Uma jardineira que admitiu ter repassado 60% do valor de diferenças salariais que ganhou em acordo extrajudicial na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) a um ex-assessor jurídico da estatal solicitou proteção policial depois de ser abordada em sua casa por ex-auxiliares do órgão. Ela se soma a pelo menos outros três funcionários - duas trabalhadoras de limpeza urbana e um auxiliar operacional - que revelaram, em depoimento à Corregedoria da Comurg, não ter ficado com a íntegra do dinheiro obtido por acordos, em meio a investigações de suposta rachadinha comandada pelo grupo político da gestão anterior da companhia, indicada pelo prefeito Rogério Cruz (SD). Juntos, os quatro funcionários obtiveram acordos que somam quase R$ 1,4 milhão. Os repasses a terceiros envolvidos nas negociações teriam totalizado R$ 755 mil, segundo os depoimentos colhidos até aqui.