Na sexta-feira (15), a Polícia Federal apresentou relatório com o resultado das investigações sobre as tentativas de obstrução no julgamento da trama golpista que teriam sido perpetradas pelo pastor Silas Malafaia, por Jair Bolsonaro (PL), pelo seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outros aliados do ex-presidente.

Malafaia foi alvo, na noite de quarta-feira (20), de uma operação da Polícia Federal que cancelou seu passaporte e apreendeu seu celular. As medidas cautelares foram impostas pelo ministro do&nbsp; Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O ex-presidente e seu filho foram indiciados e podem ser denunciados pela Procuradoria-geral da República (PGR) pelos crimes de coação no curso do processo e abolição violenta do Estado democrático de Direito, pelo qual Bolsonaro já é réu no Supremo. Entenda o que o relatório final do inquérito aponta contra eles.

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<h4>ORIGEM DA INVESTIGAÇÃO</h4>

O inquérito que apurava as investidas contra a ação penal da trama golpista foi aberto em 26 maio, a pedido da PGR. A investigação foi deflagrada após manifestações do secretário de Estado do governo de Donald Trump, Marco Rubio, sobre sanções ao Brasil. O relatório de sexta (15) é resultado dessas investigações.

Com o anúncio do tarifaço e aumento da pressão contra o Judiciário brasileiro, Moraes determinou, em 18 de julho, uma operação de busca e apreensão na casa de Bolsonaro e na sede do Partido Liberal (PL). Na ocasião, o ex-presidente teve o celular apreendido, passou a usar tornozeleira eletrônica, foi proibido de acessar as redes sociais e sofreu outras restrições.

<h4>MENSAGENS E COORDENAÇÃO DE POSTS</h4>

A perícia realizada pela Polícia Federal no aparelho apreendido encontrou mensagens trocadas entre Bolsonaro, Eduardo, Malafaia e outros aliados. As informações obtidas baseiam tanto a decisão de Moraes que impôs as medidas cautelares ao pastor quanto o indiciamento do ex-presidente e de seu filho pela PF.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/pf-afirma-que-bolsonaro-recebeu-r-30-milh-es-em-um-ano-1.3302890" target="_self">PF afirma que Bolsonaro recebeu R$ 30 milhões em um ano</a>&nbsp; 
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As conversas revelam xingamentos de Eduardo ao pai e ofensas de Malafaia a Eduardo pelas ações do deputado nos EUA. Nas mensagens, Bolsonaro mencionou diálogos com ministros do Supremo e pediu ao filho que poupasse o ministro do STF Gilmar Mendes.

O ex-presidente também encaminhou vídeos a contatos salvos sob os nomes "Negona do Bolsonaro" e "Dep BA Cap Alden", em referência ao deputado federal capitão Alden (PL-BA). Os mesmos vídeos foram publicados no X (antigo Twitter) em 3 de agosto, dia das manifestações bolsonaristas pela anistia.

<h4>PARTICIPAÇÃO DE MALAFAIA</h4>

O relatório afirma que as conversas mostram uma "adesão subjetiva ao intento criminoso" por parte de Malafaia. Para a investigação, o pastor incentivou que Bolsonaro descumprisse as cautelares de proibição ao uso das redes e orientou sobre estratégias na divulgação de conteúdos. O líder evangélico também revisou uma carta do ex-presidente que foi publicada nas redes sociais.

<h4>CONVERSAS COM ALIADOS</h4>

Segundo a PF, Bolsonaro também manteve interlocução com o advogado americano Martin Luca, representante da plataforma Rumble. As atividades da empresa foram suspensas após descumprimento de decisão do Supremo. O ex-presidente teve acesso a uma petição do processo movido na Justiça americana contra Moraes pela plataforma e pelo Trump Media Group, de propriedade do presidente dos EUA.

A investigação revela também uma mensagem enviada pelo general Braga Netto, com quem o ex-presidente estava proibido de se comunicar desde 8 de fevereiro de 2024. Nesse dia, foi deflagrada a operação Tempus Veritatis, que apreendeu o celular do general.

