Fabiana Pulcineli

Pesquisa Serpes em Goiânia - Estimulada

Pesquisa Serpes em Goiânia - Espontânea

O ex-deputado federal Sandro Mabel (UB) tem 26,8% e a deputada federal Adriana Accorsi (PT), 22,5%, de intenções de voto na disputa pela Prefeitura de Goiânia, aponta a quinta rodada da pesquisa Serpes/O POPULAR, realizada na quinta-feira (3). O ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL) subiu 10,2 pontos porcentuais em relação ao levantamento divulgado em 20 de setembro e aparece em terceiro lugar, com 17% das intenções de voto.&nbsp;

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Os resultados levantados quatro dias antes das eleições indicam segundo turno entre Mabel e Adriana, mas chamam atenção para o potencial de crescimento do candidato do PL nesta reta final.&nbsp;

O senador Vanderlan Cardoso (PSD) aparece com 11,3%, enquanto os três demais têm menos de dois dígitos: o jornalista Matheus Ribeiro (PSDB) alcança 5,7%; o prefeito Rogério Cruz (SD), 2%; e o professor Pantaleão (UP), 0,5%.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-amplia-frente-contra-adriana-em-cenario-de-2-turno-diz-serpes-o-popular-1.3183390" target="_blank">Mabel amplia frente contra Adriana em cenário de 2º turno, diz SERPES/ O POPULAR</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/pesquisas-apontam-segundo-turno-em-goiania-aparecida-e-anapolis-1.3183316" target="_blank">Pesquisas apontam segundo turno em Goiânia, Aparecida e Anápolis</a></div>

Os dados são da pesquisa estimulada, quando uma cartela com os nomes dos sete candidatos é apresentada ao eleitor. Diante das indicações, 10,3% ainda se disseram indecisos e 4% pretendem anular o voto.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3183374" attr-version="policy:1.3183374:1728088027" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3183374" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3183374', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3183374">Pesquisa Serpes em Goiânia - Estimulada (1.3183374)</a></div>

No retrato dessa rodada, Mabel tem 31,24% dos votos válidos, que é o cálculo que define o resultado das eleições, desconsiderando brancos e nulos. Adriana alcança 26,22% dos válidos e Fred, 19,81%. Vanderlan tem 13,17%. Para vencer no primeiro turno, o candidato tem de alcançar 50% mais 1 dos votos válidos.

Na comparação com a rodada anterior, Mabel teve o segundo maior crescimento, de 6,5 pontos porcentuais, abrindo maior vantagem sobre Adriana. No levantamento de setembro, ele aparecia com 20,3% e ela com 20%. Agora, ela oscilou positivamente 2,5 pontos. A diferença entre os dois passa a 4,3 pontos porcentuais, considerada ainda dentro da margem de erro, que é de 4 pontos para mais ou para menos.

Vanderlan e Rogério tiveram&nbsp;variações negativas, com 3,5 pontos e 3,8 pontos a menos, respectivamente. Matheus oscilou meio ponto para cima. Já o índice de indecisos caiu pela metade: eram 21% e agora são 10,3%.&nbsp;

Pesquisas internas dos partidos já indicavam crescimento de Fred nesta reta final, especialmente após a vinda do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para comício em Goiânia no dia 24 de setembro. O ex-deputado intensificou a estratégia de se colocar como “verdadeiro candidato da direita”, com críticas a Mabel, e de fazer ataques ao PT de Adriana. No debate da TV Anhanguera, na quinta-feira, ele escolheu a petista para as suas perguntas nos quatro blocos, sempre usando temas nacionais.

<h2>Expectativa</h2>

O instituto Serpes também perguntou ao eleitor quem ele acha que ganhará as eleições para o Paço Municipal, independentemente de seu voto: 39,3% responderam Mabel. Adriana foi citada por 16,6% e Fred, por 12,8%. Vanderlan é aposta para apenas 9,8%, Matheus para 2,5% e Rogério para 1%. Não houve citações a Pantaleão. Outros 18% dos entrevistados não responderam.

