Fabiana Pulcineli

Da eleição de outubro para cá, o senador Wilder Morais assumiu o comando do PL goiano, fez articulações com o governador Ronaldo Caiado (UB), deixou o ex-aliado e colega Vanderlan Cardoso (PSD) insatisfeito, definiu presidentes municipais do partido - incluindo o deputado federal Gustavo Gayer em Goiânia -, iniciou conversas para as próximas eleições e movimentou-se para garantir espaços em comissões no Senado. Tudo de forma discreta e evitando a imprensa.

Recusou vários pedidos de entrevista, inclusive para falar sobre as prioridades na sua atuação em novo mandato no Senado. Na última segunda-feira (28), depois de dizer em discurso na Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (Sudoeste Goiano), que o PL vai caminhar com o governador Caiado, o senador falou ao POPULAR sobre a aproximação com o governo estadual - apesar de ter sido eleito em grupo de oposição, junto com o ex-deputado federal Vitor Hugo (PL), que disputou com Caiado - e do aparente distanciamento de Vanderlan.

A assessoria do senador insistiu para encerrar a entrevista e acabou impedindo perguntas sobre os planos para as próximas eleições - inclusive o projeto de disputar o governo de Goiás em 2026 - e a atuação no Congresso, mas Wilder deu claros sinais sobre seu posicionamento político.

Como revelou o Giro, o senador promoveu na semana passada jantar de lideranças do agro com o governador, que busca reconciliação com o setor. Além disso, ele defende a união dos deputados com o governo em pautas prioritárias da direita. No evento em Rio Verde, ele levou as bancadas do PL na Câmara dos Deputados e na Assembleia.

No discurso, Caiado, alvo frequente de ataques de Gayer, cumprimentou o deputado, completando que ele “tem responsabilidade enorme com Goiás pela grande votação que teve”. Para Wilder, o clima no evento demonstra a vontade de união, especialmente diante do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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O sr. falou no discurso que o PL caminhará com o governador Ronaldo Caiado. Hoje os três deputados do partido fazem oposição ao governo na Assembleia. Como será isso? 

Por exemplo, o PL vai estar junto com a administração na questão da segurança para dar respaldo ao governo. Não queremos que o Estado de Goiás seja um estado bagunçado. É a nossa pauta e os nossos deputados federal e estadual comungam com isso e caminham no mesmo sentido. Então nós vamos estar (com o governo). Não aceitamos o que está acontecendo em outros estados, como invasão de terras, gente botando fogo em Natal, em todas as regiões do Rio de Janeiro. Aqui em Goiás hoje já começou a andar gente pelado na rua, já começou a ter sequestro, coisa que não tinha. Então o partido, nós todos, em um evento como esse (Tecnoshow, em Rio Verde), com a presença dos nossos deputados, vamos fazer um gesto ao governador, que também não quer isso para o Estado de Goiás. O que está acontecendo de desmandos em outros Estados, nós não vamos concordar que ocorra aqui.

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Então o PL estará com o governador apenas em pautas específicas? Mas continuará fazendo oposição na Alego? 

Olha, tudo que for bom para o Estado de Goiás, nós apoiaremos. Nós fomos eleitos senador para defender o Estado de Goiás. Em tudo, nós vamos estar com o governador em favor do Estado. Nas pautas com as quais, por acaso, um deputado federal ou estadual não concorde, o PL libera que os deputados tenham a sua força política. Mas eu acredito que estaremos juntos na maioria das pautas daqui pra frente. Até porque, com o governo que nós estamos vendo aí nesses cem dias de Brasília, ou nós nos juntamos aqui no Estado de Goiás para tentar conservar tudo aquilo que são os valores do povo goiano ou daqui a pouco nós estaremos divididos e o Estado fica fraco.

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O sr. está ajudando o governador na tentativa de reaproximação com o agro, fez um jantar na semana passada. Como tem sido essa articulação? 

Foi o setor que me pediu. Eles sabem que eu sou uma pessoa de diálogo e eu tenho uma abertura muito forte com o governador, assim como eu tenho abertura com o agro, que me apoiou na minha eleição. Foi uma solicitação deles. Fizemos uma reunião em que todos os líderes do agro estavam presentes.

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Então foram eles que pediram para conversar, não o governador? 

