Durante o XV Congresso Brasileiro de Educação Superior Particular (Cebesp), realizado em Alexânia, no Entorno do Distrito Federal, o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Luiz Roberto Liza Curi explicou que o Novo Ensino Médio não vem para “perturbar”, mas para aperfeiçoar o ensino.&nbsp;

 
<cite>“Acho que vai haver um ordenamento natural entre Enem e o que se espera da adaptação da reforma implantada. Não é para perturbar, mas para aperfeiçoar'. Temos que ter uma opção mais ampla para o estudante, que gere oportunidades de trabalho”, disse Curi.</cite>

O presidente do conselho ainda ressaltou sobre a importância de avaliar o relacionamento dos espaços de aprendizado e de fortalecer o ensino tecnológico.

“Uma questão importante é avaliar o relacionamento de fato de espaços de aprendizado com que façam que os estudantes aprendam mais e saiam das escolas sem déficit”, finalizou.

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Logo após a apresentação inicial do evento, o Ministro da Educação, Camilo Santana, falou que um dos principais objetivos da atual gestão é buscar a avaliação de professores, assim, podendo contribuir para a identificação dos problemas do ensino no país.&nbsp;

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“O Brasil precisa dar passos na alfabetização, na educação de tempo integral, na modernidade de ensino, alunos e professores e toda a rede. Devemos fortalecer a educação superior pública e privada”, disse Santana.&nbsp;
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O POPULAR participa da cobertura do XV Cebesp, em Alexânia, que é realizado até a sexta-feira (26).&nbsp;

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Novo Ensino Médio 'não vem para perturbar, mas para aperfeiçoar', diz presidente do CNE durante congresso em GO

Política

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Matéria - Política

MUDANÇAS

A Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) não vê maiores dificuldades para a implementação da revisão do Novo Ensino Médio (NEM), aprovada semana passada na Câmara dos Deputados, nas unidades de ensino da rede estadual. A pasta alega que já tem atuado “em consonância com o projeto de lei” que trata sobre as alterações na legislação que fez uma reforma na modalidade de ensino, aprovada em 2017. Entretanto, deve ser um processo gradativo, iniciando ainda em 2025 e com previsão de ser finalizado em 2027.

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A reforma do ensino médio foi aprovada ainda na gestão do então presidente Michel Temer (MDB), mas começou a ser implementada apenas em 2022. A expectativa era de que as mudanças fossem iniciadas gradativamente, sendo a 1ª série ainda naquele ano, e de forma subsequente até 2024. Entretanto, no início do ano passado, o governo Lula (PT) suspendeu a medida até que uma revisão fosse feita. A decisão seguiu uma reivindicação de professores, alunos e também pesquisadores da área.

Com o novo projeto de lei, que aguarda apenas a sanção presidencial, a carga horária total deve ser de 1 mil ao ano, totalizando 3 mil ao final do ensino médio. Já a formação geral básica – que inclui disciplinas obrigatórias, como português e matemática – deverá ser ampliada para 2,4 mil horas. No caso do ensino técnico, será de 2,1 mil. A nova definição é diferente da lei aprovada em 2017, que previa apenas 1,8 mil horas para as obrigatórias. Já as demais 600 horas serão para os itinerários formativos, que são aqueles escolhidos pelos próprios alunos.

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Ao POPULAR, a diretora pedagógica da Seduc, Alessandra Oliveira de Almeida, pondera que “Goiás já trabalha hoje em um formato muito próximo ao que o projeto de lei sugere” aprovado em 9 de julho no Legislativo. Entre as semelhanças, ela cita a oferta de disciplinas equivalentes aos itinerários formativos, além da de todas as 12 disciplinas obrigatórias. “Teve Estado que remanejou, tirou disciplina. Não foi nosso caso. Não tiramos nenhuma da formação geral básica.” Ela informa que o Estado já oferta o ensino profissional integrado ao ensino médio.

Já a gerente de Ensino Médio da pasta, Ábia Vargas de Almeida Felício, explica que componentes curriculares semelhantes aos itinerários formativos são trabalhados em todas as unidades da rede estadual, seja parcial ou integral, ou mesmo os colégios da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO). “Todas as escolas ofertam o estudo orientado, que é trabalhado no formato de itinerário, contemplando as áreas do conhecimento. E temos também as eletivas, que permitem ao estudante o direito de escolha sobre o que ele vai cursar. Já temos isso na transição que estamos fazendo desde 2019. De modo que, quando o projeto de lei (da revisão) chega para nós, nossos ajustes podemos considerar como mínimos”, comenta.

A avaliação da pasta é de que as novas mudanças são positivas ao ensino médio. A diretora da Seduc aponta que mesmo que as dificuldades sejam mínimas para a implementação das medidas previstas na revisão do NEM, a secretaria vai seguir o que está descrito no projeto de lei. Dessa forma, o currículo da 1º série em Goiás deve ser alterado ainda em 2025. O texto do projeto, entretanto, prevê que as diretrizes curriculares sejam atualizadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) até dezembro, dois meses antes do início do próximo ano letivo.