Em outra questão, o eleitor foi perguntado sobre qual é o candidato mais preparado para lidar com os problemas de Goiânia. Mabel também está em primeiro lugar, com 30,1%. Adriana é o nome com maior preparo para 19,5% e Vanderlan, para 14,8%.&nbsp;

Fred fica em quarto lugar, citado por 11%. Matheus e Rogério têm 2,8% e 2%, respectivamente. Pantaleão novamente não teve citação. Os eleitores que não responderam somam 10,5% e aqueles que indicaram nenhum deles representam 9,3%.&nbsp;

O instituto também apurou segunda opção de voto dos eleitores: Mabel é alternativa para um quarto (24,8%). Adriana é citada por 15,8%, Fred por 12,5% e Vanderlan por 11,5%. Matheus tem 7,7%. Rogério e Pantaleão, aparecem com 1,2% e 0,8%.

O Serpes ouviu 601 eleitores. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral (protocolo GO-04964/2024), conforme determina a legislação.&nbsp;

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<h3>Grupos</h3>

Na pesquisa estimulada, Mabel tem mais votos entre homens, enquanto tem praticamente o mesmo índice de Adriana no eleitorado feminino. Entre eles, o candidato do UB aparece com 29% contra 20,2% para Adriana. Já entre mulheres, Mabel tem 24,9% e a petista, 24,3%.&nbsp;

Na divisão por faixa etária, o ex-deputado federal alcança 28,2% entre os mais jovens (de 16 a 24 anos) e cai a 24,4% no grupo de idosos (60 anos ou mais). Neste último universo, Adriana chega a 28,3%, mas desce a 19,7% entre os jovens.

Já na estratificação por escolaridade, Mabel vai a 30,1% no grupo que cursou apenas ensino fundamental. No universo de eleitores com curso superior, há empate triplo: o candidato do UB tem 24,9%; Adriana, 22,6% e Fred alcança 20,9% - única faixa em que ele passa 20% das intenções de voto. No grupo de ensino fundamental, o candidato do PL cai a 11%.&nbsp;

Na divisão por renda familiar mensal, Adriana dispara no grupo mais rico (mais de R$ 10 mil), chegando a 37%. Mabel e Fred aparecem neste universo com o mesmo índice: 22,2% para cada. Vanderlan tem apenas 5,6%.

Já entre os mais pobres (até R$ 3 mil), Mabel registra 27,8%, enquanto a petista tem 19,7% e Fred, 15,8%.

O porcentual de indecisão é maior entre eleitores de ensino fundamental (13,2%), com menor renda (12,8%) e idosos (14,2%).&nbsp;

<h3>Espontânea</h3>

Na pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, Mabel aparece com 25,3% e Adriana, com 20,6% - uma diferença de 4,7 pontos porcentuais. Fred tem 15,6% e Vanderlan, 10%.

A essa altura, a pesquisa espontânea indica os votos consolidados dos candidatos. O índice de indecisos já é bem menor, de 17,5%, com redução de quase 20 pontos na comparação com a rodada de setembro.&nbsp;

Ainda sobre o levantamento anterior, Fred subiu 10,1 pontos porcentuais e Mabel, 8,5 pontos. Adriana variou positivamente 4,1 pontos.&nbsp;

Matheus aparece com 4,7% e Rogério, 2%. Pantaleão tem apenas 0,3%. A variação do prefeito foi de 2,2 pontos negativos.

&nbsp;

Mabel (26,8%) e Adriana (22,5%) seguem liderando, diz SERPES/ O POPULAR

Política

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Matéria - Política

Eleições 2024

Web: Mabel admite alongar calamidade na Saúde para 2026

A Prefeitura de Goiânia confirmou a continuidade do decreto de calamidade pública no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) <a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-pede-a-alego-renovac-o-de-calamidade-na-saude-por-6-meses-1.3348356" target="_self">por mais seis meses a partir de 1º de janeiro</a>. A proposta de prorrogação encaminhada pelo prefeito Sandro Mabel (UB) foi aprovada pelo plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) por 24 votos favoráveis e 6 contrários, além da abstenção do deputado estadual Ricardo Quirino (Republicanos). A matéria deverá ter deliberação definitiva nesta quarta-feira (17).

