Rubens Salomão

Webstories - Caiado sanciona promoção a militares

WEBSTORIES PROMOÇAO PM E BOMBEIROS

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) suspendeu nesta terça-feira (10) a tramitação dos projetos do governo estadual que alteram o efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, com a ampliação de cargos e novas promoções para oficiais. A votação na Comissão Mista foi impedida por pedido de vistas de deputados da oposição e o debate será retomado nesta quarta, com foco em questionamentos sobre os critérios para o incremento de cargos e para indicação de seis novos coronéis na PM.

Como antecipado pelo Giro, os dois projetos encaminhados pelo governador Ronaldo Caiado (UB) abrem espaço para 2.570 promoções na Polícia Militar e outras 737 no Corpo de Bombeiros. A primeira proposta contempla 524 oficiais e 2.046 praças, com impacto de R$ 18,5 milhões em 2025 e R$ 55,1 milhões a partir de 2026. Já a segunda custará R$ 7,8 milhões neste ano e R$ 23,3 milhões a partir do ano que vem.

A ampliação do número de coronéis da PM, que sai dos atuais 35 para 41, gerou críticas sobre a falta de proporcionalidade para as patentes inferiores e a suposta motivação política.

“Nossa crítica é técnica. Nós temos uma estrutura piramidal e isso significa que quanto mais se aumenta o número de postos mais altos isso precisa ser acompanhado nos mais baixos. Como se aumenta o número de coronéis é preciso também aumentar os tenentes-coronéis e assim consecutivamente. O que está acontecendo com esse projeto é que alguns postos sequer têm acréscimo e o governo usa a legislação da PM de forma política”, afirmou o opositor Major Araújo (PL), que é tenente-coronel da reserva da PM.

Para o deputado, apesar de a proposta também elevar as quantidades de servidores em outras patentes, as categorias que abrangem a maior parte do efetivo não sofrem qualquer alteração. O texto da PM sobe o número de tenente-coronel, major, capitão, 1º tenente, 2º tenente e 1º sargento, mas não muda os quadros de 2º sargento, 3º sargento, cabo e soldado.

“O aumento só acontece porque têm muitos integrantes próximos ao Palácio para serem promovidos e não tem vaga. A técnica prevista em lei define que a Polícia Militar tem que crescer de forma geral e, se a cabeça da pirâmide cresce, a base também precisa crescer proporcionalmente em todos os quadros, mesmo que fiquem ociosos”, aponta o deputado.

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Araújo aponta ainda que os projetos deixam de atender demandas dos quadros médicos e odontológicos da polícia, além das bandas de música, tanto da PM quanto dos Bombeiros, “que são muito exploradas, mas não são valorizadas”, diz. “Enfim, nós queremos corrigir as injustiças e os defeitos técnicos dessa proposta”, finaliza.

O líder do governo na Alego, deputado Talles Barreto (UB), rebate as críticas do opositor e conta que as reivindicações das entidades representativas dos militares têm sido consideradas internamente nas duas semanas anteriores à chegada das matérias. “Há cerca de 15 dias eu venho trabalhando a questão dessas promoções e o impacto saiu de R$ 2,5 milhões para R$ 5 milhões mensais para atender as demandas. Foram buscadas todas as alternativas”, alega.

“Sentei com vários representantes das categorias e discutimos os projetos. Nós vamos buscar atender os músicos, a parte odontológica da Polícia Militar e a parte médica. Goiás está fazendo um esforço para poder atingir as metas das PM e vamos fazer através de agregação. Tem muita gente que vai se aposentar e a gente vai ter condição de usar esse recurso para atender essas classes”, aponta.

“Estamos buscando e tenho certeza que vamos conseguir atender as demandas. Não todas, porque é impossível, mas grande parte”, acredita Barreto.

Já o deputado Coronel Adailton (SD) reconhece que reivindicações da categoria não foram atendidas, mas antecipa voto favorável aos projetos.

O deputado aliado aponta que houve articulações com o secretário de Segurança Pública, coronel Renato Brum, e o comandante-geral da PMGO, coronel Marcelo Granja, junto às entidades representativas.