Foi um pedido do agro, para conversar, para que eu pudesse fazer uma reunião. E para que alinhássemos como enfrentar os problemas que poderiam ocorrer em Goiás. A questão da taxa do agro é apenas um item. Mas nós temos outros que são muito mais importantes, como exemplo o que estamos vendo agora de tantas invasões acontecendo. Com a quantidade de invasão ocorrendo no Estado de Goiás, quem pode resolver esse assunto? É o governo do Estado de Goiás.

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Então há interesse em uma reaproximação pela preocupação com as invasões? 

Há muitas pautas de interesse. O exemplo foi esse evento aqui na cidade de Rio Verde, que tinha toda uma expectativa de que não ia ter um apoio dos produtores (ao governo) e o governador sai andando aí ó (aponta para Caiado, no momento em que passava a tropa em revista no evento, rodeado pela imprensa e por assessores), acompanhado dos produtores. E ele é parceiro dos produtores. Eu tenho certeza de que esse jantar foi um importante início de uma grande parceria que pode surgir daí pra frente.

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Mas na parte da taxa do agro, ainda há insatisfação do setor. Acha que isso será amenizado com os investimentos? 

É aquilo que escutamos há pouco (no discurso do governador). O dinheiro do agro vai ser investido conforme decisão do próprio setor. É muito lógico esse processo: se o governo não tem recurso, se hoje as produções não podem ser escoadas... O preço do nosso produto depende do transporte, da infraestrutura. Então eu acredito que, ao longo de dois anos, as nossas rodovias estarão em condições espetaculares e o agro ganhará muito com isso também, tendo seu custo menor de transporte.

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O governador lembrou no discurso que a criação da taxa ocorreu por conta da baixa arrecadação do ICMS, que foi uma decisão do ex-presidente Bolsonaro. Como aliado do governo anterior, o que acha? 

O importante é que esse recurso (da taxa do agro) será todo investido em infraestrutura. Se a decisão de criar a taxa significa que vai investir tudo também para o agro, eu acredito que será bom. E esse evento demonstrou que o governo está alinhando com os produtores rurais.

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A relação com o senador Vanderlan Cardoso está estremecida? Houve distanciamento? 

Não, pelo contrário, nós estamos juntos toda semana em Brasília, e a esposa dele é minha suplente. A questão de quando ele foi assumir a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) é que o nosso partido, o PL, decidiu que nós não íamos votar em nenhuma comissão. Não foi só a dele. Nós fomos lá, demos presença na comissão para que ele pudesse ser eleito, já que eles tinham maioria. Mas foi uma decisão do partido, que é oposição.

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Mas naquele caso específico, por ser aliado de Vanderlan e por ser do mesmo Estado, o sr. não poderia ter se manifestado de forma diferente do partido? 

Nós nos manifestamos. Na sessão seguinte da comissão, nós manifestamos apoio a ele. E ele tem uma grande responsabilidade. Talvez vá ser um dos senadores mais fortes do nosso País, porque todos os desmandos que vierem a acontecer com a nossa economia vão passar na CAE, e ele pode ser uma pessoa forte para defender o nosso Estado de Goiás lá. E eu acredito nisso. É um senador competente, é um grande empresário do Estado de Goiás e ele tem essa responsabilidade. Ele hoje é presidente da segunda maior comissão do País. Então nós acreditamos nele e eu torço para ele seja o melhor presidente da CAE de todos os tempos no nosso Brasil. Nós precisamos dele agora.

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Ele ficou insatisfeito também pelos ataques do deputado Gustavo Gayer, no processo de eleição da mesa diretora do Senado, inclusive protocolou representação no Supremo contra o deputado. E aí o senhor colocou o Gayer na presidência do PL da capital. 

Não, veja bem. O Vanderlan não está insatisfeito com o Gayer (referência à nomeação no diretório). O Vanderlan não é do PL. O Gayer é do PL. Então é o PL que decide as comissões dele. Vanderlan é do... PS?

&nbsp;

PSD. 

E nós somos do PL. Então a decisão de quem vai ser presidente aqui ou de cada cidade é nossa. Eu torço que Vanderlan seja presidente do PSD e ele também faça as escolhas (das direções) de todas as cidades dele. Esses são os meus votos para ele.

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Mas o sr. respalda o comportamento do deputado contra Vanderlan? 

Não, não respaldo nada. Você conhece o meu perfil. Eu não concordo com nada disso, com nenhum tipo de agressão nem algo assim. Esse é o perfil do Wilder. O Wilder é conciliador.

