Com a confirmação do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), de que o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) 2026 será ajustado para garantir que cada vereador indique <a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-da-cileide/financas-explica-previs-o-de-reduc-o-da-receita-da-prefeitura-para-2026-1.3335589" target="_self">R$ 5 milhões em emendas impositivas</a>, a tendência apontada pelos parlamentares é de que as pautas orçamentárias da Prefeitura vão finalmente destravar na Câmara Municipal, com prioridade à tramitação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Antes da confirmação da mudança no valor das emendas, os vereadores vinham dizendo que só seria possível tocar a LOA com a certeza de que o Paço iria aumentar o montante destinado para as emendas. A LDO, que serve de base para a LOA, chegou em 12 de agosto à Câmara, foi retirada em setembro em virtude de impasses, e retornou com alterações em 21 de outubro.

O substitutivo da LDO recebeu relatório favorável da Procuradoria-Geral da Câmara nesta terça-feira (11) e já foi encaminhado de volta para a análise da Comissão Mista, colegiado responsável pela análise inicial da matéria.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-da-cileide/financas-explica-previs-o-de-reduc-o-da-receita-da-prefeitura-para-2026-1.3335589" target="_self">Finanças explica previsão de redução da receita da Prefeitura para 2026</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/reuni-o-com-mabel-fara-acertos-sobre-loa-e-ldo-1.3333716" target="_self">Reunião com Mabel fará acertos sobre LOA e LDO</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/tramite-simultaneo-de-ldo-e-loa-passa-por-indefinic-es-1.3332049" target="_self">Trâmite simultâneo de LDO e LOA passa por indefinições</a></div>

Para o líder do governo, Wellington Bessa (DC), a expectativa é de haver fechamento sobre a questão da tramitação no colegiado até o fim desta semana e os projetos poderão, enfim, seguir em frente. Ele ressalta que a prioridade é a aprovação da LDO antes de dar seguimento à LOA.

“Acredito que esta semana ainda nós já teremos um avanço juntamente com o presidente da Comissão Mista, o Cabo Senna, e o relator da LDO. O objetivo é dar andamento”, diz Bessa.

Na segunda-feira (10), após contestações do presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e de outros vereadores, o prefeito Sandro Mabel (UB) sinalizou, em reunião com a cúpula do Legislativo, que faria revisão no texto da LOA. Pelo texto, o valor das emendas impositivas caiu de R$ 5 milhões para R$ 4,7 milhões por parlamentar.

A LOA 2026 prevê que os vereadores poderão indicar o destino de R$ 177,5 milhões. O montante é um pouco maior do que o do ano passado, quando os vereadores tiveram R$ 176 milhões, mas a divisão contemplava 35 parlamentares. Agora, a partilha leva em conta outros dois, após o aumento de cadeiras na Casa.

Presidente da Comissão Mista, Cabo Senna (PRD) reforça que a relatoria da LDO ficará com Lucas Vergílio (MDB) e que aguardará o encontro de um “denominador comum” entre Executivo e Legislativo para então convocar a reunião do colegiado para análise da matéria.

“Nós vamos primeiro aprovar a LDO para depois iniciar o trabalho da LOA. A matemática não tem curva. É claro que houve um equívoco. A mesa se reuniu com o prefeito e com certeza chegaremos a um denominador comum. Estamos fazendo os cálculos, e assim que for concluído, vamos dar início novamente à relatoria desse projeto.”

Senna afirma que há exemplos locais e nacionais de atrasos na tramitação de projetos orçamentários em virtude de impasses, mas que a expectativa é que tudo seja resolvido ainda este ano. “Tem dois Poderes: Executivo e Legislativo. É importante salientar que o Executivo cuida do Executivo e o Legislativo do Legislativo, mas os dois Poderes têm que estar em harmonia”, diz.