<h4>PEDIDO DE ASILO A MILEI</h4>

Outro fato destacado pela PF e por Moraes é a existência de uma minuta de pedido de asilo político endereçada ao presidente da Argentina, Javier Milei. O documento foi editado no dia 10 de fevereiro de 2024, dois dias depois da operação do dia 8, que também apreendeu o passaporte de Bolsonaro.

O risco de fuga foi levantado por Moraes quando as primeiras medidas cautelares, que incluíam o uso de tornozeleira eletrônica, foram impostas. Bolsonaro já havia falado publicamente sobre o assunto e passado dois dias na embaixada da Hungria.

<h4>MOVIMENTAÇÕES FINANCEIRAS</h4>

As investigações apontam que Bolsonaro e o filho Eduardo usaram as contas das esposas para movimentações financeiras. O ex-presidente transferiu R$ 2 milhões para Michelle Bolsonaro em 4 de junho, um dia antes de prestar depoimento à PF. Ele confessou que repassou a mesma quantia ao filho.

Bolsonaro omitiu no depoimento, entretanto, o repasse a Michelle e outras seis transferências por Pix feitas ao filho, que totalizaram mais de R$ 100 mil. Eduardo também fez dois repasses para a esposa, Heloísa Bolsonaro, "como forma de escamotear" os valores, segundo a Polícia Federal.

<h4>DESCUMPRIMENTO E PEDIDO DE EXPLICAÇÕES</h4>

Moraes considerou os fatos narrados pela PF como "reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas" e deu o prazo de 48 horas para que a defesa do ex-presidente explique as acusações.

Para o ministro, Bolsonaro descumpriu a ordem de proibição ao uso de redes sociais. Ele cita também "acentuado risco de fuga" em referência à minuta do pedido de asilo político. Moraes não menciona, entretanto, se decretará a prisão preventiva do ex-presidente caso as explicações não sejam satisfatórias.

Entenda em sete pontos a investigação da PF e as mensagens que atingem Bolsonaro e aliados

Política

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Matéria - Política

RESULTADO DE INVESTIGAÇÕES 

A semana que marcou a formalização da federação do União Brasil com o PP termina com boas e más notícias para Ronaldo Caiado (UB).&nbsp;De um lado, o governador viu no evento que selou a união partidária os primeiros gestos públicos de apoio por parte do presidente de seu partido, Antonio Rueda, em meses.

O dirigente partidário não tinha ido a Salvador, em abril, no lançamento da pré-candidatura presidencial, com a justificativa de que havia divergências internas, e manteve o tom em outras ocasiões que se seguiram. Essa lógica mudou na terça-feira (19), quando ele acenou para Caiado em discursos. Seus acenos foram mais explícitos na convenção do UB, realizada horas antes do evento conjunto com pepistas. O dirigente tratou o goiano como “nosso candidato à presidência”. “Que Deus ilumine essa opção, que essa vai ser a mais difícil, meu irmão. E eu tenho certeza que você vai ser exitoso”, pontuou Rueda, em outro momento.&nbsp;

As novidades ruins ficaram por conta da permanência de indicados do UB no governo Lula (PT) e da nova rodada da pesquisa Genial Quaest. O levantamento indica que a postura dos direitistas em relação ao tarifaço de Donald Trump teve impactos negativos em seus desempenhos eleitorais.

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Outra agenda

Caiado não recebeu os mesmos gestos dos aliados de federação. O presidente do PP, Ciro Nogueira, quer ser vice do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e defendeu que a federação não seja “cabeça” em 2026.

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Com ou sem Ciro

Independentemente das chances que o presidente do PP tenha de ser vice, a eventual candidatura de Tarcísio é, por si só, obstáculo para Caiado. Assim como para os outros governadores de direita.

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Primeira vez

A nova Quaest mostra Tarcísio como o nome da direita que melhor pontua contra Lula, incluindo Jair Bolsonaro (PL).

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Conselho

Mais de Rueda para Caiado: “Essa federação tem a obrigação de trazer um pouco de conforto e moderação, Caiado. Você, que é candidato, é nosso candidato à presidência, tem de levar esse conforto para a população. A população não aguenta mais esses extremos.”

