“Essa geração que acabou enterrando o regime militar, que foi a nossa, foi monitorada. O que nós estamos atrás aqui é desse reconhecimento”, diz Gilvane Felipe, 62, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Goiás. Na esteira do debate sobre a ditadura militar intensificado pelo filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles – indicado ao Oscar deste ano em três categorias –, e também pela lembrança dos 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz, completados nesta semana, um grupo de ao menos 25 goianos que militaram no movimento estudantil nas décadas de 1970 e 1980 se reuniu na manhã desta terça-feira (28) na sede do Iphan para discutir a possibilidade de ingressar com processos na Comissão Nacional de Anistia para terem reconhecida a condição de anistiados políticos.