O secretário de Finanças da Prefeitura de Goiânia, Cleyton Menezes, voltou a dizer que o Paço Municipal não vê elementos técnicos que sustentem o envio de um texto substitutivo ao projeto de lei orçamentária anual (PLOA) de 2025 e reforçou que “confia” no aumento da arrecadação para equilibrar as contas da capital até o fim do ano.“O Paço não trabalha com a possibilidade de mandar outro projeto de lei para a Câmara. O projeto é de competência exclusiva do chefe do Executivo, no caso o prefeito. A prefeitura não mandará outro projeto”, afirmou Menezes em entrevista coletiva, nesta terça-feira (26), durante a segunda audiência pública para discutir a LOA na Câmara Municipal de Goiânia.Conforme mostrou O POPULAR na semana passada, depois que foi feita a divulgação de que cálculos realizados pela equipe de transição do futuro prefeito, Sandro Mabel (UB), indicavam superdimensionamento das receitas de Goiânia em 2025 de cerca de R$ 800 milhões, Menezes rebateu o número apresentado, sinalizando que ele possui caráter “opinativo”, sem embasamento técnico.Sobre as alterações no porcentual de remanejamento para crédito suplementar em discussão pela equipe de Mabel, o secretário disse que a decisão cabe aos vereadores. “Na gestão do prefeito Rogério nos tínhamos a intenção de fazer na ordem de 30%. A Câmara não aceitou à época, propôs 15% e acabou ficando em 20%”, disse.“Ou seja, esse porcentual é de deliberação dos vereadores. Não tem necessidade de o município fazer algum movimento, mandar algum tipo de documento pra Câmara para falar que vai ser 50%. Ou seja, os vereadores têm liberdade de aceitar ou não esse porcentual de 50%”, prosseguiu. Rebatendo as estimativas apontadas pelo futuro secretário de Finanças, Valdivino Oliveira, sobre um déficit para o próximo ano, Menezes negou que haja implicações negativas para a LOA e ressaltou ações que garantem a saúde financeira do município. “A prefeitura não trabalha com a questão de déficit neste momento. Temos mais 40 dias de gestão e várias ações de incremento de receita em andamento, como o Refis e cortes internos de despesas”, afirmou. “A Prefeitura neste momento não fala de déficit não, porque nós temos elementos dentro da Sefin para acreditar que nós temos agora excesso de arrecadação”, reforçou o secretário. Sobre a possibilidade de destinar recursos de empréstimos a áreas prioritárias, como saúde, que vive colapso, Menezes informou que a equipe da Sefin está avaliando a viabilidade. A Comissão Mista da Câmara realizou nesta terça a segunda audiência pública para debater o PLOA de 2025, de autoria da Prefeitura. O texto, que estima a receita e fixa a despesa do município para o próximo exercício financeiro, projeta um orçamento de R$ 10,6 bilhões, um aumento de 21,19% em relação à receita deste ano.