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Aos pedaços - Boca de lobo destruída na esquina da Rua T-62 com a Rua S-4, setor Bela Vista, ao lado do estádio Halé Pinheiro, em Goiânia (Jota Marcelo/Divulgação)

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Emedebistas

O vice-governador Daniel Vilela acompanhará o ministro dos Transportes, Renan Filho, em sua agenda, nesta sexta (22). O auxiliar de Lula assinará, em Rialma, a ordem de serviço para o início da duplicação da BR-153 nos trechos que cortam Goiás e Tocantins. Também visitará obras da Ponte Luiz Alves, no distrito que tem o mesmo nome.

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Caiu

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido da Procuradoria Geral do Município e cassou acórdão da 4ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Estado de Goiás que determinava o reajuste automático do auxílio-locomoção de servidores da educação de Goiânia.

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Peso nas contas

A decisão que acatou pedido em ação movida por um servidor público previa que o reajuste anual ocorresse com base nos índices do piso nacional dos professores. Moraes entendeu que a situação “é desconexa com a realidade orçamentária do Município, de modo a colocar em risco as finanças”.

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<h2>Pergunta para:</h2>

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Vereador Bruno Diniz (Divulgação)

Bruno Diniz, líder do &nbsp;MDB na Câmara de Goiânia

O prefeito Sandro Mabel (UB) fala em reformular sua base na Câmara. Como avalia a intenção do prefeito?

É normal que ele tenha essa flexibilidade para montar sua base de apoio, levando em conta cenários políticos. É uma liberalidade do prefeito. Ele tem todo o direito de escolher os seus. Mas ele tem uma base consolidada com a maioria dos integrantes da Casa. Tenho certeza que ele vai agir com muita inteligência e parcimônia.

Arremate:

Podcast - O novo episódio do Giro 360 já está disponível em todas as plataformas e tem como tema principal a convenção que formalizou a federação entre UB e PP. O programa também analisa os números da última pesquisa Quaest e a intenção de Mabel de reformular sua base na Câmara de Goiânia.

Mil bariátricas -&nbsp;O HGG alcançou a marca de 1.000 cirurgias bariátricas realizadas nos últimos seis anos.

Comparativo -&nbsp;O número de bariátricas registrado entre 2019 e 2025 pelo HGG é quase o dobro do alcançado nos seis anos anteriores. Entre 2012 e 2018, o hospital da rede estadual de saúde contabilizou 533 cirurgias&nbsp;do&nbsp;tipo.

Semana tem boas e más notícias para Caiado

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

WEBSTORIES CAIADO TRUMP

O governador Ronaldo Caiado (UB) buscou se afastar da mais recente crise gerada pela família Bolsonaro, com o indiciamento por coação na ação penal da tentativa de golpe e as trocas de mensagens e áudios do grupo e aliados. Em entrevista coletiva após evento de representantes do agronegócio no Castro´s Hotel, em Goiânia, nesta quinta-feira (21), ele disse que respeita a <a href="https://opopular.com.br/politica/pf-indicia-bolsonaro-e-eduardo-por-suspeita-de-tentativa-de-obstruir-julgamento-1.3302454" target="_self">decisão da Polícia Federal (PF)</a> e chamou de “problema interno, familiar e irrelevante” o conteúdo das conversas que constam no inquérito.

A PF indiciou na quarta-feira (20) o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) - que faz articulações junto ao governo dos Estados Unidos contra a ação no Supremo Tribunal Federal (STF) - pelos crimes de coação no curso do processo e abolição do Estado Democrático de Direito. No mesmo dia, o pastor Silas Malafaia, organizador das manifestações populares pró-Bolsonaro, foi alvo de mandado de busca e apreensão no inquérito que investiga atuação para influenciar o julgamento da ação penal na Corte.

Questionado sobre o impacto da crise no grupo da direita e sobre o conteúdo das mensagens, incluindo trocas de xingamentos e termos de baixo calão, Caiado disse que não discute “nesse nível”. “Eu não entro nesse tipo de discussão. Isso para mim é um problema interno, familiar. É irrelevante. A discussão do ponto de vista ou familiar ou de ‘um falou de uma coisa’ ou ‘falou mal do outro’, não cabe a mim entrar nesse nível de discussão. Eu tenho de discutir a política em alto nível, em resultados práticos, em nível de uma eleição de presidente da República como pré-candidato que sou. Ora, eu não vou estar descendo a esses comentários e muito menos fazendo comentários a essas matérias que não merecem ser comentadas”, disse.

