Sob pressão do Senado, o presidente Lula (PT) deverá fazer uma rodada de conversas nos próximos dias para definir quem indicará para a vaga de Luís Roberto Barroso no STF (Supremo Tribunal Federal).

Auxiliares do petista dizem que ele mantém a decisão de indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, mas há um movimento no Senado para que ele escolha o ex-presidente da Casa Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Cabe aos senadores aprovar o nome do indicado de Lula após sabatina.

O preferido dos parlamentares tem como principal fiador o atual chefe da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que é hoje um dos principais aliados de Lula no Congresso.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/stf-derruba-troca-de-efetivos-por-comissionados-no-tj-go-1.3332058" target="_self">STF derruba troca de efetivos por comissionados no TJ-GO</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/tj-go-condena-samuel-almeida-por-improbidade-na-ac-o-contra-o-padre-luiz-1.3333705" target="_self">TJ-GO condena Samuel Almeida por improbidade na ação contra o padre Luiz</a></div>

Alcolumbre esteve com o petista no final de outubro, antes de o presidente viajar para a Ásia. A expectativa era que o chefe do Executivo anunciasse o nome de Messias após o encontro, mas ele resolveu adiar esse movimento. Na reunião, o presidente do Senado apontou sua preferência por Pacheco e alertou o petista de dificuldades para aprovação do nome de Messias na Casa.

Há um receio entre senadores de que Messias possa virar um "novo Flávio Dino", em referência ao ministro do Supremo que, após ser indicado ao STF, abriu uma cruzada para dar mais transparência à execução de emendas parlamentares, irritando congressistas.

Um líder do centrão diz que sem apoio de Alcolumbre e Pacheco, dificilmente o nome de Messias será aprovado no Senado -e lembra o placar não muito confortável da aprovação do nome de Dino para a corte, 47 a 31.

De acordo com aliados, Pacheco já foi informado por emissários de Lula de que será procurado pelo presidente da República nos próximos dias. Inicialmente, os dois tinham uma conversa prevista para quando o petista voltasse de viagem oficial da Ásia, mas ela não acabou ocorrendo diante da crise de segurança deflagrada pela megaoperação no Rio de Janeiro.

Agora, coube ao líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), dar o recado a Pacheco na manhã desta quarta (12) de que ele deverá ser chamado por Lula. Jaques esteve na véspera com o petista numa conversa no Palácio da Alvorada e tratou, entre outros temas, da indicação ao STF.

A interlocutores, Jaques diz acreditar que Lula segue convencido em indicar Messias e que avalia ser importante que essas conversas aconteçam, até mesmo num gesto do petista com os envolvidos. Lula é próximo de Pacheco e não esconde que gostaria que ele concorresse ao governo de Minas Gerais no próximo ano.

Auxiliares de Lula lembram ainda que o presidente poderá fazer até quatro indicações para o STF em caso de reeleição e que, para esse projeto, contaria com uma candidatura forte em Minas.

Apesar de o presidente já ter tomado a decisão há algum tempo, há aliados que dizem ver chance de recuo diante da resistência ao nome de Messias e da demora em oficializar a escolha.

Um interlocutor frequente de Lula afirma que eventual rejeição ao nome de Messias representaria um enorme desgaste ao petista, às vésperas do ano eleitoral.

Além disso, afirma que Alcolumbre tem sido um aliado importante do Palácio do Planalto no Congresso, num momento em que cresce o sentimento de desconfiança do governo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) -e, dessa forma, defende cautela para evitar desagradar o senador.

Aliados do presidente dizem ainda que ele deverá procurar o ministro Bruno Dantas, do TCU (Tribunal de Contas da União), outro nome cotado para a posição, e ministros do Supremo. Antes de viajar a Belém, para participar da COP30 (conferência de mudanças climáticas) da ONU, o petista conversou sobre o tema com Dino, de acordo com um auxiliar do petista.