Na última quarta-feira (10), um dia após a aprovação no Congresso, o jornal Folha de S.Paulo mostrou que secretários de Educação de alguns Estados, além de especialistas, já apontavam dificuldades para implementar a nova revisão do ensino médio até o próximo ano. Para os titulares das pastas, falta tempo hábil para colocar o modelo em prática de forma satisfatória.

Com a transição gradativa, as regras devem se iniciar em 2025 para alunos da 1ª série; em 2026 para a 2ª série; e em 2027, para a 3ª. As alterações no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), entretanto, ficam para o último ano, quando já terão turmas formadas totalmente dentro do Novo Ensino Médio já revisado. Ainda não foram apontadas as mudanças que serão feitas na prova utilizada como porta de entrada para instituições públicas de ensino superior.

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Seduc não vê dificuldade em aderir a Novo Ensino Médio

Cidades

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Matéria - Cidades

Educação

As diretrizes do novíssimo ensino médio devem sair até o fim do ano, como prevê o governo federal. É pouco tempo para que as secretarias estaduais — principal porta de entrada para essa etapa na rede pública — se adaptem, o que pode colocar o projeto em risco. Foi nos estados que o modelo adotado a partir de 2022 fracassou, mesmo que ele já viesse com graves problemas de concepção, ainda no governo Michel Temer. Com estrutura insuficiente e falta de investimento na qualificação profissional, as secretarias estaduais de educação transformaram os itinerários de formação, o coração do novo ensino médio, em uma sopa de letras sem nexo. O texto aprovado na semana passada corrige algumas distorções, com a fixação da base curricular para disciplinas tradicionais e maior carga horária para elas, assim como a instituição de normas mais claras para as disciplinas optativas. O ensino médio é o principal gargalo da educação nacional. É nele que se registram os maiores índices de evasão, assim como os piores indicadores em avaliações internacionais. Governo federal e estados devem atuar juntos para diminuir o atraso do País em relação às nações mais desenvolvidas. Essa é uma nova chance.

Novíssimo ensino médio

Editorial

Matéria - Opinião - Editorial

A reforma do Ensino Médio é para todos? O ‘Novo’ Ensino Médio está na sua 17ª reforma, foi imposto por medida provisória, implantado sem discussão com educadores e estudantes. Em 2017, as conselheiras Márcia Aguiar, Aurina Santana e Malvina Tuttman se posicionaram contra a aprovação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) no CNE (Conselho Nacional de Educação), em declaração de voto em separado, pela BNCC minimizar a modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos) e a Educação no Campo, e por excluir o Ensino Médio da educação básica. Em 2018, a Unesco analisou por meio do Bureau Internacional de Educação, os quadros curriculares de vários países, entre eles, do Brasil. Os pontos negativos ressaltados na BNCC pela Unesco: não há em suas páginas, especificações sobre as modalidades de ensino para jovens e adultos (EJA), indígena, rural e quilombola. No artigo ‘Ensino médio para todos’, a deputada Bia de Lima (O POPULAR, 19/4/24), apresenta a realidade crucial dos estudantes do ensino médio noturno e da EJA em Goiás. Conforme respectivas manchetes do POPULAR (30/7/23 e 10/3/24) “Educação levou 15 mil menores de 18 anos do ensino médio para a EJA” e “TCE critica idade de adolescentes à EJA”, contrariando a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) que estabelece a oferta da EJA e de ensino noturno regular, adequado às condições dos estudantes. Com ‘Ratinho Jr., EJA perdeu 94 mil matrículas, 50 escolas e corre o risco de acabar’. O Censo Escolar 2023 (MEC/Inep) confirma o sucateamento da oferta da EJA na rede pública do Paraná. Em São Paulo, pela mesma forma, maios de 300 salas de aulas da EJA foram fechadas. E conforme IBGE, se tivessem aulas no noturno, 62% dos estudantes, voltariam a estudar. O escritor francês, Victor Hugo, no século 19 já havia alertado: “Quem abre uma escola fecha uma prisão”. Por aqui, lamentavelmente preferem o contrário. Flomar A. Oliveira Chagas Jataí-GO Perfil de prefeito Parabenizo o arquiteto Orion Andrade de Carvalho pelo excelente artigo Goiânia não precisa só de um gestor, publicado no dia 10/05. Sugiro leitura a todos os pretensos candidatos à Prefeitura de Goiânia. A população merece um prefeito que seja “líder, representante e agente transformador “. Rosângela Roriz Rizzo Lousa Setor Bueno - Goiânia

Cartas dos Leitores

Opinião

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Carta dos Leitores

Matéria - Opinião - Carta dos Leitores

Cartas

O governo Lula (PT) concluiu o texto do projeto de lei que vai revisar a estrutura do novo ensino médio, alvo de críticas de estudantes, educadores e especialistas. O Ministério da Educação (MEC)&nbsp;acatou propostas dos secretários e entidades educacionais, sobretudo com relação ao número de áreas de aprofundamento.

