Membro do Grupo de Apoio ao Prefeito (GAP) desde julho, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota), mudou o tom em relação ao prefeito Rogério Cruz (Republicanos). Quando assumiu sua cadeira no grupo, Policarpo afirmou que a Prefeitura tinha “feudos”, agora, cerca de três meses depois, aponta que Cruz está tomando as rédeas da administração. O presidente do legislativo demonstra alinhamento com coordenador do GAP, Jorcelino Braga (Patriota), ao afirmar que seguirá Braga em decisões sobre o apoio a Cruz. Na Câmara, Policarpo diz que todas as leis complementares ao Plano Diretor serão votadas ainda neste ano.

Em entrevista ao POPULAR publicada em fevereiro, o senhor falou que auxiliares do prefeito Rogério Cruz passavam mais tempo fazendo fofoca do que trabalhando. Em julho, o senhor disse que a Prefeitura tinha feudos que precisavam ser dissolvidos. Essa segunda declaração foi feita após o senhor compor o GAP. A situação na Prefeitura mudou?

Sinto que hoje o prefeito tem controle sobre as decisões que são tomadas na Prefeitura, coisa que a gente não visualizava naquele momento. Importante dizer que eu disse aquilo que entendia que era o correto. E eu não tenho problema em dizer quando as coisas mudam. Vejo que o atual cenário na Prefeitura é diferente. O Rogério tem ouvido muito o que tem sido falado dentro da GAP. Tem ouvido muito o Jorcelino Braga, que tem visão um pouco semelhante à minha, de que o prefeito precisa ser o grande tomador das decisões da Prefeitura. A Prefeitura precisa caminhar para um projeto que seja de governo, não um projeto que seja individualizado por secretaria. É uma cobrança que fiz em fevereiro e no meio do ano. E sinto que neste momento isso está tomando corpo. Ao que nos parece, neste momento, é o prefeito que tem sido tomador das decisões da cidade. Eu não estou aqui para dizer se as decisões são corretas ou não. Mas as decisões têm que ser do chefe do Poder Executivo. O projeto tem que ser de governo e não de secretaria. Sinto que, neste momento, caminha para isso.

Quais decisões demonstram esse controle do prefeito?

A troca dos secretários é um ponto crucial. Na minha visão, o Rogério sai daquela pressão que sofria de determinados grupos que o circulavam e começa a tomar decisões em relação a seus auxiliares de uma forma muito pessoal. Ele começa a tomar decisões daquilo que deseja para sua administração. Ele começa a substituir o que sentia que não estava de acordo com o que desejava para a gestão. Quando é o tomador das decisões, das substituições, começa a colocar um pouco do gosto dele nesses locais.

No início do ano, o senhor apontou falta de rumo da gestão.&nbsp;Na época, se falava muito sobre o Goiânia Adiante, com promessa de R$ 1,7 bilhão em obras e o senhor afirmou que não havia meta definida nem mesmo com esse programa. Há poucos dias o chefe de gabinete do prefeito, José Alves Firmino, disse que o foco da Prefeitura será em obras menores, já que não há tempo para entregar grandes intervenções, como prometido inicialmente. A gestão encontrou rumo?

Eu não posso dizer que encontrou rumo. O que posso afirmar é que o que eu disse no início do ano se desenhou oito meses depois como correto, que não havia tempo para essas grandes obras e que a Prefeitura precisava ter um balizador. Acho que a fala do Firmino talvez seja esse balizador, de que a Prefeitura vai se concentrar em pequenas obras que desobstruam problemas setorizados da cidade. Acho que talvez seja isso que ele queira dizer. Às vezes, não precisa de grandes obras para resolver os problemas da cidade. Eu não participei do Goiânia Adiante, mas a visão que eu tinha no início do ano era que não daria tempo de as obras ficarem prontas. E ela foi confirmada pelo chefe de gabinete do prefeito oito meses depois. Ou seja, eu estava correto. Mas acho que a Prefeitura talvez demonstre o senso de direção que deseja em pequenas intervenções espalhadas por toda a cidade que resolvam problemas locais da população nos bairros.

