Rubens Salomão

WEBSTORIES: Adonídio Neto

O auditor fiscal do estado, Adonídio Neto Vieira Júnior, assumirá em janeiro o comando foi Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços (Sedicas). A terceira mudança de titular da pasta no primeiro ano de gestão foi confirmada pelo prefeito Sandro Mabel (UB) ao POPULAR nesta segunda-feira (29). O nome foi indicado pelo Fórum Empresarial e a confirmação da posse, segundo Mabel, já conta com a autorização do governador Ronaldo Caiado (UB), já que Adonídio é servidor público estadual.

“Já o conheço há muito tempo, pela qualidade do serviço e competência técnica que ele prestou no governo estadual, com investimentos importantes. Conversei com o governador Ronaldo Caiado para saber se haveria algum problema e ele disse que não teria. Então, <a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-da-posse-a-vitti-com-desafio-para-a-gerac-o-de-empregos-em-goias-1.2187531" target="_self">o Adonídio já começa com a gente no início do ano que vem”, informou o prefeito</a>.

Mabel admitiu a falta de resultados da secretaria, atualmente sem titular e que foi chefiada por Diogo Franco e Bárbara Jullienny de Sousa. “A gente precisa movimentar isso, porque essa secretaria não avançou um milímetro no primeiro ano. Foi avanço zero e um ponto fraco da administração neste ano”, disse.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/auditor-fiscal-adonidio-neto-e-convidado-para-assumir-a-sedicas-em-goiania-1.3355141" target="_self">Auditor fiscal Adonídio Neto é convidado para assumir a Sedicas em Goiânia&nbsp;</a> 
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Além da atuação de carreira como auditor fiscal, na Secretaria Estadual da Economia, Adonídio Neto assumiu a Secretaria Estadual de Indústria e Comércio (SIC), em 2020, após a saída do então secretário, hoje senador, Wilder Morais (PL). Depois, também atuou como Subsecretário de Políticas Públicas para Obras da Secretaria Estadual de Infraestrutura.

“Tem investimentos para trazer e para consolidar. É preciso buscar as pessoas e eu quero fazer aqueles mini distritos industriais nos bairros para a gente poder levar o trabalho onde estão as pessoas, porque é preciso ter emprego. Temos que montar os arranjos produtivos locais, como no Jardim Guanabara, na Região Norte. Temos um monte de coisas para fazer que até agora estão só no plano. Isso precisa sair do papel”, apontou Mabel.

Questionado sobre a ausência de avanço no trabalho da secretaria ao fim do primeiro ano de mandato, o prefeito negou que os problemas tenham sido causados por más indicações políticas. Diogo Franco é irmão do ex-líder do Paço na Câmara Municipal, Igor Franco (MDB), e deixou o cargo em meio à crise <a href="https://opopular.com.br/politica/cei-aprova-relatorio-antes-do-fim-de-prazo-e-sem-indiciamentos-1.3353115" target="_self">gerada pelo vereador no processo que levou à instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI)</a> do Limpa Gyn.

“Peso”

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“Só teve a indicação do Igor Franco e depois assumiu a que era secretária-executiva e ela continuou. Não tinha nenhuma indicação política. Queria arrumar um cara de peso e que tivesse essa capacidade. Foi o que pedi ao Fórum Empresarial, que foi dando sugestões e nós chegamos ao Adonídio”, disse o prefeito.

O Fórum das Entidades Empresariais de Goiás (FEE-GO) manifestou, por meio de nota pública, o “integral e irrestrito apoio” à indicação de Adonídio Neto para chefiar a Sedicas. As entidades apontam que a pasta tem “necessidade de um gestor com profundos conhecimentos nas áreas econômicas e fiscais que regem o desenvolvimento urbano e regional”.

O texto aponta que a trajetória do indicado garante a “expertise necessária para fomentar um ambiente de negócios atraente para novos investimentos, com capacidade rara de equilibrar o rigor técnico com a sensibilidade política necessária para ouvir o setor produtivo”.