O posicionamento da maioria dos parlamentares seguiu orientação do líder da base do governador Ronaldo Caiado (UB) na Casa, Talles Barreto (UB), e contrariou manifestação apresentada pelo presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Joaquim de Castro, pela reprovação do pedido. O posicionamento foi apresentado durante audiência pública sobre o tema realizada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que contou também com a participação dos secretários da Fazenda, Valdivino Oliveira, e de Saúde, Luiz Pellizzer.

O debate foi resultado de acordo entre deputados da base e da oposição com o presidente Bruno Peixoto (UB), que articulou pela aprovação do pedido de Mabel. Durante o encontro, Oliveira reforçou que, encerrado o período de calamidade nas finanças, a pasta da saúde mantém dificuldades por dívidas não contabilizadas que tiveram empenhos cancelados pela gestão anterior.

<ul style="padding-right: 0px; padding-left: 0px; margin: 0px 0px 5.5px 25px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 11px;">
	<li>Saiba mais sobre o recurso na CBN Goiânia:&nbsp;<a href="https://www.cbngoiania.com.br/tarde-cbn/na-trilha-da-politica/calamidade-financeira-volta-a-pauta-e-estado-cobra-recursos-da-saude-1.3321706" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_self">Calamidade financeira volta à pauta e estado cobra recursos da saúde</a></li>
</ul>

“A saúde ainda tem problemas que dificilmente se resolvem no curto prazo. É justamente essa conta, que a gente apelida de conta do pendrive, que incomoda a saúde. A administração anterior entendeu por bem cancelar esses empenhos e deixar a dívida para a gente pagar. Ora, quando você tem uma dívida, que não está empenhada, não está inscrito em restos a pagar, é evidente que o Tribunal de Contas não tem conhecimento dessas dívidas e nós temos que encontrar a solução”, apontou o secretário.

A defesa foi reforçada por Pellizzer, que citou a existência de R$ 711 milhões em dívidas, sendo que R$ 350 milhões estavam empenhados. “Essas não empenhadas impedem a capacidade da gestão atual de continuar exercendo as coisas que são necessárias ao dia a dia”, afirmou.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/alego-suspende-tramitac-o-de-calamidade-apos-bate-boca-1.3348939" style="font-size: 12px;" target="_self">Alego suspende tramitação de calamidade após bate-boca</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-pede-a-alego-renovac-o-de-calamidade-na-saude-por-6-meses-1.3348356" style="font-size: 12px;" target="_self">Mabel pede à Alego renovação de calamidade na Saúde por 6 meses</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/mabel-assina-prorrogac-o-da-calamidade-publica-na-saude-1.3348146" style="font-size: 12px;" target="_self">Mabel assina prorrogação da calamidade pública na saúde</a></div>

Joaquim de Castro, no entanto, reforçou que o TCM já realizou pedidos para ter acesso aos dados de dívidas não empenhadas e definiu posição contra a <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/mabel-assina-prorrogac-o-da-calamidade-publica-na-saude-1.3348146" target="_self">renovação da calamidade na saúde</a>. “O tribunal não tem realmente esses dados, mas não foi por falta de pedir. Já solicitamos inúmeras vezes e essa é uma dificuldade que o tribunal tem para avaliar tudo isso que o secretário Valdivino e o secretário de Saúde apontaram aqui”, disse.

“De forma técnica, técnica, o tribunal não tem como, me desculpe aqui o Valdivino, o secretário, o prefeito, concordar com a prorrogação da calamidade. É uma questão mais de gestão. Não se pode utilizar o órgão de controle para fazer negociação com fornecedor. Nós não podemos fazer isso”, definiu o presidente do tribunal. “O prazo foi dado esse ano todo para resolver”, concluiu, em referência à manutenção da calamidade ao longo de 2025, com renovação em julho.