O senhor está insatisfeito ou desmotivado no GAP por causa de demora para Cruz tomar decisões?

Minha relação continua normal. Eu trato o grupo como algo de trabalho. Como algo que tentamos fazer para ajudar a cidade. Cheguei a dar uma entrevista dizendo que o grupo havia feito apontamentos e naquele momento faltava a tomada de decisão do prefeito Rogério. Eu disse, inclusive, que o tempo era o dele. Não seria meu tempo ou de Jorcelino Braga, mas ele deveria tomar decisão porque o tempo dele é que estava, na teoria – ou até na prática – se passando. Não tenho nenhuma insatisfação em relação ao grupo. Entendo que o grupo fez avanços positivos na cidade. O Rogério tem ouvido as demandas desse grupo. É óbvio que, como chefe do Executivo, ele não vai concordar com 100% do que é tratado. Mas ele tem demonstrado interesse em seguir com esse grupo. Ele é respeitoso com o trabalho e os posicionamentos do grupo. Acho que não posso falar em insatisfação. Óbvio que divergências vão ocorrer. Vai ter coisas que vão acontecer que eu não vou concordar. Vai ter coisas que ele não vai concordar. Mas isso é da política. E acho que os Poderes têm que se estabelecer dentro dessa harmonia e respeitar as discordâncias. O Rogério tem feito isso bem. Então, não posso dizer que tenho críticas em relação ao grupo nesse momento.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/especialistas-elencam-fatores-para-manter-executivo-refem-1.3074092" target="_blank">Especialistas elencam fatores para manter Executivo “refém”</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/protagonismo-da-camara-ganha-forca-antes-de-2024-1.3074084" target="_blank">Protagonismo da Câmara ganha força antes de 2024</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/relatorio-da-cei-da-comurg-e-publicado-sem-documentos-1.3073815" target="_blank">Relatório da CEI da Comurg é publicado sem documentos</a></div>

O Braga já afirmou que se suas orientações não forem seguidas, não continuará com a consultoria.&nbsp;Se o Braga sair, o senhor deixa esse aconselhamento à Prefeitura também?

A porta pela qual Jorcelino Braga entrou foi a mesma que eu entrei. A mesma porta que Jorcelino Braga sair, será a que eu sairei.

O prefeito está avançando para se tornar eleitoralmente viável para a disputa de 2024?

O cenário hoje é muito aberto. Não só o prefeito, mas outros também avançam para se tornarem possíveis candidatos no próximo ano. Tenho o entendimento que o caminho que o Rogério demonstra seguir é de quem deseja ser candidato. É um caminho de quem é viável para ser candidato. Ele é o prefeito da cidade. Ele tem a máquina administrativa na mão, isso obviamente é um impulsionador para qualquer candidato que vai para uma eleição. O candidato que disputa a reeleição obviamente sai um pouco na frente dos outros. Mas acho que ainda é cedo para falar sobre isso. Ainda estamos a um ano da eleição. Sinto que, se ele continuar nesse rumo, se continuar com essas metas, em que ele toma a decisão para a Prefeitura, ele vai conseguir demonstrar aquilo que ele deseja para a cidade. Por consequência, as pessoas vão poder analisar se ele é ou não viável eleitoralmente. Eu acredito que, as coisas caminhando bem, com essas pequenas intervenções que ele escolheu na cidade também caminhando bem, e a prefeitura não tendo problemas financeiros, ele obviamente é um candidato em potencial para o ano que vem.

&nbsp; Existe impasse sobre o desfecho da CEI da Comurg. A procuradoria da Câmara de Goiânia orientou que a CEI assine o TAC com a companhia, mas há discussão se este é o caminho correto. Como essa situação vai ser solucionada?