Mabel confirma auditor em secretaria que 'não avançou um milímetro'

Política

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Matéria - Política

Prefeitura de Goiânia

WEBSTORIES: Câmara 2025

Secretária municipal de Governo da Prefeitura de Goiânia, Sabrina Garcez, afirmou, nesta segunda-feira (29), que a base do prefeito Sandro Mabel (UB) no Legislativo Municipal tem 26 vereadores. “Não vejo uma desidratação, <a href="https://opopular.com.br/politica/camara-preve-gasto-5-vezes-maior-com-viagens-em-2026-1.3328366" target="_self">acabamos o ano com apoio dos vereadores</a>, especialmente do líder (Wellington Bessa, do DC), do presidente (Romário Policarpo, PRD) e aprovando todos os projetos prioritários”, afirmou.

Sabrina disse que o ano foi de colaboração com a Câmara. “Em alguns momentos com mais diálogo, em outros com menos diálogo. Mas se chegamos ao final do ano com essa aprovação dos projetos, é porque os vereadores se empenharam, então, eles também tiveram um papel de protagonismo quanto à forma que a cidade chega ao final do ano”, disse.

Ao longo do ano, Mabel enfrentou dificuldade de aprovação de projetos na Câmara e chegou a retirar matérias de tramitação diante da possibilidade de resultado negativo para o Paço, como ocorreu com a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que só foi aprovada na semana passada. O processo de reestruturação da base começou a dar resultado nos últimos meses de 2025.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/apos-pedido-de-mabel-ccj-aprova-pacote-de-7-projetos-da-prefeitura-1.3345260" target="_self">Após pedido de Mabel, CCJ aprova pacote de 7 projetos da Prefeitura&nbsp;</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/secretaria-diz-que-houve-colaborac-o-com-a-camara-em-2025-1.3355425" target="_self">Secretária diz que houve colaboração com a Câmara em 2025</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/atrasada-tramitac-o-da-ldo-preve-audiencia-no-inicio-da-semana-que-vem-1.3342037" target="_self">Atrasada, tramitação da LDO prevê audiência no início da semana que vem&nbsp;</a></div>

O POPULAR mostrou que, ao longo do primeiro ano da gestão de Mabel, desentendimentos, quebra de expectativa sobre espaço no Executivo e divergência quanto aos rumos da administração levaram ao afastamento de vereadores que apoiaram o prefeito no início da gestão. Os principais casos são de Lucas Vergílio (MDB), Igor Franco (MDB) e Cabo Senna (PRD). Franco foi líder do prefeito entre janeiro e agosto e Senna é presidente da Comissão Mista, um dos colegiados mais importantes da Casa.

Vergílio apoiou a eleição de Mabel, mas se afastou logo nos primeiros meses de gestão. Nos bastidores, a informação é que o vereador buscou apoio do prefeito para se eleger presidente da Câmara, mas Mabel já havia feito compromisso de apoiar Policarpo. O emedebista também pleiteou o comando de uma secretaria, mas também não conseguiu o espaço. Em nota, Vergílio negou a tentativa de articular a presidência da Câmara ou cargos no Executivo e fez críticas à gestão Mabel.

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Secretária diz que houve colaboração com a Câmara em 2025

