Fabiana Pulcineli

Shows bancados pela Prefeitura de Goiânia

Webstories - Paço reservou R$ 2,8 milhões para a pecuária

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) recomendou à Assembleia Legislativa (Alego) nesta quarta-feira (21) que seja suspensa a tramitação do pedido de prorrogação do decreto de calamidade financeira da Prefeitura de Goiânia, em meio a apuração sobre gastos com shows e outras contratações da administração municipal. O MP-GO também enviou ofício ao prefeito Sandro Mabel (UB) requisitando explicações sobre a fonte de recursos para <a href="https://opopular.com.br/politica/repasses-para-shows-chegam-a-r-7-3-milh-es-e-viram-alvo-do-mp-1.3266479" target="_blank">pagamentos de R$ 7,3 milhões</a> para as atrações da Pecuária da capital.

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O valor da contratação de 14 shows mais estrutura de palco foi revelado pelo POPULAR na terça-feira (20), quando a reportagem também mostrou que a Prefeitura não detalhou de onde virá a verba para quitar os contratos.

Nesta quarta, Mabel afirmou à reportagem que não liberará pagamentos dos shows se não houver a entrada de recursos de emendas parlamentares que, segundo ele, foram prometidas por deputados estaduais e federais. O prefeito também afirmou que parte das emendas será destinada a outras áreas, como saúde, e que a gestão utilizará “o recursos extra” para destinar verba do Tesouro para a quitação dos shows.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/vereadores-autorizam-credito-suplementar-de-r-10-milh-es-ao-paco-1.3266962" target="_blank">Vereadores autorizam crédito suplementar de R$ 10 milhões ao Paço</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/sem-quorum-casa-n-o-vota-calamidade-de-goiania-1.3266494" target="_blank">Sem quórum, Casa não vota calamidade de Goiânia</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/repasses-para-shows-chegam-a-r-7-3-milh-es-e-viram-alvo-do-mp-1.3266479" target="_blank">Repasses para shows chegam a R$ 7,3 milhões e viram alvo do MP</a></div>

A promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira, da 50ª Promotoria de Goiânia, diz na recomendação à Alego que “chamam atenção as contratações realizadas pela Prefeitura de Goiânia, especialmente de shows milionários para a 78ª Exposição Agropecuária da capital”. “Tais fatos demonstram a capacidade financeira do município”, afirma, apontando também outras despesas em contratos sem licitação.

O decreto de calamidade foi assinado pelo prefeito no início do ano e aprovado pela Alego depois de questionamentos e consulta ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO). No mês passado, Mabel solicitou a prorrogação por mais seis meses, submetendo novamente o decreto à votação da Assembleia. A alegação é de herança de dívidas e dificuldades de pagamentos.

O presidente da Alego, deputado estadual Bruno Peixoto (UB), disse não ter sido notificado ainda da recomendação do MP-GO, mas que consultará a Procuradoria-Geral da Casa antes de se posicionar. A Procuradoria-Geral do Município (PGM) informou que também não teve ciência dos ofícios da promotora e que vai se manifestar após análise jurídica.

Leila Maria também recomendou ao Legislativo estadual que solicite ao TCM-GO “nova manifestação sobre aos aspectos legais e financeiros das condições do município, quanto à calamidade pública” e que aguarde “levantamento da real situação financeira e fiscal” a ser feito pelo tribunal.

O TCM-GO também havia sido acionado na terça-feira sobre a questão dos shows, por representação da vereadora Aava Santiago (PSDB) ao Ministério Público de Contas do tribunal. Ela pediu medida cautelar para suspender a tramitação da prorrogação do decreto de calamidade, alegando contradição entre a alegada crise financeira e a movimentação orçamentária da Prefeitura, “especialmente após a revelação de gastos milionários com contratos, aditivos e eventos culturais”.