Nós daremos à comissão de investigação o poder de se firmar esse TAC. A comissão pode se estender por mais tempo para que os próprios membros que fizeram a investigação possam continuar para a lavratura desse TAC. Mas, como Câmara Municipal, o que a Mesa diretora fará é enviar esses relatórios aos tribunais de contas e ao Ministério Público, que é quem entendemos que efetivamente precisa averiguar aquilo que foi feito na CEI. Nós já fomos notificados para que seja feita a digitalização de todos os documentos apreciados pela CEI para encaminhar aos órgãos de controle. Isso a Mesa diretora já está fazendo. Qualquer termo de ajuste de conduta pode ser assinado pelos próprios membros da CEI e não com a Mesa diretora.

O senhor avocou o projeto do novo Código de Posturas, que tramita na Câmara desde setembro de 2022.&nbsp;Há demonstração de que isso deve fazer esse projeto caminhar mais rápido. Por qual motivo tomou essa decisão?

Não é que está caminhando rápido, está bem lento. Andou porque estava parado há quase um ano. Não podemos deixar um projeto da importância do Código de Posturas parado tanto tempo. Não só este como outros. Acho que o debate tem que acontecer, os vereadores têm que ter prazo para debater e apresentar suas emendas. É desproporcional ficar parado tanto tempo. A cidade precisa crescer. Um novo Plano Diretor foi aprovado e precisa de novo regimento que o contemple. A cidade, a iniciativa privada e os investidores estão pagando o preço de não ter aprovado o Código de Posturas, assim como outras leis complementares. Faremos a votação de todas essas leis ainda neste ano. Essa é a ideia da Câmara Municipal. Já conversei com os vereadores. Eles entendem isso. Não estamos aqui para dizer que emenda A, B ou C vão ser aprovadas. Estamos aqui para dizer que a Câmara precisa entregar um novo ordenamento jurídico para a cidade. Precisamos fazer isso com agilidade e não com a lentidão que a gente estava tendo com algumas matérias.

'Pela mesma porta que Jorcelino Braga sair, eu sairei', diz Romário Policarpo

Política

Política - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Política

Entrevista

Há pelo menos dois anos, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) funciona precariamente na região metropolitana de Goiânia. Relatório do Ministério da Saúde apontou que desde 2022 a Prefeitura da capital recebeu recursos para manter ambulâncias que estavam paradas.

A auditoria da pasta, inclusive, determinou que a Secretaria Municipal de Saúde deveria devolver R$ 2,1 milhões em recursos da União, por uso indevido. A alternativa da gestão municipal para retomada plena do serviço foi a locação de ambulâncias. Mas três das 22 unidades contratadas estavam paradas nesta quarta-feira. Outras quatro ainda não foram entregues.

O contrato com a empresa fornecedora dos veículos é de R$ 347 mil por mês. As que estão paradas custam R$ 47 mil pelo mesmo período. O motivo é a falta de equipes de enfermagem capacitadas para prestar esse tipo de atendimento, que requer especialização. Trata-se de uma justificativa inadmissível, que revela a falta de planejamento da gestão.

Além do desperdício de dinheiro público, a população fica sem poder contar com um serviço essencial. Como o Samu atua com casos urgentes, a operação parcial coloca vidas em risco.

Ambulâncias paradas

Editorial

Matéria - Opinião - Editorial

Comparação entre previsões e execuções

<a href="https://opopular.com.br/politica/plano-de-mabel-de-revisar-a-loa-de-2025-e-visto-com-ressalvas-1.3201734" target="_blank">Em 2022 e 2023, a Prefeitura de Goiânia registrou receitas e despesas maiores do que as estimadas nas respectivas leis orçamentárias</a>. No ano passado, a previsão inicial era arrecadar e gastar R$ 7,2 bilhões. No entanto, a receita foi de R$ 8,2 bilhões e a despesa alcançou R$ 8,3 bilhões, levando ao déficit de R$ 111 milhões.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Entre 2019 e 2021, a receita foi maior do que a prevista, mas a despesa foi menor. Nos anos de 2020 e 2021 as contas foram afetadas pela pandemia, com maior transferência de recursos federais para o enfrentamento à Covid-19 e mais despesas com a Saúde. Em 2017 e 2018, as receitas e despesas da Prefeitura ficaram abaixo do patamar dos R$ 5 bilhões estimados nos orçamentos.