Pautas orçamentárias devem ser destravadas

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Câmara de Goiânia

A maior variação da inflação em outubro medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), na análise regional, foi registrada em Goiânia (0,96%), impulsionada pela alta da energia elétrica residencial (6,08%) e da gasolina (4,78%), segundo dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No Brasil, o índice desacelerou a 0,09% em outubro, após marcar 0,48% em setembro, um recuo de 0,39 ponto porcentual. A taxa de 0,09% é a menor no país para meses de outubro em 27 anos, desde 1998 (0,02%). No ano, a inflação acumula alta de 3,73% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,68%. Em outubro de 2024, a variação havia sido de 0,56%. O acumulado segue acima do teto de 4,5% da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central), mas parte dos analistas vê agora mais chances de o IPCA encerrar o ano dentro do intervalo de tolerância.“A gente está caminhando para ter uma inflação provavelmente dentro da meta ao final de 2025. O IPCA de dezembro deve escorregar para baixo de 4,5%. É a principal expectativa”, afirma Leonardo Costa, do Asa, que atua no setor financeiro.A inflação de outubro perdeu força devido a fatores como o alívio da energia elétrica. A conta de luz teve queda no mês passado (-2,39%), puxando o IPCA para baixo, com impacto de -0,10 ponto porcentual.A redução veio após uma forte alta da conta de luz em setembro (10,31%). As faturas avançaram na ocasião com o fim do bônus de Itaipu, um desconto temporário que havia sido aplicado em agosto. Em outubro, o custo da energia continuou sob bandeira vermelha, mas no patamar 1. Isso significou uma sobretaxa menor que no patamar 2, em vigor em setembro.Com o impacto da conta de luz, o grupo habitação teve queda em outubro (-0,30%). Os outros dois segmentos com recuos foram artigos de residência (-0,34%) e comunicação (-0,16%).Na capitalEm Goiânia, a alta do IPCA vem na sequência de outra de 0,75% em setembro. O resultado é o maior desde fevereiro de 2025 (1,16%), oito meses atrás, e ainda ficou acima do assinalado em outubro do último ano (0,80%). Com isso, o acumulado em 12 meses subiu de 4,51% (setembro) para 4,68% (outubro). No ano, a capital acumula variação de 3,42%. O grupo de Transportes foi o que mais contribuiu para a aceleração do índice geral de outubro em Goiânia, com alta de 2,11%. Seu resultado foi impulsionado pelo preço dos combustíveis, que subiu 5,39% no mês. Entre os subitens, destacam-se o etanol (9,78%), a gasolina (4,78%) e o óleo diesel (0,25%). Outro grupo com alta relevante no mês na capital foi Habitação (2,36%). No grupo, destaca-se o aumento de 6,08% da energia elétrica residencial, que já acumula alta de 15,09% no ano. Ainda em Goiânia, o grupo de Alimentação e bebidas (0,34%), cujo peso mensal é o segundo maior, subiu pela primeira vez após cinco recuos sucessivos. Entre seus itens, destacam-se tubérculos, raízes e legumes (9,21%); aves e ovos (2,16%); óleos e gorduras (3,25%); bebidas e infusões (0,71%) e alimentação fora do domicílio (0,06%). Por outro lado, houve quedas na capital em sal e condimentos (-1,77%); cereais, leguminosas e oleaginosas (-0,79%); carnes (-0,29%); leites e derivados (-0,82%) e frutas (-1,30%). Também houve quedas em Vestuário (-0,19%) e produtos farmacêuticos (-0,94%).

Goiânia teve a maior inflação do país, que registrou desaceleração

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IPCA

A Prefeitura de Goiânia definiu que a proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) 2026 passará por ajustes para garantir que cada um dos 37 vereadores da capital tenha <a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-sinaliza-revis-o-de-valor-de-emendas-na-loa-1.3335216" target="_self">R$ 5 milhões em emendas impositivas</a>, mesmo valor de 2025. Para isso, será necessário alterar a previsão de receita corrente líquida (RCL) do próximo ano. A mudança no texto, segundo o prefeito Sandro Mabel (UB), será feita pelos próprios vereadores, sob coordenação do líder, Wellington Bessa (DC), e seguindo orientação do Paço Municipal.