Leia também:

<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/wilder-n-o-vota-em-vanderlan-para-cae-do-senado-1.3006808" target="_blank">-&nbsp;Wilder não vota em Vanderlan para CAE do Senado</a>

<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-ganha-voto-de-confianca-do-agronegocio-1.3012977" target="_blank">-&nbsp;Caiado ganha ‘voto de confiança’ do agronegócio</a>

<a href="https://opopular.com.br/politica/vanderlan-cobra-arcabouco-fiscal-para-reduc-o-dos-juros-1.3012215" target="_blank">-&nbsp;Vanderlan cobra arcabouço fiscal para redução dos juros</a>

"Faço votos de que Vanderlan comande o partido dele", afirma Wilder

Política

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Matéria - Política

Entrevista

Chega144

Nesta sexta-feira o governador Ronaldo Caiado vai lançar sua <a href="https://opopular.com.br/politica/n-o-vou-discutir-com-quem-esta-defendendo-seu-emprego-diz-caiado-1.3247902" target="_blank">pré-candidatura a presidente da República</a> faltando um ano e oito meses para a eleição. Caiado larga na frente porque é desconhecido de boa parte da população brasileira. Ele acha que precisa de tempo para conquistar o eleitorado, em especial das regiões Nordeste e Sudeste.&nbsp;

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Só que sua candidatura enfrenta resistências no próprio partido do governador. Ainda assim ele decidiu manter a data de lançamento, afinal a personalidade de Caiado é daquelas que dá um boi para não entrar numa briga e uma boiada para não sair dela. Para entender essa estratégia, meu convidado deste Chega pra Cá é o vice-presidente do União Brasil em Goiás (o presidente regional é o governador), o e<a href="https://opopular.com.br/politica/chega-pra-ca-144-delegado-waldir-vice-presidente-do-uni-o-brasil-1.3247598" target="_blank">x-deputado delegado Waldir Soares</a>.&nbsp;

É só dar o play!

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A estratégia de Caiado ao antecipar pré-candidatura

Opinião

Opinião - título

Matéria - Opinião

Eleições 2026

O discurso que o governador Ronaldo Caiado (UB) está preparando para o lançamento de sua pré-candidatura a presidente da República, na sexta-feira (4), em Salvador (BA), deve ter como um dos destaques os acenos à chamada “classe média do empreendedor”. 

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A coluna apurou que, além de segurança, sua principal bandeira, e duras críticas ao presidente Lula (PT), Caiado pretende defender o papel do governo federal na construção de cenário favorável ao empreendedorismo em contexto no qual a população jovem perde o interesse em trabalhos com carteira assinada e, muitas vezes, baixos salários.

O tema deve ser atacado de diferentes maneiras. Um argumento muito utilizado pelo goiano e que deve aparecer é o de que os programas sociais devem ter o objetivo de “romper o ciclo da pobreza” e preparar os beneficiários para a viabilização de seus próprios negócios. 

Outro aceno deve ocorrer pelos viés do equilíbrio fiscal, com destaque para o recém-anunciado Fundo de Estabilização Econômica, e da modernização da economia brasileira.

Não por acaso

Uma das principais críticas ao governo Lula e ao PT tem relação com a dificuldade de ambos para dialogar com a chamada “nova classe média”.

Polarização

Caiado também deve reforçar no discurso a crítica de que Lula não estaria agindo, como prometeu nas eleições de 2022, para pacificar o Brasil.

Aliás...

Organizador do ato bolsonarista marcado para domingo (6), na Avenida Paulista, o pastor Silas Malafaia disse contar com a presença de Caiado. O mote do evento é a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Mais um gesto

O senador Vanderlan Cardoso (PSD) confirmou que vai ao ato de Caiado. Sairá de Brasília direto para Salvador, na quinta-feira (3). No dia seguinte, voltará da capital baiana para Goiânia acompanhado do vice-governador Daniel Vilela (MDB).

<img attr-cid="policy:1.3247905" attr-version="policy:1.3247905:1743552594" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3247905/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
"Vermelhou” - O brasão da Câmara de Goiânia ficou vermelho no painel utilizado para conduzir os trabalhos na primeira sessão após o primeiro título goiano do Vila Nova após 20 anos de jejum. (Augusto Diniz)

Vai parar no STF?

A promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira protocolou representação junto à Procuradoria Geral da República (PGR) com pedido para que o órgão proponha ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra a lei que autoriza o estado a realizar parceria com o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag).

