O desembargador Leandro Crispim, atual corregedor-geral da Justiça, foi eleito o novo presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) para o biênio 2025-2027, nesta sexta-feira (18). A aclamação aconteceu durante Sessão do Plenário do TJGO.

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Durante a ocasião,&nbsp;liderada pelo chefe do Poder Judiciário goiano, o desembargador Carlos França, o&nbsp;presidente eleito do TJGO falou da parceria com o presidente Carlos França e o parabenizou pela gestão do Judiciário e agradeceu a votação por aclamação. &nbsp;

Crispim também informou que renova o "compromisso de trabalhar arduamente ombreado com magistradas e magistrados, servidoras e servidores, colaboradoras e colaboradores, por um Poder Judiciário mais eficiente, justo, moderno, transparente e humano”, ressaltou.&nbsp;

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Essa foi a primeira eleição realizada sob a vigência da Lei nº 22.833/2024, que modernizou a estrutura administrativa do TJGO e dividiu a vice-presidência em primeira e segunda vice-presidências. A normativa também alterou a estrutura da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás ao criar a Corregedoria do Foro Extrajudicial, que fiscalizará serviços extrajudiciais, como cartórios e tabelionatos, assegurando maior agilidade e controle na regularidade dos atos.&nbsp;

<h2>Sobre Leandro Crispim</h2>

Leandro Crispim tomou posse no cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás, sendo promovido por merecimento em 2007. Enquanto desembargador, foi membro da 1ª Câmara Criminal do TJGO até 8 de dezembro de 2010. Posteriormente, passou a integrar a 2ª Câmara Criminal do TJGO, por remoção baseada em antiguidade.

Em 2017, foi escolhido por aclamação para presidir a 2ª Câmara Criminal. Ele presidiu a Seção Criminal no biênio 2019/2021, além de ter presidido a Banca Examinadora do Concurso de Juiz Substituto de 2010 a 2021 e a Comissão de Informatização de 2019 a 2021. O desembargador Leandro foi presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) no biênio 2020/2022. É o atual corregedor-geral da Justiça para a gestão 2023/2025.&nbsp;

<h3>Mesa diretora&nbsp;</h3>

Além de Leandro Crispim, o TJGO também elegeu dois novos vice-presidentes. O desembargador Amaral Wilson assumiu a 1° vice-presidência e o desembargador Gerson Santana Cintra&nbsp;a segunda.&nbsp;

Durante a votação, o desembargador Marcus da Costa Ferreira foi eleito a corregedor-geral da Justiça e o desembagador Anderson Máximo de Holanda foi eleito a corregedor do Foro Extrajudicial.

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A votação, que ocorreu de forma presencial e remota, foi liderada pelo chefe do Poder Judiciário goiano, desembargador Carlos França. (Leonardy Sales e Acaray Martins/TJGO)

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Leandro Crispim é eleito novo presidente do TJGO

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Matéria - Política

Judiciário

<img attr-cid="policy:1.3175559" attr-version="policy:1.3175559:1726498463" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3175559/Proporção para foto do site (81).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Marido da juíza foi preso em flagrante e filho foi ouvido como testemunha, segundo a polícia (Reprodução / Polícia Militar)

O marido de uma juíza de Goiás, que foi <a href="https://opopular.com.br/cidades/marido-de-juiza-e-preso-suspeito-de-matar-homem-que-teria-invadido-chacara-da-familia-1.3175556" target="_blank">preso suspeito de matar um homem que teria invadido o rancho da família</a>, foi solto após audiência de custódia. Na decisão, a juíza Roberta Wolpp Gonçalves, da comarca de Uruana, concedeu a liberdade provisória sob pagamento de fiança no valor de R$ 10 mil.&nbsp;