“O projeto é bom. Poderia ser melhor, porque deixa de atender algumas categorias e isso é muito claro, mas, no geral, o projeto é muito bom. Por exemplo, a previsão inicial de impacto financeiro foi dobrada depois das tratativas. Assim, mais pessoas serão agraciadas com as promoções vindouras”, diz

Adailton responde às críticas de Major Araújo sobre a falta de proporcionalidade nas promoções, que têm foco nas patentes superiores. “Esse desenho tem que ser feito com muito critério e não dá para falar disso leigamente”, diz. “O número de 41 coronéis não é muito, até porque a previsão de efetivo é maior. Com a chegada de novos soldados via concurso, que vai acontecer em breve, a proporcionalidade voltaria ao normal”.

O militar ainda busca naturalizar o critério político para escolha dos novos coronéis. “Jamais a escolha foi feita de forma diferente. É uma escolha própria do governador, independente de qual seja. Os critérios atendem a requisitos da comissão de promoção de oficiais que encaminha essa relação, mas o governador escolhe quais ele quer promover”, afirma.

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Oposição pede vistas e projetos sobre promoções de bombeiros e PMs travam

Política

Política - título

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Matéria - Política

Assembleia Legislativa

Renúncia fiscal do estado de Goiás

O estado de Goiás registrou, ao longo dos últimos seis anos, trajetória de <a href="http://opopular.com.br/politica/bancada-diz-n-o-ter-clima-para-passar-nova-mp-do-governo-1.3276479" target="_self">crescimento da renúncia fiscal</a> de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em 2019, primeiro ano do governo de Ronaldo Caiado (UB), foram concedidos R$ 8,02 bilhões. No ano passado, o valor dobrou para R$ 16,73 bilhões. Os dados são nominais e foram informados pela Secretaria de Estado da Economia.

A secretária-adjunta da pasta, Renata Noleto, explicou que a variação do número está atrelada ao crescimento do faturamento das empresas e do saldo devedor de ICMS. “O aumento nominal por si só não significa, de fato, aumento no montante da renúncia. Muitas vezes, que é o que acontece, ela se mantém inalterada e essa variação que você observa é em decorrência da variação do faturamento das empresas e da <a href="http://opopular.com.br/economia/governo-preve-arrecadar-r-10-5-bi-em-2025-e-r-20-9-bi-em-2026-com-mp-que-aumenta-impostos-1.3276235" target="_self">arrecadação do estado</a>”, disse Renata.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_self">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

A indústria é a área mais beneficiada pelos incentivos fiscais em Goiás. Entre 2017 a 2024, o setor correspondeu a 65,63% da renúncia. Na lista, também aparecem atacado, com 23,43%; varejo, com 9,15%; e produção agropecuária e prestação de serviços, com 1,79%.

Renata destacou as medidas de reorganização de incentivos fiscais que começaram a ser implantadas pela gestão Caiado ainda em 2018, durante a transição de governo, quando a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou nova lei que promoveu a reinstituição, com alterações, de benefícios. A Economia informou em nota que esta revisão resultou, em 2019, em uma redução superior a 3% na relação entre renúncia e receita tributária. Depois disso, em 2020, o estado criou o ProGoiás, programa que substituiu os modelos anteriores de concessão de incentivos à indústria.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/bancada-diz-n-o-ter-clima-para-passar-nova-mp-do-governo-1.3276479" style="font-size: 12px;" target="_self">Bancada diz 'não ter clima' para passar nova MP do governo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/governo-preve-arrecadar-r-10-5-bi-em-2025-e-r-20-9-bi-em-2026-com-mp-que-aumenta-impostos-1.3276235" style="font-size: 12px;" target="_self">Governo prevê arrecadar R$ 10,5 bi em 2025 e R$ 20,9 bi em 2026 com MP que aumenta impostos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/reforma-tributaria-vira-desafio-ao-crescimento-da-industria-em-goias-1.3267932" style="font-size: 12px;" target="_self">Reforma tributária vira desafio ao crescimento da indústria em Goiás</a></div>

Renata afirmou que a consequência da política adotada pode ser vista em indicadores econômicos do estado. Em 2025, Goiás tem alta acumulada de empregos formais de 3,56%. No ano passado, Goiás registrou abertura de mais de 38 mil empresas. Atualmente, o estado conta com cerca de 800 mil contribuintes de ICMS. No Produto Interno Bruto (PIB), houve crescimento de 5,9% em fevereiro de 2025 na comparação com o mesmo mês de 2024, além de resultados positivos em anos anteriores.