Mesmo se o projeto de lei que propõe a revogação da Taxa de Limpeza Pública (TLP) for aprovado em segunda votação nesta terça-feira (30), a análise nos bastidores é que dificilmente terá resultado prático. Na semana passada, Thialu Guiotti (Avante), vereador da base, apresentou emenda à matéria, condicionando sua validade à apresentação de um estudo de impacto financeiro, à indicação de medidas de compensação da renúncia de receita e à manifestação favorável da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz). A leitura é que a emenda foi uma manobra para não expor a base ao desgaste de votar contra a revogação da TLP - que ficou conhecida como taxa do lixo -, principalmente diante da possível visibilidade da medida, em um cenário em que parte dos vereadores deve disputar a eleição para deputado estadual ou federal em 2026. A estratégia foi costurada entre parlamentares e o Paço. Ao votarem à favor do novo texto, os governistas irão, em tese, respaldar o fim da taxa, mas a emenda protege o Executivo quanto à perda de arrecadação, já que não há disposição na Prefeitura para tomar as medidas exigidas para que a cobrança seja, de fato, revogada.O projeto é o segundo da pauta da sessão desta terça, conforme publicado no Portal da Transparência da Câmara. Ainda não há consenso sobre o procedimento da análise. Para Guiotti, a matéria não deveria ser votada sem o estudo de impacto financeiro ou a previsão de ações para renúncia de receita.No entanto, em um cenário em que o projeto seja votado e aprovado, a previsão é que o texto seja vetado pelo prefeito Sandro Mabel (UB). Em caso de derrubada do veto, o gestor já afirmou que irá levar o tema à Justiça. O secretário municipal da Fazenda, Valdivino Oliveira, disse ao Giro que, se o veto do prefeito for derrubado, será necessário indicar outra fonte para bancar serviços de limpeza urbana “e isso não existe”. Oliveira argumentou que a Prefeitura teria de retirar recursos de saúde, educação, duodécimo da Câmara e emendas dos vereadores para bancar as despesas. “A lei ficará inócua, sem aplicabilidade. É politicagem pura”, disse o secretário. Líder do prefeito, Wellington Bessa (DC) afirmou na semana passada ao POPULAR que a matéria deve ser aprovada no plenário e disse que deve liberar os membros da base para a deliberação.A secretária de Governo, Sabrina Garcêz, afirmou que a emenda de Guiotti dá garantia aos requisitos exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Nós não podemos abrir mão de receita sem indicar uma fonte substituta e sem demonstrar o impacto que isso vai causar”, argumentou a auxiliar. Sabrina afirmou que o autor do projeto original, Lucas Vergílio (MDB), apresentou estudo de impacto feito por ele mesmo. “Tenho muito respeito pelo vereador Lucas, mas quem faz estudo de impacto são pessoas técnicas, auditores, pessoas que estiveram num concurso, que têm acesso aos dados da Prefeitura”, declarou.A criação da taxa do lixo foi aprovada pela Câmara no final de 2024, na gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (SD), mas em articulação liderada por Mabel, que, na época, era prefeito eleito. Cruz terminou seu mandato em meio a uma série de desgastes, como a intervenção do estado na Secretaria Municipal de Saúde. Neste contexto de crise, ele precisou ser convencido por interlocutores de Mabel a sancionar a lei ainda em 2024. Leis que tratam da cobrança de um novo tributo precisam ser publicadas no ano anterior ao início da arrecadação.De acordo com Oliveira, a previsão é terminar 2025 com arrecadação de R$ 100 milhões referente à taxa do lixo. Para 2026, a estimativa é de R$ 187 milhões. O tributo começou a ser cobrado em julho deste ano.TramitaçãoO projeto de lei original de revogação da taxa do lixo foi apresentado em abril por Vergílio, que se declara independente, mas atuou como oposição ao longo de 2025. Em junho, Igor Franco (MDB), na condição de líder do governo, foi relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e apresentou parecer pelo arquivamento, que foi aprovado.Em agosto, o plenário aprovou recurso para que a matéria fosse encaminhada à CCJ para desarquivamento. Em seguida, a comissão confirmou a reanálise da matéria e a aprovou. A proposta foi aprovada em primeira votação no plenário no dia 28. Na época, o contexto era de criação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn. O avanço da revogação da taxa do lixo e a criação do CEI foram possíveis por causa da articulação em unidade do “grupo dos 16”, que contava com vereadores independentes e da base (o grupo perdeu força nos últimos meses do ano). O movimento contrário aos interesses do Paço foi visto como uma resposta de insatisfação da base diante do menor espaço para indicação de comissionados na estrutura do Executivo e demora na liberação de emendas impositivas. As medidas levaram à retirada de Franco do posto de líder. Ele foi substituído por Bessa, quando o Paço deu início a um processo de reestruturação da base. Na Comissão de Finanças, Orçamento e Economia, o relatório de Coronel Urzêda (PL), favorável à aprovação, foi apresentado em outubro, mas a matéria só foi votada em 19 de dezembro. A proposta entrou na pauta do plenário no dia 23, por inclusão e inversão (manobra usada para colocar em votação um projeto não previsto anteriormente), para a última votação.Foi nesta oportunidade que Guiotti apresentou a emenda, medida que fez o projeto voltar à CCJ. Na sexta-feira (26), a comissão aprovou a sugestão de mudança apresentada por Guiotti. Com isso, a matéria retorna ao plenário para a segunda votação. A reportagem tentou, sem sucesso, um posicionamento de Vergílio sobre o tema.