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No Caixa

Mabel admitiu ao POPULAR que, até agora, entraram no caixa da Prefeitura R$ 2 milhões de devolução do duodécimo da Câmara de Goiânia, em acerto para destinação aos shows. “Mas vamos receber outros R$ 5 milhões ou mais. Uma coisa é certa: se não chegar, eu não pago nada (dos shows). O combinado inclusive com os empresários dos artistas era de que a Prefeitura faria a ponte entre os parlamentares e o evento”, diz o prefeito.

Segundo o prefeito, três parlamentares federais se comprometeram a enviar emendas, mas não foram informados os nomes e valores. O senador Wilder Morais (PL) havia divulgado que reservou R$ 1 milhão para o evento.

A Prefeitura também alega que os três deputados estaduais - Coronel Adailton (SD), Talles Barreto (UB) e Gustavo Sebba (PSDB) - que haviam reservado emendas (R$ 1 milhão de cada) para o evento ainda vão enviar recursos com outra destinação. Como mostrou O POPULAR, o governo estadual não liberou as emendas sob alegação de falta de documentação da Prefeitura. Norma do governo só permite o pagamento para eventos até antes da data de início, o que inviabilizou a execução dos R$ 3 milhões.

No ofício enviado ao prefeito, a promotora pede o envio, em cinco dias, de todos os contratos dos shows da Pecuária, a comprovação de previsão orçamentária e detalhes das emendas parlamentares, com indicação do nome do parlamentar, o valor repassado e a finalidade específica de cada emenda.

Ela também requisita “a justificativa de empenho dos valores com os shows e outros gastos com a Pecuária se a Prefeitura mandou para Alego projeto de prorrogação do estado de calamidade pública”.

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MP-GO questiona prorrogação da calamidade após recursos a shows

Política

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Matéria - Política

Prefeitura de Goiânia

O presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (UB), confirmou a convocação extraordinária para votar, na quinta-feira (3), em sessão híbrida, o pedido de prorrogação do decreto de calamidade financeira da Prefeitura de Goiânia.

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O comunicado veio na manhã desta segunda-feira (30), no grupo de WhatsApp dos deputados estaduais, e provocou reações. Parlamentares reclamaram, no próprio aplicativo de mensagens e nos bastidores, da interrupção do recesso porque parte dos integrantes da Casa está viajando ou tem viagem marcada. Além disso, permanece o desconforto com a matéria.

Apesar de o próprio Bruno não agir em busca de votos e ter sinalizado que cada um tem direito de se posicionar como quiser, parlamentares enxergam que seu movimento seria acertado com Mabel, que passou a telefonar para os integrantes da Alego em busca de apoio.

No telefone

Mabel não telefonou para integrantes da oposição na Alego ou para Clécio Alves (Republicanos), que se diz independente. Mas tentou falar com o governista Issy Quinan (MDB), crítico aberto do pedido de prorrogação da calamidade.

Qual o placar?

Deputados simpáticos à demanda da Prefeitura apontam que os telefonemas de Mabel serão suficientes para garantir maioria em plenário. Outros parlamentares ouvidos pela coluna apontam que o resultado é imprevisível.

Legislativo

Coube ao presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (PRD), convidar os vereadores para a reunião marcada para quarta-feira (2), revelada aqui ontem.

Aliás...

Foi o próprio Romário que sugeriu a reunião a Mabel para evitar ruídos e informações desencontradas em relação aos projetos.

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Na água - Cardume de peixes no Clube Jaó, em Goiânia. (Wildes Barbosa / O Popular)

Diversificação

Os dois projetos que serão enviados por Mabel para modificar a Taxa de iluminação Pública e a Lei das PPPs são complementares. Eles têm o objetivo de permitir que a Prefeitura utilize a arrecadação com a Cosip para bancar os outros investimentos previstos no contrato com o Brilha Goiânia, e não só na nova iluminação de LED.

Gilmarpalooza

Além do governador Ronaldo Caiado (UB), que já se encontra em Portugal, o Fórum de Lisboa contará com as presenças de goianos como os advogados Miguel Cançado, Romero Ferraz, Ludmilla Rocha Ribeiro e Pedro Paulo de Medeiros, que foi nomeado recentemente desembargador eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral.