Cadê licitação?

A lei sancionada recentemente permitirá a contratação de obras com recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) sem uso de métodos convencionais de licitação, que têm regulamentação federal. A promotora argumenta que o texto usurpa competência privativa da União para legislar sobre o tema.

Origem

Os deputados estaduais Eduardo Prado (PL) e Gustavo Sebba (PSDB) protocolaram representação na 50ª promotoria do Ministério Público (MPGO), pela qual responde Leila Maria.

Pergunta para:

Zacharias Calil 
Deputado federal pelo UB

<img attr-cid="policy:1.3247904" attr-version="policy:1.3247904:1743552175" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3247904/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Zacharias Calil (Carlos Cunha)

Qual o clima na bancada federal do União Brasil em relação à possibilidade de federação com o PP?

A bancada está muito dividida. Alguns estados não aceitam e tem gente falando em debandada. O (presidente nacional, Antônio) Rueda deve ir à reunião da bancada, na próxima terça (8). Não são só os deputados que vão decidir, a executiva também tem que decidir. Estou contra, estou com o governador Ronaldo Caiado.

Arremate:

Em Anápolis - O presidente da Codego, Francisco Júnior (PSD), e o secretário estadual de Indústria e Comércio, Joel Sant’Anna Braga (PP), se reunirão com empresários de Anápolis na manhã desta quarta-feira (2), às 8h30, para apresentar as informações sobre a expansão do Daia.

Detalhes -&nbsp;Os dois vão tirar dúvidas sobre o edital que está aberto, até 9 de abril, com previsão de espaços para 100 novas empresas.

Debate -&nbsp;Contrária ao projeto do Paço que modifica regras para a escolha de diretores da rede municipal por conta do fim da eleição direta, a vereadora Kátia Maria (PT) promove audiência pública sobre o tema nesta quarta, na Câmara de Goiânia, às 13 horas.

Discurso de Caiado em Salvador deve ter acenos à "nova classe média"

Matéria - Coluna Giro

Giro

A Comissão de Tributação, Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) receberá, no próximo dia 15, às 9h, o secretário estadual de Saúde, Rasível Santos, para apresentação de balanço das ações e, principalmente, responder aos questionamentos dos deputados. A agenda, buscada desde o início do ano, ocorre em meio a críticas de parlamentares da base e da oposição e à ameaça de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

A audiência ocorre por meio de convite, articulado pelo líder da base governista na Casa, Talles Barreto (UB), com o objetivo de arrefecer as críticas direcionadas à <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-secretario-de-saude-de-goiania-gastou-indevidamente-r-7-milh-es-do-fundo-municipal-de-saude-diz-tcm-1.3222555" target="_blank">gestão da pasta</a>. O próprio líder apontou, nas últimas semanas, dúvidas, por exemplo, sobre procedimento para compra de remédios e a responsabilidade da administração pública sobre as supostas irregularidades de Organizações Sociais que realizam a gestão de unidades estaduais.

As suspeitas de desvios e atrasos na <a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-diz-que-pretende-reduzir-prazo-para-pagamento-aos-prestadores-de-servico-da-saude-para-tres-dias-uteis-1.3221908" target="_blank">prestação de serviços</a> estão no centro de requerimento, elaborado pelo opositor Gustavo Sebba (PSDB), com o objetivo de <a href="https://opopular.com.br/politica/com-criticas-a-secretario-alego-discute-cpi-na-saude-1.3245274" target="_blank">instalar uma CPI da Saúde no Legislativo</a>. Apesar da iniciativa, a coleta de assinaturas não foi formalmente iniciada. Como antecipado pelo POPULAR, a expectativa do autor era de angariar apoio inclusive entre integrantes da base aliada ao Palácio das Esmeraldas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/com-criticas-a-secretario-alego-discute-cpi-na-saude-1.3245274" target="_blank">Com críticas a secretário, Alego discute CPI na Saúde</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/precisa-custar-25-a-menos-para-ser-gerivel-diz-futuro-secretario-de-saude-de-goiania-1.3214939" target="_blank">"Precisa custar 25% a menos para ser gerível", diz futuro secretário de Saúde de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/alego-aprova-em-definitivo-modelo-para-obras-1.3243540" target="_blank">Alego aprova em definitivo modelo para obras</a></div>

“Eu acho importante a vinda do Rasível, até como secretário de estado, para fazer esses esclarecimentos tanto aos deputados da base quanto da oposição. Ficou marcado no dia 15, às 9h, na sala de comissões e organizada pela Comissão de Finanças. Vai ser um bate-papo e um esclarecimento sobre as demandas e as dificuldades”, apontou Talles Barreto em resposta ao POPULAR, logo depois de anunciar a data da reunião aos colegas.

