as certificações, segundo a PF. O órgão encontrou ao menos dois documentos supostamente falsificados.

Com isso, conforme a&nbsp;manifestação da PGR, assinada em 3 de outubro, a PF trabalha com quatro hipóteses:

<ul>
	<li>Peculato (desvio de recursos);</li>
	<li>Uso de verba pública para remuneração de empresa particular;</li>
	<li>Aquisição de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) por meio de falsificação de documento particular;</li>
	<li>Associação criminosa (nesse caso, a investigação aponta Gayer como suspeito de liderar o grupo).</li>
</ul>

Em decorrência da investigação, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes,&nbsp;autorizou uma operação da PF de busca e apreensão&nbsp;na casa do deputado, que foi feita na sexta-feira (25/10).

Por ocorrer próxima ao segundo turno das eleições municipais, que acontece neste domingo (27/10), surgiram conteúdos nas redes sociais que questionam a legalidade da operação.

É o caso de uma publicação feita no X que atribui uma fala à defesa do deputado federal. O texto diz que operações como essa “não podem ser deflagradas no ápice do processo eleitoral”, pois “atos judiciários interferem diretamente na política local, o que coloca em xeque a seriedade das decisões”.

O Comprova consultou o advogado e professor de direito eleitoral, Alberto Rollo, para questionar sobre o tema. Segundo ele, a afirmação do post está incorreta. “O&nbsp;artigo 236 do Código Eleitoral&nbsp;proíbe prisão de eleitores, salvo em flagrante. Nada fala sobre operações que não envolvem prisão. Não tem nenhuma restrição para executar operação”, afirmou.

O advogado criminalista e sócio fundador do escritório Coura e Silvério Neto, André Coura, explicou que a operação tem amparo legal. “Não há qualquer restrição para a atuação da PF, em regra. O que o momento eleitoral restringe é a prisão”, disse.

De acordo com o TSE, desde terça-feira (22/10) e até 48 horas depois do encerramento da votação, nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, salvo em flagrante delito, ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.

“Vale lembrar, todavia, que a investigação de agentes com foro privilegiado (como é o caso dos deputados federais, que têm foro no STF), depende de prévia autorização judicial (nesse caso, do próprio Supremo)”, acrescentou. No caso de Gayer, Moraes autorizou a investigação.

O Comprova também contatou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Polícia Federal (PF) para questionar sobre a legalidade da operação, mas não obteve retorno até a publicação desta checagem.

<h2>Gayer e PL se manifestaram</h2>

Gustavo Gayer, que é influenciador, além de deputado, tem se manifestado sobre o tema nas&nbsp;redes sociais. O parlamentar&nbsp;nega que tenha utilizado dinheiro público para financiar os atos antidemocráticos&nbsp;de 8 de janeiro. Ele, que tem&nbsp;abordado o tema de forma jocosa, também&nbsp;nega as acusações de peculato.

O Partido Liberal (PL), sigla de Gayer, também se manifestou nas redes sociais. A&nbsp;legenda afirmou&nbsp;que a operação policial e a busca e apreensão na casa do deputado “representam mais uma ação nessa escalada autoritária e parcial de um ministro do STF contra um espectro político que representa grande parte da população brasileira”.

Ainda segundo o texto, o PL afirma que “trata-se de tema com baixa repercussão financeira. Por isso, o estranhamento e a perplexidade do Partido Liberal com a medida adotada”.

O Comprova contatou Gustavo Gayer por e-mail para solicitar uma posição sobre as acusações da Polícia Federal. No entanto, não obtivemos retorno até a publicação deste texto.

Fontes consultadas: Decisão do ministro Alexandre de Moraes, manifestação da PGR, entrevista com o advogado criminalista e sócio fundador do escritório Coura e Silvério Neto, André Coura, reportagens sobre o tema, linkadas ao longo do texto, e redes sociais de Gayer e do PL.

Por que o Comprova contextualizou este assunto: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições. Quando detecta nesse monitoramento um tema que está sendo descontextualizado, o Comprova coloca o assunto em contexto. Você também pode sugerir verificações pelo&nbsp;WhatsApp (11) 97045-4984.