Tem mais

A presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego), a juíza Patrícia Carrijo, será uma das palestrantes do Fórum de Lisboa. Ela foi convidada para debater os efeitos da revolução digital na formação e atividade de juízes e advogados.

Pergunta para:

Issy Quinan 
Deputado estadual pelo MDB

<img attr-cid="policy:1.3283003" attr-version="policy:1.3283003:1751333709" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3283003/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Issy Quinan. (Maykon Cardoso)

Mabel age em busca de votos para prorrogar a calamidade. O sr. cogita votar a favor?

Sou contra pelo fato do TCM, órgão responsável por avaliar a saúde financeira da Prefeitura, ter se manifestado contrário. Ademais, a declaração do prefeito dirigida aos deputados, no sentido de afirmar que faria campanha contra aqueles que votassem diferente do que ele espera, foi muito infeliz. Ele é um homem experiente, traquejado na vida pública, e esse tipo de ameaça não condiz com sua larga trajetória.

Arremate:

Transferência - A obra Solo Goiano, produzida por Siron Franco como parte das homenagens pelos 300 anos da antiga capital de Goiás, será transferida para o Palácio Conde dos Arcos, na cidade de Goiás, nesta terça-feira (1°).

Dá trabalho -&nbsp;O deslocamento será feito por uma equipe de cerca de 10 pessoas, incluindo especialistas em obras de arte, e contará ainda com o apoio do Corpo de Bombeiros.

Acordo -&nbsp;A Adial e o Ministério do Trabalho assinam, nesta quinta-feira (3), um Acordo de Cooperação Técnica para ampliar o acesso das empresas associadas à entidade às ferramentas do Sistema Nacional de Emprego (Sine). A cerimônia contará com a presença do ministro Luiz Marinho.

