Por mais de uma vez, durante sua visita a Goiânia nesta segunda-feira (20), o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, relembrou que o governador Ronaldo Caiado (UB) fez compromisso para que a sigla indicasse o nome ao Senado de sua chapa. O acordo, na visão dele, começou em 2020, quando Caiado apoiou o senador Vanderlan Cardoso (PSD) a prefeito de Goiânia.À época, Vanderlan afirmou que houve entendimento de que, em troca, o PSD apoiaria a reeleição do governador e indicaria o candidato a senador da chapa. O acordo, porém, nunca foi confirmado por Caiado e, mesmo entre pessedistas, há o entendimento de que a conversa foi com Vanderlan, que agora apoia Vitor Hugo (PL) ao governo e não Caiado, e não com o partido.O acordo que realmente foi firmado, e é confirmado pelos dois lados, trata do feito com o ex-ministro Henrique Meirelles, que se filiou ao PSD em 2021 para disputar cadeira no Senado e teve garantida a posição na chapa governista. Porém, desistiu de se candidatar e ficou com domicílio eleitoral em São Paulo, depois de muitas idas e vindas.Ao POPULAR, pessedistas relatam que Kassab se refere a 2020 porque, na visão dele, foi ali que começou a “parceria” entre o PSD e Caiado, o que acabou levando ao acordo em torno de Meirelles no ano seguinte. À imprensa, Kassab relatou que, mesmo com a saída de Meirelles do cenário, o acordo se manteve.“O entendimento não era pessoal, mas partidário”, disse. “Tivemos o apoio do governador à candidatura a prefeito do senador Vanderlan, e foi construído o entendimento de que o PSD apoiasse Caiado e recebesse seu apoio a senador. Então, não tem vinculação pessoal. O projeto de Meirelles estava vinculado ao partido e, no momento em que decidiu não manter, o partido continuou com a candidatura de Lissauer (Vieira), que é fortíssimo.”Leia também: - Lissauer muda discurso e diz que será candidato ao Senado “em qualquer situação”- Kassab diz que candidatura única ao Senado trará “harmonia à campanha de Caiado”