Um dia após o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), exonerar ao menos quatro servidores ligados a vereadores que assinaram a Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn - entre eles, Diogo Franco, irmão do líder do governo na Câmara, Igor Franco (MDB) -, a sessão ordinária desta terça-feira (26) foi marcada por reações às demissões. Parlamentares da base e da oposição acusaram o prefeito de praticar “chantagem” e exercer “pressão” para induzir a formação de blocos e influenciar a definição dos nomes que vão integrar a CEI. A principal leitura nos bastidores é de que as exonerações funcionaram como um “recado” do prefeito aos signatários da comissão, que foi oficializada no Diário Oficial do Município (DOM) na última sexta-feira (22), após 10 dias de idas e vindas. Há quem interprete a medida como uma forma de retaliação já esperada, mas outra leitura é a de que a estratégia de Mabel seria apostar agora em reforçar o desgaste da imagem da própria Câmara.