A prorrogação de três contratos emergenciais para gestão de unidades de saúde do interior por seis meses, no valor de R$ 116 milhões, foi a justificativa apresentada pela organização social (OS) Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), de Minas Gerais, para desistir de assumir o Hospital de Urgências Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), em Goiânia, que teria contrato de R$ 767,6 milhões por três anos. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) encaminhou ao POPULAR o ofício do HMTJ de 2 de maio, em que abre mão de gerir o Hugo, após ter sido a primeira colocada no chamamento público lançado em junho do ano passado. As informações de bastidores apontam que o acerto contou com articulação política do governo, interessado em levar ao comando do hospital o grupo Albert Einstein, de São Paulo. Na última quinta-feira (16), a SES-GO divulgou manifestação que informa a desistência do HMTJ e determina a convocação dos demais colocados no chamamento. Como O POPULAR já havia antecipado, o governo desclassificou a segunda OS selecionada e atual gestora do Hugo, o Instituto CEM. O embate com a entidade gerou crise na gestão do hospital, conforme mostrou reportagem nesta segunda-feira (20).