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Lula faz rodada final de conversas para definir nome ao STF diante de resistência a Messias

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Matéria - Política

Supremo Tribunal Federal

O Ministério da Saúde (MS) informou nesta terça-feira (11) que aumentou em 65,3% os repasses para o governo de Goiás para custeio do Sistema Único de Saúde (SUS). As informações constam de nota encaminhada pelo ministério a um pedido de informações da rádio CBN Goiânia e do jornal O POPULAR sobre as reclamações do governador Ronaldo Caiado (UB) de mais repasses da União para o Fundo Estadual de Saúde relativos aos anos de 2023, 2024 e 2025.

Em 2 de outubro, o Estado propôs uma Ação Cível Originária (ACO) no Supremo Tribunal Federal (STF) reclamando “prejuízo” nos últimos três anos de R$ 1,266 bilhão e a recomposição do Teto de Média e Alta Complexidade (Teto MAC) em R$ 385,54 milhões por ano. <a href="http://https://opopular.com.br/politica/caiado-reforca-criticas-ao-governo-lula-ao-anunciar-ac-o-no-supremo-1.3320302" target="_self">Caiado declarou que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizava critérios discricionários</a> para favorecer estados alinhados politicamente e penalizar adversários.

O Ministério da Saúde só se manifestou nesta nota depois de reiterados pedidos feitos pelo jornal e pela CBN desde que o governador anunciou a ação. Antes do governo propor a ação, em setembro, o ministério emitiu uma nota rebatendo entrevistas do governador, <a href="https://opopular.com.br/politica/gest-o-lula-nega-criterio-politico-no-repasse-a-saude-1.3309902" target="_self">negando critérios políticos na transferência de recursos para os Estados</a>.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/sus-pode-ter-perdido-r-7-3-bi-em-vacinas-e-insumos-de-2021-a-2023-diz-cgu-1.3334124" target="_self">SUS pode ter perdido R$ 7,3 bi em vacinas e insumos de 2021 a 2023, diz CGU</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-reforca-criticas-ao-governo-lula-ao-anunciar-ac-o-no-supremo-1.3320302" target="_self">Caiado reforça críticas ao governo Lula ao anunciar ação no Supremo</a></div>

<h2>Mais dinheiro para Goiás</h2>

Segundo nota divulgada ontem, em 2023 “foram aumentados os tetos financeiros da atenção especializada; a habilitação de serviços; a concessão de parcelas únicas de custeio; as emendas parlamentares; os investimentos e custeios ligados à atenção primária, à vigilância em saúde e à gestão do trabalho e da educação em saúde; o acesso a medicamentos; os investimentos na rede e na aquisição de equipamentos; a incorporação de novas tecnologias; e a implantação de mecanismos de saúde digital, entre outras iniciativas”.

A nota não explica os motivos do crescimento do repasse, mas eles têm relação com o incremento de recursos para a saúde em 2023, comparado com 2022. Segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) a União destinou em 2023 R$ 179,8 bilhões à saúde, contra R$ 151,9 bilhões em 2022, crescimento real (descontada a inflação) de 13,14%.

Isso aconteceu por conta da alteração da emenda constitucional 86/2015, que vigorou a partir de 2016, realizada pela PEC da Transição. A emenda 86/2015 fixou a aplicação mínima de 15% da receita corrente líquida (RCL) da União em saúde, substituindo a regra anterior baseada na variação do PIB, e vinculou metade das emendas parlamentares individuais obrigatoriamente à saúde. A mudança ocorreu para o governo federal cumprir o teto de gastos sem contingenciar o financiamento do SUS.

A regra de limitação dos investimentos em saúde de 2015 vigorou nos dois anos do governo do presidente Michel Temer (2016 a 2018) e nos quatro anos do governo do presidente Jair Bolsonaro (2019 a 2022). A PEC da Transição (emenda constitucional 126/2022), aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2022, a pedido do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu espaço no orçamento de 2023 ao criar exceções fora do teto de gastos, permitindo gastar acima do limite fiscal em 2023 e 2024, o que aumentou os recursos efetivos disponíveis para a saúde.