<div attr-cid="policy:1.3342606" attr-version="policy:1.3342606:1764243139" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3342606" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3342606', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3342606">Web: Mabel admite alongar calamidade na Saúde para 2026 (1.3342606)</a></div>

Questionado pela reportagem, Mabel não descartou a possibilidade de pedir a renovação da calamidade na saúde pela terceira vez, em junho de 2026. O gestor apontou expectativa de que os próximos seis meses sejam suficientes.

“Nós esperamos que sim. Veja que a calamidade financeira nós conseguimos superar, mesmo ainda apertados. Agora, essa da saúde é muito grave. Não sei se vai precisar de mais tempo depois. Estamos trabalhando e melhorando a arrecadação. Se não precisar, a gente não pede”, considerou o prefeito.

Após a primeira votação em plenário do terceiro prazo de seis meses, o líder do governo apontou que o Paço teria dificuldades para alcançar a aprovação de um novo pedido. “Aí ele vai ter que ter uma justificativa um pouco mais robusta e mais pontual em relação a isso. Acho que um ano e meio está mais do legítimo e correto, mas está na hora de regularizar a casa e acredito que aí poderemos ter um pouco mais de dificuldade aqui na Casa”, antecipou Talles.

Alego rejeita parecer do TCM e aprova renovação da calamidade na Saúde

Prefeitura de Goiânia 

A inspeção do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DenaSUS) revelou queda de 85% na produtividade das maternidades municipais de Goiânia. Os dados foram avaliados do primeiro semestre deste ano em relação a 2024. De acordo com o documento, a produção das unidades caiu 15% em 2024 na comparação a 2023. Já no primeiro semestre de 2025, a redução ultrapassou 80% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A auditoria identificou queda da média mensal de partos em 2024 e 2025 em relação a 2023, com <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-da-cileide/sus-confirma-reduc-o-de-servicos-de-maternidades-municipais-e-pede-devoluc-o-de-r-2-7-milh-es-1.3350709" target="_self">redução de 15% na Maternidade Dona Iris em 2024</a> comparado a 2023 e, em 2025, queda de 84% na média mensal (de 388 para 63 partos). Na Maternidade Célia Câmara, o relatório aponta que em 2025 a diminuição mensal foi de 20% em relação a 2024. Na Nascer Cidadão, houve redução de 17% no mesmo período.

A auditoria analisou a aplicação de recursos federais de média e alta complexidade em três unidades sob gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), o Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) e a Maternidade Nascer Cidadão. O período auditado foi de janeiro de 2023 a junho de 2025. Segundo o relatório, 92% dos serviços avaliados apresentaram inconformidades em relação às normativas do SUS (veja quadro).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-da-cileide/sus-confirma-reduc-o-de-servicos-de-maternidades-municipais-e-pede-devoluc-o-de-r-2-7-milh-es-1.3350709" target="_self">SUS confirma redução de serviços de maternidades municipais e pede devolução de R$ 2,7 milhões</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/saude-municipal-descumpre-metas-emergenciais-aponta-tcm-1.3346359" target="_self">Saúde municipal descumpre metas emergenciais, aponta TCM</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-nega-pedido-para-barrar-contratac-o-de-oss-para-gerir-as-maternidades-de-goiania-1.3305102" target="_self">Justiça nega pedido para barrar contratação de OSs para gerir as maternidades de Goiânia</a></div>

Ainda foi identificada a necessidade de devolução de R$ 2,5 milhões da Prefeitura para o Fundo de Saúde por serviços que não foram prestados. No HMMCC, o DenaSUS identificou a inatividade de 30 leitos de UTI Adulto 2 por 157 dias, apesar desses leitos constarem como habilitados e aptos a receber recursos federais. Por essa razão, o órgão determinou a devolução de R$ 2.578.725,00 ao Fundo Nacional de Saúde, com acréscimos legais. Segundo o diretor nacional do DenaSUS, Rafael Bruxellas, os recursos foram repassados pelo Ministério da Saúde, mas não se converteram em serviços efetivamente prestados à população.

A assessoria de imprensa da SMS informou que ativou 10 leitos no Célia Câmara neste ano. A pasta espera ser notificada pelo DenaSUS para apresentar defesa e deve alegar que oferece os leitos restantes nas outras maternidades.