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Por meio de nota, o advogado Matheus Moreira Borges, que representa a&nbsp;defesa do suspeito, disse que a reação dele foi "motivada pela necessidade de proteger seus entes queridos, especialmente seu neto, uma vez que ele nunca havia tido qualquer contato anterior com a vítima (veja a nota na íntegra ao final do texto)", diz a nota.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/marido-de-juiza-e-preso-suspeito-de-matar-homem-que-teria-invadido-chacara-da-familia-1.3175556" target="_blank">Marido de juíza é preso suspeito de matar homem que teria invadido chácara da família</a> 
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Segundo o documento desta segunda-feira (16), a magistrada apontou que o suspeito não tem antecedentes criminais ou registro de prática de atos ilícitos. Além disso, considerou que “o custodiado aduz ter agido em uma suposta legítima defesa, ou ainda imbuído por violenta emoção, o que só será esclarecido no decorrer do inquérito policial. Porém é certo que foi a vítima quem invadiu a casa do custodiado, a qual estaria embriagado”, destacou.&nbsp;

A juíza ainda estabeleceu a proibição do suspeito de voltar ao condomínio de Chácaras, no município de Niquelândia, no norte goiano, onde o crime aconteceu.&nbsp;

<h2>Relembre o caso:</h2>

O <a href="https://opopular.com.br/cidades/marido-de-juiza-e-preso-suspeito-de-matar-homem-que-teria-invadido-chacara-da-familia-1.3175556" target="_blank">homem de 59 anos foi preso em flagrante no último domingo (15)</a> suspeito de matar um homem que teria invadido o rancho da família. Na época, segundo a Polícia Militar (PM), o filho dele também foi detido, porém, conforme a Polícia Civil (PC), o homem foi ouvido apenas como testemunha do caso que aconteceu na noite de sábado (14).

Conforme o relato da PM, ao ser preso, o homem contou que a vítima teria pulado o muro da chácara da família e estaria arrastando o neto dele, uma criança de nove anos.

Já na decisão da Justiça, a juíza narrou o ocorrido com base no depoimento do suspeito, que afirmou em perante a Jusutiça que ouviu o neto gritar. Ao checar o que estava acontecendo, encontrou o menino agarrado à perna do pai, que é filho do suspeito.&nbsp;

Ainda à Justiça, o suspeito disse ao ouvir o neto gritando, encontrou o filho falando com a vítima, que teria invadido a chácara.

<cite>Quando o autor viu, foi em direção ao homem desconhecido e este pulou o muro de volta e saiu correndo e que o autor correu atrás e o alcançou”, narrou a decisão sobre o relato da PM.</cite>

Ainda segundo o relato, o suspeito teria ido atrás do homem que estaria armado e atirado com ele, mas não o acertou. Momentos depois, durante uma luta corporal, o suspeito teria conseguido tomar a arma do homem e atirou contra o rosto do suspeito, que caiu no chão.

No entanto, na audiência, ele afirmou que, após saber do ocorrido foi ao quarto pegar uma arma. Em seguida, a juiza narra que ele contou que saiu pelo portão do condomínio com o objetivo de tirar a vítima de dentro do local. Disse ainda que “acabou disparando” nela depois que ela avançou para cima dele.

Logo em seguida, conforme o relato da PM, o suspeito voltou para casa, contou o fato para o filho e saiu em um carro. Para a Justiça ele contou ter fugido para Anápolis, a 55 km de Goiânia.

<h2>Corpo encontrado&nbsp;</h2>

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Local em que homem foi morto por marido de juíza, em Niquelândia (Reprodução / Polícia Civil)

Sem saber o que teria acontecido, a esposa do suspeito chamou a polícia para informar o desaparecimento do marido, no entanto, quando os militares chegaram ao local, encontraram o corpo da vítima já fora do condomínio de chácaras.

Na ocasião, os vizinhos disseram aos policiais que ouviram uma briga e, logo em seguida, de disparos. Eles chegaram a prestar os primeiros socorros, mas o homem morreu ainda no local.

Ainda conforme a PM, ao ser questionada, a mulher contou que o marido possivelmente teria se envolvido na briga e que teria ouvido disparos "e que muito provavelmente por tal motivo empreendeu fuga do condomínio, o que de fato foi atestado por filmagens das câmeras na entrada/saída do condomínio", narrou a PM sobre o que foi explicado pela juíza aos agentes.