Alego confirma votação de calamidade na quinta, e Mabel age em busca de votos

Opinião

Matéria - Coluna Giro

Giro

A reunião que o prefeito Sandro Mabel (UB) fará com vereadores na quarta-feira (2), às 14h, no Paço, para tratar da nova leva de projetos de lei que pretende enviar à Câmara Municipal de Goiânia antes do início do recesso, é vista pelos parlamentares como uma nova tentativa de abrir diálogo com o Legislativo, evitar divergências e fortalecer a articulação política em favor das matérias do Executivo. Embora integrantes da base encarem o encontro com naturalidade, oposicionistas citam como exemplo desgastes recentes, como a aprovação do crédito de R$ 10 milhões para a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), para sustentar o argumento de que o prefeito almeja, na verdade, “recompor a relação” com a Casa.“A intenção é expor as pretensões do envio dos projetos, para não ter surpresa. É deixar as coisas claras”, afirma o líder do prefeito na Câmara, Igor Franco (MDB). “Se ele manda esses projetos sem discutir, aí gera ruídos. Para evitar qualquer disse me disse, ele está fazendo a reunião, para mostrar e demonstrar que o Cosip trata apenas de uma atualização da legislação, da mesma forma o aperfeiçoamento das PPPs. Vai reunir para poder expor, tirar dúvidas. Tanto que a reunião não é só para a base, mas para todos os parlamentares - base e oposição”, prossegue o líder governista.Conforme noticiou o Giro, durante o encontro devem ser apresentados detalhes sobre o piso dos professores - envolto em impasses nas tratativas com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) acerca do pagamento dos retroativos - e ao menos outros dois projetos que visam modificar a Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip) e a lei das Parcerias Público-Privadas (PPPs). O convite foi encaminhado pelo presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), nesta segunda (30) no grupo de WhatsApp dos 37 vereadores. A mensagem destaca que “será uma oportunidade para apresentação das propostas, esclarecimento de dúvidas e contribuições da base”, complementando “contar com a presença de todos”. A bancada do PT - formada pelos vereadores Edward Madureira, Fabrício Rosa e Kátia Maria - deve se reunir na manhã desta terça para deliberar sobre a ida à reunião. Apesar de ainda não haver definição, Rosa pondera que há “preocupação” interna com os projetos e se eles representam “tentativa de elevação de contribuição”, considerando a aprovação recente de outras taxas, como a de Limpeza Pública (taxa do lixo), e a de Regulação, Controle e Fiscalização (Saneago).“Em relação à intenção de aproximação dos vereadores, me parece que sim, pois vejo nos bastidores reclamações sobre a falta de diálogo com o Mabel, do autoritarismo dele - e isso em relação à própria base”, diz Rosa. Na mesma linha, Kátia Maria também vê na reunião uma tentativa de “aparar as arestas”: “Ele teve muito desgaste com o PL do crédito adicional de R$ 10 milhões (para a Seinfra). Deve estar querendo recompor a relação.”Aava Santiago (PSDB) afirma que não foi procurada diretamente para participar da reunião, mas opina que o objetivo do encontro será para “pressionar ou constranger a base sobre a importância desses projetos e porque eles têm de ser votados na perspectiva do Paço”. “Vai ser mais um teste de base daqueles que têm um gosto amargo para os vereadores e para a cidade”, diz a tucana.Em outra raia, Sanches da Federal (PP), Isaías Ribeiro (Republicanos), Wellington Bessa (DC), Denício Trindade (UB) e Bruno Diniz (MDB) veem com naturalidade a reunião e dizem que o foco é “aproximação”, “fortalecimento da base” e “alinhamento para passar mais fácil os projetos”. Denício pondera, contudo, que, chegando ao sétimo mês de administração, Mabel só teria tido apenas uma reunião focada em “consolidar a base”. “Até então a gente não sabe quem de fato faz parte da base ou não”, afirma. Já na avaliação de Oséias Varão (PL), a antecipação da discussão sobre os projetos de lei com os vereadores “diminui a resistência dentro da própria base” e “esclarece dúvidas”, mas reforça a contrariedade do seu partido às matérias que propõem elevação de tributos. “Sobre a Cosip, não sei se ele pretende fazer algum tipo de majoração, mas de modo que da nossa parte somos contra, por princípio, a qualquer aumento de tributos”, diz. PlanosSem detalhar os projetos que serão enviados à Câmara de Goiânia, a secretária municipal de Governo, Sabrina Garcêz, reforça as falas do secretário Valdivino Oliveira (Fazenda) ao Giro e afirma que as duas propostas (da Cosip e das PPPs) farão a adequação da legislação municipal à Constituição Federal.Sabrina nega mudança de estratégia na relação com o Legislativo ao ser questionada sobre o motivo de a Prefeitura decidir se reunir com vereadores para tratar das matérias. “Antes de enviarmos os primeiros projetos também fizemos reunião no Paço”, afirma a secretária, citando o projeto de lei complementar, do Executivo, que alterou as regras para escolha dos diretores de escolas e o de autoria da mesa diretora que regulamentou as emendas parlamentares. “Agora é a segunda leva de projetos. Só damos continuidade ao que o prefeito pediu: diálogo com os vereadores.”Ainda conforme Sabrina, o Paço acredita que o projeto do piso dos professores será aprovado antes do recesso parlamentar, que começa no dia 11 de julho e termina em 5 de agosto. Já as propostas da Cosip e das PPPs “não têm urgência”. “Vão para a Câmara com tempo de discussão”, afirma. O projeto da data-base dos servidores municipais também deve ficar para agosto, considerando, ela diz, que o acordo de pagamento em parcela única, com o SindiGoiânia, ficou para setembro.