O texto prevê que as alterações passem a valer a partir de 2025. Mas o governo precisa mandar o projeto para o Congresso e depende de aprovação dos parlamentares -a aposta é que ele passe ainda neste ano.

O projeto final prevê aumento da carga horária para disciplinas tradicionais, como português e matemática, e a manutenção de quatro áreas de aprofundamento (os chamados itinerários formativos), além do ensino técnico, como é hoje. Porém, mudam os nomes desses itinerários e o conteúdo deles deve contar com uma diretriz a ser ainda definida.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-deve-ter-16-mil-a-mais-no-ensino-integral-ate-2024-1.3063452" target="_blank">Goiás deve ter 16 mil a mais no ensino integral até 2024</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/colegios-militares-de-goias-abrem-vagas-para-mais-de-9-mil-novos-alunos-veja-como-se-inscrever-1.3067310" target="_blank">Colégios militares de Goiás abrem vagas para mais de 9 mil novos alunos; veja como se inscrever</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/ifg-abre-mais-de-3-mil-vagas-para-cursos-tecnicos-e-superiores-gratuitos-saiba-como-se-inscrever-1.3065329" target="_blank">IFG abre mais de 3 mil vagas para cursos técnicos e superiores gratuitos; saiba como se inscrever</a></div>

O plano inicial da pasta comandada pelo ministro Camilo Santana era de que o número de itinerários formativos passasse de quatro para dois, sem contar a educação profissional, como a Folha revelou. Essa proposta recebeu críticas de dirigentes de educação.

O ajuste ocorreu após diálogo, muitas vezes de forma tensa, com entidades educacionais, sobretudo o Consed. Este órgão representa os secretários estaduais de Educação -as redes ligadas aos governos estaduais concentram as matrículas de ensino médio da rede pública.

No novo ensino médio, criado em 2017, os estudantes fazem um pacote de disciplinas comuns a todos e outro composto por itinerários, que devem ser escolhidos por estudantes. As falhas na implementação desses itinerários foram as causas da maiores críticas, com a oferta de disciplinas sem conexão com o currículo, falta de opções e redução dos conteúdos tradicionais.

Agora, o projeto do governo Lula quer aumentar a carga horária mínima da parte comum, de disciplinas tradicionais, para 2.400 horas (ao longo dos três anos do ensino médio). Isso significa uma ampliação dos 60% atuais para 80% das aulas, quando considerada uma carga horária de 3.000 horas ao longo dos três anos (cinco horas por dia).

É prevista, agora, a obrigatoriedade de língua inglesa e espanhol. Até a última versão, o espanhol era opcional. As redes terão três anos, após a promulgação da lei, para se adequar com relação a essa disciplina.

Quando o houve a reforma do ensino médio, em 2017, o pano de fundo era de que havia muitas disciplinas e pouco aprofundamento, o que resultaria em uma etapa desinteressante para o jovem. Mas a implementação, no entanto, resultou em redução de conteúdos essenciais e causou revolta entre estudantes.

O novo texto retoma a obrigatoriedade de todas as áreas: língua portuguesa e suas literaturas; línguas estrangeiras, com obrigatoriedade da língua inglesa e da língua espanhola; arte, educação física, matemática, história, geografia, sociologia, filosofia, física, química e biologia.

Os itinerários passam a se chamar percursos formativos e serão organizados da seguinte forma:

○ Linguagens, Matemática e Ciências da Natureza;

○ Linguagens, Matemática e Ciências Humanas e Sociais;

○ Linguagens, Ciências Humanas e Sociais e Ciências da Natureza;

○ Matemática, Ciências Humanas e Sociais e Ciências da Natureza

Dessa forma, eles articulam diferentes áreas do conhecimento. As escolas só serão obrigadas a ofertar duas dessas áreas. No modelo atual, são também quatro itinerários (linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza).

A esses percursos, acrescenta-se a possibilidade de oferta de ensino técnico profissional.

Essa organização, com quatro linhas de aprofundamento em vez de duas, como queria o MEC, foi uma demanda dos secretários. O atendimento a esse pedido causou desgaste interno no MEC, mas a pasta acabou cedendo.

O projeto abre uma excepcionalidade da carga horária da parte comum para o caso de oferta de ensino técnicos. Neste caso, essa parte pode ficar em 2.100 horas.

Esse ponto também atende demanda dos secretários, para viabilizar a carga horária de cursos técnicos.

O projeto também veta a educação a distância no ensino médio, o que era permitido no formato aprovado em 2017. Nesse caso, o MEC não atendeu ao desejo dos secretários, que queriam manter essa abertura.

Novo plano para ensino médio amplia aulas tradicionais e torna espanhol obrigatório