A expectativa de Talles é que o pedido de CPI não prospere, mesmo entre os opositores. “Eu conversei muito com o Gustavo para não montar essa CPI. Falei para ele que o Rasível viria e não havia a necessidade de querer criar esse clima de CPI aqui. Acho que isso não leva a nada”, disse o governista.

A agenda foi comunicada depois que os deputados de oposição Antônio Gomide e Mauro Rubem (ambos do PT) voltaram a apresentar críticas à gestão estadual, com destaque à falta de leitos para atendimento no Hospital Estadual de Anápolis. “Os pacientes estão lotando os corredores da unidade e precisamos buscar uma solução junto à Secretaria de Saúde e ao responsável por esse hospital. Não adianta vir resposta só da OS e a secretaria precisa se manifestar”, disse Gomide.

Além das cobranças por informações e respostas, a audiência com Rasível Santos indica clima de tensão com alguns deputados. Durante o anúncio da agenda, Clécio Alves (Republicanos) relembrou a última visita do auxiliar, quando o secretário mineiro afirmou que não conhecia os sobrenomes em Goiás e que o compromisso que tem no estado é com o governador Ronaldo Caiado (UB).

“Ele vai vir convocado ou convidado? Mas o presidente Bruno Peixoto não vai botar ele para correr daqui quando a gente começar a questionar ele, não né? Porque eu cerco ele ali e volto ele para trás. Tomara que ele venha com o topetinho mais baixo, porque aqui não é extensão da secretaria dele. Vamos ver como ele vai vir e tomara que ele me erre, senão eu jogo ele daí de cima aqui embaixo, se for preciso”, antecipou Clécio Alves, que teve discussão com Rasível na última reunião com participação do secretário estadual.

Questionado diretamente sobre as falas do colega, o líder do governo minimizou. “Eu acho que essa visita vai ser muito tranquila e com muito respeito. Na última vez que ele veio aqui, não era para ele falar e nós é que ficamos buscando algumas informações, mas agora está vindo toda a equipe e ele vai estar bem assessorado para esclarecer alguns pontos. Essa Casa é para isso, mas tudo com muito respeito e bem organizado por nós”, afirmou Talles Barreto.

<h2>Desnecessário</h2>

Rasível Santos apontou ao POPULAR na última semana que não acredita que a proposta de CPI vá prosperar e alegou que não há necessidade sequer de apresentar explicações à Casa, como exigido também por deputados da base governista.

Entre os principais pontos citados no pedido de abertura da Comissão de Inquérito, estão o imbróglio para contratação de empresa que disponibilize medicamentos, além de <a href="https://opopular.com.br/cidades/precisa-custar-25-a-menos-para-ser-gerivel-diz-futuro-secretario-de-saude-de-goiania-1.3214939" target="_blank">dívidas e falhas</a> apresentadas pelas organizações responsáveis por unidades estaduais.

“Nossos dados estão todos na transparência e não tem nenhuma questão que foge às regras da transparência, da licitude e das regras das boas práticas para o correto emprego dos recursos públicos”, alega. Rasível Santos ressalta que tem formação na área de gestão e que trabalhou como coordenador do Hospital Sírio Libanês na parte das emergências, além de ter sido subsecretário estadual de Saúde em Minas Gerais e secretário municipal em Betim (MG). “Nunca tive problema nenhum com a Justiça, com a Câmara de Vereadores e nem com deputados”, disse.

Líder confirma ida de secretário da Saúde para frear articulação por CPI

Assembleia Legislativa

<img attr-cid="policy:1.3157698" attr-version="policy:1.3157698:1732150409" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3157698/WhatsApp Image 2024-06-25 at 07.17.20.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Caio Henrique Salgado ()

A mesa diretora da Assembleia Legislativa propôs mudança no regimento interno da Casa para vincular as votações dos projetos e requerimentos apresentados por um deputado estadual à presença do mesmo em plenário. Se a proposta for aprovada, não bastará o registro no painel, pois há menção à necessidade de “verificação”, procedimento utilizado para atualizar a lista de quem de fato participa das sessões. A exceção é para os casos no qual o autor não esteja no exercício do mandato.