Diante das informações, os militares realizaram uma operação coordenada envolvendo diversas unidades da PM para localizar o suspeito, que foi preso no Bairro Anápolis City, próximo a vila dos militares da Aeronáutica. No mesmo instante, o filho dele foi localizado na mesma região.

Nota da defesa do marido da juíza:

"Ontem, Francisco Canindé foi submetido à audiência de custódia, na qual lhe foi concedida a liberdade provisória, mediante o pagamento de fiança. A decisão levou em consideração o fato de ele ser réu primário, com 58 anos de idade, ressaltando que sua liberdade não representa risco à sociedade.

Além disso, a decisão também considerou que os eventos que resultaram na situação ocorreram quando a vítima, completamente embriagada, invadiu a propriedade de Francisco por volta das 22h e avançou de maneira agressiva em direção ao neto dele.

A defesa de Francisco destaca que sua reação foi motivada pela necessidade de proteger seus entes queridos, especialmente seu neto, uma vez que ele nunca havia tido qualquer contato anterior com a vítima."

Marido de juíza preso suspeito de matar homem é solto após fiança de R$ 10 mil

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LIBERDADE PROVISÓRIA 

A desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo, relatora do inquérito judicial que <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/operac-o-que-apura-venda-de-sentencas-tem-19-investigados-veja-nomes-1.3164014" target="_blank">apura venda de sentenças</a> por parte do juiz Adenito Francisco Mariano Júnior, afastado da Comarca de Silvânia, disse nesta quarta-feira (14) que as investigações apontam “cenário de graves e inaceitáveis desvios de conduta” e que o “crimes trazem efeitos nocivos à imagem e à credibilidade do Poder Judiciário”.

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As declarações foram feitas em sessão do Órgão Especial do TJ-GO que referendou por unanimidade as medidas cautelares determinadas pela desembargadora em operação deflagrada na terça-feira (13) pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) e pelo próprio tribunal - como uso de tornozeleira eletrônica - e deu o primeiro passo para a abertura de processo administrativo disciplinar (PAD) contra o magistrado.

Apesar de poucas, as manifestações dos desembargadores na sessão, assim como a dispensa de sigilo nos processos, apontam o clima no tribunal em favor de “cortar na carne” no caso do magistrado.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/org-o-especial-do-tj-go-da-primeiro-passo-para-abertura-de-pad-contra-juiz-investigado-por-venda-de-sentenca-1.3164270" target="_blank">Órgão Especial do TJ-GO dá primeiro passo para abertura de PAD contra juiz investigado por venda de sentença</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/magistrado-desconhece-movimentac-o-financeira-diz-defesa-1.3164103" target="_blank">Magistrado desconhece movimentação financeira, diz defesa</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/investigac-o-contra-juiz-cita-ao-menos-125-processos-1.3164089" target="_blank">Investigação contra juiz cita ao menos 125 processos</a></div>

Agora o juiz terá 15 dias para defesa prévia que antecede a instauração do PAD, em providência que diz respeito a uma reclamação disciplinar protocolada pelo MP-GO. O processo administrativo tem como penalidade máxima a aposentadoria compulsória. Já na seara criminal, comprovadas as suspeitas, o magistrado pode chegar perder o cargo. O colegiado decretou o afastamento cautelar do juiz na reclamação disciplinar, que vale até o fim do processo, e ressaltou que a medida independe da determinação que já havia sido dada no inquérito judicial, com prazo de 180 dias. Foram 23 votos favoráveis à providência.

Independentemente da seara, o juiz segue recebendo salário sem trabalhar. Segundo o Portal da Transparência do TJ-GO, Adenito recebeu R$ 55.869,33 de rendimento líquido do mês de julho.

A proposta do afastamento foi feita pelo corregedor-geral de Justiça, desembargador Leandro Crispim, que havia determinado em novembro o ano passado a instauração do inquérito judicial. Ele afirmou haver “razões suficientes para instauração do PAD”.

Na sessão, o presidente do TJ-GO, desembargador Carlos Alberto França, citou operação deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal no Maranhão, com a mesma suspeita de venda de sentenças - lá por parte de quatro desembargadores e dois juízes -, e que teve ordem de uso de tornozeleira eletrônica por parte do Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Só para citar a coincidência da cautelar determinada”, disse.