A LOA 2026 prevê R$ 177,5 milhões em emendas impositivas, valor que corresponde a 2% da RCL de R$ 8,88 bilhões. Com este montante, cada vereador pode indicar R$ 4,7 milhões para suas bases eleitorais. No Orçamento de 2025, as emendas somam R$ 176 milhões, que foram divididos entre os 35 vereadores que eram titulares no final de 2024, quando a matéria foi discutida na Câmara. Goiânia passou a ter 37 vereadores a partir de 2025.

Em reunião realizada na segunda-feira (10), <a href="https://opopular.com.br/politica/reuni-o-com-mabel-fara-acertos-sobre-loa-e-ldo-1.3333716" target="_self">Mabel havia acenando ao presidente da Câmara</a>, Romário Policarpo (PRD), ao 1º secretário, Henrique Alves (MBD), e a Bessa que analisaria a possibilidade de promover mudanças no projeto para que o valor fosse, pelo menos, o mesmo de 2025. Na noite de segunda, o prefeito se reuniu com os secretários de Governo, Sabrina Garcêz, e da Fazenda, Valdivino Oliveira.&nbsp;

<ul style="padding-right: 0px; padding-left: 0px; margin: 0px 0px 5.5px 25px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 11px;">
	<li>Ouça na CBN Goiânia mais detalhes sobre a defesa do texto:&nbsp;<a href="https://www.cbngoiania.com.br/tarde-cbn/tramitac-o-da-ldo-na-camara-de-goiania-tem-divergencias-entre-vereadores-1.3318606" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_blank">Tramitação da LDO na Câmara de Goiânia tem divergências entre vereadores</a></li>
</ul>

A “queda” no valor individual das emendas provocou reação dos parlamentares, que acusaram o Paço Municipal de subdimensionar o Orçamento de 2026, o que teria impactado o valor das emendas também. A LOA 2026 estima receita e fixa despesa de R$ 10,4 bilhões, enquanto o valor previsto para 2025 foi de R$ 10,6 bilhões. Já a Prefeitura alega que o Orçamento deste ano, elaborado pela equipe do ex-prefeito Rogério Cruz (SD), está superdimensionado.

A jornalista Cileide Alves relatou, na CBN Goiânia, que, na reunião com Mabel e Sabrina, realizada na noite de segunda-feira (10), Oliveira apresentou dados técnicos que levaram à elaboração da proposta de LOA 2026. Na lista de argumentos está a possível queda de Imposto de Renda retido na fonte, depois de o Congresso Nacional aprovar projeto de isenção para quem ganha até R$ 5 mil e índice reduzido para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7,3 mil.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-sinaliza-revis-o-de-valor-de-emendas-na-loa-1.3335216" style="font-size: 12px;" target="_self">Mabel sinaliza revisão de valor de emendas na LOA</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/reuni-o-com-mabel-fara-acertos-sobre-loa-e-ldo-1.3333716" style="font-size: 12px;" target="_self">Reunião com Mabel fará acertos sobre LOA e LDO</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/policarpo-contesta-valor-para-as-emendas-na-loa-1.3332594" style="font-size: 12px;" target="_self">Policarpo contesta valor para as emendas na LOA</a></div>

O entendimento é que a maior parte dos servidores têm salário nesta faixa. Embora exista previsão de a União pagar compensação a estados e municípios, a estimativa é de queda de R$ 250 milhões neste tipo de receita. Também há expectativa de diminuição em repasses de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e de Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O primeiro é arrecadado e distribuído pelo estado. Já o FPM é transferido pelo governo federal.

