Goiás registrou recordes na reta final de regularização do título de eleitor. Levantamento parcial mostra que 4,7 milhões de goianos já estão aptos a votar no pleito deste ano, mas o número oficial pode ultrapassar 4,8 milhões. Em Goiânia, mais de 1 milhão de pessoas estão com o documento regular.

Estes números foram divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) às 8h30 desta quarta-feira (4) e são os maiores na comparação com informações da série de estatística disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem dados de 2012 a 2020.

Esta quarta-feira (4), prazo final para regularizar o título, foi de intensa procura por serviços presenciais e on-line em todo o estado. O TRE-GO registrou 38 mil novos atendimentos até as 16h30. De acordo com o chefe da seção de cadastro eleitoral, Márcio Duarte, o número é o maior já registrado pela instituição neste período do calendário eleitoral.

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Entre os serviços procurados estão alistamento e regularização do título, atualização de dados, mudança no local de votação e transferência de domicílio eleitoral. Segundo Márcio, foram realizados 14,5 mil atendimentos presenciais e outros 24 mil pela internet até o meio da tarde. Os eleitores formaram filas que chegaram até à calçada da principal central de atendimento do estado, localizada no edifício Ialba-Luza, no Setor Bueno, em Goiânia.

Os serviços também foram prestados em agências do Vapt Vupt e cartórios eleitorais do interior do estado. O serviço na central foi encerrado às 18h. Pela internet, os eleitores puderam regularizar o título até as 23h59. No último mês, Goiás registrou 44 mil novos títulos regularizados. Os dados consolidados devem ser divulgados pelo TRE-GO nesta quinta-feira (5).

"Nós nunca tínhamos experimentado um fechamento de cadastro como este. O grande boom foi na segunda, terça e quarta-feira. A média geral nas semanas anteriores foi alta, de 9 mil atendimentos. Mas essa semana estourou", disse Márcio.

Para ele, houve aumento na procura em comparação com anos anteriores por causa da ampliação das formas de acesso do cidadão à Justiça Eleitoral. Até 2018, todos os serviços foram prestados presencialmente. Em 2020, por causa da pandemia, o atendimento pela internet foi criado, mas o serviço presencial foi limitado. Esta é a primeira vez que os eleitores têm acesso às duas modalidades.

Reflexo

Advogado eleitoral e ex-juiz do TRE-GO, Luciano Hanna atribui o aumento na procura pela regularização do título de eleitor ao cenário político atual. Para o advogado, o contexto tem despertado, principalmente, o interesse de jovens eleitores pelo voto. Até quarta pela manhã, a Justiça Eleitoral registrou 58 mil adolescentes de 15 a 17 anos com título de eleitor regular em Goiás. "Vejo que eles despertaram para a política e para escolher o que entendem que é bom para o País, estado e para o Legislativo. O aumento populacional também não deixa de intervir nesse resultado", avalia.

Quanto à intensa procura por atendimento na reta final, Hanna afirma que é comum a população deixar para solucionar pendências na última hora, mas comemora a continuidade da prestação do serviço pela internet. "Esse mecanismo que foi forçado pela pandemia é um caminho sem volta. Vislumbro que em breve esses atendimentos presenciais não vão existir mais", diz.

O eleitor que perdeu o prazo e ficou com o título de eleitor irregular não poderá votar na eleição de outubro. Caso a pessoa não justifique ou não pague multa, não poderá emitir documentos como passaporte e carteira de identidade. O eleitor também fica proibido de se inscrever em concurso público ou tomar posse, entre outras restrições.

Os moradores de Goiás devem se preparar para um fim de semana marcado por chuvas intensas e rajadas de vento. A previsão indica que, devido à combinação de calor e umidade, podem ocorrer temporais em diversas regiões do estado, acompanhados de raios e até granizo em alguns pontos.

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No sábado, o sol aparece entre nuvens, mas há possibilidade de pancadas de chuva isoladas em várias regiões, segundo o Centro de Informações Hidrológicas, Meteorológicas e Geológicas (Cimehgo). Em Goiânia, a temperatura pode chegar a 33°C, com umidade relativa do ar variando entre 45% e 95%.

Atenção especial para o alerta de risco de chuvas intensas, que podem variar entre 20 mm e 50 mm por hora, com ventos de até 70 km/h. A orientação é que a população fique atenta a possíveis alagamentos, queda de árvores e descargas elétricas.

Em entrevista ao POPULAR, o gerente do Cimehgo, André Amorim, destaca que esse alerta é um risco potencial e pode acontecer em alguns locais e não simultaneamente em todo o estado.