“Se a atividade econômica está acelerada, resulta em faturamento maior, que resulta em saldo devedor de ICMS maior, que significa recolhimento de ICMS, arrecadação maior - e a arrecadação vem crescendo ao longo do período - e a renúncia acompanha esse dado”, explicou Renata.

<div attr-cid="policy:1.3276965" attr-version="policy:1.3276965:1749867329" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3276965" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3276965', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3276965">Renúncia fiscal do estado de Goiás (1.3276965)</a></div>

<h2>Estratégia</h2>

O benefício fiscal é uma ferramenta usada por estados brasileiros ao longo da história para atrair empresas por meio da redução da carga tributária. A criação de estratégias cada vez mais ousadas para atrair empreendimentos gerou o clima de “guerra fiscal” entre as unidades da federação. No entanto, essa disputa tem data para acabar.

A reforma tributária, aprovada em 2023, unificou o ICMS e o Imposto Sobre Serviços (ISS), transformando-os no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que será coordenado com um conselho gestor. Além disso, a cobrança deixará de ser feita na origem (onde estão as empresas) e passará a ocorrer no destino (consumo). O governo estadual aponta que Goiás, como produtor, deve perder competitividade. A reforma prevê a criação de um fundo para compensar distorções.

Renata destacou que o incentivo fiscal tem peso relevante para Goiás, sendo uma política que “configurou uma medida de sobrevivência adotada pelo estado, para atrair e manter investimentos produtivos em seu território”. “A gente tinha um cenário, e ainda tem, de acirrada a competição federativa. Esse cenário sempre foi marcado por assimetrias regionais de infraestrutura, mercado consumidor, logística. E a concessão de incentivos se tornou o principal instrumento para os estados menos industrializados compensarem essas desvantagens estruturais”, declarou.

<h3>Mudança</h3>

Professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e coordenador do Observatório Brasileiro do Sistema Tributário, Francisco Tavares explicou que a “guerra fiscal” interna leva a um fenômeno conhecido no mundo inteiro como “corrida ao fundo do poço”.

“O que significa isso? Goiás dá um benefício. Passam quatro anos, Mato Grosso vai dar um benefício maior. Passam nove anos, o Distrito Federal dá um benefício maior ainda. Ao colocarmos isso para rodar no tempo, percebemos que os estados vão terminar no fundo do poço. Eles vão terminar desguarnecidos. De tanto benefício atrás de benefício, a conta de longo prazo não se paga”, disse Tavares.

De acordo com o pesquisador, o controle em torno do impacto dos incentivos fiscais é mínimo. Não há informações, por exemplo, de reflexo no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e melhorias em segurança, tecnologia e qualificação de mão de obra. Além disso, não há padrão de metodologia entre os estados para mensurar os incentivos fiscais concedidos, o que dificulta a comparação entre as unidades da federação.

Embora o governo tenha argumentado que o incentivo fiscal foi uma medida de sobrevivência para o estado, Tavares avalia que se trata de “medida de sobrevivência política”. O professor afirmou que o efeito nocivo dessas “competições” é de longo prazo, quando uma empresa deixa um estado por outro que oferece um incentivo melhor, por exemplo. Já o ciclo político, lembra Tavares, tem quatro anos.

<h3>Futuro</h3>

O professor explicou que, para os estados, a transição da reforma tributária vai até 2078, período em que os governos devem buscar outras formas de se tornarem competitivos, com investimentos em infraestrutura, tecnologia, formação de mão de obra e em outras áreas, para criar atrativos que não sejam apenas fiscais.

