A indicação do deputado estadual Humberto Aidar (MDB) para vaga de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) foi aprovada nesta terça-feira (8) pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa. A matéria recebeu parecer favorável do relator, Virmondes Cruvinel (Cidadania). A votação ocorreu em meio a discursos de cerca de 20 parlamentares com elogios a Aidar.Ao usar o espaço, deputados também ressaltaram a necessidade de o tribunal ter conselheiros com visão política, além de capacidade técnica. Nos discursos, os parlamentares citaram a orientação e apoio que chefes do Executivo e do Legislativo dos municípios recebem do TCM, mas também relataram preocupação com supostos excessos em punições e demonstraram que esperam atuação de Aidar neste sentido. Amilton Filho (SD), por exemplo, disse que é preciso “separar o gestor malandro do gestor inábil”.Já em seu discurso, Aidar citou seu currículo e fez elogios ao TCM e à capacidade técnica dos servidores do tribunal. Em meio às demandas levantadas pelos colegas, o deputado disse que há necessidade de diálogo aberto com os municípios. “A aproximação com presidentes de câmaras, secretários e prefeitos se faz necessária. É importante que as portas estejam abertas para aconselhar, orientar e ouvir. Quem está lá na ponta tem muito a sugerir”, disse o emedebista.A matéria que trata da indicação de Aidar segue para o plenário e está apta a ser votada. No entanto, Aidar afirmou durante a reunião da CCJ que o texto deve ser apreciado na próxima semana. O Giro mostrou na edição de segunda-feira (7) que há matérias de interesse do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) na Mista e na CCJ, comissões presididas por Aidar. O objetivo é que os textos sejam votados até esta quinta-feira (10).No dia 30 de junho de 2021, o deputado Lucas Calil (PSD) apresentou requerimento indicando Aidar para o TCM. O espaço foi aberto após aposentadoria de Nilo Resende do cargo de conselheiro. A expectativa inicial era de que Aidar deixasse a Assembleia no ano passado, mas houve apelo de Caiado para que ele continuasse no cargo pelo maior tempo possível. Com a saída de Aidar da Assembleia, Dr. Antônio (União Brasil) assume a presidência da CCJ. O secretário de Desenvolvimento Urbano de Aparecida de Goiânia, Max Menezes (MDB), assume a cadeira de Aidar na Casa.VotaçõesOs discursos na CCJ relacionados à indicação ao TCM fizeram com que a reunião tivesse o horário estendido. Com isso, a sessão ordinária no plenário começou por volta das 16h, com cerca de uma hora de atraso.Um dos projetos colocados em votação foi o texto da governadoria que revoga a Lei nº 20.840, aprovada em 2020 para a suspensão de medidas administrativas da Secretaria de Estado da Economia por causa da pandemia. O texto teve a tramitação prejudicada porque o deputado Chico KGL (União Brasil) apresentou emenda. Com isso, a matéria volta para a CCJ.Entre suspensões previstas na lei que o governo pede para ser revogada estão inscrição de débito em dívida ativa; encaminhamento de solicitação de ajuizamento de execução fiscal à Procuradoria-Geral do Estado; e denúncia do parcelamento, em decorrência da ausência do pagamento de parcelas. A lei foi publicada em setembro de 2020, mas teve efeitos retroativos a 13 março, quando Goiás registrou os primeiros casos de Covid-19.