Em entrevista, a diretora-executiva da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape), Lucilene Sousa, disse que as suspensões de serviços sempre foram comunicadas à SMS e que os recursos federais nunca foram repassados diretamente à fundação, mas ao município. Segundo ela, a redução dos valores repassados às maternidades e a falta de um plano de gestão inviabilizaram a manutenção dos serviços, situação que, segundo a Funape, está registrada na auditoria.

Durante a apresentação do relatório, a vereadora Aava Santiago (PSDB) afirmou que a Câmara de Goiânia acionará formalmente os órgãos de controle. Segundo ela, o repasse do Ministério da Saúde continuou chegando à pasta municipal, mas não virou atendimento à população. “Vamos acionar o Ministério Público, especialmente a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, para entender para onde foi esse recurso e também os tribunais de contas, para apurar por que tanto a gestão anterior quanto a atual falharam na fiscalização.”

A auditoria foi ampliada a pedido do prefeito Sandro Mabel (UB) e abrangeu gestões anteriores e a atual, o que, segundo o DenaSUS, evidencia um problema estrutural e não restrito a um único período administrativo. O relatório agora será encaminhado a áreas técnicas do Ministério da Saúde e pode resultar na abertura de tomada de contas especial, caso a devolução dos recursos não seja efetivada.

O relatório final foi apresentado nesta terça-feira (16) à Câmara, pelo diretor nacional do órgão, Rafael Bruxellas, em sessão convocada por Aava Santiago, que em março solicitou a apuração ao Ministério da Saúde. Em nota, a SMS informou que, após a mudança do modelo de gestão e a contratação emergencial de organizações sociais (OSs), houve a retomada dos atendimentos. Segundo a pasta, entre setembro e novembro foram realizados 14.501 atendimentos de urgência e emergência, 7.704 internações e 2.151 partos, o que demonstra o pleno funcionamento das unidades.

O DenaSUS recomendou à Prefeitura a criação imediata de uma comissão permanente de fiscalização, a apresentação de um plano de ação para correção das falhas e o acompanhamento das medidas por um período inicial de seis meses. Frank Cardoso, representante da SMS, afirma que o DenaSus trouxe apontamentos que a secretaria já havia identificado e que o material vai ser analisado “para uma identificação de possíveis novos fatos e possíveis novos ajustes que esta secretaria, caso entenda como necessários, adotará também as medidas para correção”.

Atualmente a SMS trabalha para concluir o novo chamamento público para contratar OSs que administrarão as três unidades de saúde. Hoje, o Instituto Patris é responsável pelo HMDI; a Sociedade Beneficente São José (SBSJ), pelo HMMCC; e a Associação Hospital Beneficente do Brasil (AHBB), pela Nascer Cidadão. Todos são contratos emergenciais, com duração de apenas 180 dias.

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Produtividade de maternidades cai e Goiânia pode ter de devolver R$ 2,5 milhões

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Saúde

Em relatório final de auditoria realizada nas três maternidades da Prefeitura de Goiânia, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS) revelou a redução de 15% da produção das unidades em 2024, em comparação com 2023, e de 85% no primeiro semestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. O relatório foi apresentado nesta terça-feira (16) por Rafael Bruxelas, diretor do DenaSUS, durante sessão na Câmara de Goiânia, a convite da vereadora Aava Santiago (PSDB), que também solicitou em março a realização da auditoria.

O documento revela que o DenaSUS constatou inconformidades de 92% entre os serviços prestados pelo Hospital e Maternidade Célia Câmara e pelas Maternidades D. Iris e Nascer Cidadão em relação às normativas do SUS. Também revelou que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia tem convênio para a oferta de 30 leitos adultos na Célia Câmara, mas que esses leitos ficaram inativos. Por isso, o DenaSUS solicitou à prefeitura a devolução de R$ 2,678 milhões para a Fundação Nacional de Saúde (FNS).