Renata Noleto considera que Goiás começou a trajetória de redução da concessão de incentivos em 2019. A secretária-adjunta destaca que houve poucas ampliações e “com muita parcimônia”. O estado concedeu benefício fiscal para empresas de e-commerce, em 2023. Recentemente, a Alego aprovou projeto que entrega benefícios para instalação de novas usinas hidrelétricas em Goiás.

Diante da reforma tributária, Renata aponta, assim como Tavares, que o caminho é ampliar medidas e investimentos nas áreas de infraestrutura, energia e telecomunicações, além de tornar o ambiente de negócios mais simples.

Renúncia fiscal de Goiás dobrou em seis anos

Tributação

Caiado decide aderir ao Propag mesmo com veto de Lula

Dois dias após o governo de Goiás protocolar no Ministério da Fazenda o <a href="https://opopular.com.br/politica/governo-de-goias-prepara-projetos-para-ades-o-ao-propag-1.3253059" target="_self">pedido de adesão</a> ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), o governador Ronaldo Caiado (UB) afirmou, nesta sexta-feira (13), que o estado cumpre todos os critérios legais e, por isso, não dependerá de articulações políticas junto ao governo Lula (PT) para efetivar sua entrada no novo modelo. “Nós estamos aptos a entrar (no Propag). Nós não precisamos, neste momento, de intervenção de ninguém. É uma condição de direito constituída pela lei do Propag”, afirmou Caiado em resposta ao POPULAR.

O Giro desta sexta-feira (13) mostrou que a proposta prevê amortização de 20% da dívida, que representa R$ 3,9 bilhões, e foi agilizada para que Goiás fosse o primeiro a pedir o ingresso no programa federal. “Goiás era um estado quebrado. Era um estado bloqueado no Tesouro. Era um estado que não era referência do ponto de vista fiscal. Então, não tinha condições de aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Hoje não. Hoje nós estamos num nível de excelência. Ou seja, cumpriram-se todas as regras do Regime de Recuperação Fiscal”, destacou o governador goiano.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_self">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

A fala ocorreu no mesmo dia em que Caiado dedicou boa parte de seu discurso na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) ao tema da recuperação fiscal durante solenidade que concedeu título de cidadania goiana aos ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.

A Alego aprovou no dia 15 de maio a troca do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) pelo Propag. Para a amortização da dívida, o governo estadual apresentou como ativos uma <a href="https://opopular.com.br/politica/alego-confirma-saida-do-rrf-e-ades-o-do-estado-ao-propag-1.3264580" target="_self">parcela da dívida ativa</a>, recursos minerais e hídricos e a Lei Kandir.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/governo-de-goias-prepara-projetos-para-ades-o-ao-propag-1.3253059" target="_self">Governo de Goiás prepara projetos para adesão ao Propag</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/alego-confirma-saida-do-rrf-e-ades-o-do-estado-ao-propag-1.3264580" target="_self">Alego confirma saída do RRF e adesão do estado ao Propag</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/base-e-oposic-o-apontam-rapida-aprovac-o-de-ades-o-ao-propag-1.3263579" target="_self">Base e oposição apontam rápida aprovação de adesão ao Propag</a></div>

A Fazenda tem prazo de 60 dias para avaliar o pedido, que será submetido também a análise de valores pelas agências de mineração e de águas. Como mostrou o Giro, a expectativa do Palácio das Esmeraldas é concluir o processo de adesão até outubro. Com a confirmação, Goiás terá, além de redução da dívida total, diminuição da taxa de juros e aumento do teto de gastos em R$ 3 bilhões.

Nesta sexta, durante a entrega das honrarias, Caiado fez longo discurso de agradecimento ao papel dos ministros do STF na recuperação fiscal do estado e chegou a dizer que estava “engasgado há muito tempo” para fazer os reconhecimentos às autoridades.

O governador relembrou o cenário encontrado no início do mandato, em 2019, quando Goiás acumulava R$ 6,8 bilhões em dívidas imediatas e estava com as contas bloqueadas no Tesouro Nacional. “A única ajuda que consegui foi um empréstimo de R$ 180 milhões concedido pelo Tribunal de Justiça, que possibilitou pagar parte dos salários atrasados”, afirmou.

