Depois da mobilização de um grupo de membros do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e de pressões internas sobre o comando do órgão, o Colégio de Procuradores de Justiça divulgou nota nesta terça-feira (2) em apoio aos promotores de Anápolis responsáveis pela investigação da morte do empresário Fábio Escobar e de outras sete pessoas em suposta queima de arquivo. A manifestação é reação às críticas do governador Ronaldo Caiado (UB) em entrevista à revista Veja no domingo (31), quando acusou atuação política no inquérito, em que Jorge Caiado e Carlos César Toledo, o Cacai, foram denunciados como mandantes do crime. O procurador-geral de Justiça, Cyro Terra Peres, e os outros 40 integrantes do colegiado assinaram a nota, que ressalta a independência do órgão, prevista na Constituição Federal. “O Ministério Público não é subordinado a nenhum dos poderes do Estado e não atua por motivações políticas, pautando-se tão somente nas provas obtidas, razão pela qual, assegurada a defesa aos que forem denunciados, continuará a agir de maneira independente com o intuito de tutelar os direitos das vítimas e proteger a sociedade”, diz.