Esse risco potencial é para que as pessoas fiquem em atenção e entendam que estamos em uma condição que tem um favorecimento para ocorrer esse tipo de tempestade", afirma André.

Previsão por regiões

• Região Norte: Chuva de até 35 mm, temperaturas entre 22°C e 35°C.
• Região Leste: Chuva de até 35 mm, temperaturas entre 17°C e 34°C.
• Região Central: Chuva de até 30 mm, temperaturas entre 19°C e 34°C.
• Região Oeste: Chuva de até 25 mm, temperaturas entre 22°C e 36°C.
• Região Sudeste: Chuva de até 25 mm, temperaturas entre 19°C e 33°C.
• Região Sul: Chuva de até 25 mm, temperaturas entre 19°C e 34°C.

Um advogado foi preso em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, suspeito de ameaçar o marido de uma ex-cliente com uma arma de fogo (assista acima) . De acordo com a Polícia Civil, o homem que aparece no vídeo já havia registrado boletins de ocorrência por ameaças em 2022 e 2024, mas foi nesta última ocorrência que conseguiu filmar o advogado apontando a arma para ele.

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Como o nome do advogado não foi divulgado, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa para posicionamento até a última atualização desta matéria. A reportagem entrou em contato com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por e-mail às 10h20 para pedir um posicionamento, mas não teve retorno.

A prisão ocorreu nesta quarta-feira (19). Segundo a Polícia Civil, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa e no escritório do advogado, ambos localizados em Taguatinga, no Distrito Federal. Durante a operação, foram apreendidos uma arma de fogo e 119 munições.

Em entrevista ao O POPULAR , o delegado João Ribeiro explicou que a investigação começou em 2022, quando a vítima, que aparece no vídeo, denunciou o advogado por ameaça. A polícia, então, descobriu que o profissional utilizava condutas semelhantes com outros clientes ao cobrar honorários advocatícios.

Investigamos, verificamos o histórico criminal do advogado, descobrimos que ele já foi policial militar e pediu exoneração. Foi a partir disso que solicitamos os mandados de busca e apreensão para sua casa e escritório", disse o delegado.

João Ribeiro também afirmou que o advogado não possuía porte de arma de fogo. Além de ameaçar e constranger clientes com a arma, ele ainda se passava por policial. No vídeo divulgado, é possível ver o momento em que o advogado dá voz de prisão à vítima.

Na confusão, ele conseguiu filmar rapidamente o advogado empunhando a arma, agindo como se fosse policial", completou o delegado.

Vídeo

No vídeo, o advogado entra na casa do marido de uma ex-cliente para exigir que o homem entregue as "coisas dela". A Polícia Civil não forneceu detalhes sobre o possível desentendimento entre o casal nem explicou o motivo pelo qual o advogado, que teria a mulher como ex-cliente, se envolveu na situação.

Que é isso, doutor? Vou chamar meu advogado", diz o homem no vídeo.

Bora, bora. Você vai morrer", responde o advogado, empunhando uma arma.

Um passo para trás. Vou dar voz de prisão e, se reagir, vai morrer", continua o advogado.

Você está dentro da minha casa", afirma o homem, visivelmente assustado.

O segurança de uma boate acusado de matar um cliente com golpes de barra de ferro na cabeça vai a júri popular. O caso ocorreu após uma discussão entre o suspeito, José Henrique Ribeiro da Cunha, e a vítima, Marcos Antônio Santos Xavier, em maio de 2024, em Goiânia.

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A decisão é do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, que acatou o parecer do Ministério Público de Goiás (MP-GO). No documento, o magistrado alega que entendeu que há indícios suficientes de autoria e materialidade para que o caso seja avaliado pelo Conselho de Sentença.

O POPULAR tentou contato com a defesa do acusado, mas não obteve retorno até a última atualização desde texto.

Relembre o caso:

Segundo a Polícia Civil (PC), o crime ocorreu na madrugada do dia 11 de maio de 2024, por volta das 5h, em frente ao estabelecimento Bar e Recanto do Norte, no Setor Garavelo B, em Goiânia. De acordo com o divulgado pela polícia na época, a vítima tentou entrar na boate, mas foi impedida pelo segurança por não portar documento de identidade. Após a recusa, Marcos Antônio permaneceu na rua, na companhia de um amigo.

Momentos depois, José Henrique teria ordenado que ele saísse da frente do estabelecimento, mas Marcos Antônio negou. Diante disso, o segurança desferiu um golpe com uma barra de ferro contra a cabeça da vítima. Marcos Antônio caiu ao chão em estado convulsivo e foi socorrido ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Ele permaneceu internado por 28 dias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 8 de junho de 2024.