Os números constam nos relatórios apresentados pela administração à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e divulgados no Diário Oficial do Município (DOM). O economista Eurípedes Júnior lembra que a Lei Orçamentária Anual (LOA) é derivada da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), matérias elaboradas e votadas em ambiente político.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/plano-de-mabel-de-revisar-a-loa-de-2025-e-visto-com-ressalvas-1.3201734" target="_blank">Plano de Mabel de revisar a LOA de 2025 é visto com ressalvas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/ronilson-reis-sera-o-relator-da-loa-na-camara-de-goiania-1.3198673" target="_blank">Ronilson Reis será o relator da LOA na Câmara de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/calculo-de-valdivino-n-o-tem-embasamento-diz-secretario-de-financas-1.3201446" target="_blank">Cálculo de Valdivino não tem embasamento, diz secretário de Finanças</a></div>

Eurípedes destaca o caso de 2017, quando receita e despesa foram projetadas em R$ 5,1 bilhões, mas a arrecadação geral foi de R$ 4,2 bilhões. “São R$ 900 milhões de diferença, o que é muito dinheiro”, disse. O economista ressalta o caso de 2021, em que o resultado foi mais próximo, com diferença de cerca de R$ 100 milhões entre a previsão e a despesa.

<div attr-cid="policy:1.3201736" attr-version="policy:1.3201736:1732151822" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3201736" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3201736', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3201736">Comparação entre previsões e execuções (1.3201736)</a></div>

Para 2024, a Prefeitura estimou receita e despesa de R$ 8,7 bilhões. Para o próximo ano, a expectativa é de R$ 10,6 bilhões. Embora veja a diferença de R$ 1,8 bilhão como significativa, o economista Marcus Antônio Teodoro afirma que o crescimento econômico de Goiânia também é relevante, com novos lançamentos imobiliários e abertura de empresas, que devem contribuir para aumentar a arrecadação de impostos, como IPTU e ISS. “Se for analisar o conjunto da obra, até que (a estimativa de arrecadação) não está muito superestimada, dado o cenário atual”, afirmou.

Resultado fiscal da capital foi maior que a estimativa em 2022 e 2023

Prefeitura de Goiânia

O plano da equipe de transição do prefeito eleito, Sandro Mabel (UB), <a href="https://opopular.com.br/politica/ronilson-reis-sera-o-relator-da-loa-na-camara-de-goiania-1.3198673" target="_blank">para revisar, na proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025</a>, a estimativa de arrecadação não é visto como viável. Nos bastidores, o entendimento é que, ao estimar R$ 10,6 bilhões para receita e despesa, a Prefeitura incluiu na LOA a previsão real - e considerada até enxuta - de gastos para o próximo ano.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Quanto à receita, a leitura é que, mesmo com a diferença entre a arrecadação de impostos orçada para 2024 e prevista para 2025, o Paço poderia encontrar mecanismos para elevar o recolhimento de tributos no patamar necessário. Para 2024, a Prefeitura estimou arrecadação de impostos, taxas e contribuições de melhoria em R$ 3,3 bilhões. Para 2025, o valor é de R$ 4 bilhões. Os números constam nos anexos da proposta da LOA.

Entre os gargalos está a folha de pagamento, que deve custar R$ 5,2 bilhões em 2025. O subsídio do transporte coletivo também é considerado um ponto sensível, com o qual a Prefeitura estima gastar R$ 200 milhões (com possibilidade de aumento). As despesas com previdência, limpeza urbana e encargos da dívida também devem pressionar os gastos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/ronilson-reis-sera-o-relator-da-loa-na-camara-de-goiania-1.3198673" target="_blank">Ronilson Reis será o relator da LOA na Câmara de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/calculo-de-valdivino-n-o-tem-embasamento-diz-secretario-de-financas-1.3201446" target="_blank">Cálculo de Valdivino não tem embasamento, diz secretário de Finanças</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/paco-inflou-receitas-em-cerca-de-r-800-milh-es-1.3200945" target="_blank">Paço 'inflou' receitas em cerca de R$ 800 milhões</a></div>

A análise feita por técnicos na área, que solicitaram reserva, é que a Prefeitura está usando a “boa e velha estratégia para fazer a despesa caber na receita”, para que a LOA siga o princípio de equilíbrio no orçamento. “É uma prática recorrente”, disse um deles.

