O governo de Goiás encaminhou projeto de lei complementar à Assembleia Legislativa, aprovado já nesta quarta-feira (17), em que admite não ter R$ 4 bilhões para aporte no Fundo de Estabilização Econômica de Goiás (FEG), criado em maio deste ano e anunciado pelo governador Ronaldo Caiado (UB) como uma “poupança” para casos de crise e para evitar novo cenário de desequilíbrio nas contas do Estado. O projeto admite a possibilidade de uso de recursos de superávit, mas desobriga qualquer abastecimento do fundo. Até o momento, a previsão é que continue zerado. Em outubro, o Giro já havia mostrado que o Estado não possuía dinheiro para o FEG. O fundo foi instituído por emenda constitucional de maio deste ano e depois regulamentado por lei complementar de julho. A norma estabelecia reserva de R$ 4 bilhões do superávit alcançado em anos anteriores, que chegava a R$ 15 bilhões, segundo informações do governo. A utilização do FEG só poderia ocorrer em calamidade pública ou queda brusca de arrecadação e o descumprimento das regras previa sanções da Lei de Responsabilidade Fiscal.