Quando a LOA chegou à Câmara, Policarpo reagiu com críticas e chegou a afirmar que os números estavam errados. Segundo o presidente, cada vereador deveria ter R$ 5,3 milhões em emendas impositivas. Diante disso, a decisão pelo montante de R$ 5 milhões para cada parlamentar é vista na Casa com um “meio-termo” entre a proposta do Paço e a demanda da Câmara.&nbsp;

A lógica do cálculo realizado pela Câmara tem como base a correção do Orçamento de 2025 pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação. Nesta perspectiva, a RCL seria de R$ 9,7 bilhões e a previsão de receita e despesa, de R$ 11 bilhões.

<h2>Contexto</h2>

A LOA chegou à Câmara em 31 de outubro e está na Comissão Mista. O próximo passo é a análise da procuradoria da Casa. Em seguida, o presidente do colegiado, Cabo Senna (PRD), deve escolher o relator da matéria. Senna é crítico da gestão de Mabel.&nbsp;

Nos bastidores, vereadores apontam a relevância do ajuste no valor das emendas para que o Legislativo e o Paço tenham boa interação. Um parlamentar classificou como estratégia importante para “desarmar a relação entre Câmara e Executivo”. Outro disse que uma mudança neste item representa “demonstração de respeito ao Legislativo e ao tema em discussão”.

Desde o início do semestre, Mabel realiza processo de recomposição de sua base, após uma escalada de reclamações - sobre demora no pagamento de emendas impositivas e menor espaço para indicações de cargos no Executivo - provocarem a fragmentação do grupo.

Indo contra orientações do Paço, membros da base chegaram a apoiar a criação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn e a tentativa de revogar a Taxa de Limpeza Pública (TLP), conhecida como taxa do lixo.

Questionado sobre a relação com a Câmara e como os vereadores da base devem ser contemplados em 2026, Mabel afirmou que vai executar investimento bilionário e que Goiânia vai virar “um canteiro de obras”. “O cara que não for da base, fica enrolado, porque não vai lançar obra junto com a gente”, disse o prefeito. Hoje, a base tem 24 vereadores.

A proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) também está na Comissão Mista e teve o parecer da procuradoria da Casa incluído nesta terça-feira (11). A matéria havia sido encaminhada à área jurídica no dia 31.&nbsp;

A tramitação simultânea da LDO e da LOA é um caso excepcional, resultado do atraso na votação da primeira (provocado por um embate entre Executivo e Legislativo). A perspectiva é que LDO e LOA tenham a tramitação destravada.

Na reunião de segunda, Mabel solicitou à cúpula da Câmara apoio para que outros projetos de lei que já estão na Câmara tenham a tramitação acelerada.&nbsp;

Entre as matérias estão o veto ao Refis. O texto chegou à Câmara dia 4 e foi enviado à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) em seguida. O presidente do colegiado, Luan Alves (MDB), encaminhou a proposta para análise da procuradoria.

Também estão na lista de projetos o vale-alimentação aos servidores efetivos plantonistas da Secretaria Municipal de Saúde, prorrogação do Plano Municipal de Educação e alteração em lei que trata de parcerias público-privadas (PPPs).

&nbsp;

Mabel atende vereadores e confirma ajuste na LOA

Emendas impositivas

A eleição para escolha de diretores de 147 unidades educacionais da rede municipal de Goiânia está confirmada para o dia 2 de dezembro. E, diante da nova proposta para definição dos gestores nas unidades de ensino feita no mandato do prefeito Sandro Mabel (UB), os candidatos tiveram de passar por um processo seletivo prévio. Dos 257 inscritos, 201 foram aprovados e estão aptos a <a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-prop-e-bonus-de-fim-de-ano-de-ate-r-5-mil-a-servidores-da-educac-o-1.3321950" target="_self">concorrerem à vaga de gestão</a>.

