O Ministério Público de Goiás (MPGO) investiga um suposto esquema envolvendo atestados na Prefeitura de Goiânia após o Paço e a Junta Médica Municipal constatarem 26 mil pedidos de afastamento por licença médica. Desse quantitativo, 4 mil atestados seriam de servidores somente da Educação, conforme a representação enviada pela gestão municipal ao MPGO. Ao POPULAR, a Secretaria Municipal de Administração (Semad) explicou que ainda não sabe o número exato de servidores que foram ou estão afastados por atestado médico, e que esse número representa a quantidade de processos administrativos pendentes que constam na fila de espera para perícias médicas. Mas a pasta ressaltou que um servidor pode abrir mais de um pedido de afastamento, por exemplo. Conforme a Semad, um atestado de até três dias não necessita de perícia. Contudo, para licenças que ultrapassem esse período é preciso da análise médica. O POPULAR apurou que os médicos concediam as licenças, porém a análise demorava até dois anos. Dessa forma, o tamanho da fila ocorre devido à demora na realização da perícia.