Para se aprofundar mais: Uma reportagem do site&nbsp;Poder360 explicou a investigação contra o deputado Gustavo Gayer. Outra, do Metrópoles, mostrou&nbsp;quem é o parlamentar alvo da operação da PF. Além disso, o Comprova já checou publicações virais sobre a Polícia Federal. Em agosto deste ano, por exemplo, a iniciativa mostrou que&nbsp;a corporação não disse que suposto esquema de venda de joias envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi inventado.

Entenda a operação da PF contra o deputado Gustavo Gayer

Comprova 

A investigação da Polícia Federal, no âmbito da operação Discalculia, aponta o deputado federal Gustavo Gayer (PL) como peça central e autor intelectual de ações de suposta associação criminosa, responsável por direcionar verbas parlamentares para atividades particulares. <a href="https://opopular.com.br/politica/deputado-gustavo-gayer-e-alvo-de-mandado-de-busca-e-apreens-o-da-policia-federal-1.3191229" target="_blank">Gayer foi alvo de mandado de busca e apreensão</a> na manhã desta sexta-feira (25), assim como outras 17 pessoas.

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A decisão, assinada pelo ministro relator Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que está em segredo de Justiça, cita que o gabinete político de Gayer em Goiânia funciona no mesmo local que a escola de inglês Gayer Language Institute e a Loja Desfazueli (registrada no nome do filho de Gayer). Segundo o documento, além de as despesas do espaço serem pagas com recursos públicos, os funcionários do gabinete de Gayer também desempenham funções relacionadas às empresas privadas.&nbsp;

A apuração da Polícia Federal também cita “indícios veementes” de que o grupo tenha trabalhado para aquisição de associação privada e adulterado seus documentos para que a entidade fosse qualificada para receber recursos públicos.&nbsp;

Em maio de 2023, o POPULAR mostrou que a <a href="https://opopular.com.br/politica/empresa-de-filho-de-gayer-fica-no-mesmo-local-de-agencia-contratada-pelo-gabinete-do-deputado-1.3033912" target="_blank">empresa de João Paulo Cavalcante</a>, amigo de Gayer, ficava no mesmo endereço da loja do filho do parlamentar, a Desfazuel (na época, no Setor Sudoeste). A empresa de João Paulo é a Goiás Online Comunicações e Marketing Publicitário LTDA, que recebia recursos de cota parlamentar. Os indícios de irregularidades na relação entre o negócio de João Paulo e Gayer são mencionados na investigação deflagrada nesta sexta.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/empresa-de-filho-de-gayer-fica-no-mesmo-local-de-agencia-contratada-pelo-gabinete-do-deputado-1.3033912" target="_blank">Empresa de filho de Gayer fica no mesmo local de agência contratada pelo gabinete do deputado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/deputado-gustavo-gayer-e-alvo-de-mandado-de-busca-e-apreens-o-da-policia-federal-1.3191229" target="_blank">Deputado Gustavo Gayer é alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal</a></div>

<h2>Defesa</h2>

Em vídeo publicado nas redes sociais, Gayer criticou o STF e atribuiu a busca e apreensão em sua casa a uma ação eleitoreira, já que seu candidato à Prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL), disputará o segundo turno neste domingo (27).

Em nota, o advogado Victor Hugo dos Santos afirmou que a operação nesta fase da eleição “nos causa bastante estranheza”. “O que nós sabemos até o presente momento é que se trata de um processo físico e sigiloso, onde nem mesmo os advogados têm acesso de imediato ao seu conteúdo”.

Para a defesa, “ações deste tipo não podem ser deflagradas no ápice do processo eleitoral, posto que atos judiciários interferem diretamente na política local, o que coloca em xeque a seriedade das decisões”.&nbsp;

Santos afirmou que a Polícia Federal apreendeu o celular de Gayer e um HD. Segundo o advogado, até o momento, há informação de que duas pessoas da equipe do deputado, que moram em Goiânia, também foram alvos. Os policiais ficaram na casa de Gayer por cerca de 1 hora.

