A proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê a adoção do semipresidencialismo como sistema de governo no Brasil, protocolada na Câmara dos Deputados, no dia 7 de fevereiro, reacendeu o debate sobre a reforma do sistema político brasileiro. Embora ainda precise trilhar um longo caminho para ter aprovação definitiva, a PEC é vista por analistas políticos como a “materialização” de um desejo antigo dos parlamentares por mais poder de comando sobre a máquina pública, mas que os ventos institucionais, neste momento, dada a crise entre os Poderes e a discussão no Supremo Tribunal Federal sobre a regulação das emendas parlamentares, não estariam favoráveis para que o projeto avance. De autoria do deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR), a proposta prevê um sistema híbrido que combina elementos do presidencialismo e do parlamentarismo. O texto conseguiu assinaturas de 179 parlamentares, incluindo o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e seis integrantes da bancada goiana.