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Ao comentar o repasse para Goiás, a nota do Ministério da Saúde diz que só os recursos para atenção de média e alta complexidade (MAC) cresceram 78%, passando de R$ 293 milhões em 2022 para R$ 606 milhões em 2024 (Teto MAC mais emendas). “Nesta gestão, o governo de Goiás já recebeu 11% mais verbas nos últimos 33 meses do que nos quatro anos da gestão anterior”, informa o texto.

Na ACO proposta ao STF o governo de Caiado informou que o estudo “Financiamento da Saúde no Brasil”, realizado pelo Conselho Nacional de Secretários de Estado (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) revelou uma queda na participação da União e aumento da participação de estados e municípios no financiamento da saúde. De acordo com esse estudo, a União arcava com 52% do financiamento em 2002, montante que caiu agora para 40%.

Segundo a nota do MS, os números atuais dos repasses da União não são considerados pelo estudo do Conass, uma vez que este trata apenas do período de 2002 a 2023. “O próprio estudo reconhece, inclusive, que a participação federal nos gastos em saúde voltou a aumentar em 2023 após dois anos de queda”, diz o MS.

Sobre a recomposição dos tetos financeiros de média e alta complexidade (o Teto MAC), a nota afirma que ela ocorre de forma contínua e permanente, “associada a diferentes fatores, como a implantação e habilitação de novos serviços.” Observou que na Portaria GM/MS nº 547, o Ministério da Saúde incorporou ao Teto MAC de Goiás R$ 114,4 milhões por ano, e mais R$ 38 milhões em parcela única.

Essa portaria de 4 de maio de 2023 estabelece recurso do “Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde - Grupo de Atenção Especializada, no montante de R$ 152, 544 milhões ao Estado de Goiás”.

Em resposta a outra reclamação do governador Caiado, a nota do MS afirma que não existe na lei a previsão de revisão automática dos valores a cada cinco anos, apenas o acréscimo anual da variação nominal do PIB. “A Lei Complementar nº 141/2012 determina que os repasses da União aos estados e municípios observem dimensões epidemiológicas, demográficas, socioeconômicas e de oferta de serviços, definidas e pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde”.

<h2>Confira abaixo a íntegra da nota do Ministério da Saúde</h2>

Desde 2023, o Ministério da Saúde aumentou em 65,3% os repasses ao Governo de Goiás para o custeio do SUS. Foram aumentados os tetos financeiros da atenção especializada; a habilitação de serviços; a concessão de parcelas únicas de custeio; as emendas parlamentares; os investimentos e custeios ligados à atenção primária, à vigilância em saúde e à gestão do trabalho e da educação em saúde; o acesso a medicamentos; os investimentos na rede e na aquisição de equipamentos; a incorporação de novas tecnologias; e a implantação de mecanismos de saúde digital, entre outras iniciativas. Só os recursos para atenção de média e alta complexidade cresceram 78%, passando de R$ 293 milhões em 2022 para R$ 606 milhões em 2024 (Teto MAC mais emendas). Nesta gestão, o Governo de Goiás já recebeu 11% mais verbas nos últimos 33 meses do que nos quatro anos da gestão anterior.

São números que não são considerados pelo estudo “Financiamento da Saúde no Brasil”, realizado pelo CONASS e CONASEMS, uma vez que este trata apenas do período de 2002 a 2023. O próprio estudo reconhece, inclusive, que a participação federal nos gastos em saúde voltou a aumentar em 2023 após dois anos de queda.

Sobre a recomposição dos tetos financeiros de média e alta complexidade (TETO MAC), ela ocorre de forma contínua e permanente, associada a diferentes fatores, como a implantação e habilitação de novos serviços. Por meio da Portaria GM/MS nº 547, o Ministério da Saúde incorporou ao Teto MAC de Goiás R$ 114,4 milhões por ano, e mais R$ 38 milhões em parcela única.

