Apesar da intensificação do discurso de confronto entre petistas e bolsonaristas, cientistas políticos ouvidos pelo POPULAR negam que a disputa pela Prefeitura de Goiânia seja pautada prioritariamente pelo debate ideológico neste ano. As trocas de ataques entre esquerdistas e direitistas ganham momentos de maior repercussão a partir de acontecimentos nacionais, como a deflagração da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, nesta semana. Para os especialistas, no entanto, o eleitor deverá manter a separação entre os assuntos, principalmente com análise mais pragmática sobre os problemas encontrados na cidade e como os candidatos deverão responder a eles em discursos, debates e planos de governo. “A eleição municipal é mais morna nesse sentido e tende a discutir a zeladoria da cidade e políticas públicas. O tom ideológico existe, mas tende a ser abandonado em virtude de discussões de serviços públicos. Pensar que a polarização vai se instalar com nomes de Adriana Accorsi e Gustavo Gayer, está fora da tradição nas eleições municipais”, avalia o cientista político Guilherme Carvalho.