<div class="p-readmore-box"><a href="http://PF indicia Bolsonaro e Eduardo por suspeita de tentativa de obstruir julgamentohttps://opopular.com.br/politica/pf-indicia-bolsonaro-e-eduardo-por-suspeita-de-tentativa-de-obstruir-julgamento-1.3302454" target="_self">PF indicia Bolsonaro e Eduardo por suspeita de tentativa de obstruir julgamento</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-fala-em-falta-de-conhecimento-sobre-medidas-contra-tarifaco-1.3302535" target="_self">Caiado fala em falta de conhecimento sobre medidas contra tarifaço</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/genial-quaest-para-31-caiado-esta-agindo-mal-diante-das-tarifas-de-trump-1.3302063" target="_self">Genial/Quaest: Para 31%, Caiado está agindo mal diante das tarifas de Trump</a></div>

A reportagem perguntou então se ele considera que a família Bolsonaro baixa o nível da discussão política no País, quando o governador reafirmou que “não vou entrar nesse nível de discussão”. “Eu estou discutindo a eleição de 2026, esse que é o ponto principal, e nós demos a resposta de como ganhar as eleições de 2026”, disse, referindo-se a reunião na noite de terça-feira (19) na casa do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, em Brasília, com a participação de governadores e de presidentes de partidos da direita. O encontro ocorreu no mesmo dia da convenção conjunta que oficializou a federação entre UB e PP.

Caiado afirmou que o resultado da reunião deveria ser o destaque da pauta política. “O que acho relevante neste momento político, que deve ser digno de nota, é a reunião em que todos nós firmamos um compromisso de que aquele que realmente chegar no segundo turno terá o apoio dos demais e nós ganharemos as eleições”, afirmou.

Sobre o indiciamento dos Bolsonaro pela PF, o governador evitou comentários: “Olha, não cabe a mim achar A ou B. Cabe a mim respeitar uma decisão diante de provas que eles devem ter de apresentar neste momento”.

Caiado participou por cerca de duas horas do 31º Encontro de Lideranças do Agro - Mastermind Aliança Agrotalento, com aproximadamente 50 produtores de diversos estados, em auditório no Castro´s. Trata-se de cursos e treinamentos “de alta performance, liderança e construção de legados duradouros no setor do agronegócio” voltado a “agroempreendedores”. CEO da Agrotalento, Miguel Cavalcanti disse que o grupo promove três encontros anuais para compartilhar experiências, debater desafios e traçar estratégias para o futuro do agro.

O governador falou de sua história na defesa do setor e da propriedade privada, desde a fundação da União Democrática Ruralista (UDR) na década de 1980, e focou o discurso na pré-candidatura à Presidência da República.

Ao comentar o cenário eleitoral para 2026, Cavalcanti questionou se não seria mais adequado ter a direita unida para enfrentar o único candidato da esquerda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Caiado, que já vem defendendo há meses a tese de que é estratégico lançar vários nomes da oposição no primeiro turno, fez uma consulta entre os presentes sobre qual seria o melhor caminho: candidato único ou várias opções. Praticamente toda a plateia levantou a mão para a primeira opção.

Caiado então disse que explicaria, com sua “experiência de 40 anos de vida pública”, por que considera que muitos nomes vão garantir a vitória. Afirmou que a máquina do governo é pesada e terá maior poder de ataque em caso de um candidato só. “Não se menospreza uma máquina na mão de pessoas que são inconsequentes; não é na mão de estadistas, de pessoas que têm compromissos republicanos. Eles querem ganhar custe o que custar”, afirmou.

Em sua tese, com vários nomes ficaria mais difícil ao grupo de Lula ter artilharia contra todos os oponentes. No segundo turno, todos se uniriam e, diante de tempo curto de campanha (21 dias), teriam maior chance de vitória, segundo ele.

Cavalcanti elogiou a análise e disse que “a tese de candidato único caiu rápido” no grupo. “Temos de treinar nosso senso crítico e vamos ter de nos envolver cada vez mais no debate político. O senhor nos dá um sopro de esperança”, afirmou o CEO.