Não existe na lei a previsão de revisão automática dos valores a cada cinco anos, apenas o acréscimo anual da variação nominal do PIB. A Lei Complementar nº 141/2012 determina que os repasses da União aos estados e municípios observem dimensões epidemiológicas, demográficas, socioeconômicas e de oferta de serviços, definidas e pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde.

Em resposta a reclamações de Caiado, Ministério da Saúde diz que aumentou em 65% recursos para Goiás

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Cileide Alves

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Chega pra cá

Justiça reconhece união estável de trisal em Goiás

<img attr-cid="policy:1.3335802" attr-version="policy:1.3335802:1762945239" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3335802/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-11-12T075900.478.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Túlio e Wellington já viviam juntos desde 2014 e registraram oficialmente a relação em cartório no ano seguinte. (Reprodução/ Instagram Túlio Adriano)

Um trisal em Jataí, na região sudoeste de Goiás, teve a união estável reconhecida pela Justiça. O trisal que vive junto há quase 6 anos é formado pelo professor Túlio Adriano Marques Alves Gontijo e pelos empresários Wellington Ferreira da Costa e Lucas Santana Delgado. A decisão foi assinada na última sexta-feira (7) pela Vara de Família do município.

Ao&nbsp;POPULAR, o professor de libras na Universidade Federal de Jataí (UFJ)&nbsp;Túlio Adriano Marques contou que&nbsp;a&nbsp;decisão representa que 'o direito de construir uma família é de todas as pessoas'.&nbsp;Segundo Túlio, ele conheceu Lucas a partir de um grupo de amigos em comum, e começaram a conversar, ampliando o contato para Wellington.

<cite>Começamos a conversar, nos conhecemos e se gostamos. E, logo um tempo depois, ele veio morar com a gente.&nbsp;Nós entendemos que a legislação ainda não contempla os diversos modelos de família e entendemos essa decisão como um movimento de que o direito de construir uma família é de todas as pessoas", contou Túlio Adriano.&nbsp;</cite>

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Segundo a sentença, Túlio e Wellington já viviam juntos desde 2014 e registraram oficialmente a relação em cartório no ano seguinte. Em 2019, os dois iniciaram um relacionamento com Lucas, que passou a morar com eles e a fazer parte da mesma família.

Para Túlio, a decisão é uma vitória importante para o trio e diz que os três celebram o direito de construir uma família.

<cite>Ter filhos, ter uma criança, não é uma coisa que nós pensamos por agora. Não está nos nossos planos até então. O que pensamos para o nosso futuro é que os nossos direitos sejam resguardados, que a gente consiga ter acesso a um plano de saúde, a convênios, a... Enfim, tudo o que é permitido para outros tipos de família. Queremos que nossa família seja resguardada e tenha esses direitos também", afirmou o professor.&nbsp;</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/uni-o-estavel-homoafetiva-e-reconhecida-por-stj-apos-morte-de-uma-das-companheiras-1.3333961" target="_self">União estável homoafetiva é reconhecida por STJ após morte de uma das companheiras</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/tjgo-passa-a-adotar-licenca-maternidade-para-servidor-em-uni-o-homoafetiva-1.3282217" target="_self">TJGO passa a adotar licença-maternidade para servidor em união homoafetiva</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goiania-e-a-5-capital-com-mais-uni-es-homoafetivas-1.3030161" target="_self">Goiânia é a 5ª capital com mais uniões homoafetivas</a></div>

Durante a audiência, o trio afirmou que a relação é pública, duradoura e com o objetivo de formar uma família, e pediu que a união fosse reconhecida pela Justiça. A juiza responsável pelo caso,&nbsp;Sabrina Rampazzo, entendeu que o pedido foi feito de forma livre, com o consentimento de todos, e que não havia nada que impedisse o reconhecimento.