A determinação de uso de tornozeleira contra um magistrado vinha sendo citada no meio jurídico como inédita em Goiás. O presidente também afirmou que o colegiado está diante de “tantas evidências de gravidade da conduta”. O MP-GO chegou a solicitar prisão preventiva do desembargador, mas a relatora considerou não haver necessidade e determinou uso de tornozeleira por cinco dias.

<h2>Sem sigilo</h2>

O rito em reclamação disciplinar prevê a votação sigilosa no Órgão Especial, mas França dispensou a medida alegando que todos os fatos já haviam sido revelados quando Nelma Perilo levantou o sigilo do inquérito judicial no dia da operação. “Parece-me que não tem sentido adotar sigilo”, afirmou, o que foi acatado pelos demais integrantes do colegiado.

O advogado Luis Alexandre Rassi, que atua na defesa de Adenito no inquérito criminal, pediu espaço para sustentação oral no julgamento das medidas cautelares determinadas pela desembargadora, mas a solicitação foi rejeitada por França.

O advogado Dyogo Crosara, que atuará na defesa do juiz no PAD, informou que vai se posicionar depois que ele for notificado da decisão.

A suspeita apontada nas investigações é de&nbsp;que pagamentos de interessados nas ações judiciais sob responsabilidade do juiz eram feitos em contas de dois de seus filhos. Um deles, Pedro Gustavo Gornattes Mariano, teve vários movimentações bancárias atípicas informadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, à Divisão de Inteligência Institucional do TJ-GO. Ele recebeu R$ 1,8 milhão em seis meses.

<h3>PAD anterior</h3>

Como mostrou O POPULAR nesta terça-feira, Adenito já havia sido alvo de PAD instaurado em 2019, em que foi penalizado com remoção compulsória de Itajá para Orizona. O processo teve como origem reclamação disciplinar protocolada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual de Goiás, que apontava que ele teria proferido decisões “afastando a competência fiscalizatória de órgãos ambientais federais, especificamente, o ICM-BIO, o DNPM, o IBAMA e a Marinha do Brasil, e que cinco liminares subscritas pelo referido magistrado outorgaram a particulares licenças ambientais de competência exclusiva dos órgãos federais em testilha”.

A desembargadora Nelma Perilo citou o PAD anterior na sessão: “Ele já havia sido removido por conta de decisões questionáveis e teratológicas. Não obstante, reiterou a prática de proferir decisões de igual natureza, porém, com as investigações realizadas, descortinou-se aparente cenário de graves e inaceitáveis desvios com a identificação do recebimento de vantagens pecuniárias indevidas de partes e de advogados por intermédio de seus filhos”.

Outros dois desembargadores fizeram comentários sobre o caso. Beatriz Figueiredo Franco, que já esteve à frente da Corregedoria, afirmou que recebe com “tristeza” o caso. “Acompanhamos situações difíceis de denúncias em Itajá e agora, diante de denúncias parecidas, parece que de nada adiantaram as medidas anteriores”, afirmou.

O desembargador Marcus da Costa Ferreira diz que as apurações provocam “dor que dilacera nossa alma”. “O verdadeiro corporativismo é preservar o corpo. Se há um tumor e você não der uma forma de tratá-lo, obviamente o corpo todo vai sentir. Então, para o bem do Poder Judiciário, para que sua imagem seja preservada junto à sociedade, não temos outra saída. São atitudes corretas”, afirmou.

Nelma reforçou a importância do afastamento. “É para evitar que o magistrado continue supostamente a ostentar função de destaque no âmago da estruturada organização criminosa, impedindo a continuidade delitiva e permitindo, assim, o bom andamento da investigação”, disse.

<h4>Defesa</h4>

Na terça-feira, a<a href="https://opopular.com.br/politica/magistrado-desconhece-movimentac-o-financeira-diz-defesa-1.3164103" target="_blank"> defesa do juiz divulgou nota em que negou irregularidades</a>, acusou advogados de fraude ao apresentarem comprovantes de endereço falsos nas ações - sem envolvimento do magistrado - e disse que Adenito não tem conhecimento sobre a movimentação financeira dos filhos.