Decisão judicial

Para o Ministério Público o crime teve motivação fútil, pois o segurança teria atacado a vítima apenas por ela ter se recusado a deixar o local, que se tratava de uma via pública. A defesa, por outro lado, alegou que José Henrique agiu em legítima defesa, pois teria sido agredido pela vítima e por seu acompanhante antes do golpe fatal, conforme o documento divulgado pelo Tribunal de Justiça de Goiás.

No entanto, na decisão, o juiz Alcântara destacou que o laudo cadavérico comprovou a causa da morte como traumatismo cranioencefálico por instrumento contundente. Além disso, considerou que há indícios suficientes para levar o réu a julgamento por homicídio.

Prisão

A prisão preventiva de José Henrique foi decretada em 20 de setembro de 2024 e cumprida no dia seguinte. O magistrado justificou a medida como necessária para garantir a ordem pública e a regular condução do processo.

Senadores e deputados foram vítimas de golpe aplicado por um homem de 35 anos, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF). O delegado responsável pelo caso, Henry Galdino, disse à TV Anhanguera, que mais de 40 políticos podem ter sido vítimas do esquema e que o prejuízo está sendo calculado.

O investigado é acusado de aplicar golpes em senadores e deputados por meio de uma engenharia social utilizando o aplicativo WhatsApp. Foram mais de 40 vítimas e o prejuízo ainda está sendo calculado", pontuou Galdino.

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Por não ter o nome divulgado, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem.

A investigação do caso é feita em conjunto com a Polícia do Senado Federal (Spol). O Legislativo informou, por nota, que até este momento, mais de 50 ocorrências relacionadas ao golpe foram registradas na Secretaria de Polícia do Senado Federal. Segundo a Casa, o número demonstra "a amplitude da atuação criminosa" (veja íntegra da nota ao final desta reportagem) .

De acordo com o delegado, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa do suspeito, na Cidade Ocidental, município goiano do Entorno do Distrito Federal, na quinta-feira (20). No local, Galdino disse que foram apreendidos três aparelhos celulares, dois pen drives e alguns cartões bancários.

As investigações permanecem na busca de novos autores", acrescentou o investigador.

A Câmara dos Deputados informou que a Polícia Legislativa da Casa "não integra esta operação", conduzida "diretamente" pela PC-DF. Embora o mandato judicial tenha sido cumprido em Goiás, a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) ressaltou que não participou da operação.

Conforme o Senado, o suspeito usava imagens de parlamentares em um aplicativo de mensagens para solicitar dinheiro, alegando que as doações eram "direcionadas a pessoas da base eleitoral de cada parlamentar".

Segundo reportagem do g1, um dos senadores o qual o suspeito se passava era do presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP). A reportagem entrou em contato com a assessoria do senador, mas não houve retorno.

Nas mensagens, o criminoso alegava a existência de doações de alimentos perecíveis pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) para determinados municípios, que seriam intermediadas por um terceiro indicado", cita comunicado do Senado.

O intermediário, por sua vez, exigia pagamentos por meio de PIX para liberar o transporte das falsas doações. Os nomes das vítimas identificadas não foram divulgadas pela polícia.

Íntegra da nota do Senado

Em atenção ao pedido encaminhado, informamos que a Divisão de Falsificação e Defraudações (DIFRAUDES) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em operação conjunta com a Polícia do Senado Federal (Spol), cumpriu mandado de busca e apreensão na cidade Ocidental, nesta quinta-feira (20).

O objetivo da ação foi desarticular uma organização criminosa especializada em aplicar golpes em vereadores e gabinetes de prefeituras municipais, em todo o território nacional, utilizando imagens de senadores da República.

De acordo com as investigações, o estelionatário enviava mensagens eletrônicas, por meio de WhatsApp, em nome de Senadores da República, direcionadas a pessoas da base eleitoral de cada parlamentar.

Nas mensagens, o criminoso alegava a existência de doações de alimentos perecíveis pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) para determinados municípios, que seriam intermediadas por um terceiro indicado.

O esquema criminoso funcionava quando esse suposto "intermediário", o próprio falsário, exigia das vítimas o envio de valores em dinheiro por meio de transferência via PIX, para custear a liberação e transporte das doações inexistentes.

Durante as diligências realizadas hoje, foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos, incluindo pen-drives e celulares utilizados pelo criminoso para cometer as fraudes. O material apreendido será submetido à perícia técnica para aprofundamento das investigações.

Até este momento mais de 50 ocorrências relacionadas a este golpe foram registradas na Secretaria de Polícia do Senado Federal, demonstrando a amplitude da atuação criminosa.