Durante a sétima reunião do Fórum do Brasil Central, encerrada ontem em Goiânia, governadores da região Centro-Oeste e do Norte do País discutiram a importância da consolidação do Consócio do Brasil Central como solução para melhorar o cenário econômico do País e o desenvolvimento regional dos Estados. De acordo com o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, o consórcio está em pleno processo de viabilização. “Já estamos com as pessoas jurídicas viabilizadas legalmente. Estamos realizando os valores que foram pactuados. Já existe inclusive assessoria técnica trabalhando em projetos estratégicos não só na área de logística, mas também na área de educação, turismo, recuperação de pastagens degradadas. Num momento de crise, temos de ter criatividade.”Pedro Taques diz que o Brasil precisa olhar de forma diferente para estes Estados. “Se somarmos o PIB dos Estados que formam o Consórcio, avaliarmos o superávit da balança comercial de cada um deles, concluiremos que estamos ajudando muito o Brasil”. Governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg disse que a articulação entre os governadores no Consórcio Brasil Central vai ajudar o País a construir uma agenda positiva neste momento de crise. “O grupo está focado em captar recursos para promover um círculo virtuoso de investimentos a partir de financiamentos e parcerias. Vamos, juntos, conseguir.” Ele frisou que a criação do Consórcio entre os Estados é uma iniciativa inovadora para otimizar os esforços em favor do desenvolvimento.O governador do Tocantins, Marcelo Miranda, avaliou que o Consórcio do Brasil Central não trabalha em cima de crise, mas de “criatividade”. Segundo ele, o papel da articulação é discutir e formular políticas públicas, com a participação dos principais atores da cena nacional. “Estou convicto de que este é o caminho”. ApoioOntem, os governadores receberam o apoio do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que demonstrou interesse em financiar projetos de desenvolvimento e políticas públicas. “Precisamos de um macro planejamento para as plataformas logísticas do Brasil Central que ligam todas as regiões do País,” afirmou. Luciano comprometeu com os governadores uma ampla disposição do Banco em interagir com os governos, com as federações e com o setor privado produtivo dos Estados participantes. O presidente do Consórcio Brasil Central e governador, Marconi Perillo, comemorou os avanços do bloco. “Quando fizemos o primeiro encontro, em junho do ano passado, estávamos reunindo governadores que sonhavam com o movimento. Passados esses meses, já temos uma pauta propositiva e planejamento estratégico de investimentos na região”, avalia Marconi Perillo. Após a reunião, os governadores partiram para a capital federal, onde pediram à presidente Dilma Rousseff o alongamento das dívidas dos Estados. A proposta já foi assegurada pelo Ministério da Fazenda e será formalizada pelo Palácio do Planalto. “Isso representa um fôlego para os Estados, com medidas de equilíbrio fiscal de longo prazo. A concessão de novos empréstimos também contribuirá para o desenvolvimento de cada Estado, possibilitando crescimento”, avalia a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão. A próxima reunião do Fórum do Brasil Central vai ocorrer em Cuiabá, capital do Mato Grosso, nos dias 31 de março e 1º de abril.