Revogação da taxa do lixo não deve ter efeito prático

Câmara de Goiânia

O plenário da Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em primeiro turno, durante sessão extraordinária realizada nesta segunda-feira (29), o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, encaminhado pelo Executivo. A proposta deve ser apreciada em definitivo esta terça-feira (30), na última sessão legislativa do ano. O orçamento prevê receita e despesa estimadas em mais de R$ 10,8 bilhões.Entre as emendas aprovadas está a adequação do texto à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), confirmada pelo líder do governo, Wellington Bessa (DC), que manteve em 23% o índice de remanejamento orçamentário autorizado ao prefeito Sandro Mabel (UB).O montante estabelecido às emendas impositivas (recursos destinados pelos vereadores às suas bases) ficou em R$ 5 milhões por parlamentar.O texto recebeu 58 sugestões dos vereadores ao passar pela análise da Comissão Mista, mas o relator, Pedro Azulão Jr. (MDB), acatou apenas seis. Uma delas prevê R$ 3 milhões para ações de propaganda da gestão municipal junto a clubes de futebol, por emenda do presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD). A justificativa aponta a utilização do recurso para divulgar programas e projetos estratégicos, mas também inserções publicitárias relacionadas aos clubes profissionais de futebol da capital.Além disso, mudança estabelecida por Oséias Varão (PL) propõe a ampliação das áreas passíveis de receber recursos de subvenções sociais e outra trata do reforço orçamentário para a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, por emenda de Thialu Guiotti (Avante), e autorização para o Executivo promover remanejamento necessário à execução de despesas.ServidoresNo texto aprovado foram incluídas emendas que tratam da previsão orçamentária para a implantação do plano de cargos dos servidores administrativos da Educação, apresentada por Kátia Maria (PT), e da equiparação salarial dos assistentes administrativos da área ao quadro geral da Prefeitura, de autoria de Cabo Senna (PRD).De acordo com o projeto, a Prefeitura espera arrecadar R$ 10,8 bilhões e tem a folha do funcionalismo como principal despesa, na ordem de R$ 5,4 bilhões. O Paço prevê gastar R$ 187,9 milhões com juros e encargos da dívida e R$ 3,8 bilhões com outras despesas correntes administrativas e de contratos. Há ainda R$ 893 milhões em despesas de capital e amortização da dívida de R$ 283 milhões.

Vereadores confirmam LOA com remanejamento de 23%

No dia 7 de dezembro, centenas de pessoas percorreram o trajeto entre a Praça Universitária e a Praça Cívica, em Goiânia, durante um ato contra a violência contra a mulher. O movimento Mulheres Vivas também ocorreu em várias capitais do País.Menos de um mês depois, O POPULAR mostra, na edição desta terça-feira (30), que essas vozes não foram ouvidas. Apenas em dezembro, houve pelo menos cinco feminicídios e três tentativas em Goiás, conforme levantamento da reportagem — os dados mais recentes da Secretaria de Segurança Pública (SSP) têm quase seis meses.Dois dos casos revelam o grau de barbárie que costuma marcar esses crimes. Um dia após o Natal, Natali Vieira, de 33 anos, foi morta a facadas. Ela deixa três filhos órfãos. No domingo (28), Nayara Rocha, de 34, foi atropelada e morta intencionalmente, em Orizona.Em ambos os episódios, os suspeitos eram ex-companheiros das vítimas, fato que confirma o que apontam os estudos: no Brasil, na imensa maioria das vezes, as mulheres assassinadas conheciam seus algozes.Em Goiás, os números de mortes violentas intencionais caíram nos últimos anos. Mas o Estado é ineficaz quando as vítimas da violência são mulheres.