Reunião de Mabel com vereadores restabelece diálogo por aprovações

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), teve acesso autorizado a cartão corporativo com possibilidade de despesa de R$ 120 mil até o final do ano. A liberação estabeleceu a utilização de até R$ 40 mil com material de consumo, até R$ 35 mil com passagens e despesas com locomoção, até R$ 5 mil com serviço de terceiros por pessoa física e de até R$ 40 mil de serviços de terceiros por pessoa jurídica. A portaria com os detalhes foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) desta segunda-feira (30). O documento determina que o prazo de aplicação do limite para custear despesa de pronto pagamento é até 31 de dezembro de 2025 (não é permitido ultrapassar o término do exercício financeiro). Além disso, a prestação de contas deve ser apresentada mensalmente, até o dia 15 do mês subsequente ao da aplicação do recurso. A portaria foi assinada pela secretária de Governo, Sabrina Garcez. A previsão no documento é que o valor de R$ 120 mil será anual. Na mesma edição do DOM também foi publicada outra portaria com a nomeação de uma servidora comissionada responsável por garantir o saldo de empenho para a execução das despesas, orientar os titulares de cartões sobre a utilização dos recursos e prestação de contas e acompanhar o processo de análise dos gastos. O cartão corporativo será operado pelo Banco do Brasil.O decreto que determinou o retorno da modalidade no âmbito da Prefeitura foi publicado em 20 de maio. Na época, o documento não detalhou a quantidade de auxiliares que teriam acesso ao cartão ou o limite de valores. No início de junho, a Prefeitura informou ao POPULAR que apenas Mabel usará essa modalidade.No entanto, uma instrução normativa publicada pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) em 3 de junho indicou a possibilidade de cartões também serem disponibilizados a outros servidores, a partir de pedido de titulares dos órgãos. O Paço Municipal argumentou que o documento foi abrangente para casos de uso futuro, mas sem previsão de ser aplicado. A instrução também determinou a publicação de detalhes das despesas no Portal da Transparência da Prefeitura. O ex-prefeito Rogério Cruz (SD) havia colocado fim aos cartões corporativos em 2021, em meio a críticas sobre falta de transparência no benefício (os gastos não eram publicados no site do Paço). Na época, prefeito, secretários e diretores tinham acesso a cartões, que tinham limite variável de R$ 20 a R$ 40 mil. Quando anunciou a extinção da modalidade, Cruz disse que a Prefeitura adotaria a dispensa de licitação para fazer as compras necessárias. Como justificativa para a retomada dos cartões, a Prefeitura alegou, em documento publicado pela Sefaz, “maior eficiência, controle e transparência na utilização dos recursos públicos” e “modernização e agilidade nos processos de aquisição de bens e serviços”. O POPULAR mostrou, no final de maio, que o Comitê de Controle de Gastos da Prefeitura aprovou a locação de 10 veículos para atender Mabel, a vice-prefeita Cláudia Lira (Avante) e titulares de pastas da administração. O custo estimado é de R$ 926 mil, sendo R$ 3,7 milhões em todo o período do aluguel. Os veículos são: uma SUV grande com blindagem, uma caminhonete de cabine dupla, seis sedãs e duas SUVs grandes.

Mabel terá cartão corporativo de R$ 120 mil

Webstories

Em meio ao embate com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) sobre a situação do <a href="https://opopular.com.br/cidades/aterro-de-goiania-tem-risco-de-desabar-aponta-relatorio-1.3281683" target="_self">Aterro Sanitário de Goiânia</a>, a Prefeitura anunciou que vai realizar contratações de empresas para atuarem como terceirizadas no empreendimento. O prefeito Sandro Mabel (UB), ao participar do evento de lançamento do Movimento Reciclar (leia na matéria abaixo), afirmou que serão contratadas empresas que atuam no monitoramento ambiental e geotécnico, além de outra para fazer o tratamento do chorume e ainda uma terceira contratação para o beneficiamento dos resíduos da construção civil.