O governador disse ainda que, naquele momento, tornou-se “frequentador diário do STF”, buscando condições para governar. Atribuiu ao ministro Gilmar Mendes o protagonismo na construção do acordo que permitiu a adesão de Goiás ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), e também destacou o papel de Dias Toffoli em destravar avanços institucionais, como a reforma administrativa, a reforma da Previdência e a redução de incentivos fiscais.

Caiado destacou os índices do estado em áreas como Educação, Segurança Pública e Saúde, além da sua aprovação entre os goianos, e criticou, sem citar nomes, o legado de “obras inacabadas” deixadas por gestões anteriores. Ele ressaltou que o ajuste fiscal permitiu a retomada de obras importantes: construção de hospitais, como o Complexo Oncológico de Referência (Cora), a pavimentação e reconstrução de rodovias estaduais e a entrega de unidades escolares.

“Hoje, Goiás tem a maior liquidez entre os estados do país, está com R$ 15 bilhões em caixa e cumpre as regras do teto de gastos”, disse o governador, mencionando a criação do Fundo de Estabilização Econômica (FEE), de reserva de caixa para que o estado possa enfrentar eventuais crises futuras.

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<h2>Parcerias</h2>

Caiado também atacou os questionamentos às parcerias realizadas com base na lei federal nº 13.019/2014, que trata de convênios com organizações da sociedade civil. Ele defendeu o uso da legislação para dar agilidade à execução de obras estaduais e citou como exemplo a construção do Cora. Segundo o governador, a mesma <a href="https://opopular.com.br/politica/base-e-oposic-o-apontam-rapida-aprovac-o-de-ades-o-ao-propag-1.3263579" target="_self">base legal</a>, reforçada pela lei estadual nº 22.940/2024, será utilizada para as obras do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), com execução via Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag).

O governador criticou representação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra a realização de um termo de colaboração com a entidade. O POPULAR mostrou em abril que, em representação à Procuradoria Geral da República (PGR), a promotora de Justiça de Goiás Leila Maria de Oliveira classificou a transferência da gestão de obras de infraestrutura do governo de Goiás a uma entidade privada, sem chamamento público, como “verdadeiro programa de privatização e burla ao processo licitatório”.

Nesta sexta, Caiado, sem citar nomes, classificou a atitude como “intimidatória” e “inadmissível”, e acusou a promotora de tentar ameaçar o estado. “Ela agiu dizendo que, se seguíssemos a lei, isso poderia configurar improbidade administrativa. Veja o absurdo: uma pessoa se intitula no direito de ameaçar os órgãos do estado”, disse o governador ao POPULAR.

“As pessoas que roubam o governo, que se enriquecem com dinheiro público, não gostam de ver uma gestão que faz chegar melhoria de vida ao cidadão. É por isso que tentam dificultar a aplicação da 13.019”, declarou Caiado.

Adesão ao Propag não depende do governo federal, diz Caiado

Regime fiscal

O plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou nesta quinta-feira (12), em sessão híbrida, os projetos enviados pelo governador Ronaldo Caiado (UB) que definem <a href="https://opopular.com.br/politica/cileide-alves-analisa-no-bdg-impasse-em-promoc-es-da-pm-e-bombeiros-1.3276176" target="_self">promoções e a criação de cargos</a> junto ao efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. A apreciação, em duas votações consecutivas, ocorreu depois de esgotadas todas as alternativas regimentais da oposição para <a href="https://opopular.com.br/politica/novas-emendas-da-oposic-o-adiam-votac-o-de-promoc-es-de-pms-e-bombeiros-1.3276006" target="_self">travar a tramitação.</a>

<ul>
	<li>Assista o comentário da jornalista Cileide Alves sobre as promoções dos militares na TV Anhanguera:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/edicao/2025/06/12/videos-bom-dia-goias-desta-quinta-feira-12-de-junho-de-2025.ghtml" target="_blank">Governo de Goiás quer aumentar número de oficias da Pm e Bombeiros</a></li>
</ul>

A análise das matérias foi iniciada na terça-feira, mas a deliberação foi impedida por <a href="https://opopular.com.br/politica/oposic-o-pede-vistas-e-projetos-sobre-promoc-es-de-bombeiros-e-pms-travam-1.3275496" target="_self">pedido de vistas</a> de Major Araújo (PL) e Mauro Rubem (PT), na Comissão Mista. No dia seguinte, os projetos passaram pela comissão, mas foram emendados em plenário, o que os levou de volta à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde também não foram votados por um novo pedido de vistas da oposição. Nesta quinta, os textos foram devolvidos e, por orientação do líder do governo, Talles Barreto (UB), foram confirmados com a versão original do Executivo.

