O Ministério Público de Goiás (MP-GO) repudiou, por meio de nota à imprensa, o que classificou de “abusos e excessos de qualquer agente público”. Segundo a nota, o MP-GO, por meio do Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (GCEAP), “não medirá esforços para apurar eventuais casos de abusos, bem como responsabilizar, nos termos da lei, aqueles que tenham praticado ilegalidades”.No início da noite de ontem, o comandante-geral da corporação, coronel Divino Alves, havia determinado a instauração de um inquérito policial militar na Corregedoria da PM contra o capitão que agrediu o estudante Mateus Ferreira da Silva no início da tarde de ontem, durante a manifestação contra as reformas trabalhista e previdenciária. Segundo nota da PM, ao final das investigações sobre a atuação dos militares que ocasionaram as agressões ao estudante, “uma vez comprovada a autoria, será rigorosa na punição administrativa e no encaminhamento para a esfera judiciária, até para demonstrar cabalmente a sua contraposição aos desvios e o seu apoio à imensa maioria dos policiais que atua com correção moral e autocontrole”.O POPULAR tentou junto à assessoria de comunicação social da PM a identificação do capitão flagrado nas imagens agredindo o estudante, mas não obteve resposta. O jornal não conseguiu localizá-lo para falar sobre o caso. O tenente-coronel Ricardo Mendes não retornou ao contato feito neste sentido. Mais cedo ele lamentou o ocorrido com o estudante e ressaltou que durante a maior parte da missão, a manifestação ocorreu de forma pacífica.