'Diante do exposto, com fundamento no art. 487, inciso III, alínea “b”, do Código de Processo Civil, HOMOLOGO o acordo celebrado entre as partes, para que produza todos os seus jurídicos e legais efeitos, e, por consequência, DECLARO reconhecida a união estável existente entre Túlio Adriano Marques Alves Gontijo, Wellington Ferreira da Costa e Lucas Santana Delgado, iniciada em 23/12/2019, sob o regime da comunhão parcial de bens', consta no documento.

O reconhecimento da união estável de um trisal ainda é algo raro no Brasil já que a legislação não trata diretamente desse tipo de relação. Mesmo assim, alguns tribunais têm aceitado casos semelhantes com base no direito à liberdade e à dignidade das pessoas. Desde 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as uniões homoafetivas devem ser reconhecidas como entidades familiares, com os mesmos direitos e deveres das uniões estáveis heterossexuais.

<img attr-cid="policy:1.3335670" attr-version="policy:1.3335670:1762902244" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3335670/Proporção para foto do site.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Túlio Adriano é professor de libras na Universidade Federal de Jataí e Lucas e Wellington são empresários (Arquivo pessoal / Túlio Adriano)

Colaborou Mariana Guimarães

<div attr-cid="policy:1.3335776" attr-version="policy:1.3335776:1762941266" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3335776" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3335776', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3335776">Justiça reconhece união estável de trisal em Goiás (1.3335776)</a></div>

Professor diz que reconhecimento de trisal mostra 'direito de construir uma família'

Cidades

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UNIÃO ESTÁVEL

A semana embola as grandes polêmicas que opõem Brasil e Estados Unidos e obrigam o presidente Lula a se equilibrar entre suas visões de mundo e as de Trump, em favor dos reais interesses brasileiros: os ataques ilegais dos EUA a embarcações venezuelanas, com mais de 70 mortos, classificar organizações criminosas como terroristas, abrindo o flanco para intervenção americana, e, durante a COP 30, meio ambiente, sustentabilidade e financiamento de florestas tropicais. O tarifaço paira sobre tudo isso.

Na escapulida de Belém, onde continua a COP, para Santa Marta, na Colômbia, onde se reuniram a CELAC (América Latina e Caribe) e UE (Europa), Lula enfrentou a tripla pauta, digamos, antiamericana, e criticou o “uso da força militar”, as “manobras retóricas” e “as intervenções ilegais” na nossa região, para pedir paz e dar um recado claramente endereçado aos EUA e a Trump: “Democracias não combatem o crime violando o direito internacional”.

Afora a afirmação de que “somos uma região de paz” - que vale para as relações externas, não para o cotidiano dos países -, a crítica de Lula era obrigatória e foi objetivamente correta. A questão é que Trump está de olhos e ouvidos atentos e reagiu no mesmo dia.

Segundo Trump, “eles devastaram a Floresta Amazônica do Brasil para construir uma rodovia para ambientalistas. Um grande escândalo!”. Ele não veio nem mandou delegação para a COP, defende estradas tanto quanto petróleo e não está nem aí para florestas. Logo, não foi um arroubo preservacionista, foi um contra-ataque. E o tarifaço, como fica?

Outra batalha é com o presidente da Câmara, Hugo Motta, que botou as garras de fora ao indicar Guilherme Derrite para relatar o projeto Antifacção do governo. Além de ser o mais radical na área, aplaudido pela direita e próximo das posições de Trump, Derrite é secretário de Segurança de Tarcísio de Freitas, maior adversário de Lula em 2026.

No centro do triângulo Lula, Motta e Derrite, está a proposta da oposição de classificar PCC e CV como terroristas, o que os EUA e Trump defendem há tempos e pode acarretar sérias consequências para o Brasil, inclusive como pretexto para ingerência externa. Trump adoraria.