Prevista para ocorrer em parte das instituições de ensino no fim de 2024, a eleição foi adiada em novembro daquele ano pelo então prefeito Rogério Cruz (SD), a pedido da equipe de transição do atual mandatário. Dessa forma, os mandatos dos diretores foram prorrogados por 90 dias, contabilizados desde o início deste ano. Já em maio, a Prefeitura estendeu por mais uma vez os mandatos dos diretores, valendo até o dia 31 de dezembro.

Com a aprovação do projeto de lei do Executivo com novos critérios para eleição de diretores de escolas e centros municipais de educação infantil (Cmeis) em junho, foi iniciado um processo seletivo prévio às eleições – uma novidade em relação ao formato anterior. E dentro desse processo, os candidatos tiveram de apresentar um plano de gestão com metas pedagógicas, financeiras e administrativas, além de passar por uma entrevista.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/sme-quer-pagar-por-3-5-mil-vagas-no-ensino-infantil-de-goiania-1.3298916" target="_self">SME quer pagar por 3,5 mil vagas no ensino infantil de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/custo-para-aluno-de-ate-1-ano-dobra-na-rede-municipal-de-goiania-1.3296323" target="_self">Custo para aluno de até 1 ano dobra na rede municipal de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-inicia-processo-de-terceirizac-o-do-ensino-infantil-de-goiania-1.3294476" target="_self">Mabel inicia processo de terceirização do ensino infantil de Goiânia</a></div>

Gerente de Planejamento e Gestão Educacional da Secretaria Municipal de Educação (SME), Fábio Porfírio aponta que os candidatos tiveram ainda de participar de um curso de gestão ofertado em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “Foram duas fases distintas. Primeiramente, teve de fazer um curso de gestão. Após feita a inscrição no processo seletivo, também apresentaram um plano de gestão que foi avaliado pela comissão. Depois, defenderam em entrevista esse plano de gestão”, cita.

O resultado preliminar dos aprovados foi publicado no sábado (8), tendo como prazo recursal o mesmo dia e o domingo (9). Já nesta segunda-feira (10), foi divulgada, no Diário Oficial do Município (DOM), a relação das 147 unidades de ensino que devem participar do processo. E diante de mudanças no projeto de lei na Câmara Municipal, segue mantido o formato anterior, em que podem votar servidores, pais e responsáveis, além de alunos com mais de 12 anos. Há um peso de 50% para os votos dos servidores e 50% para o restante da comunidade escolar, tais como alunos, pais e responsáveis.

Porfírio pondera ainda que, dentre os 257 inscritos no processo seletivo, 201 foram aprovados – ou cerca de 78,2%. Para ele, a rejeição de alguns candidatos era prevista. “Durante o processo é natural que haja desqualificação. Às vezes não preenchia todos os requisitos, o plano de gestão não apresentou todos os planos, e na fase da entrevista da mesma forma. O objetivo (da seleção prévia) é qualificar a gestão. E é claro que eles podem posteriormente participar de outro processo seletivo”, comenta.

Conforme o cronograma do processo seletivo, a campanha eleitoral está prevista para ser realizada entre os dias 17 e 28 de novembro. Já os diretores eleitos em 2 de dezembro terão o resultado no dia 4 do mesmo mês. Há ainda um prazo de dois dias para interposição de recursos, entre 4 e 5 de dezembro. O resultado será homologado no dia 9, também daquele mês, e a posse deve ocorrer no dia 1º de janeiro do próximo ano, com mandato de três anos – ou seja, de 2026 a 2028. Há ainda previsão de novas eleições no próximo ano para as demais unidades, também antecedida por um processo seletivo.

<h2>Regras</h2>

Até então, o projeto do Executivo previa que o servidor que respondesse a processo de sindicância, a processo administrativo-disciplinar ou a tomada de contas especial não poderiam participar da eleição. Contudo, após emendas aprovadas, na Câmara, ficou definido que todos podem concorrer, com exceção de quem tenha sido julgado ou condenado por irregularidade, diante do princípio da presunção de inocência.