Idealizador do texto e 1° secretário da Alego, Coronel Adailton (SD) explica à coluna que sua intenção é aumentar o quórum. “Os deputados que vão à Assembleia serão atendidos com a votação de suas matérias e os que não vão não serão”, argumenta.

Adailton critica a postura de colegas ausentes e conta que já foi alvo de chacota. “Ouvi deputado me dizer: ‘Enquanto você está igual bobo votando matéria eu tô no interior ganhando voto’. Tem deputado que nesses meus quase seis anos de mandato não foi na Alego 20 vezes”, revela, sem citar nomes.

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Novidade

Desde abril de 2024 a Constituição Estadual prevê que os deputados estaduais apresentem, além de projetos e requerimentos, indicativos de proposições legislativas e atos normativos. A modalidade serve para sugerir propostas ao governador. A votação dos mesmos também dependerá da presença dos autores em plenário.

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Pauta única

Deputados estaduais ouvidos pela coluna afirmam que o lançamento da pré-candidatura do governador Ronaldo Caiado (UB) a presidente da República deve definir os trabalhos da Alego nesta semana.

<img attr-cid="policy:1.3247483" attr-version="policy:1.3247483:1743467132" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3247483/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Falta de visão - Motociclista trafega pelas ruas de Goiânia com veículo sem retrovisor. (Wildes Barbosa / O Popular)

Aliás...

Até a conclusão desta coluna, 29 dos 41 deputados estaduais tinham definido que iriam ao evento de Caiado, em Salvador (BA), na sexta-feira (4). De 32 integrantes da base governista, apenas George Morais (PDT), Henrique César (Podemos) e Ricardo Quirino (Republicanos) não confirmaram presença.

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Malas prontas

Caiado viaja para Salvador nesta terça-feira (1°). Na tarde de quarta (2), vai visitar a Basílica do Senhor do Bonfim, onde receberá bênçãos, e as Obras Sociais Irmã Dulce. Na quinta (3), além do jantar oferecido pela Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), será recebido com almoço na Federação do Comércio (Fecomércio-BA).

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E essa?

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), disse em Uberlândia, durante coletiva ao lado de Caiado, que seu estado é referência em segurança e que a polícia tem acesso a todos os locais. Depois emendou: “Nossa polícia, depois da polícia do DF, é a menos letal do Brasil. Então, ela é uma polícia que sabe atuar e sabe também respeitar.”

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Pé-quente, pé-frio

O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), foi ao Serra Dourada no domingo (30) e acompanhou a maior parte da final do Goianão ao lado de Caiado. Segundo ele, o time de sua cidade começou a tomar os três gols do Vila Nova assim que ele se afastou.

Pergunta para:

<img attr-cid="policy:1.3247482" attr-version="policy:1.3247482:1743467132" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3247482/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Sabatina com a candidata a prefeitura de Goiânia, Adriana Accorsi. Na foto Adriana Accorsi. (Weimer Carvalho)

Adriana Accorsi

Deputada federal pelo PT

A sra. coloca o nome para ser a próxima presidente estadual do PT. Como vê a possibilidade de aliança com Marconi Perillo (PSDB)?

A gente não fez essa conversa ainda. Tem possibilidade? Tem possibilidade de várias coisas, mas o ex-governador Marconi tem tido uma postura crítica ao governo Lula (PT). Então não tem como. Só temos como apoiar um candidato que apoie nosso candidato a presidente. 

Arremate:

Ao vivo - O entrevistado desta terça-feira (1°) no Chega pra Cá será o vice-presidente do União Brasil em Goiás e presidente do Detran, Waldir Soares. Falará com a jornalista Cileide Alves, a partir das 11 horas, sobre os preparativos para o lançamento da pré-candidatura do governador Ronaldo Caiado a presidente da República. Incluindo as pressões internas no partido contra o evento.

Empreendedorismo -&nbsp;O Sebrae recebe, até o dia 4 de maio, inscrições para o Programa Capital Empreendedor. As startups selecionadas participarão, durante seis meses, de um ciclo de capacitação que inclui mentorias especializadas coletivas e individuais. Em 2024, foram mil inscrições. Desse total, 100 foram selecionadas para Circuito de Investimentos, em São Paulo.

Projeto busca aumentar presença de deputados no plenário da Alego

O Popular