E a COP entra na fase de números, metas e cronogramas. Lula empurra o Fundo das Florestas para o centro do debate, mas a polêmica tão quente quanto Belém é sobre o fim dos combustíveis fósseis. Os pragmáticos dizem que é um falso debate. Não é nada falsa, porém, a guerra entre ambientalistas e os pró-petróleo a qualquer custo. Nesse ponto, Lula é contra Trump na retórica. Talvez não tanto na prática.

Eliane Cantanhêde, jornalista

Muitas divergências, poucas convergências

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Eliane Cantanhêde

Caiado diz que não tratará de apoio com Bolsonaro

O governador Ronaldo Caiado (UB) negou nesta quarta-feira (05) que usará a conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para <a href="https://opopular.com.br/politica/movimentac-o-de-schreiner-volta-a-destacar-disputa-por-vaga-na-vice-1.3332054" target="_self">pedir apoio à própria pré-candidatura presidencial</a> e avaliou o processo de busca por uma reaproximação. A defesa de Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para receber a visita do governador, em encontro que deve ocorrer no condomínio onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar, no Jardim Botânico, em Brasília (DF).

Apesar de ser anterior à megaoperação contra o tráfico de drogas no Rio de Janeiro, a articulação para o encontro com o ex-presidente ocorre em meio à <a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-faz-autocritica-sobre-a-direita-e-aponta-burrices-praticadas-1.3327404" target="_self">retomada de Caiado de um discurso de extrema-direita</a>. O goiano tem apostado ainda mais na defesa por atuação enérgica nas pautas de segurança pública, além da intensificação das críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A lista enviada pela defesa de Bolsonaro a Moraes inclui também o nome do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-rebate-fala-de-lula-sobre-matanca-no-rio-e-incita-duelo-1.3332596" target="_self">Caiado rebate fala de Lula sobre "matança" no Rio e incita "duelo"</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-faz-autocritica-sobre-a-direita-e-aponta-burrices-praticadas-1.3327404" target="_self">Caiado faz autocrítica sobre a direita e aponta "burrices praticadas"</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/movimentac-o-de-schreiner-volta-a-destacar-disputa-por-vaga-na-vice-1.3332054" target="_self">Movimentação de Schreiner volta a destacar disputa por vaga na vice</a></div>

Apesar de viver dificuldades para viabilização interna da pré-candidatura na federação União Progressista, que segue em processo de formação entre União Brasil (UB) e PP, Caiado desconsiderou a possibilidade de pedir o apoio do ex-presidente durante a conversa.

As declarações foram dadas pelo governador em entrevista coletiva em Brasília (DF), logo após reunião com os integrantes da bancada federal goiana sobre a PEC da Segurança e o projeto antifacção, ambos enviados ao Congresso Nacional pelo governo federal.

Caiado confirmou a busca pela visita a Bolsonaro, mas considerou que segue sem qualquer resposta so STF. “Não, não tem ainda o retorno. A solicitação foi feita e eu estou aguardando a data que será autorizada a minha ida para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro”, confirmou.

Questionado sobre a intenção do diálogo, o governador apontou que pretende “manter uma conversa”, sem detalhar os assuntos que deverão ser tratados. “Eu sempre tive relacionamento com o presidente. Não tem nenhum fato específico que não seja eu poder conversar com ele. Lógico, eu vou conversar política nacional, vou conversar política de Goiás, vou conversar saúde, sou médico. Vou tratar de todos os assuntos sem o menor problema, porque eu tenho toda tranquilidade, sempre convivi e sempre conversei com ele, independente das posições”, apontou Caiado.

O governador voltou a garantir apoio ao ex-presidente, independente de quando e qual será a decisão sobre apoio a algum nome para a disputa ao Palácio do Planalto em 2026. Apontou ainda que manterá boa relação com Bolsonaro, mesmo na remota hipótese de tê-lo como um dos adversários na próxima eleição, já que o próprio ex-presidente mantém a expectativa de reverter a inelegibilidade e a condenação por tentativa de golpe.