“No mais, aguarda-se ansiosamente o aprofundamento das investigações para que se exclua qualquer suspeita contra a atuação proba do Juiz, resguardando-se, assim, o mais importante direito dos magistrados: decidir de acordo com sua ciência e consciência”, finaliza a nota de Luis Alexandre Rassi.

O inquérito <a href="https://opopular.com.br/politica/investigac-o-contra-juiz-cita-ao-menos-125-processos-1.3164089" target="_blank">cita pelo menos 125 processos judiciais</a> sob suspeita no esquema. Além dos três filhos do juiz, outras 15 pessoas são investigadas: dois assessores do magistrado; nove advogados e um que se apresenta como, mas não seria; um procurador da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego); um contador; e um empresário.

Os supostos ganhos para o juiz e um dos filhos seriam de pouco mais de R$ 1 milhão, valor que a desembargadora determinou que seja bloqueado de ambos.

As investigações apontam esquema de direcionamento de ações para o juiz - em três comarcas pelas quais passou, de Itajá, Orizona e Silvânia -, com fraudes em registros de endereços ou filiais falsas de empresas nas cidades, e recebimento de valores em troca das decisões favoráveis.

Advogados de Goiânia e de outras cidades protocolavam ações onde Adenito atuava, com informações falsas para garantir a competência da comarca, em busca de decisões favoráveis e supostamente negociadas em troca de dinheiro.

Cúpula do TJ sinaliza 'rigor' contra juiz investigado

O juiz Fernando Ribeiro Montefusco, da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais da comarca de Goiânia, foi escolhido, nesta quarta-feira (12), para o cargo de desembargador Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). O magistrado assume a posição antes ocupada por Jairo Ferreira Júnior, que se aposentou.&nbsp;&nbsp;

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Fernando Montefusco&nbsp;tomará posse administrativa nesta quinta-feira (13), às 10h30. Além disso, o&nbsp;novo desembargador será membro da 6ª Câmara Cível. Montefusco revelou estar honrado com a promoção e afirmou que irá desempenhar suas funções com eficiência e qualidade. Já o presidente do TJ-GO, Carlos França, parabenizou o juiz pela posição&nbsp;e enfatizou que sua carreira tem sido marcada por compromisso e dedicação.&nbsp;

Fernando Ribeiro Montefusco iniciou sua carreira na magistratura em 1993, sendo nomeado como juiz substituto do TJ-GO. Em seguida, foi promovido para juiz de Direito e, com o passar do tempo, atuou nos municípios goianos de Carmo do Rio Verde, Mara Rosa e Jaraguá. Antes de ser promovido como novo desembargador, o magistrado estava atuando na 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais,&nbsp;em Goiânia.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/igualdade-de-genero-define-pela-primeira-vez-desembargadora-do-tj-go-1.3142676" target="_blank">Igualdade de gênero define, pela primeira vez, desembargadora do TJ-GO</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/chega-pra-ca-109-cileide-alves-entrevista-novo-presidente-do-tre-go-1.3132732" target="_blank">Chega pra Cá #109: Cileide Alves entrevista novo presidente do TRE-GO</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/novo-presidente-do-tre-go-fala-em-reforco-policial-para-eleic-es-1.3132961" target="_blank">Novo presidente do TRE-GO fala em reforço policial para eleições</a></div>

Juiz Fernando Ribeiro Montefusco é escolhido como novo desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás

PODER JUDICIÁRIO

As despesas do Poder Judiciário bateram recorde no ano passado, numa série histórica que começou a ser registrada em 2009. Os dados constam no relatório Justiça em Números 2024, divulgado nesta terça-feira (28) pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

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De acordo com o documento, em 2023, as despesas totais do Judiciário somaram R$ 132,8 bilhões, o que representa um aumento de 9% em relação a 2022. Os valores anuais foram corrigidos pelo CNJ conforme o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

