O deputado estadual Lissauer Vieira se filiou ao PSD na manhã desta terça-feira (29), confirmando o que já era esperado desde que anunciou sua saída do PSB. Com a desistência de Henrique Meirelles da disputa pelo Senado, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás agora tem o nome cogitado para assumir o lugar na corrida. A filiação ao partido presidido por Vilmar Rocha em Goiás foi assinada em evento realizado no diretório goiano, localizado na capital. Além do presidente, também participaram o senador Vanderlan Cardoso (PSD), o deputado federal Francisco Júnior (PSD), o deputado estadual Virmondes Cruvinel, que também pode se filiar ao partido, e o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, que é pré-candidato à Câmara dos Deputados, mas ainda não escolheu uma sigla para se abrigar.Lissauer retorna ao PSD, ao qual já foi filiado antes. "É um partido que eu sempre fui familiarizado, tenho grandes amigos foi o primeiro partido que eu disputei eleição, e ganhei minha primeira eleição em 2014 pelo PSD", lembrou em entrevista coletiva concedida no evento. O deputado diz que se filia com o compromisso de ajudar a formar as chapas de deputado estadual e federal. "E consolidar a indicação do PSD na chapa do governador Ronaldo Caiado", disse. Lissauer, porém, foi informado no evento da desistência de Meirelles, por meio da reportagem publicada pelo POPULAR na manhã desta terça-feira (29). O nome do secretário do governo paulista era o favorito para preencher a vaga de candidato ao Senado, pelo PSD, na chapa do governador.É por esse motivo que o nome de Lissauer passou a ser cotado para preencher o vazio deixado por Meirelles. O presidente da Alego vinha construindo uma candidatura a deputado federal. No entanto, recentemente, tentou uma articulação para que se tornasse conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO).ArticulaçõesOs planos eram de que o conselheiro Sebastião Tejota se aposentaria para liberar uma vaga para Lissauer. Esse movimento ocorreria com a condição de que o filho de Sebastião, o vice-governador Lincoln Tejota, fosse indicado para o Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO). Os deputados, então, tentaram aprovar uma lei na Alego que permitisse a antecipação da aposentadoria do conselheiro Valcenor Braz, do TCM-GO. Sem apoio do governador Ronaldo Caiado e diante da insegurança jurídica da matéria, os parlamentares voltaram atrás.Com a filiação, Lissauer, que havia desistido de ser candidato a deputado federal, volta a ter o nome no tabuleiro das eleições de 2022. "O futuro a Deus pertence, mas todos sabem que não serei candidato a deputado federal mais, decidi não ser candidato há duas semanas depois de um problema familiar que eu tive, com a morte do meu pai", disse.Quanto à possível candidatura ao Senado, Lissauer afirma que são apenas conjecturas de bastidores. "Não tem nada oficial, não existe essa conversa nem com o governo e nem com o partido". O deputado ainda afirma que o partido tem outros nomes, como o do presidente Vilmar Rocha. Segundo ele, o que é consenso no PSD é que o partido tem condições de fazer a indicação do candidato ao Senado na chapa do governador.