Além disso, caso o candidato já tenha exercido a função de diretor, deve ter tido a prestação de contas dos recursos financeiros aprovada e deve demonstrar evolução no fluxo educacional nos anos de sua gestão. Há ainda a previsão de destituição do cargo diante de falta grave, reprovação da gestão no processo de avaliação anual, referente às metas e resultados do plano de gestão, ou quando não o gestor não prestar contas à secretaria em um prazo definitivo.

<h3>Processo seletivo prévio é criticado por categoria</h3>

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima critica o processo de seleção prévia às eleições. Para ela, também deputada estadual pelo PT, tal etapa deveria ser realizada após a escolha dos diretores. “Queríamos que o curso preparatório e a avaliação institucional pudessem ocorrer após a escolha democrática, mas será prévio. Quem não passar automaticamente fica descartado como gestor. O correto seria a comunidade educacional escolher o gestor e, depois, a instituição oferecer obrigatoriamente um curso de gestão pedagógica, financeira, administrativa”, comenta.

Para ela, a seleção prévia “vai peneirando como se tivesse muita gente querendo disputar, e não tem”. “Na verdade, cada ano têm menos pessoas querendo, porque a gratificação não é tão atrativa para colocar o CPF na frente, porque ali é o CPF da pessoa que está assumindo toda a responsabilidade da instituição. (A medida) afasta bons diretores que poderiam concorrer. Essa dinâmica, de que vai ter de apresentar plano gestor para comissão avaliadora, não tem melhor forma de entender senão o controle para descartar pretensos concorrentes. A gestão democratizada fica fragilizada”, complementa.&nbsp;

Outros pontos, contudo, são tidos como positivos. “Se há aquele diretor que não presta contas dos recursos da unidade que está administrando, tem de ser eliminado do processo, sim. Defendemos a lisura”, pondera. O ponto citado pela representante sindical é a regra de que, para participar do processo seletivo, o candidato não pode ter sido julgado e condenado por irregularidades, seja na tomada de contas especial, ou outro processo administrativo-disciplinar.

Outros professores da rede municipal de ensino ouvidos pelo POPULAR também teceram críticas ao projeto. Para eles, faltou ouvir a comunidade escolar durante a elaboração do mesmo. Além disso, eles apontam que o novo processo seria “antidemocrático”, ao realizar o processo seletivo prévio.

Eleição de diretores de escolas e Cmeis em Goiânia fica para dezembro

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Rede municipal

“Quando falamos em criar uma orquestra, estamos falando de expectativas e sonhos. Estamos falando de pessoas.” É assim que o maestro Alexandre Muratore Gonçalves celebra o nascimento da Orquestra Sinfônica e do Coro Sinfônico da Universidade Federal de Goiás (UFG). O sonho antigo da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac) será concretizado nesta quinta-feira (13), quando os artistas subirão ao palco do Teatro Sesi para a apresentação que celebra o início das atividades oficiais do projeto.

São 142 integrantes, sendo 76 instrumentistas, 48 cantores e 18 auxiliares, muitos estudantes da universidade, outros egressos e convidados. Todos recebem uma bolsa pela participação no projeto fruto da parceria entre a UFG e a Fundação de Amparo à Pesquisa (Funape), patrocinadoras da Temporada 2025 do grupo. Os ensaios acontecem duas vezes por semana e, além do concerto de lançamento, outras duas apresentações estão marcadas ainda em 2025.

“A Sinfônica UFG terá um repertório diversificado, que vai desde as obras de tradição europeia, compostas para esse tipo de formação, até o repertório da América Latina”, explica o maestro Muratore, coordenador e fundador do projeto, além de professor da Emac. “Teremos diversos concertos temáticos, com propostas que envolvem compositores e obras regionais, nacionais, e internacionais, desde o cancioneiro, até a música de concerto ainda pouco conhecida”, completa.