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<h2>Taxa do agro</h2>

Apesar do clima de elogios e exaltação da relação de Caiado com o setor, além de termos como “tendência esquerdalizante”, “aparelhamento da esquerda” e “venezuelização” durante o encontro, o governador também foi questionado sobre a cobrança da taxa do agro, em pergunta feita por uma produtora de Goiás. “Queria entender a intenção da criação do Fundeinfra (Fundo Estadual de Infraestrutura), que onera bastante a classe que o senhor representa”, disse.

O governador defendeu a cobrança como uma “pequena parcela de contribuição ao Estado para garantir trafegabilidade para a produção e melhoria da infraestrutura do Estado”. Ressaltou que recebeu a administração com dívidas e que, diferentemente de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, reserva os recursos apenas para rodovias e que dá ao próprio setor o poder de decisão sobre quais obras serão executadas, por meio do Conselho do Fundeinfra.

<h3>Tarifaço</h3>

Na despedida do evento, <a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-fala-em-falta-de-conhecimento-sobre-medidas-contra-tarifaco-1.3302535" target="_self">Caiado falou do tarifaço dos Estados Unidos</a> e disse que a direita precisa reagir contra a estratégia adotada pelo presidente Lula. “Devemos ter coragem de discutir sobre o conceito de patriotismo. Ninguém é mais patriota que nós. Lula não pode se apoderar do patriotismo. Isso eu não aceito. Defesa da soberania é patrimônio nosso. Ele está vestindo a camisa achando que é o patriota do Brasil. Hoje isso é prioritário. Estão confundindo os sinais. Já falei que não sou a favor do tarifaço, mas sou a favor do diálogo”, afirmou.

Pesquisa Quaest publicada esta semana mostra que Lula tem o maior porcentual entre atores políticos no questionamento sobre quem está agindo bem diante do tarifaço, na opinião dos eleitores brasileiros. O petista também conseguiu melhorar os índices na corrida presidencial, com liderança no primeiro turno e aumento da vantagem nas simulações de segundo turno.

Caiado também disse à plateia do agro que emite suas opiniões independentemente de resultados de pesquisas e que a população ainda não se inteirou sobre os efeitos do aumento das tarifas e da falta de diálogo do governo Lula. “A população demora a entender a irresponsabilidade do governo e como estão encurralando o Brasil. Diante de tamanha gravidade, o presidente todo dia a provocar (os EUA).”

Ao final, o grupo do Agrotalento gritou bordão que é marca dos treinamentos, com as mãos estendidas em direção ao governador: “Aaaaagora!”. Segundo integrantes, significa que é preciso “agir agora, dar respostas rápidas”.

"Irrelevante", diz Caiado sobre falas do clã Bolsonaro

Eleições 2026

Em fala no aeroporto nesta quarta-feira (20) depois de depor à Polícia Federal, o pastor Silas Malafaia chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, do STF, de "criminoso".

"Nós estamos diante de um criminoso chamado Alexandre de Moraes, que eu venho denunciando há quatro anos em mais de 50 vídeos", afirmou ao deixar o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. Malafaia foi alvo de busca e apreensão da PF.

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"Onde é que você é proibido de conversar com alguém? Que país é esse?", disse.

"Eu não tenho medo de ditadores. Apreender meu passaporte, eu não sou bandido! Vai descobrir o quê? Dei a senha, não tenho medo de nada!", afirmou. Ele também afirmou que Moraes preside um inquérito "imoral e ilegal".

Malafaia também que Moraes "tem que tomar um impeachment, ser julgado e preso" e criticou vazamentos de mensagens. Disse manter conversas com Eduardo Bolsonaro, mas negou "orientá-lo".

No relatório final em que a PF indiciou pai e filho por suspeita de obstrução do julgamento da trama golpista, há mensagens em que Malafaia critica Eduardo, chamando-o de "babaca".

Após ser alvo da PF, pastor Silas Malafaia diz que Moraes é criminoso

INVESTIGAÇÃO

A Polícia Federal encontrou um documento em que Jair Bolsonaro (PL) pediria asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei.