O POPULAR mostrou que o grupo de transição de Mabel pretende apresentar relatório com sugestões de mudanças à LOA, sendo os principais pontos a redução da projeção de arrecadação de impostos calculada pela gestão de Rogério Cruz (SD) e o aumento do remanejamento de recursos de 20% para 50%.

A informação foi divulgada pelo futuro secretário de Finanças, Valdivino Oliveira, no início desta semana, sob argumento de que o superdimensionamento no cálculo de receitas seria de cerca de R$ 800 milhões.

A Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) já afirmou em nota que as projeções de receita para 2025 têm como base as curvas de arrecadação dos últimos anos. Na terça-feira (19), após audiência pública na Câmara de Goiânia para tratar sobre a LOA, o secretário de Finanças, Cleyton Menezes, reiterou o argumento e descartou o envio de um substitutivo à Casa (medida necessária em caso de mudança na previsão de receita).

Nos bastidores, a análise é que o argumento foi incompleto, pois o Paço poderia também ter apontado onde estão as oportunidades de aumento de arrecadação.

Mabel já mencionou que a sua gestão deve se empenhar na arrecadação de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Já Oliveira fez declarações sobre a importância de modernizar os sistemas da Prefeitura para otimizar o recolhimento de impostos. O POPULAR já mostrou também que a equipe de Mabel tem interesse na criação da taxa de limpeza pública.

Para os críticos da revisão da LOA, uma diminuição da previsão orçamentária agora não teria impacto na possibilidade de déficit e aumentaria a necessidade de enviar à Câmara projetos de lei para ajustes ao longo do próximo ano.

Também existe a leitura de que a atual discussão sobre as mudanças nos valores de receita e de despesa são apenas uma narrativa para pressionar o Paço pela principal demanda da equipe de Mabel: a autorização para remanejar 50% dos recursos. O cálculo é que os atuais 20% (determinados na Lei de Diretrizes Orçamentárias) seriam suficientes apenas para o primeiro semestre.

<h2>Reação</h2>

Oliveira afirmou que está calculando a projeção de receita para o próximo ano, comparando com o que está no projeto, e apresentará o resultado a Mabel. “É lógico que cabe ao prefeito atual mandar ou não mandar (a proposta de mudança). Se não quiser mandar, nós vamos ter que usar outra estratégia no início do ano, que é fazer o contingenciamento”, disse o futuro secretário.

Para Oliveira, a única forma de a arrecadação chegar ao nível do previsto na LOA 2025 atualmente seria pelo aumento de impostos. “Não é justo, não vou aumentar tributos. Vou procurar ter eficiência, arrecadar o máximo possível, mas nós não cogitamos neste momento aumentar tributos”, disse. O economista também afirmou que é possível apontar na proposta da LOA ajustes para diminuir a previsão de despesas.

Plano de Mabel de revisar a LOA de 2025 é visto com ressalvas

O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), participará de reunião com deputados federais e senadores na próxima terça (26), em Brasília. O primeiro encontro com a bancada federal surgiu a partir de articulação de José Nelto, Silvye Alves e Zacharias Calil, que são os três representantes goianos do partido de Mabel na Câmara dos Deputados. 

<a href="https://opopular.com.br/canal" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Nelto explica que o trio fez contato com o futuro chefe do Executivo, que segue em Londres, para combinar agenda, que será focada na elaboração de emendas ao orçamento da União para 2025. O parlamentar cita a intenção de discutir o anel viário, mas lembra também de promessas de campanha como canalização de córregos, construção de pontes e a intenção de ampliar a oferta de vagas em Cmeis.