<h2>Veja lista de alvos da operação</h2>

<ul>
	<li>Antônio Carlos Gomes da Silva – contador supostamente responsável por conduzir todo o trâmite de regularização de entidade privada usando documentos aparentemente falsos.</li>
	<li>Bruno Amaral Machado - secretário parlamentar de Gayer. Os elementos colhidos indicam que Bruno desempenhava responsabilidades significativas na Desfazueli.</li>
	<li>Denis Marques Soares Barbosa - Supostamente envolvido nas tratativas de regularização de entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
	<li>Gustavo Gayer Machado de Araújo - Deputado Federal, apontado nas investigações como peça central da associação criminosa investigada e autor intelectual dos possíveis crimes.</li>
	<li>Joelson Pereira Martins - secretário parlamentar de Gayer. Há indícios de que, embora fosse remunerado por seus serviços prestados como secretário parlamentar investigado, concomitantemente desempenhava funções na empresa Desfazueli.</li>
	<li>Joselene Maria Sergia Bastos – Assistente social e teria colaborado com a aquisição da entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
	<li>Lincoln Maciel Barros - Supostamente envolvido na regularização de entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
	<li>Marlon Wanderson Lima Barbosa - Supostamente envolvido na regularização de entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
	<li>Marta Maria Gomes de Carvalho - Filha de Antônio Carlos Gomes da Silva. Supostamente envolvida na regularização de entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
	<li>Miogre Tavares Coronheiro - Supostamente envolvido na regularização de entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
	<li>Priscilla Andrade Morales – É casada com Miogre Tavares Coronheiro. Supostamente envolvida na regularização de entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
	<li>Renan dos Santos Gama - Supostamente envolvido na regularização de entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
	<li>Stefani Mauricio Vieira Branco - é assessor parlamentar de Gayer. Supostamente envolvido na regularização de entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
	<li>Stephany Cristina Aguiar Silva - É esposa de outro investigado, Joelson Pereira Martins. Supostamente envolvida na regularização de entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
	<li>Sueli Edna Maciel – genitora de Lincoln Barros Maciel. Supostamente envolvida na regularização de entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
	<li>Tácilo Caiky Alves Pereira - Supostamente envolvida na regularização de entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
	<li>Vanderly Araujo de Carvalho - Supostamente envolvido na regularização de entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
	<li>Vilma Maria de Lima - Supostamente envolvido na regularização de entidade privada para recebimento de recursos públicos.</li>
</ul>

A reportagem busca contato com a defesa dos investigados.

PF aponta Gayer como 'autor intelectual' de suposto esquema de desvio de verba; veja lista de investigados

operação Discalculia

O deputado federal Gustavo Gayer&nbsp; (PL) foi alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (25). O parlamentar confirmou a informação em vídeo publicado em suas redes sociais.

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A Polícia Federal divulgou nota nesta sexta informando a deflagração da operação Discalculia, que busca desarticular associação criminosa voltada para desvio de recursos públicos de cota parlamentar, além de falsificação de documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). A GloboNews apurou que esta é a operação da qual Gayer é alvo.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/gayer-associa-lula-ao-hamas-e-ao-nazismo-1.3112119" target="_blank">Gayer associa Lula ao Hamas e ao nazismo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/gustavo-gayer-e-condenado-a-pagar-r-80-mil-por-assedio-a-funcionarios-ao-pedir-voto-para-bolsonaro-em-empresas-1.3095783" target="_blank">Gustavo Gayer é condenado a pagar R$ 80 mil por assédio a funcionários ao pedir voto para Bolsonaro em empresas</a></div>

De acordo com a Polícia Federal, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, Goiânia, Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás e Aparecida de Goiânia.

<a href="https://opopular.com.br/politica/empresa-de-filho-de-gayer-fica-no-mesmo-local-de-agencia-contratada-pelo-gabinete-do-deputado-1.3033912" target="_blank">Gayer criticou o Supremo Tribunal Federal (STF)</a> e atribuiu a busca e apreensão em sua casa a uma ação eleitoreira, já que seu candidato à Prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL), disputará o segundo turno neste domingo (27).

Em nota, o advogado Victor Hugo dos Santos afirmou que a operação nesta fase da eleição “nos causa bastante estranheza”. “O que nós sabemos até o presente momento é que se trata de um processo físico e sigiloso, onde nem mesmo os advogados têm acesso de imediato ao seu conteúdo”.

Para a defesa, “ações deste tipo não podem ser deflagradas no ápice do processo eleitoral, posto que atos judiciários interferem diretamente na política local, o que coloca em xeque a seriedade das decisões”.&nbsp;

Santos afirmou que a Polícia Federal apreendeu o celular de Gayer e um HD. Segundo o advogado, até o momento, há informação de que duas pessoas da equipe do deputado, que moram em Goiânia, também foram alvos. Os policiais ficaram na casa de Gayer por cerca de 1 hora.