O QUE É ASILO POLÍTICO

É um direito de proteção. Ele é concedido por um Estado a estrangeiros que comprovam estar sendo perseguidos na nação de origem por motivos de opinião, raça, etnia, religião, nacionalidade ou grupo social.

Segundo relatório da PF, o arquivo encontrado no celular do ex-presidente era editável e sem data. No texto, Bolsonaro escreveu que é "perseguido por motivos e por delitos essencialmente políticos" no Brasil. "Com base em tais diplomas legais, apresento este requerimento, solicitando a concessão de asilo político à minha pessoa, Jair Messias Bolsonaro", diz trecho do arquivo.

A concessão de asilo político é um dos pilares que regem as relações internacionais. Ele está descrito no artigo 4º da Constituição Federal brasileira, inciso X. A Declaração Universal dos Direitos Humanos prevê que "todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países".

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/pf-indicia-bolsonaro-e-eduardo-por-suspeita-de-tentativa-de-obstruir-julgamento-1.3302454" target="_self">PF indicia Bolsonaro e Eduardo por suspeita de tentativa de obstruir julgamento 
Bolsonaro deixa prisão domiciliar para fazer exames em hospital de Brasília</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/para-4-caiado-deveria-ser-candidato-da-direita-se-bolsonaro-n-o-disputar-eleic-o-aponta-genial-quaest-1.3302561" target="_self">Nomes da direita têm mais intenções de voto que Lula em Goiás; veja simulações de 2º turno da Quaest</a></div>

Há dois tipos de asilo político. O territorial, mais comum, em que o solicitante está no território do país para o qual pede asilo, e o diplomático, quando a pessoa está em qualquer outra nação e pede asilo à embaixada de outro país naquele em que está.

QUEM TEM DIREITO AO ASILO POLÍTICO

As regras para a concessão de asilo político variam de um país para outro. Eles podem adotar uma lei interna para definir os critérios ou aderir a uma convenção ou tratado internacional. Há, por exemplo, o Tratado de Direito Penal Internacional de Montevidéu, de 1889, e a Convenção sobre Asilo, de 1928, adotados na América Latina.

Um exemplo é o caso de Edmundo González. O opositor de Nicolás Maduro recebeu asilo pela Espanha em 2024, após a reação do governo Maduro à sua participação nas eleições venezuelanas.

A partir do pedido de asilo, o país solicitado avalia o caso. É preciso comprovar que a pessoa, de fato, está sendo alvo de perseguição política e analisar quais os efeitos que a concessão do asilo podem gerar nas relações com o país do solicitante.

O asilo não pode ser pedido em caso de perseguição legítima. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, no artigo 14, define que o direito ao asilo político é excluído "em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas".

ENTENDA O CASO

O documento achado pela PF teria sido criado por Fernanda Bolsonaro. Para a corporação, "é possível que o usuário em questão esteja vinculado" à esposa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente.

O material teria sido salvo pela última vez em 10 de fevereiro de 2024. Dois dias antes, uma operação da PF determinou que Bolsonaro entregasse seu passaporte.

Milei é aliado do ex-presidente e já criticou o processo do STF. O presidente da Argentina chamou Bolsonaro de "amigo" e disse que ele "sofre perseguição judicial".

O advogado de Bolsonaro disse que o político recebeu a sugestão de pedir asilo à Argentina, mas "não aderiu". "Essa proposta ocorreu há mais de um ano e meio, e ele rechaçou. A fuga nunca foi uma opção", afirmou Paulo da Cunha Bueno à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

A PF indiciou o ex-presidente e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por tentativa de obstruir a ação penal da trama golpista. Eduardo está nos Estados Unidos e atua para impor sanções do país ao Brasil. Segundo a PF, o deputado busca atingir diretamente instituições democráticas brasileiras, notadamente o STF e o Congresso, objetivando "subjugá-las a interesses pessoais e específicos" vinculados aos réus julgados na ação da trama golpista.

O pastor Silas Malafaia também é investigado. Ele foi alvo de uma operação da PF nesta quarta-feira (20) e teve o celular apreendido no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, após desembarcar de Lisboa.

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O que é asilo político? Bolsonaro cogitou pedir direito à Argentina, diz PF