“Queremos tratar a questão do orçamento a partir as reivindicações de Goiânia em todas as áreas. Ele vai pautar o que é de urgência para o ano que vem”, afirma o deputado federal.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/goiania-e-citada-39-vezes-pela-pf-em-apurac-o-sobre-plano-golpista-1.3201458" target="_blank">Goiânia é citada 39 vezes pela PF em apuração sobre plano golpista</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/calculo-de-valdivino-n-o-tem-embasamento-diz-secretario-de-financas-1.3201446" target="_blank">Cálculo de Valdivino não tem embasamento, diz secretário de Finanças</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mdb-vai-fechar-quest-o-sobre-escolhido-por-mabel-diz-daniel-1.3201443" target="_blank">MDB vai 'fechar questão' sobre escolhido por Mabel, diz Daniel</a></div>

<h2>Menos um</h2>

Nelto cita que a intenção é ter 16 deputados federais presentes na reunião da bancada federal com Mabel. Justifica que tirou Gustavo Gayer da conta porque o colega do PL “nunca vai”.

<h2>A/C de Mabel</h2>

Ao decidir pelo recuo da tese de candidatura própria à presidência da Câmara de Goiânia, o MDB o fará na forma de um gesto de apoio ao prefeito eleito, e não à reeleição de Romário Policarpo (PRD).

<h2>Sequência</h2>

O vice-governador Daniel Vilela, presidente estadual do MDB, recebeu o vereador eleito Lucas Vergílio logo após a reunião com Agenor Mariano, que comanda o diretório metropolitano do partido.

<h2>Mensagem I</h2>

Lucas telefonou para Mabel na frente de Daniel e Agenor. Reforçou o interesse na presidência da Câmara, discutido ainda na campanha, mas emendou que não será “problema” para o prefeito eleito.

<img attr-cid="policy:1.3201406" attr-version="policy:1.3201406:1732062280" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3201406/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Tudo errado - Motorista circula pelo Setor Sul, em Goiânia, sem cinto e com o braço para fora do carro. (Wildes Barbosa / O Popular)

<h2>Mensagem II</h2>

Conforme Daniel antecipou a Cileide Alves em sua participação no Chega pra Cá, o comando da sigla deixará claro aos vereadores, na reunião que segue marcada para sexta (22), que pretende reunir a executiva para deliberar sobre votações que julgar importantes. O vice-governador participará do encontro como “convidado”.

<h2>1° lugar</h2>

A economista Selene Peres, ex-secretária da Fazenda de Goiás, foi premiada pelo Fórum de Integração Brasil Europa (Fibe), sediado em Lisboa. Seu estudo faz comparativo entre Brasil, União Europeia e outros países da OCDE e mostra que monitoramento e transparência determinam a sustentabilidade das finanças públicas.

<h2>Só seis</h2>

O TCM realizou, na noite de terça (19), premiação do Ranking de Transparência. As prefeituras de Ceres, Jaraguá, Itaberaí, Itapuranga, Formosa e Itapaci obtiveram categoria Ouro.

<h2>Pergunta para:</h2>

Rafael Lara 
Presidente reeleito da OAB

<img attr-cid="policy:1.2425987" attr-version="policy:1.2425987:1732069941" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.2425987/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Rafael Lara ()

O que muda na gestão da OAB com a chegada de seu novo mandato?

Muda nossa disposição de olhar ainda mais pra fora. Para além das demandas da advocacia, enxergar pautas da sociedade. Para que essa grande vitória, resultado da união de forças até então antagônicas, ilumine o caminho da pacificação, afaste ódios, radicalismos, e enalteça o diálogo. Pela democracia, pela convivência fraterna, pelo bem da advocacia e defesa da cidadania.

<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro" target="_blank">🔔 Veja a página especial da Coluna Giro com as publicações anteriores</a>