<div attr-cid="policy:1.3333242" attr-version="policy:1.3333242:1762422955" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3333242" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3333242', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3333242">Caiado diz que não tratará de apoio com Bolsonaro (1.3333242)</a></div>

<h2>Cobrança</h2>

“Lógico, sempre existirá (amizade com Bolsonaro). Em todas as minhas entrevistas, a única coisa que eu declaro sempre é que ninguém tem direito de cobrar do ex-presidente Bolsonaro que ele deve apoiar A ou B. É uma posição dele. Ele é dono deste espólio e decide a hora que ele achar que deve decidir. Se vai decidir por algum, se vai decidir por um familiar dele. Isso é um assunto que não está na pauta”, afirmou Caiado.

“Você não tem que forçar ninguém a fazer nada. Ele sabe a hora certa. Isso não é questão de ordem pessoal. A conversa minha com ele é sobre outros assuntos do cenário político. É lógico que falaremos sobre o processo para a eleição em 2026, mas com o maior respeito e entendendo que essa decisão é uma decisão que não pode ser cobrada dele porque é de foro pessoal. Ele decide a hora que ele achar que deve decidir a quem ele deve achar que deve ser o candidato dele”, apontou o governador.

A movimentação para o encontro com Bolsonaro ocorre em meio à defesa de Caiado por estratégia de unificação da direita para as eleições presidenciais, mas com diversificação de nomes ao invés da unificação. Além disso, o encontro deverá tratar de alternativas para reduzir a vantagem do presidente Lula, que experimentou recuperação de avaliação positiva e intenção de votos nos últimos meses, depois dos embates sobre a anistia ao ex-presidente e o tarifaço dos Estados Unidos.

Além disso, a reunião ocorreria antes da provável transferência de Bolsonaro para o presídio da Papuda, também em Brasília. O último encontro presencial entre os dois ocorreu em 19 de junho de 2025, durante o feriado de Corpus Christi, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia.

Na ocasião, eles discutiram articulações políticas locais e a necessidade de uma “frente consolidada” da direita em 2026. Além disso, Caiado argumentou a favor da aliança com o PL no estado, afirmando que “não é o momento” de uma candidatura própria do partido com o senador Wilder Morais.

Outro goiano interessado em visitar Bolsonaro, o deputado federal Gustavo Gayer (PL) teve o segundo pedido negado pelo ministro Alexandre de Moraes, no fim de outubro. A primeira solicitação foi rejeitada ainda em agosto, quando o ministro do Supremo justificou que Gayer era investigado em um inquérito conexo à ação penal da trama golpista e, por isso, a autorização violaria a medida cautelar que proíbe o ex-presidente de manter contato com réus ou investigados em processos relacionados. A justificativa foi mantida no mês passado.

<h3>Terrorismo</h3>

Ainda na entrevista coletiva, o <a href="https://opopular.com.br/politica/governadores-se-reunem-no-rio-e-anunciam-consorcio-da-paz-1.3330749" target="_self">governador voltou a defender a caracterização das facções criminosas</a> como movimentos terroristas e negou que a mudança abriria precedente para operações militares dos Estados Unidos no Brasil. Segundo ele, milícias e traficantes estão “se arvorando em comandar várias áreas do país” e que “isto sim é perda da soberania”.

“Se perda da soberania não for terrorismo, então o que é terrorismo no Brasil? A Brigada Vermelha, na Itália, matou até o primeiro-ministro, mas foi declarada como terrorista. Não houve invasão americana na Itália. Isso é para ter maior celeridade nas operações e um ponto de combate porque declara guerra àquelas pessoas que estão destruindo a soberania do país e escravizando a população”, disse Caiado.

“Isso é só o PT que bota isso na cabeça. Não existe invasão americana. O que existe é nós botamos o exército para também entrar no jogo, que está preparado para fazer o combate. Não tem nada a ver. Isso é conversa de ti-ti-ti. Não existe isso”, considerou o governador.

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