Goiás tem três casos de conflitos relativos a direitos de territórios indígenas, ocupados pelos povos avá-canoeiro, tapuia e karajá. No total, são 14 sobreposições de imóveis nestes espaços. O problema foi identificado por meio da análise de dados da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e do Sistema de Informação para a Gestão do Cadastro Ambiental Rural (Sig-car). As informações são do Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, publicado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), com dados de 2022. Em todo o país, são 158 casos de conflitos. Existem estados com número superior ao de Goiás, como Amazonas, que registrou 15, e o Rio Grande do Sul, com 27. O documento é anual e foi divulgado neste ano em meio à discussão sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas, alvo de recente debate no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso Nacional.