Em contato com essa coluna, a assessoria de imprensa da SMS informou que ativou 10 leitos no Célia Câmara neste ano. A secretaria espera ser notificada pelo DenaSUS para apresentar sua defesa. Ela pretende alegar que oferece os leitos restantes nas outras maternidades.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/apos-desgaste-de-projeto-do-ipasgo-governador-afaga-deputados-da-base-1.3350359" target="_self">Após desgaste de projeto do Ipasgo, governador afaga deputados da base</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/hemodialise-ganha-terceiro-turno-na-santa-casa-de-misericordia-1.3350336" target="_self">Hemodiálise ganha terceiro turno na Santa Casa de Misericórdia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-da-cileide/em-resposta-a-caiado-ministro-da-saude-diz-que-governo-lula-n-o-entra-em-conflito-com-governadores-1.3350178" target="_self">Em resposta a Caiado, ministro da Saúde diz que governo Lula não entra em conflito com governadores</a></div>

Questionada se pretende ativar os leitos restantes no Célia Câmara, a secretaria disse que só vai decidir depois de concluir o novo chamamento público para contratar Organizações Sociais (OSs) para administrar as três unidades de saúde. Atualmente o Instituto Patris administra a Maternidade D. Iris, a Sociedade Beneficente São José (SBSJ), a Célia Câmara, e a Associação Hospital Beneficente do Brasil (AHBB), a Nascer Cidadão, mas em contratos emergenciais, com duração de apenas 180 dias.

O relatório aponta ainda falhas no monitoramento da execução contratual, na análise das prestações de contas da Fundahc e o descumprimento de normas legais, portarias ministeriais e cláusulas contratuais. As irregularidades, segundo o DenaSUS, são passíveis de desdobramentos junto a órgãos de controle, como Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Ministério Público de Contas.

&nbsp;

Atendendo a pedido do prefeito Sandro Mabel (UB), o DenaSUS investigou o período de 2023 a julho de 2025, já que Aava Santiago tinha solicitado apenas a apuração dos primeiros meses da atual gestão. Em entrevista à imprensa, Rafael Bruxelas afirmou que DenaSUS entregava um relatório com recomendações e indicação de caminhos para a SMS sanar os problemas identificados, como a formação de uma comissão de fiscalização para assegurar a correta execução dos convênios firmados da SMS e os prestadores de serviço das três maternidades. Aliás a falta de um comitê de fiscalização foi um dos problemas apontados pela auditoria.

Em nota enviada a esta coluna, a SMS afirmou que o documento apresentado hoje na Câmara atestou o “cenário de graves interrupções de serviços, desabastecimento de insumos e medicamentos e desassistência às gestantes e aos bebês, situação continuamente apontada pela atual gestão”. Lembrou que esses fatos são do início do ano, quando as maternidades estavam sob gestão da Fundahc e que, por conta desses problemas, mudou o modelo de gestão, afastando a fundação e nomeando as três OSs.

Segundo a nota, “entre os meses de setembro e de novembro deste ano, após a mudança de gestão nas maternidades, foram realizados 14.501 atendimentos de urgência e emergência, 7.704 internações e 2.151 partos, o que atesta o pleno funcionamento dos serviços”. A SES informou ainda que dívidas herdadas da gestão anterior com a Fundahc foram renegociadas e estão sendo pagas conforme acordo firmado com a fundação e o Ministério Público.

Até o fechamento dessa reportagem a Fundahc ainda não tinha se manifestado.

SUS confirma redução de serviços de maternidades municipais e pede devolução de R$ 2,7 milhões

Opinião

Opinião - título

Cileide Alves

Matéria - Opinião - Cileide

Chega Pra Cá

<img attr-cid="policy:1.3257740" attr-version="policy:1.3257740:1745889224" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3257740/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Jóquei Clube, localizado na Avenida Anhanguera, conta com 11,4 mil metros quadrados de área construída (Diomício Gomes / O Popular)

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/mabel-anuncia-desapropriac-o-do-joquei-1.3257637" target="_blank">anunciou em abril deste ano</a> a edição de um decreto para desapropriação do Jóquei Clube, como parte das ações voltadas à revitalização do Centro da capital. A proposta da Prefeitura é dar nova função ao espaço, localizado na Avenida Anhanguera e abandonado há mais de 10 anos, com a possibilidade de implantação de um centro cultural e de lazer ou, ainda, de um hub de inovação e tecnologia.&nbsp;