O caso mais urgente é o de monitoramento ambiental e geotécnico, já que um relatório da Semad, divulgado semana passada, apontou risco de desabamento devido a problemas estruturais, falta de controle de gases e falhas na impermeabilização no Aterro Sanitário. O documento afirmou ainda que o local opera sem sistemas adequados de controle de gases, como metano, e sem acompanhamento. Na mesma semana, o MP-GO ajuizou ação de execução no valor de R$ 45,13 milhões pelos danos ambientais causados pela operação irregular do aterro, desde 2011, e multas por descumprimento do termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado em 2020 e renovado em 2024.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) informou ao POPULAR que realizará uma contratação emergencial, com acompanhamento do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO), para o serviço de <a href="https://opopular.com.br/cidades/sandro-mabel-fala-em-terrorismo-e-mafia-contra-lix-o-de-goiania-1.3282177" target="_self">monitoramento ambiental e geotécnico do Aterro Sanitário</a>. “A medida tem o objetivo de sanar qualquer dúvida referente à segurança do local e garantir tranquilidade à população”, informa a pasta. Após a divulgação do relatório da Semad, Mabel concedeu entrevista coletiva, na sexta-feira (27), em que contestou o documento, apresentando, entre outros documentos, a análise feita pelo Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC), que considerou o aterro parcialmente adequado e apto a funcionar.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/sandro-mabel-fala-em-terrorismo-e-mafia-contra-lix-o-de-goiania-1.3282177" target="_self">Sandro Mabel fala em 'terrorismo' e 'máfia' contra lixão de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-contesta-relatorio-e-diz-que-aterro-vai-seguir-em-funcionamento-1.3282031" target="_self">Mabel contesta relatório e diz que aterro vai seguir em funcionamento</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/aterro-de-goiania-tem-risco-de-desabar-aponta-relatorio-1.3281683" target="_self">Aterro de Goiânia tem risco de desabar, aponta relatório</a></div>

Mabel chegou a falar em “terrorismo” e “máfia” ao comentar sobre ações que <a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-contesta-relatorio-e-diz-que-aterro-vai-seguir-em-funcionamento-1.3282031" target="_self">condenam o aterro da capital</a> e, segundo sua teoria, tentam forçar a contratação de aterros privados para o destino dos resíduos de Goiânia, o que elevaria os custos do tratamento do lixo. Nesta segunda-feira, o prefeito reafirmou seu compromisso em transformar o aterro em uma central de tratamento de resíduos com uma tecnologia que processa 65% do lixo para reciclagem e a queima do restante, sem gerar outros resíduos nem chorume. Ele conheceu esse método em viagem a Milão, na Itália, no início do ano e, desde então, fala sobre a intenção de utilizá-lo em Goiânia.

No evento, Mabel afirmou que a central de tratamento de resíduos no aterro terá separação e tratamento ambientalmente adequados. “Está em andamento a contratação de uma empresa para monitoramento ambiental e geotécnico, além da elaboração de licitação para a unidade de tratamento de chorume, que atualmente é enviada para tratamento complementar na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Saneago. Também será contratado serviço para beneficiamento de resíduos da construção civil”, afirmou.

<div attr-cid="policy:1.3282096" attr-version="policy:1.3282096:1751063528" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3282096" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3282096', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3282096">Webstories (1.3282096)</a></div>

Pela manhã, Mabel esteve no Aterro Sanitário e gravou um vídeo publicado em suas redes sociais, em que demonstrou o local em ação e as medidas de tratamento dos resíduos que são tomadas no espaço. Na publicação, o prefeito ressalta que os locais estão cobertos e bem cuidados e que não há risco de desabamento. Afirma também que, mesmo se o desastre ocorresse, nenhuma residência seria atingida, visto que o aterro é isolado e projetado para que os impactos sejam evitados. Ele também voltou a citar a “máfia do lixo” ao falar sobre a alternativa dada ao Aterro Sanitário, de utilizar os aterros privados. “Esses locais custariam R$ 10 milhões e não os R$ 1,5 milhão que o aterro custa hoje para a cidade. Nosso objetivo é o arrumar para fazê-lo funcionar direito e como precisa.”