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As matérias foram sancionadas pelo governador já nesta quinta. “Com essa lei, damos a melhor estrutura de forças de segurança do país àqueles que dignificam o nosso Estado e colocam Goiás como a melhor segurança pública do país”, afirmou Caiado.

Apesar das tentativas de alteração, os projetos mantiveram a previsão original de 3.307 progressões nas duas corporações, além da criação de 732 cargos na estrutura da PM. As matérias abrem espaço para 2.570 promoções na Polícia Militar e 737 no Corpo de Bombeiros.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/cileide-alves-analisa-no-bdg-impasse-em-promoc-es-da-pm-e-bombeiros-1.3276176" target="_self">Cileide Alves analisa no BDG impasse em promoções da PM e Bombeiros</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/novas-emendas-da-oposic-o-adiam-votac-o-de-promoc-es-de-pms-e-bombeiros-1.3276006" target="_self">Novas emendas da oposição adiam votação de promoções de PMs e bombeiros</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/oposic-o-pede-vistas-e-projetos-sobre-promoc-es-de-bombeiros-e-pms-travam-1.3275496" target="_self">Oposição pede vistas e projetos sobre promoções de bombeiros e PMs travam</a></div>

Os avanços para servidores da polícia contemplam 524 oficiais e 2.046 praças, com impacto de R$ 18,5 milhões em 2025 e R$ 55,1 milhões a partir de 2026. Já o impacto ao Corpo de Bombeiros será de R$ 7,8 milhões neste ano e de R$ 23,3 milhões a partir do ano que vem. No caso dos bombeiros, no entanto, a criação de cargos em diferentes patentes compensa a extinção de 293 postos de soldado de 2ª classe, que serão promovidos para 1ª classe.

As emendas rejeitadas ao longo da tramitação, de autoria do Major Araújo, buscavam manter a proporção entre o número total de cargos de patentes superiores e inferiores, já que o texto do governo aumenta o número para tenente-coronel, major, capitão, 1º tenente, 2º tenente e 1º sargento, mas deixa sem mudança os quadros de 2º sargento, 3º sargento, cabo e soldado, que abrangem a maior parte da categoria.

Na justificativa do projeto, a PM aponta que as mudanças servem para promover “destravamento do fluxo de carreira dos oficiais e dos praças”, com o objetivo de manter “presença estratégica, com unidades operacionais distribuídas por todas as regiões do estado”. A corporação informou que a alteração, focada nos postos de oficiais, atende à demanda surgida desde 2019 pela “ampliação significativa de estrutura, com criação de novos comandos, batalhões, companhias e colégios militares”.

“Essa expansão, fruto de projetos de organização e reorganização institucional promovidos no atual governo, exige cargos e graduações compatíveis com a atual configuração operacional”, aponta o texto.

<div attr-cid="policy:1.3276544" attr-version="policy:1.3276544:1749815980" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3276544" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3276544', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3276544">Webstories - Caiado sanciona promoção a militares (1.3276544)</a></div>

Após aprovação, Caiado sanciona promoção a militares

Segurança Pública

Os projetos de promoção na Polícia Militar (PM) e no Corpo de Bombeiros foram enviados à Alego pelo governador Ronaldo Caiado (União). O texto prevê 2.570 promoções na PM e outras 737&nbsp;nos bombeiros. Se forem aprovados, as propostas terão um impacto significativo para os cofres públicos.