O imóvel possui 11,4 mil metros quadrados de área construída e foi projetado pelo arquiteto e urbanista Paulo Mendes da Rocha, referência nacional na arquitetura. Segundo o Paço, a desapropriação poderia ocorrer por meio da compensação de uma dívida do clube com o município.&nbsp;

Ao longo do ano, chegaram a ser discutidas, em reuniões com gestores do Banco do Brasil (BB), alternativas como a instalação de um Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), a exemplo do que ocorre em outras capitais. As conversas, no entanto, não avançaram.&nbsp;

Após estudos técnicos da Secretaria Municipal de Planejamento, o decreto de desapropriação <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/mabel-assina-decreto-para-desapropriac-o-do-joquei-1.3289920" target="_blank">foi publicado em 18 de julho.</a> O texto menciona a necessidade de “preservação dos monumentos históricos e requalificação do centro da cidade” e prevê que o município poderá alegar urgência para a imissão na posse dos bens. Também estabelece que os recursos necessários serão garantidos no Orçamento Anual do município.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3259522" attr-version="policy:1.3259522:1765907609" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3259522/g-ja2-exibido-29-04-2025-frame-32382.png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Espaço está abandonado há mais de 10 anos (Reprodução/TV Anhanguera)

Na justificativa apresentada, a Secretaria Municipal de Cultura afirmou que o imóvel deverá ser destinado a atividades culturais, educacionais ou de lazer, com foco no interesse coletivo e na preservação da memória e dos valores urbanos de Goiânia.&nbsp;

Na ocasião, Mabel disse que ainda não havia definição sobre quem seria responsável pela gestão do espaço, caso permaneça sob administração municipal. Mais recentemente, o prefeito passou a defender a criação de um “palácio dos games” ou a implantação de um hub de inovação e tecnologia, sem descartar usos culturais no local.&nbsp;

<h2>Posse e pagamento&nbsp;</h2>

O prefeito&nbsp;reafirou&nbsp;ao POPULAR que não pretende desembolsar valores pela desapropriação, defendendo a compensação com as dívidas acumuladas pelo Jóquei Clube junto ao município.&nbsp;

Neste mês, a juíza Raquel Rocha Lemos, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal, acolheu pedido da Prefeitura e autorizou a imissão na posse dos imóveis do antigo Jóquei Clube de Goiás. A decisão condiciona a medida a um depósito judicial prévio de R$ 55,4 milhões, valor estimado dos imóveis.&nbsp;

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Jóquei Clube (Wesley Costa / O Popular)

A Prefeitura, porém, informou que pretende utilizar o prazo de 30 dias concedido pela magistrada para tentar firmar um acordo ou efetivar a compensação de débitos do clube, calculados em R$ 50,6 milhões.&nbsp;

A ação foi protocolada em 18 de novembro, após o município relatar fracasso nas tentativas iniciais de negociação com a direção do Jóquei. No processo, a gestão municipal afirmou manter tratativas avançadas com a entidade para formalizar um acordo de desapropriação no âmbito do Núcleo de Conciliação e Mediação da Procuradoria-Geral do Município (PGM), buscando alinhar o pagamento da indenização com a retenção e compensação de débitos tributários e não tributários.&nbsp;

Também em novembro, a Justiça determinou que a atual gestão do Jóquei Clube&nbsp;convoquesse, em até 15 dias, <a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-determina-que-joquei-clube-de-goias-convoque-eleic-es-em-ate-15-dias-1.3339094" target="_blank">assembleia geral para eleição da diretoria,</a> do conselho deliberativo e do conselho fiscal que atuarão no biênio 2026–2028. A decisão apontou urgência na medida diante do risco de prejuízo ao patrimônio da associação, já que o processo de desapropriação ocorre sob uma diretoria com mandato expirado.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/mabel-assina-decreto-para-desapropriac-o-do-joquei-1.3289920" target="_blank">Mabel assina decreto para desapropriação do Jóquei</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/prefeitura-de-goiania-obtem-posse-do-terreno-do-joquei-na-justica-1.3349524" target="_blank">Prefeitura de Goiânia obtém posse do terreno do Jóquei na Justiça</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/governo-de-goias-n-o-deve-recuar-em-compra-do-predio-da-caixa-1.3349915" target="_blank">Governo de Goiás não deve recuar em compra do prédio da Caixa</a></div>