As despesas do Judiciário tinham um valor de R$ 84 bilhões em 2009 e cresceram até chegar em R$ 124,9 bilhões em 2017, de acordo com a série histórica do Justiça em Números. Há uma pequena queda em 2018, mas o valor volta a subir em 2019.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/poderes-se-articulam-por-mudanca-no-teto-de-gastos-1.3140719">Poderes se articulam por mudança no teto de gastos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/municipios-goianos-extrapolam-limite-de-gastos-com-pessoal-1.3140408">Municípios goianos extrapolam limite de gastos com pessoal</a></div>

As despesas caem em 2020 e 2021, anos marcados pela pandemia de Covid-19, mas aumentaram novamente em 2022 até chegar nos custos mais altos em 2023.

"Esse crescimento foi ocasionado pela variação na rubrica das despesas com pessoal, que cresceram 9%; das despesas de capital, com aumento de 32,9%, além da variação positiva das outras despesas correntes (4%)", diz o relatório do CNJ.

"Registra-se que 18% das despesas são referentes a gastos com inativos, ou seja, compromisso previdenciário do Judiciário referente ao pagamento de aposentadorias e pensões. Descontadas tais despesas, o gasto efetivo para o funcionamento do Poder Judiciário é de R$ 108,9 bilhões", acrescenta.

Os gastos com despesa de pessoal correspondem a 90% do custo do Judiciário. Além da remuneração de magistrados, de servidores e de terceirizados, o CNJ computou os valores oriundos de auxílios e de assistências como diárias, indenizações, passagens e gratificações —os chamados penduricalhos.

Somados todos esses gastos, cada magistrado custa aos cofres públicos uma média mensal de R$ 68,1 mil. Já cada servidor tem custo de R$ 20,1 mil.

Em alguns estados, essa média é bem mais elevada. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, cada magistrado da Justiça estadual custa em média, mensalmente, R$ 120 mil. Em Mato Grosso, esse valor fica em R$ 116 mil.

Entre os tribunais superiores, os maiores gastos são com os ministros do STM (Superior Tribunal Militar), de quase R$ 86 mil mensais com cada um deles.

O relatório do CNJ aponta que a despesa do Judiciário Estadual é responsável pela maior parte do custo da Justiça –mas os estados abrangem também a maior parte dos processos.

A Justiça Estadual corresponde a 63% dos valores totais. Em segundo lugar, a Justiça Trabalhista é responsável por 17%. Depois, a Justiça Federal (15%), a Justiça Eleitoral (5,5%), os tribunais superiores (3,2%) e a Justiça Militar Estadual (0,2%).

"Em 2023, o custo pelo serviço de Justiça foi de R$ 653,7 por habitante, R$ 67,6 a mais, por pessoa, do que no último ano, o que representa aumento de 11,5%", diz o Justiça em Números.

"É possível conferir que os gastos por habitante cresceram a partir de 2021, e que o patamar atualmente verificado é o maior encontrado desde o início da série histórica", acrescenta.

A elevação das despesas por habitante foi, proporcionalmente, mais alta na Justiça Militar Estadual (20,5%), na Justiça Estadual (14,7%) e na Justiça Federal (12,1%).

Apesar do aumento de gastos, a arrecadação aos cofres públicos devido à atividade jurisdicional reduziu em 3% no ano passado em relação a 2022. Foram R$ 68,7 bilhões arrecadados, um retorno de 52% das despesas efetuadas.

As despesas totais do Poder Judiciário correspondem a 1,2% do PIB nacional ou a 2,38% dos gastos totais da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Uma das novidades do relatório do Justiça em Número deste ano é a inclusão de dados sobre políticas de diversidade e equidade no Judiciário, um tema caro ao presidente do CNJ e do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso.

Segundo o relatório, apenas 14,2% dos juízes são negros. Além disso, até o fim de abril de 2024, a participação feminina na magistratura é de 36,8%.

O Justiça em Números é o levantamento que consolida os principais dados sobre a atuação da Justiça brasileira, e é elaborado pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ.

Poder Judiciário bate recorde de despesas em 2023, aponta relatório do CNJ