A Emac surgiu como essa unidade distinta em 1996, mas a sua história remonta ao Conservatório Goiano de Música, criado em 1956. O desejo de se montar uma orquestra própria é tão antigo quanto, mas só foi possível agora. “O sonho de ter uma orquestra era latente. Houveram muitas tentativas, mas nunca encontravam apoio adequado para sua permanência e sustentabilidade”, reitera o coordenador.

A realização só foi possível em 2025 por conta da apresentação de um projeto sólido, embasado nos mais de 15 anos de experiência de Muratore como maestro em festivais nacionais e internacionais. Outro motivo para o surgimento se deve ao apoio e patrocínio da Funape. “Além de compreender a capacidade da música de transformar realidades, a Fundação percebeu a fonte inesgotável de conhecimento que é produzido no ambiente de uma orquestra universitária como a nossa”, celebra o regente.

Cada concerto da Sinfônica UFG é preparado como uma experiência única de quem escuta. Ainda em 2025 haverá uma apresentação do Corpo Sinfônico, além de outra completa entre orquestra e coro. Todas as informações sobre as atividades podem ser acompanhadas nas redes sociais (@sinfonicaufg) ou no site oficial do grupo (sinfonica.ufg.br).

Já a agenda de 2026 será divulgada em breve. A direção do projeto está em processo de finalização de parcerias. Haverá, por exemplo, montagens de duas óperas, uma ao final de cada semestre, além de concertos com solistas internacionais. No início de 2026 também serão realizadas novas audições, o que permitirá a ampliação do corpo artístico da sinfônica.

Futuro

Os percalços são muitos para os próximos meses. De acordo com Muratore, um dos desafios, que ele espera superar em breve, é conquistar uma sede própria, com um teatro construído para receber grupos, concertos e todas as produções futuras. “Essa sede abrigará não só nossos ensaios e produções, mas também espaços interculturais, onde promoveremos diversas atividades educacionais e formativas de excelência”, explica o gestor.

Além de sua atuação em Goiânia, a Sinfônica UFG já planeja apresentações em outros estados e parcerias com instituições culturais e educacionais, com o objetivo de ser uma vitrine da arte universitária brasileira. A ideia é criar projetos de formação e integração mais próximos da comunidade. “Teremos também um festival internacional e concursos que serão promovidos ao longo da próxima temporada”, comenta Muratore.

Mas, e para o maestro, como é comandar uma orquestra que acaba de nascer? “Reger um grupo tão grande é apenas uma pequena parte do trabalho. É a parte que a maioria vê. O trabalho de um maestro se inicia muito tempo antes de subir ao palco e dirigir um grupo musical. Devemos gerir o tempo, as pessoas, os recursos. Dirigir e reger acabam sendo sinônimos nessa amplitude que é a arte de ser maestro. Vai além do conhecimento e domínio musical. O regente, o maestro, é acima de tudo, aquele que convida os músicos a tocar, guiando-os no fazer musical”, conclui.

&nbsp;

SERVIÇO 

Evento: Concerto de Lançamento

da Orquestra Sinfônica UFG

Data: 

nesta quinta-feira (13),&nbsp;às 20 horas

Local: 

Teatro Sesi – Av. João Leite, 1013, Santa Genoveva

Entrada gratuita

(não é necessário retirar ingresso)

Informações:

@sinfonicaufg

&nbsp;

Noite de abertura&nbsp;

Para o nascimento da Orquestra Sinfônica e do Coro Sinfônico da Universidade Federal de Goiás (UFG), o maestro Alexandre Muratore Gonçalves preparou um repertório que homenageia grandes clássicos da música instrumental. É o caso, por exemplo, do finlandês Jean Sibelius, do italiano Giacomo Puccini e do francês Georges Bizet. A ideia é fazer um recorte histórico e artístico dos muitos mundos da música em uma mesma noite e conectar tradições, continentes e sentimentos no mesmo compasso. O concerto começa às 20 horas, no Teatro Sesi, com entrada gratuita.