A jornalista Cileide Alves analisou o impasse da situação no quadro “Chega pra Cá”, que foi ao ar nesta quinta-feira (12) no Bom Dia Goiás (BDG), apresentado por Handerson Pancieri e Suelen Reis (leia a seguir a íntegra da entrevista).&nbsp;

<ul>
	<li>Assista à íntegra do comentário na TV Anhanguera: <a href="https://g1.globo.com/go/goias/edicao/2025/06/12/videos-bom-dia-goias-desta-quinta-feira-12-de-junho-de-2025.ghtml" target="_blank">Governo de Goiás quer aumentar número de oficias da Pm e Bombeiros&nbsp;</a></li>
</ul>

​Suelen:&nbsp;O governo estadual quer aumentar o número de oficiais da Polícia Militar&nbsp;e do Corpo de Bombeiros, concedendo mais de 3 mil promoções. Mas o projeto não especifica se, como contrapartida, haverá contratação de mais policiais para substituir especialmente os de baixa patente que serão promovidos. Na Assembleia Legislativa, o clima é de impasse. Cileide, o que está&nbsp;por trás desse impasse na Alego a respeito desse projeto?&nbsp; &nbsp;

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Cileide: O governo já tinha feito mudanças de carreira esse ano e já criou um certo clima porque mudaram os prazos para promoção. Então, de major para tenente, por exemplo, havia um tempo maior e reduziu-se esse prazo. Abriu possibilidade de mais gente subir e reduzir o tempo para o coronel ficar no cargo. Antes era de oito anos e ele tinha que se aposentar. Reduziu para seis, o que acabou abrindo vagas de coronel, também para promoção.

Agora o governo está mexendo internamente na estrutura da PM. Está subindo gente sem entrar pessoas. Para a gente entender, eu vou usar aqui uma figura. O major Araújo explicou o seguinte: que a estrutura da Polícia Militar&nbsp;é piramidal. Você tem que ter uma cabeça e uma base, a base maior que a cabeça, porque é assim que é definida a hierarquia interna.

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Quando você começa a subir pessoas sem entrar gente na base, a a base vai subindo e você vai mudar a forma dessa pirâmide. Ela vai enlarguecer nos cargos de comando e vai ficar do mesmo tamanho embaixo. Então, essa é a imagem que ele usou para explicar o prejuízo que esse projeto trará na estrutura, na hierarquia da Polícia Militar.

O major Araújo tentou fazer uma mudança na comissão, foi derrotada. [Daí] foi para o plenário. Quando ia&nbsp;votar o projeto, ele apresentou uma emenda no plenário e conseguiu levar de volta para a comissão. Com isso, ele não foi votado em primeira votação ontem. Houve uma pressão para que ele leve agora para a sessão das 9h.

Então, esse clima que se criou, porque vai promover muita gente, mais de 2,5 mil pessoas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Só que a alteração dessa estrutura desagradou muitos oficiais e aqueles que acham que não vão ser promovidos.

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O major Araújo&nbsp;disse que a promoção&nbsp;flexibilizou as regras. A promoção vai se dar mais para aqueles policiais que estão ligados ao governo. Consequentemente, ele disse que o governador Ronaldo Caiado vai poder dizer “minha polícia”, porque ele terá o controle dessa polícia. Então, é disso que o que a oposição reclama.&nbsp;&nbsp;

Ontem, além do major Araujo, o deputado Mauro Rubem também engrossou as críticas a esse projeto. Vamos ver hoje se o major devolve na seção das 9h da manhã, sob a pressão de que é preciso passar rápido, porque esses 2,5 mil bombeiros e policiais esperam o projeto para receberem a promoção nas carreiras deles.&nbsp;&nbsp;

Suelen: Vamos, com certeza, ficar de olho. E depois você nos conta o&nbsp;que vai sair dessa queda de braço.&nbsp;&nbsp;

Cileide: Suelen, só completando, na semana passada, eu tinha informado aqui que a Limpa Gyn perdeu o contrato com a prefeitura de varrição mecanizada. Eu recebi essa informação na prefeitura e confirmei na Câmara, mas isso não foi alterado. Então, a Limpa Gyn continua fazendo o serviço de varrição mecânica. Era uma correção que eu precisava fazer.&nbsp;

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Cileide Alves analisa no BDG impasse em promoções da PM e Bombeiros

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