<h2>Construção de duas torres&nbsp;</h2>

De forma paralela e ao mesmo tempo integrada, o governo estadual trabalha para a implantação de um novo centro administrativo na região central de Goiânia, com a <a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-determina-que-joquei-clube-de-goias-convoque-eleic-es-em-ate-15-dias-1.3339094" target="_blank">construção de duas torres no estacionamento do Jóquei</a> e a compra do prédio onde funciona a superintendência da Caixa Econômica Federal, imóvel vizinho à área.&nbsp;

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Prédio da Funcef onde funcionava a superintendência da Caixa: governo de Goiás fará novo centro administrativo no local (Wesley Costa / O Popular)

A proposta de utilizar o estacionamento do Jóquei foi levada a Mabel em 21 de março, na primeira visita do vice-governador Daniel Vilela (MDB) ao Paço Municipal. Na ocasião, conforme mostrou O POPULAR, o Vilela afirmou que o governo tinha interesse em parcerias no programa de requalificação do Centro, em meio às discussões de revisão do projeto Centraliza, que havia sido enviado à Câmara na gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (SD).&nbsp;

Mabel confirmou à repórter do POPULAR, Fabiana&nbsp;Pulcineli, que deu sinal positivo à solicitação do Estado, mas afirmou que ainda não havia definição sobre os termos da negociação.&nbsp;&nbsp;

A estimativa é de que cerca de R$ 400 milhões sejam investidos na construção das duas torres. O complexo teria custo inicial em torno de R$ 500 milhões, embora informações de bastidores indiquem que o valor total possa chegar a R$ 1 bilhão.&nbsp;

Já é certo que a Prefeitura fará a cessão do terreno do estacionamento para o governo estadual. Porém, o Estado defende assumir todo o terreno, incluindo a responsabilidade pela revitalização da sede histórica do antigo clube.&nbsp;

<h2>MP contra a compra de prédio com verba da Saúde&nbsp;</h2>

O POPULAR mostrou que o governo de Goiás sinaliza que <a href="https://opopular.com.br/politica/governo-de-goias-n-o-deve-recuar-em-compra-do-predio-da-caixa-1.3349915" target="_blank">não recuará da compra do prédio da Caixa,</a> mesmo diante da recomendação do Ministério Público Estadual (MP-GO), expedida na última sexta-feira (12), pela suspensão da aquisição do imóvel. A principal justificativa apontada nos bastidores é de que "não há inconsistências" no processo de compra e de <a href="https://opopular.com.br/politica/estado-remaneja-verba-da-saude-para-a-compra-do-predio-da-caixa-em-goiania-1.3345264" target="_blank">remanejamento de recursos da Saúde.</a>&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3349914" attr-version="policy:1.3349914:1765763961" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3349914/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Prédio da Caixa na Avenida Anhanguera: governo de Goiás prevê término do processo de compra em 2026 (Wildes Barbosa)

No início deste mês, houve avançou o processo de compra do prédio da Caixa, com remanejamento de recursos da área da Saúde. O valor total do imóvel é de R$ 102 milhões, sendo R$ 82,4 milhões oriundos do cancelamento de verbas do Fundo Estadual de Saúde (FES) e R$ 19,5 milhões do Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (FEDC).&nbsp;

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que a realocação das dotações reflete uma gestão orçamentária eficiente e que há acompanhamento periódico dos saldos, permitindo o remanejamento de recursos para outras áreas sem prejuízo às ações de saúde já planejadas.&nbsp;

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Entenda o processo de desapropriação do Jóquei

REVITALIZAÇÃO DO CENTRO  

O Popular